terça-feira, março 31, 2009

Uma anedota que me fez gargalhar...

Um espermatozoide andava preocupado sem saber muito bem qual era a sua função e o que deveria fazer concretamente quando chegasse o momento...
Os outros espermatozoides seus colegas explicaram-lhe que quando o momento chegasse era só sair a correr com os outros e no fim do percurso dirigir-se a uns coisos que eram os ovários e que lá eles lhe explicavam o é que ele tinha que fazer...
Chegado o momento, o espermatozoide preparou-se, fez um sprint e ao fim do percurso chegou junto de uns coisos e perguntou-lhes:
"Pá, vocês é que são os ovários?"
e os coisos responderam:
"Não, nós somos as amigdalas..."

segunda-feira, março 30, 2009

Ele há dias, e há anos que não há dias!

Uma amiga minha tem-me andado a pedir já há uns mêses uma foto minha tirada num momento em que eu estivesse verdadeiramente feliz (desconfio que ela me quer oferecer algo feito por ela apartir dessa fotografia). A realidade é que por mais que procure, e por muitas fotos que tenha, onde indubitavelmente estava feliz, ainda não encontrei nenhuma na qual possa dizer que estava verdadeiramente feliz: Caixa atrás de caixa, album atrás de album, inumeras pastas de ficheiros de imagens no computador e nada…
Fui encontrar a foto possivel num telemovel antigo, uma foto de 2004 tirada pelo meu amigo Renato minutos depois de Portugal ter ganho à Inglaterra a penaltis durante o Euro 2004. Nessa altura a vida corria-me bem, tinha acabado de ser promovido ao meu primeiro cargo de direcção e ganhava mais dinheiro do que conseguia gastar, tinha comprado uma mota cheia de pinta-brava, andava embrulhado com uma babe responsavel do departamento de relações públicas da empresa, vivia rodeado dos meus amigos de longa data, proximo de toda a minha familia, tinha dias preenchidos de aventuras e noites repletas de intensidade, e fazia surf com mais regularidade do que faço hoje em dia… Acho que é seguro dizer que nessa altura, na altura desse dia, andava verdadeiramente feliz, e não voltei a estar completamente feliz desde essa altura, já lá vai tempo demais, muito tempo desperdiçado, muito mal desperdiçado.
Ainda não encontrei a foto ideal para dar à minha amiga, mas a foto desse dia aqui fica para registo, e para motivação de continuar à procura...
…à procura de dias assim.

domingo, março 29, 2009

Carapaus - picantes - da Nazaré

Vinte dias depois deste post sff marcar a nova referência: 76 Kgs!
Resta saber agora se esta moinha nas minhas costas é posicional ou circunstâncial do abuso, ou do estado civil, ou da quilometragem, ou se é só uma desculpa mal esgalhada.

sábado, março 28, 2009

"...que tens uma máquina de vapores em casa"

Provavelmente haverá quem ache que eu sou uma pessoa horrivel e cheia de si própria, presunçoso e arrogante, cromo e provocador, encostado e incómodo e outros adjectivos aos pares... e talvez até eu deixe passar essa imagem, e talvez haja quem pense que de alguma forma eu me importo muito com isso, com o que possam pensar de mim… Importo-me só um bocadinho, mas nunca o suficiente para deixar de ser como sou, como gosto de ser, no limite importar-me o suficiente para tentar fazer de mim uma pessoa melhor, uma batalha constante, e mesmo assim sinto-me atraído pelo que é simples, condescentemente atraído pela inocência descorrompida de uma personalidade básica e genuina, uma natureza naturalmente submissa, descomplicada, descomplexada e improvavelmente forte, tão mais forte que eu, e tão rica, tão enorme. Gosto do terra-a-terra, de perceber a origem da simplicidade e de deambular na constatação de que o desconhecimento de melhor, ou a sua abnegação, é sinónimo de felicidade, de despreocupação, e que a falta de experiências de vida condiciona a visão periférica, tal como a crença no transcendental que facilita alguma paz de espírito a defeito de uma explicação mais elaborada para seja lá o que for com que a mente simples se anda a entreter. Gosto de olhar para trás (ou para baixo, dependendo se estou mais ou menos caustico com a vida) e ver olhos emocionados a olhar para mim como se eu caminhasse numa almofada de ar, e ouvir vozes que suspiram "Eureka" a cada gesto que faço, almas que depositam a esperança em mim, que me entregam sentimentos de confiança e manifestam sentida admiração; e gosto sobretudo de fazer para o merecer, de fazer por merecê-lo todos os dias, mesmo que pouco ou nada daí resulte, nada mais do que ser natural e igual a mim próprio, genuino e nunca artificial. Gosto de me sentir estimado, mesmo que o sinta tantas vezes de forma envergonhadamente desmerecida, mas gosto, quase tanto como gosto de beber água para matar a sede ou de comer chocolate ao fim da tarde para estimular a serotonina quando o peso do dia me esmagou contra a antecipação do dia seguinte. Gosto de ser assim, natural, mais do que ter que dar à manivela a tudo o que sou e a tudo o que já fiz para me empurrar a mim próprio escada a cima, para ser mais do que sou e para fazer o que ainda não fiz, que é tanto, o tanto que gostam de mim, o tanto pelo qual gostam de mim, e o tanto que gosto de sentir, que o que sentem por mim é tão parecido com o que eu sinto pelos outros, e no limite, desejar que gostem de mim como eu gosto de mim, e que mo mostrem como eu mostro que gosto dos outros, muitas vezes quando os outros nem conseguem gostar de si próprios... Gosto do medo que sinto quando sinto o peso do mundo nos ombros e quando roço o desespero salgado das lágrimas só por saber que há a possibilidade de daí resultar um abraço inesperado e apaziguador, mesmo que tantas vezes ele simplesmente não se manifeste, sem eu sequer compreender porquê… Gosto disso tudo, tanto como gosto de ir ver o mar e tal como gosto de uma frase simples e banal, mas tão preocupada e sentida, uma frase que ouço distraído no seguimento de um curriqueiro ataque de asma, quando tenho mais em que pensar, mas que me fica na memória, e me ajuda a nunca (mais) me esquecer de amar tanto como me amam a mim…

sexta-feira, março 27, 2009

Vou ver o mar...

...talvez volte.




I am the man from the planet Marzipan
Good to see you
My eyes are screwed up tight, unaccustomed to the light
And all my arms and all my legs are much too long
Much too long

My head is in a state, unaccustomed to the weight
I wear this mild expression, I'm an alien to aggression
Music only does me in my skins so thin

There’s so much that I can’t take in
There’s so much that I can’t take in
There's so much that I daren't take in
Can you feel through my skin to me?
Can you feel through my skin to me?

Throw a tarpaulin over me
I look like a rotary washing line
I am the face of 2069
I have trouble with my breathing
My net-curtain lungs
And the thoughtlessness of other people's careless tongues
The air's so thin
Oh my skin
The air's so thin
Oh my skin

I am the man from the planet Marzipan
My eyes are screwed up tight, unaccustomed to the light
I wear this mild expression, I'm an alien to aggression

The air's so thin
Oh my skin
Oh my skin..

I'm so close..
I'm so close to a breakdown
A constant crisis in my heart


What the hell is going on here?
Earth creatures. Amazing, beautiful and mad.
Monkeys trying to be stars
Monkeys carrying their Gods around
Lies and murder in the name of heaven
Seen it all before in the kindergartens of the Universe
It would be quaint if it wasn't so damned scary

I can’t listen and I can’t watch
I can see inside the machine
I can see the join! I can see the join.

Can you feel through my skin to me?
Can you see through my skin?
It's all here in my skin, you see
It's all here in my skin,
Here in my skin!

If you really look
It's a nursery book.

SNS, Desde 1979. - Parabéns!

"Uma grande cadeia de solidariedade, onde os que mais têm pagam pelos que mais precisam"

António Arnault - (Fundador do Serviço Nacional de Saúde), Março de 2009, a respeito de um plano "antigo" para criação de um imposto especial para o financiamento do SNS.

Sei bem porque é que raramente faço comentário político no meu blog...

quinta-feira, março 26, 2009

a torto e a direito

Noto que me doi particularmente por ter a mão no rato, o que me indica que deve ser posicional.
Durante a noite passada doeu-me mais em certas posições, o que me indica que é muscular e não esquelético.
Quando repouso a coisa melhora por estar quieto e piora ao mexer-me, o que me indica que é uma inflamação muscular:
Logo, sentar direito, repousar, e anti-inflamatorio.
voila, não preciso de massagem nenhuma nas costas.

quarta-feira, março 25, 2009

Emuladores de emoções

Perguntam-me o que tenho, se estou bem e como me tenho sentido… Não sei se percebo porquê, mas aceito essa preocupação. Reconheço algum distanciamento que tenho exercido, ou não… Não é só o que se vê, há aspectos da vida que transcendem a razão, o lógico, até a própria auto-determinação… (pronto, ok Raquel, tinhas razão, nem tudo é 100% racional, admito que há coisas na vida que não se vêem a olho nu). Na realidade tenho andado meio às voltas com os emuladores da minha vida pessoal (emulador: metáfora do caraças!), onde tudo e mais alguma coisa serve de amplificador de emoções, emoções que de outra forma andariam letárgicas, defensivamente letárgicas. Não sei muito bem se sou eu a controlar a minha vida, ou se estou simplesmente a seguir acontecimentos atrás de eventos; Vai passando o tempo, sucedem-se os dias, entro em novas aventuras, pelo meio sinto alguma continuidade, meio esbatida, mas é o que temos… A minha Sobrinha Margarida foi operada ao apendice de urgência na 2ª feira, e isso tem alterado a rotina cá da casa, nomeadamente porque a Dª Marta resolveu vir apanhar ares de praia outra vez e enquanto não volta para Trás-os-Montes, com esta coisa da operação da Meggui, tem andado tudo um bocado a navegar à vista, com idas para Lisboa e refeições fora de horas. Passar tempo em frente ao PC passou a ser uma comodity de que não posso agora dispor, mas que lá vou conseguindo re-inventar, não o tempo em frente ao PC, mas o tempo para fazer coisas que nem sempre tenho tempo para fazer, como seja escrever, ou viajar no tempo…

ADENDA: ...e ter tempo para acabar a merda do livro, algo que me força a escrever e me obriga a viajar no tempo ao mesmo tempo.

terça-feira, março 24, 2009

wasabi

Tenho tido uns dias algo... Picantes!

segunda-feira, março 23, 2009

Provérbio(s)

"Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje"
Certo. Mas hoje, no meu caso, por muito que conheça e recomende este proverbio, vou ter que fazer algo que já podia (e devia) ter feito há algum tempo atrás.
"Mais vale tarde que nunca"
De provérbios também conheço bem este!

sábado, março 21, 2009

Ouvido na mesa ao lado

"A minha mãe teve 5 filhos depois dos 40"

(Não pude deixar de pensar que a minha Mãe, antes dos 40, teve 7.)

Nota mental (por SMS)

Nunca mais na vida comer carapaus sëcos da Nazaré

sexta-feira, março 20, 2009

Efeito retardador de menopausa

...já me acusaram de muitas coisas, mas esta deixou-me completamente perplexo!

Moscatel com sabor a mel

Não é a mesma coisa.
O Moscatel de Setúbal (DOC Palmela) tem um sabor licoroso, floral enjoado e abagaçado velho.
O Moscatel de Favaios (DOC Douro), simplesmente tem sabor a mel...

quinta-feira, março 19, 2009

18 anos sem ti

Feliz dia do Pai

Interferência Sensitiva

Ao desfilar por alguns posts antigos, de Setembro de 2004 - o meu primeiro mês a bloggar - não pude deixar de pensar que nos últimos tempos tenho andado a viver um episódio repetido da minha vida. Ao re-ler um post em particular essa noção tornou-se por demais evidente, e contemporânea!
Um episódio que se repete... -ciclicamente? ...e outro, e outro, e outro, e um mês inteiro.
Aquele Setembro repete-se há tempo demais...

quarta-feira, março 18, 2009

Em barcos diferentes

"Tenho um amor platónico por uma puta e uma relação carnal com uma virgem."
Lido no blog infotocopiavel com uma ajudinha para lá ter ido parar.
Pessoalmente acrescentava-lhe "...e ando a comer uma gaja casada."

terça-feira, março 17, 2009

Um tiro ao lado... com um mês de antecedência!

Aqui há coisa de 2 anos e tal criei um perfil numa comunidade virtual que me permitiu manter o contacto com uma boa centena de pessoas que me passaram pela vida durante os 8 anos em que vivi fora de Portugal, até 2002. Embora eu já tivesse um perfil de Hi5 há muitos anos, onde mantenho contacto com pessoas que conheço pessoalmente (e com algumas que nem sei de onde conheço), e mesmo com toda a febre das comunidades virtuais já a caminho da cura, essa nova comunidade onde me inscrevi em 2007 – o Facebook – trouxe uma novidade: Não existia em Portugal, ou melhor, não existia em lingua portuguesa (o que logo à cabeça excluia os suspeitos do costume, ie, os adeptos do Hi5). Afinal de contas, a maioria dos meus contactos no Facebook são pessoas com quem apenas posso comunicar em inglês e em francês, logo faz todo o sentido manter essas águas separadas…
Mas, tal como quase tudo na Internet, o factor novidade dessa coisa chamada Facebook gradualmente esbateu-se em mim e passei a fazer login apenas quando os alertas por email me indicavam uma qualquer actualização, ou uma mensagem de alguém, ou até um pedido de amizade de alguém que na altura me tinha escapado, ou que ainda não era utilizador… As pessoas mais chegadas, mais presentes, ligam-me quando me querem dizer alguma coisa, e vice-versa, e algumas não as vejo já há uns anitos, antes de existirem comunidades virtuais… Adiante.
No Verão passado, ao actualizar o meu estado civil no Facebook (e no Hi5 para o mesmo efeito), apercebi-me que os responsaveis pelo Facebook estavam a traduzir essa aplicação para passar a estar disponível também em português, e para isso pediam traduções aos poucos utilizadores de lingua original portuguesa (português de Portugal) para o traduzir. Lembro-me de ter pensado que não seria com a minha ajuda…
…e bom, dito e feito, e desde há uns 2 ou 3 mêses que assisto quase diariamente à propagação de utilizadores portugueses no Facebook – já disponivel em português - todos os dias recebo 2 ou 3 pedidos de amizade (a maioria dos quais vindos das mesmas pessoas que tenho adicionadas aos contactos no Hi5, pasme-se!), e todos os dias tento perceber porque é que uma aplicação que conseguia ter caracteristicas e funções bastante pertinentes e inovadoras relativamente ao Hi5, se torna agora também banalizada, como um factor moda, uma plataforma para se colocar fotografias garridas, actualizar estados de alma efémeros e dados pessoais inuteis e frugais, sem importância, uma feira de vaidades à boa maneira portuguesa, descaracterizada, fútil, vã…
Lembro-me de aqui há umas décadas (adoro poder medir o tempo com esta ordem de grandeza) ter lido algures que Portugal estava atrasado, social e culturalmente falando, cerca de 30 anos em relação aos EUA, e 20 anos em relação à Europa. Hoje, constato que esse atraso diminuiu bastante, e o atraso é de apenas 2 ou 3 anos…
…estamos a falar do País onde na segunda metade dos anos 90, os cépticos iluminados regorgitaram veborreias e outras “eias” contra os caminhos da globalização. Os mesmos cépticos que hoje até nas actualizações do Twitter se babam todos a tentar mostrar ao mundo (globalizado, entenda-se), que são pioneiros de alguma coisa. Pioneiros do atraso!
Olhando para trás, talvez eu devesse ter ajudado a traduzir aquela coisa, como se de algum modo isso contribuisse para reduzir o “atraso” sintomatico da inércia da população deste cantinho à beira mar plantado… Talvez. Mas a realidade é que enquanto os meus compatriotas continuarem a andar a toque de caixa do que se faz lá fora, em detrimento da criação de inovação à qual parece que são alergicos, isto vai sempre andar com um atraso.
Como eu gostava de poder escudar-me na desculpa de que é genético, mas por experiência eu sei que é apenas por falta de visão, por coçar a barriga, por puro comodismo, por encosto aos chamados direitos adquiridos, atrofiantes do progresso, que sobraram residualmente da conquista da Democracia e da Liberdade, e que se arrastam na sociedade portuguesa, há 35 anos, como um peso morto, a sobra de um dia de Abril, do qual me lembro apenas de ver os tanques e os soldados na Rua, um dia necessário, um dia bom e uma causa ainda melhor, mas que derivado de toda a ingerência que se lhe seguiu, mais parece ter sido apenas um tiro ao lado.
* imagens sacadas da net, naturalmente.

Números (email-post por Smootha)


Afinal a matemática não é assim tão exacta...

Eu, Tu e Ele... fomos comer ao restaurante e no final a conta deu 30,00€.
Fizemos o seguinte:
- Cada um deu dez Euros...
Eu: 10,00€ ; Tu: 10,00€ ; Ele: 10,00€.

O empregado levou o dinheiro até à caixa e o dono do Restaurante disse:
- Esses três são clientes antigos do restaurante, devolva-lhes 5,00€!
E entregou ao empregado cinco moedas de 1,00€.
O empregado, muito esperto, fez o seguinte: ficou com 2,00€ para ele e deu 1,00€ a cada um de nós.
No final ficou assim:
Eu: 10,00€ (-1,00 € que foi devolvido) = eu gastei 9,00€.
Tu: 10,00€ (-1,00 € que foi devolvido) = tu gastaste 9,00€.
Ele:10,00€ (-1,00 € que foi devolvido) = ele gastou 9,00€.

Então, se cada um de nós gastou 9,00 €, o que nós três gastamos juntos, foi 27,00 €. E se o empregado guardou 2,00€ para ele, temos:
Nós: 27,00 €
Empregado: 2,00 €
TOTAL: 29,00 €

Pergunta-se: - Onde foi parar a outra moeda de 1,00 €??

Postado directamente por email por Smootha (que não sabe a resposta).

Smootha ♀♀

segunda-feira, março 16, 2009

Onde a carapuça servir...



"A cerveja já está choca
E o café quase a fechar
Sinto a cabeça tão oca
Estou mesmo a flipar

Nó cego
Foi o que deste na minha barriga
Nó cego
Tu deste-me cabo da vida

Hoje quase não comi
E o radio não liguei
Para não pensar em ti
Bebi rum e até drunfei

E no meu quarto fechado
Num terrivel abandono
Senti-me enchovalhado
Deixei de ser o teu dono

Nó cego
Foi o que deste na minha barriga
Nó cego
Tu deste-me cabo da vida…
"

...e alguém vai ter que pagar por esta merda!

O fim de semana e o Amanhecer no Parque

Entre a algo atribulada assembleia geral da AMQC e uma noite na Nazaré, fartei-me de andar de mota no fim de semana, incluindo de noite, e fui ver 2 jogos de futebol da liga Sagres; nitidamente o meu sofá é muito mais confortavel que a bancada de um estádio, mas a bilhetes oferecidos não se olha o mitra ao lado, e eram muitos os mitras, entre treinadores de bancada e comentadores de fila de trás, passando pelas queijadinhas de sintra e pelas almofadinhas da bola… enfim, fico feliz por constatar que não é ambiente que me faça sair muito do meu caminho, ainda por cima só se vende cerveja sem alcool, que tem um travo algo peculiar e que a mim me deixa sempre a boca com sabor a gaja, o que até interfere com a concentração no quer que seja que eu esteja a fazer (ou será que é o contrário?) Adiante. No Domingo, no regresso, ainda deu para atravessar a ponte uma vez mais e para deixar o calor primaveril confundir-me o calendário… às vezes sinto-me meio “encalhado”, mas não sei bem onde, nem quando, e muito menos porquê. Só sei que esta história de navegar à vista e sem farol vai ter que mudar muito brevemente!
Talvez já esteja mesmo na altura de comprar um mapa…

domingo, março 15, 2009

Belenenses vs E. Amadora (2-2) por SMS

Lotação = meia-casa + 1 paraquedista ao Sol com boné do Belenenses e uma Sagres Zero.

sábado, março 14, 2009

Benfica vs Guimarães (0-1) por SMS

Lotação = 47.102, ou seja, 47.101 adeptos + 1 agoiro com cachecol do Estoril-Praia

sexta-feira, março 13, 2009

Post por SMS

Sö para ver se isto ainda funciona, sou capaz de precisar neste fim-de-semana...

quarta-feira, março 11, 2009

Os meandros da ironia

Determinada banda de rock progressivo de que falo com frequência canta o seguinte: "the past is a terrible place to live". Concordo tanto quanto discordo, porque depende muito de que é que se está a referir. Mas não é sobre isto que quero falar...
Em Janeiro de 2005, após uma vertiginosa e escandalosa promoção a um cargo de Direcção na Holding de Empresas onde na altura eu era Gestor de Marketing de Exportação, ví-me subitamente entalado no meio de jogos de bastidores e guerrilhas internas entre duas facções distintas da Administração dessa empresa. A minha promoção a Director de Exportação, se bem que tenha sido merecida e por mérito próprio, teve que ser aguerridamente defendida, tanto por mim como por quem me promoveu. Incidentalmente, 1 ano depois fui ajudado a demitir-me, tanto por factores internos, como externos, como por opção pessoal (reconheço agora que ter-me demitido para correr atrás de sônhos que nem eram meus foi um dos maiores erros da minha vida, pelo qual ainda estou a pagar).
Passaram-se mêses e anos e gradualmente, independentemente da minha vida pessoal, mas em tudo a ela correlacionada, à minha vida profissional deixou de se lhe poder chamar "carreira", porque ora arrancava promissora, ora deixava o motor ir abaixo, inerte, como se algo me puxasse sistemáticamente para baixo, como se nenhum dos meus esforços nunca fosse o suficiente...
Isso ficou no passado, o tal passado onde seria terrivel continuar a viver. Hoje, ironicamente, no espaço de 1 mês a mesma empresa convida-me 2 vezes seguidas para assumir novamente um cargo de Direcção, desta feita como expatriado (com todas as regalias inerentes mas com um vinculo precário demais para me fazer atirar para fora de pé sem colete de salvação), e 2 vezes seguidas eu recusei, sem sequer negociar.
Levei muito tempo e sofri grandes amarguras até conseguir finalmente impor-me como Consultor Independente (tenho que me chamar alguma coisa...), e mesmo assim; sem grande alarido, sem facturar tanto quando podia, sem me esforçar tanto como devia e sem o mesmo gosto com que o teria feito noutra altura; não sei se estou simplesmente a cumprir, fora de prazo, uma promessa que fiz a mim próprio (tal como uma vez voei numa tempestade com 2 anos de atrazo), ou se estou apenas a sobreviver...
Hoje fui contactado por uma empresa Canadiana da qual nunca tinha ouvido falar, e anexada à solicitação de preços que me enviaram vinha uma apresentação em PowerPoint ilustrativa do tipo de produtos que essa empresa procura importar do nosso mercado.
Qual não foi o meu espanto ao abri-la e constatar que inclúi uma análise de mercado feita por mim há 5 anos atrás no sector privado, que ainda é utilizada hoje, e que a apresentação PowerPoint desenvolvida no trabalho que me valeu a promoção a Director em 2005 serve ainda hoje como cartão de visíta que determinada entidade estatal utiliza para promover lá fora determinado sector da economia Nacional. Não sei explicar porquê, mas com todos os motivos para me sentir orgulhoso de algo que fiz, vi-me invadido por uma tristeza implacavelmente paralizante, como se o comboio tivesse partido e eu o tivesse perdido por ter ficado na gare a dar uma esmola (e sei exactamente ao que me estou a referir).
Escrevi uma vez aqui, neste blog, que "o caminho é longo, lento e pesaroso", mas constato que hoje, sem me aperceber bem como ou porquê, atingi um pequeno patamar a que me tinha proposto quando não tinha nada mais a perder, e que mesmo assim, com a tal tristeza que trago na alma, continuo a sobreviver, como se a sobrevivência fosse um virus incubado em mim, sem cura… O passado é um lugar terrivel para se viver, certo, mas depende ao que é que se está a referir, porque se por um lado eu acordo todos os dias a esgrimar o passado para longe de mim, há momentos do meu passado que nunca me poderei esquecer, e que são tudo em que acredito, e é por isso que continuo a lutar contra o medo de acordar.
Está na altura de voltar a subir um bocadinho mais a fasquía…

segunda-feira, março 09, 2009

FGA, 38 anos, 1,77mts, 80 Kgs

Toma lá qu'é democrático, 80 Kilos! Continua assim a sedentarizar e a esquivares-te às quecas de esguelha e vais ver se voltas a ter o corpinho Danone outra vez, cromo!

"The irony just knocks me out"



The Wound

I've done everything that can be done to heal this wound
Left it on it's own for years
Couldn't touch it, didn't pick it, didn't get it wet
It didn't stop the bleeding

I bandaged it, I wrapped it, stitched it, tourniqueted it
I held it stiff and aching in the air
Held it there til I went beserk
Didn't sleep
It didn't work
Didn't stop it weeping

And the wound is your life
And your life took on a life of it's own
(Or so you foolishly thought)
And your life rolled on over me Bang-Bang like 56 train wheels
Every time I heard news of you

And the wound was in every lousy song on the radio

And the pain was like a tree-fern in the dark, damp, forgotten places
Darkness didn't stop her growing
New-born baby cells dividing..
Curled up tight unrolling day by day
Stretching up, stretching out
Forming the same identical shape
Clones. There aint too much sadder than
Clones - relentlessly emerging from the hairy heart of the wound

And the fern is beautiful in it's own way
Uncurling in the dark
Beautiful with no one there to see it
As the wound weeps and aches


Marillion

Ilusão Celeste

O Sol no retrovisor faz-me sentir que a dia está a acabar...

domingo, março 08, 2009

Para mim, hoje é todos os dias!

...e muito caminho falta ainda percorrer.



WOMAN IN CHAINS

You better love loving you better behave
You better love loving you better behave
Woman in Chains
Woman in Chains

Calls her man the Great White Hope
Says she's fine, she'll always cope
Woman in Chains
Woman in Chains

Well I feel lying and waiting is a poor man's deal
And I feel hopelessly weighed down by your eyes of steel
[your eyes of steel]
It's a world gone crazy
Keeps Woman in Chains

Woman in Chains
Woman in Chains

Trades her soul as skin and bone
[You better love loving you better behave]
Sells the only thing she owns
[You better love loving you better behave]

Woman in Chains
[The Sun and the Moon]
Woman in Chains

Men of Stone Men of Stone

Well I feel deep in your heart there are wounds Time can't heal
[That time can't heal]
And I feel somebody somewhere is trying to breathe
Well you know what I mean
It's a world gone crazy
Keeps Woman in Chains

It's under my skin but out of my hands
I'll tear it apart but I won't understand
I will not accept the Greatness of Man

It's a world gone crazy
Keeps Woman in Chains
[gone crazy keeps Woman in Chains]

So Free Her So Free Her
So Free Her So Free Her
So Free Her So Free Her
[The Sun and the Moon]

So Free Her So Free Her
etc.

Tears for fears

sábado, março 07, 2009

A inutilidade dos ódios de estimação

"Aqueles que passam por nós,
não vão sós
e não nos deixam sós...
Deixam um pouco de si
e levam um pouco de nós.
"

O Pequeno Príncipe

sexta-feira, março 06, 2009

A indiferença que me vence

Há pessoas que não são capazes de pensar numa viagem sem pensar logo no regresso, que não são capazes de confiar sem pensar logo em trair, ler o príncipio dum livro sem pensar logo no fim, ou até mesmo comer sem pensar logo em emagrecer… Por vezes não sei se a minha inconsequência é um dom ou uma maldição, mas há dias em que me sinto assim, em que vivo assim, sem me preocupar muito se amanhã o Sol vai brilhar ou se vai chover, ou se eu vou estar cá para ver. Acho que a minha aversão a que me cobrem seja lá o que for vem daí, do assumir declaradamente a minha despreocupação. Mas não sou errante, tenho ideais, cultivo valores, honro compromissos e posso dizer com sobeja que a minha palavra vale ouro, já o provei.
A amizade colorida é apenas um nome que lhe dão, porque por mim, não me tendo comprometido (sublinhar bem esta parte), e não tendo exigido compromisso, vejo-o como um encontro fortuito, um momento de paz, uma interacção, uma troca, como duas formigas a correr em sentidos opostos, que se desviam do carreirinho e páram hesitantes em frente uma da outra como se se estivessem a cumprimentar. Sigo os meus impulsos, cumprimento a outra formiga, e deixo correr o mundo à minha volta. Hoje estou aqui, e isso é o que devia contar mais, mais do que saber se vou estar cá amanhã, porque amanhã posso estar noutro lugar, onde ninguém me venha cobrar por promessas que eu não fiz.

quinta-feira, março 05, 2009

Um dia s(em) sentido (contrário)

Saí já atrasado, de almoço no bucho e café no pensamento que a estrada não espera e o vento ainda podia trazer chuva. Fui de mota, andar atrasado dá nisto. Na Av. de Roma a reunião correu bem e a indumentária motard passou despercebida… Adivinhasse eu alguma vez que teria esta idade e que poderia (tentar) fazer negócios vestido de cabedal e nunca teria comprado tantos fatos de 3 peças que há mais de 2 mêses acumulam môfo no armário. Mas nem tudo foram rosas. Em moscavide perdi-me, eram 18:30h e ainda não tinha dado com o local onde era suposto estar 1 hora antes, e naturalmente começou a choviscar, felizmente foi só ameaço. Adiei Moscavide para outro dia, de qualquer forma o interesse não é inteiramente meu… Da Gare do Oriente ainda fui ao Poço do Bispo, mas sem avisar arrisco-me sempre a bater com o nariz na porta. Azarito. Resolvi voltar para casa, e não sei porque carga de água vim pela CRIL e pelo tunel do Grilo, mas enganei-me e fui sair a Loures. Voltei para trás outra vez, e enganei-me outra vez… e entrei na Ponte Vasco da Gama!
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Gosto muito de fazer incursões ao outro lado do Tejo, mas hoje por caso precisava de estar no Estoril à hora do jantar… Adiante, passei a portagem e segui a tabuleta que dizia “Lisboa pela Ponte 25 de Abril”, cometi algumas imprudências e excessos de velocidade, e em menos de 30 minutos já estava em Almada. Eram 20:30h quando me perdi na pouca força de vontade de cuspir para o ar, e rendi-me à incompreenção do que não consigo explicar, mais do que aceitar, e fui beber uma imperial e comer um daqueles pães com chouriço que tanto bem me fazem à alma. Afastei a ideia da presunção da cabeça e dei o benefício da dúvida à dúvida que me corroi por dentro cada vez que por ali passo… Soube bem ser bem recebido, é recorrente, ironicamente recorrente. Garanti os meus 2 dêdos de conversa que era isso que eu queria. Depois, atravessei a Ponte 25 de Abril em direcção a Lisboa como se o vento estivesse a favor, o que sem a ter atravessado à ida fez com que me sentisse meio perdido. Saí para Alcântara e fiz a marginal à tal velocidade, a velocidade que as curvas da marginal convidam, velocidade intensa, curvas intensas, vento na cara e maresia no ar. Parei em carcavelos para beber um meio no Windsurf café, porque tal como a Ponte e o Rio, o Mar também chama por mim. Ao chegar a casa continuei a sentir-me meio perdido, num dia sem sentido, e a luzinha intermitente do fixo trouxe-me um convite no voice mail. Calha bem, apetece-me ir beber um copo, e cada vez mais me convenço que o estado civil de uma mulher é apenas mais um acessório sem sentido. Vou fazer de conta que amanhã não é dia de escola, e que hoje foi dia de férias, porque perdi a manhã a procurar uma tarde perdida só para me encontrar perdido na noite. Volto amanhã.

Grisalho

À conta de não-sei-o-quê que se passou numa feira do livro em Braga, algo que li na diagonal num jornal qualquer, esta semana até os bloggers mais conservadores perderam a vergonha e não se coibiram de escarrapachar uma patchanga toda farfalheira nos seus blogs. É incrivel e começa realmente a ser saturante ter que levar com o mesmo quadro (que eu conhecia apenas de vista (!) e nem sei de onde) em tudo quanto é página de internet da blogsfera portuguesa. Ora como toda essa situação, por anedótica que tenha sido, me passou ao lado e eu até nem acho muita graça ao quadro, ao tentar alegrar um bocado a coisa no âmbito do que queria aqui postar hoje, produzi inadevertidamente este enfadonho em negativo frio e ao olhar para ele lembrei-me do desabafo recente de uma amiga que, ao mesmo tempo que me elogiava os cabelos grizalhos (enfim, umas brancas mal semeadas que me apareceram nos últimos 6 mêses), queixou-se de ter encontrado em si mesma um pêlo branco num sítio que ela lá sabe e eu só imagino... Ora nem é preciso dizer que invariavelmente na primeira oportunidade que tive escrutinei todos os recantos do meu corpo e da minha aparada pilosidade para ver se para além da barba e do cabelo, se tinha pêlos brancos noutro lugar qualquer... Não tenho.

quarta-feira, março 04, 2009

serviço público improvavel

Ao entrar numa Biblioteca Municipal à procura daquele livro de Marketing Estratégio do Kotler, que não se vende em Portugal, passei pela área de acesso à internet. Para minha escandalizada surpresa, um dos utentes estava a ler o blog da "Velocidade de Cruzeiro". Saí apressadamente em modo stealth, sem livro e sem buraco onde me enfiar, e durante alguns minutos, até chegar ao parque de estacionamento, não consegui evitar a paranóia de que estava a ser seguido...

terça-feira, março 03, 2009

Link

Generalidades inconclusivas, ou conclusões generalistas? AQUI

domingo, março 01, 2009

Ficou por assinalar...

...que este, aqui, tinha sido o post1.000 deste blog.