segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Para ti.

Trouxe-te comigo na memOria, na vontade emergente de voltar, na reciprocidade, no bem que me fazes e re-fazes e repetes e insistes em fazer, mesmo sem querer, simplesmente por assim ser. Trouxe-te comigo, estAs aqui.

Para mim.

A Lua iluminou o meu caminho.

Na memória trago os cheiros e o toque, o sabor do corpo e o som da voz que me embalou.
Trago o dia de amanhã.
Sinto-me a pairar sobre a realidade, sei que é verdade.
Voltei a casa, a noite levou-me a ver Mar, para eu sonhar.

Hoje sou um Oceano de Arinto, o mais fino dos vinhos brancos que bebo em ti.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Hoje a Lua é Senhora do meu destino


quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Zoom in

Zoom in & Zoom out

Obrigado Puto Sobrinho (irmão mais velho do Sobrinho Mitrado)

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Sal & Pimenta


...ia espetando o garfo na tua salada.

Interferência recebida por SMS

:-* o fluir das palavras é o tal frutifero. Cumplicidade, desabafo, dores e amores, desta feita trocamos fluidos (senti)mentais. Beijinho. A*

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Hoje dei ao (dece)litro

One in a Million


Responsabilidade partilhada, o poder de "um" no meio da multidão.

Imagem original "roubada" aqui (Gracias Chica!)
.

Proveta e Agulha

Foi girissimo, sentei-me, arregacei a manga, olhei para a agulha e...
"...Éh, espere lá, O Senhor sente-se bem? É melhor o Senhor deitar-se ali na marquesa, respire normalmente, vire-se para a parede"
É fácil de dizer, pois é.
Para que precisam de tanto do meu sangue, credo, sinto uma fraqueza enorme... Quem me vai dar agora uns miiminhos e uns doces para recuperar?
Algo está podre no reino da Dinamarca... Adiante.
Depois foi a cena da proveta, os gajos que inventaram aquilo devem ser uns gozões de todo o tamanho. Para começar fazem uma cena onde nem um dedo cabe, depois devem julgar que isto é uma torneira que abre e fecha à vontade do freguêz.
Foi uma aventura.
Bom, tampinha fechada, embrulhei aquilo nuns 20 toalhetes e toma lá isto ó meu, ainda está quentinho, safa-te!

Copinho e Seringa

Hoje acordei cedo e sem precisar de despertador.
Tenho mais uma consulta da Medicina no Trabalho, estou excitadissimo porque vou receber os resultados do electrocardiograma que me fizeram no mês passado. Também me vão fazer análises à urina e ao sangue.
Não me posso esquecer de não fazer um xixi quando entrar na casa de banho para fazer a minha rotina matinal, e de comer qualquer coisa antes de ser introduzido por uma agulha enorme numa veia e ser desfalcado de 2 decilitros (para quê tanto?) de sangue, para não desmaiar como em edições passadas. Pois é, Leão, Leão, Leãozinho.
Sobre o electroardiograma, na ultima vez o cardiologista era bastante falador, mas depois de olhar para o papel que saiu da máquina ficou mais comedido... fiquei intrigado.

Use the Pain



(...)
Use the anger
Paint a picture of it
Throw the colours
Use the pain, use the pain

Scream back a brand new emotion
As it runs across the skin
Fire across paper
Burn and curl, burn and curl

You thought you couldn't feel like this
But it's happening again and you're waking up in pain
Tattooed in that private place
Microsoft and tears
Intimately pierced

Discovering and remembering
You felt like this somewhere before
Stirrin' up the bed of the river
Somewhere you don't like to go

You wrote this down so many times
But you get up anyway and you write it down again
You've bored us all to death with this
Well who you gonna tell
When you've nothing left to sell
(...)

Marillion

Identidade Personalidade Ego Super-Ego Alter-Ego Alma Consciência Interferência

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Interferência

Consciência

Alma

Alter-Ego

Super-Ego

Ego

Personalidade

Identidade

Transportes Alternativos




...e tudo ficou mais fácil.

Transportes públicos

Eu cá sou bom
Sou muito bom
Eu cá sou bom, Sou muito bom
Sou sempre a abrir !
(...)
E sou tão bom
E sou tão belo
E sou tão alto
E sou tão forte
E tão gentil
Eu cá sou bom
Sou muito bom
Sou do baril
(...)

Xutos & Pontapés

Sou bom em muitas coisas.



Andar de patins não é uma delas!
.

3, 2, 1... nada!

A inspiração esvai-se
Mas a vontade fica
Ferida aberta que não sara

Grito e fico rouco
Grito o meu nome de louco

Sou vítima de quem fui

Nada!

Mas forço-me a escrever
E esforço-me em sentir
Reforço-me de prazer

A inspiração vem-se
Masturbação de emoções

Espasmos e orgasmos

Nada!

Desejo o que sinto
E sinto no desejo
Tudo aquilo que vejo

Invisto no momento
Que me traga alento

A inspiração sou eu

Nada!

Consciência Politica

Para mim, a ideia de viver num estado Socialista tem mais de exótico do que de prático, por isso mesmo vivo satisfeito neste oásis das tangas onde as revoluções não fazem correr sangue e as eleições são meros concursos de admissão aos quadros da função pública. A minha extravagância (ler a minha consciência politica) é partilhada pela maioria do colectivo, a diferença é que eu não nego ser extravagante, assim, viva a Democracia, viva a Liberdade, viva Portugal.

domingo, fevereiro 20, 2005

O Baden-Powell era um idiota!

Mais um Domingo, um igual aos outros não fosse o corre-corre de carros a estacionarem junto à minha antiga Escola Secundária (de S. João do Estoril), hoje batizada C+S.
À porta um escoteiro propôs-me adquirir uma rifa não sei de quê... "Então e a rifa que comprei nas Europeias?" Perguntei.
Não me saiu nada e ele continua ali a vender rifas em dia de eleições... Será emprego em part-time?
Não comprei rifa nenhuma desta vez.
Depois dirigi-me à sala de convivio, que cada vez que lá vou parece mais pequena, pequena demais para tantas memórias... Outro escuteiro prontificou-se a ajudar-me a encontrar a minha mesa de voto: "Quer ajuda?" e começou a folhear um maço de fotocopias com nomes e números... Esperei 5 segundos a observa-lo, depois perguntei: "Como me podes ajudar se não te disser o meu nome ou o meu número de eleitor?"
Corrigida a situação lá me indicou "Pavilhão D, mesa 10, vai por este corredor e vira à sua..." Interrompi-o. "Eu sei onde é meu, já lá andava nas aulas antes de tu nasceres"
Não posso deixar de me lembrar que sou a única pessoa que conheço que foi expulsa dos escoteiros, algo entre mim e a noção de autoridade/hierarquia que não liga muito bem, nunca ligou...
Depois de validar a Democracia dei uma voltinha a pé, fui atrás do Pavilhão A, ao cantinho onde costumavamos fumar às escondidas das Continúas. O nosso banco foi substituido por um canteiro sem flores e a àrvore onde copiosamente tinha gravado "Francisco + Marisa" (há 20 anos!) cresceu tanto que já não se notam as letras no tronco.
Fumei um cigarro, depois fui-me embora... Está um belo dia para andar de moto!

20246

"-Vai votar o eleitor número 20246."

X

"-Votou o eleitor número 20246."

sábado, fevereiro 19, 2005

Travelling makes the mind go vague

"Estou muito bem disposto, espero que dure até amanhã."

Assim me foi transmitido, assim passo a palavra. =o)

Signed: The Uninvited Guest

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Que seca de provérbios

Quem te seca teu amigo é.
No secar é que está o ganho.
Mais vale uma seca na mão do que duas a voar.
O que seca morreu de velho.
Nunca digas esta seca não apanharei.
Quem não tem cão seca com gato.
Camarão que seca a maré leva.

Lycra

Na segunda-feira passada o João (Um dos tais Amigos que vale a pena ter) anunciou que esta coisa de fumar não dura muito mais tempo para ele. Comentei que também sinto o mesmo sobre eu fumar e não tardou decidirmos inscrever-nos num ginásio para limpar os pulmões, cof, cof...
Ele decidiu, porque se separou recentemente e quer estar em forma para "agarrar" o Verão.
Eu decidi, porque engordei e quero estar em forma para me "agarrarem" no Verão.
Hoje já é sexta-feira e ainda não estou inscrito em lado nenhum, mas a vontade perdura, e o fumar também…
…há 17 anos (ou seja metade da minha vida.)
6205 Dias (give or take a few)
6205 maços (média ponderada de 1 maço/dia)
124100 cigarros! (Gigante, Ventil, Benson & Hedges, John Player Specials, Marlboro Lights)
1.085.875 Escudos (média ponderada 175$00/maço)

Pausa para me sentir estúpido!



Então ginásio, ok, não conheço nenhum (sugestões?)… Mas não posso só ir correr no paredão do Estoril?
Ginásio, bicicletas de aquecimento, espelhos, aeróbica, balneários...
O que será que lá vou encontrar?
Gostava de encontrar um tipo de ginásio que inventei há uns tempos… e fazer musculação até tombar, para depois me poder levantar!
Mas hoje já é sexta-feira...
"Estou? Xavale, como é a nossa vida? Já nos inscreveste lá no Holmes Place? Anda lá, vai lá tu e tráz os impressos, olha que aquilo há lá gajas na onda do body de lycra fluorescente!"

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

...e vão quatro.

Por este andar ainda vou sentir falta de me sentir ressacado. Talvêz amanhã...
...e não acho graça nenhuma a piadinhas do género "ricos empregos", o trabalho é duro, as piadas têm que ser contadas com a dose certa de humor e oportunismo, o riso tem que ser alto e a escarrapachar a cramalheira de orelha a orelha, mesmo quando não percebo as piadas que me contam, a cabeça tem que estar lúcida para calcular preços num guardanapo de papel ao qual não me posso assoar e por fim, ao fim do dia, a estupidez tem que ser emergente e natural para explicar sobriamente ao Sr Guarda que cambaleei a sair do carro porque o cordão do sapato ficou preso na embraigem.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Frutas

Sinto que tenho estado meio bezâno há 3 dias... Que dia é hoje?
Amanhã vou estar de ressaca, ainda não o sinto mas está no correio.
Fui eu que tirei esta foto.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Valentina

Hoje vou poupar aí uns 100 ou 200 Euros.

domingo, fevereiro 13, 2005

Paris - Dakar

Domingo, 13 de Fevereiro de 2005
Temperatura: min. 8ºC. max 18ºC, vento fraco, céu limpo

12:00 Partida. Largada , Fugida
12:30 Casa do Vitor e Selma, Ajudar no Jardim (Barcarena)
14:00 Jornal e bica no wind surf café (praia de Carcavelos)
15:00 Fósforos “Swan” na Papelaria Britânica (Cais do Sodré)
15:15 Tirar fotos ao Tejo (Zona Ribeirinha)
15:30 Últimos retoques no stand, ligar quadro eléctrico (Pavilhão Atlântico)
16:30 Bica na esplanada exterior (C.C. Vasco da Gama)
17:30 Encontro com António (Colega de pos-grad e co-aventureiro no Chile)
18:00 Fuga para casa

Não esquecer:
De ligar à Isabel sobre cliente de Israel
De ligar ao Sobrinho Mitrado (faz hoje anos, 27? 28?)
De ligar ao RanTanPlan sobre Cinema à noite
De levar o telemovel

The Invisible Man?

sábado, fevereiro 12, 2005

Descobrimentos

É fixe trabalhar ao Sábado, parece que o dia rende mais, há menos stress. Não ganho mais por isso mas se pudesse trabalhava todos os sábados... enfim, trocava-os pela segunda-feira.
A empresa onde trabalho vai estar presente num Salão Internacional esta semana, como a parôla das Relações Públicas está de férias e o salão é do interesse do meu departamento decidi ser eu a decorar o Stand.
Ficou fantástico, fiquei orgulhoso, vai ser um sucesso.
Depois fui dar uma volta no vasco da gama, estava cheio de gente, passei pelos cinemas e estão lá 2 ou 3 filmes que gostava de ver, talvez amanhã...
Mas não era nada disto que eu queria escrever, por isso este post até podia começar só aqui:
Porque será que as meninas que trabalham nas lojas dos centros comerciais parecem todas iguais?

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Irreverência

É dizer estou quase a chegar antes de sair de casa.
É molhar o pão no molho da travessa
É ir a um Bar de Alterne na véspera da reunião de vendas.
É pedir um “table” e falar ao telefone.
É dar uma volta à rotunda quando o caminho é em frente.
É vomitar de manhã e ir trabalhar.
É rasgar uma página do jornal do café.
É gritar-lhes ACORDEM estando cheio de sono.
É concordar e acrescentar um Mas
É ser desprezível gratuitamente.
É sorrir com vontade de chorar.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Ondas, Artes e Anas

Começo-me a aperceber que algo se passou com o meu calendário… Ainda ontem se aproximava o Verão e a loucura de ver futebol todos os dias, de ir a concertos e festivais, de passar noites em claro umas atrás das outras e os fins de tarde a lagartar ao Sol na esplanada da praia de Carcavelos!
Lembro-me que estava apaixonado e na demência dessa interferência até comprei uma moto.
Depois vieram tempos conturbados, conflitos e mal-entendidos, a paixão esmoreceu e a indiferença cresceu, o desprezo venceu.
O Sol escondeu-se e o Mar levantou-se…
O estigma do leão que se recolhe para lamber as feridas apoderou-se de mim e a minha rotina passou a ser ir ver o Mar (Ondas), ouvir música (Artes) e envolver-me com mulheres (Anas) fáceis.
Depois… depois o balanço que trazia a voltar para cima desde a última vez que tinha batido no fundo perdeu-se e voltei a cair, uma queda livre em câmara-lenta, um negativo em câmara-escura, um pixel a mais na fotografia digital.
-PUM!!
Bati no fundo outra vez, e… Ops! Volta cá para cima de novo, como um ió-ió…
Não haja dúvidas, tudo na vida se passa em ciclos, altos e baixos. Ciclos onde as artes e anas se fundem e me confundem: Esta música é tua, aquela música é dela e a outra perdeu o som. Ciclos.
Uma vez o meu Pai falou-me disto, dos ciclos de vida, altos e baixos que no total fazem uma continuidade homogénea… Falou-me disto quando eu tinha 10 anos. Devia ter esperado outros 10 se queria que eu percebesse à primeira… É que a vida ensinou-me que não é bem assim. Há interferências que se manifestam com mais intensidade que outras e provocam “picos” de frequência.
Essas interferências mais fortes alteram a tal continuidade, rompem a homogeneidade… e pergunto, porque será? São as sensações, a força das sensações, as… elas mesmas!
Cabecinha pensadora, tenho procurado desenvolver um modelo que identifique a que nível se passam as Interferências Sensitivas. Identificar é meio caminho andado para explicar, para perceber.

Algo se passou com o meu calendário, um pico, uma interferência rebelde que me atingiu como uma bala perdida e me fez interromper a continuidade das minhas Ondas Artesianas.
O calendário mostra 2005, é grave, não é bem o mesmo que acordar e ser outro dia… É outro ano! Onde está 2004?
Tinha tantas coisas para fazer…

Campanha eleitoral do P.R.S.F.

VOTA Partido de Rede Sem Fios, Viva o sistema de rede sem fios, Viva o Wireless!



Kinder-Toshiba

O meu novo Laptop, chegou hoje.

Já estava farto de ter que mendigar tempo de PC às pessoas com quem trabalho, algumas a quem não tinha nem sequer que pedir...

Duas semanas em que a pasta só trouxe papeis para casa, em que o trabalho para o dia seguinte só começou no dia seguinte, duas semanas na espectativa, mas chegou hoje, numa caixa de cartão e esferovite.

Nestas duas semanas a Isabel, mais uma vez, revelou ser uma excelente profissional e ajudou-me bastante, vou ter que comprar uma caixa inteira de ovos Kinder surpresa para o filho dela. Ovos Kinder... que ingratidão.







quarta-feira, fevereiro 09, 2005

O ecsirotr Mkra Tiawn era delxscio cmoo eu!

Eu sou disléxico.

Sou disléxico desde pequeno, mas nem sempre fui... Quando andava na escola era canhoto (nasci no dia mundial dos canhotos e tudo), mas a Dona Angélica entendeu corrigir-me... Hoje sou dextro a escrever e canhoto em quase tudo o resto, e naturalmente sou disléxico...

A disléxia (google) não é uma doença, é um sindrome. De um modo simplificado é um conjunto de sintomas que ocorrem a nivel do nervo óptico e que condicionam a forma como o cortex visual recebe as imagens transmitidas pelos olhos (atravéz do nervo óptico).

Na escrita e na leitura os sintomas de disléxia são variados (letras invertidas, letras espelhadas, letras omissas, acentuação/pontuação errada ou omissa, letras trocadas, fade-in, fade-out, etc...). O disléxico não escreve, ele desenha os simbolos que compõem as palavras. Curiosamente a disléxia só se manifesta nos alfabetos ocidentais (Romano, grego/cirilico, hebraico) e não nos orientais (Árabe, chinês, Japonês, Thailandês,...)

Mas a percepção da linguagem escrita é feita por toda a gente por um agrupamento de simbolos (letras) que compões noções (palavras). Assim, ao ler-se um texto, basta que a primeira e a última letra das palavras estejam nos sitios certos que a ordem das restantes letras que compõem a palavra não importa. Exemplo:

A anssitarua de um dexlcicso raarmntee é iaugl daus vzees sgeuadis.

Por isso acontece tantas vezes os disléxicos não saberem que são disléxicos. Eu só descobri aos 25 anos!

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Born to be wild (Quase)

Passou-se um feriado, um marco no calendário, uma rotina que se repete, desejada rotina de prazeres... Confundam-me com algum "easy rider" que não me faz diferença. O vento bate-me na cara, limpa-me a alma e só o poder pisar o traço continúo, metafóricamente que seja, é o suficiente para não me arrepender do investimento que fiz. Perguntaram-me se não gosto de andar a "dois"... Sim, gosto, tal como gosto de ir ao café e encontrar alguém com quem me sentar a tomar a bica. Mas a velha questão da quantidade v/s qualidade também conta.





Passou-se o dia, fiz mais de 200 kilometros e acabei em beleza... Li o jornal, apanhei séca à espera do café no "Alcatruz" mas só o Pôr-do-Sol valeu a pena, vale sempre a pena.

O João convidou-me para ir jantar a casa dele... "Estou aí às 8h"

É bom ter amigos.

.

Carnaválicum

No espaço de 3 dias houve 3 pessoas que me perguntaram se estava mais magro... É estranho porque estou 3 kilos mais gordo do que estava no verão (...e eu achava que estava gordo no verão!). Possivelmente é o efeito "pêra e bigode" outra vez... Ou o cabelo curto? Estarei a engordar nos sitios errados do corpo? Estarei mascarádo de magro? Com 75 Kilos?

Então e se eu me tivesse mascarádo de André?

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

A adaptação dos sentidos

Vejo uma mancha, uma tonalidade de cinza que tinge o ecran... Não vejo nada sem óculos.

Ouço música, sinto o cheiro do Verão ainda distante, falo sózinho e toco no mundo.

Vejo a vida assim, enublada.

O princípio foi há tanto tempo, foi um começo, fartei-me de o escrever, descrever, re-escrever, ler e re-ler... Fartei-me de o viver, intensamente, re-viver apaixonadamente, e lembrar, eternamente. Escrever mais, e mais, e mais...

Escrever até vir um re-começo, vem sempre...

"E entretanto o tempo fez cinza da brasa

e outra maré cheia virá da maré vaza

nasce um novo dia e no braço outra asa"


Já me acusaram de viver atormentado com o meu passado, como se o passado fosse um mal que me consome, um virús que me deteriora por dentro, um ácido que me corrói a alma... Acusaram-me, senti-o, acusaram-me de viver no engano que o passado é muito bom. Acusaram o meu passado de ser fonte do meu mal... Acusaram-me de ver e re-ver no passado alguém que já não sou.

Não vejo mais do que uma mancha de cinza que tinge o ecran, mas ouço os putos que gritam e brincam à minha volta, sinto o cheiro do fumo do cigarro, falo sózinho e martelo nas teclas com força demais.

Sinto o passado e sei porque sou assim. Sinto o presente e sinto quem sou, lembro o (meu) passado e sei exactamente porque sou assim, e sei para onde vou.

domingo, fevereiro 06, 2005

Isto é meu, faço d'isto o que eu quero!

Ontem fui passear de moto, não estava frio e como tive que adiar a viagem a trás-os-montes aproveitei o dia para fazer coisas que gosto de fazer.
Armado de bloco e canêta, de máquina fotográfica e de blusão aí fui eu... Descobri um café em Paço d'Arcos com um nome giríssimo.

Parei, tomei um café e só tive pena de não estar inspirado para escrever uns versos... mas tirei uma foto.
O resto do dia foi passado entre Lisboa, Amadora, Queluz, Oeiras, Cascais e de volta à base ao cair da noite.
Passei pelo VideoClub e busquei 3 DVDs (promoção de fim de semana), depois jantei, fui ter com um povo amigo ao "Flôr", depois voltei para casa e vi 1 filme... Enfim, a intenção era essa, mas adormeci no sofá e que bem que me soube...
Hoje naturalmente acordei tarde, e passei o dia em pijama a improvisar com o template deste blog, do meu blog, o blog das Interferências Sensitivas.
Mudei isto tudo, meio por querer meio sem querer mas o resultado é este, para já...
No processo de mudança pensei nas razões que me levaram a fazer este blog, no estado de espírito que tinha quando o criei, nas causas desse estado de espirito e sobretudo no quanto as coisas mudaram para mim desde então... Mudaram, bastante.
Assim, nesse contexto de mudança, o conteudo o meu blog continuará a espelhar o efeito que têm em mim as coisas que vejo e que sinto, as minhas memórias e as minhas mágoas e ainda as minhas loucuras e aventuras, e tanto mais que me apetecer aqui escrever.
No formato contudo, haja luz e clarividência, as interferências não são estáticas e o "Invisible" não é só um URL comprido, é um gajo, tem um nome.

Chamo-me Francisco, prazer em conhecê-los!
.

Barro, o bom do barro

Lembro-me de aqui pedir uma vez uma ajudinha...

Nessa altura alguns amigos responderam e solucionei o problema. Lembro-me de ter feito um copy/paste do template das interferências e o ter guardado no disco... "Para o que der e vier" pensei...

...e aqui está ele, tudo voltou a funcionar.

Agora é só formatar.

Ufh.......

sábado, fevereiro 05, 2005

Sem barro na parede

Pois é, resolvi alterar umas coisinhas no template ao mesmo tempo que via futebol na televisão... O resultado foi que maçarrei e lixei esta merda toda!!! Ainda por cima o Estoril perdeu, Bolas!

Tive que ir "roubar" os settings de outro blog e lá consegui voltar a pôr esta coisa online, e dou-me por muito feliz de não ter perdido os Posts e os Comments, mas a barra lateral com links, tagboard, trofeu, etc... morreu!

Bom, vou arranjar isto assim que tiver tempo, sorry.



Mas as interferências são isto mesmo, são momentos que chegam nas mais variadas formas, que interférem comigo, que me moldam e me fazem molda-las a mim.



Tirei umas fotos giras hoje... depois mostro.



Por incrivel que pareça hoje estou feliz.


Ninguém leva a mal

Afinal não fui ao Bauhaus, não fomos... outros valores mais altos se elevaram. Fica para o mês que vem. Fica para daqui a 9 mêses!!!

Entretanto, no seguimento deste post do Verão passado e desta frase que o descodifica...

Parabéns ao Fred que vai ser Papá 1ª primeira vez, parabéns ao Pinto que vai ser Papá pela 2ª vez.


De resto, é carnaval, ninguém leva a mal

.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Put on your red shoes and dance the blues

Hoje é a primeira sexta do mês.

Mais uma vez vou ter com os Filigrees, vamos jantar naquele restaurante escondido em carcavelos ao lado da Igreja ("O Cocas" acho eu) tal como fazemos nas primeiras sextas do mês desde há quase 2 anos...depois vamos invariavelmente ao Bauhaus (Antigo "Ronda 77" no Monte Estoril), é a noite do rock, e desta vez com sabor a carnaval... Por mim dá no mesmo, nestes dias visto a capa de Jurassico trintão e vou lá numa de revival das idas ao 2001... No século passado!

Está visto que amanhã vou para trás-os-montes ressacado!



PS: Apesar do "One in a Million" não estar presentemente online, acabei hoje de escrever o capitulo XVI, e coloquei-o aqui ao lado no fundo da coluna. Só para improvisar.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

O teu Post é o meu Post

Eu blog, me confesso.



Já existo há três anos mas com muitas interrupções. Apenas 14 meses de escrita. Uns 262 posts se não me falham as contas. Confesso que em 2004 a vontade esmoreceu um pouco e Rantanplan tornou-se preguiçoso. Isto não é fácil, eu sei...todos os dias novas ideias. Por vezes, abrir o coração ao pontapé e até à chaga. Sim, o problema é da chaga, mas não essa chaga. Estou a falar da chaga do Rantanplan que não dá corda à caneta. O que seria de se esperar de um indivíduo com nome de cão estúpido? Antes Jolly Jumper.



No início eram rosas. Ou era o verbo? Não... eram rosas sim senhor. Eu era feliz. Sempre coisas para dizer. Letras para carregar com orgulho e às vezes sem orgulho nenhum. Depois veio a solidão. Rantanplan abandonou-me quase por completo. O gajo quase desitiu. Até deixou de pagar a anuidade de 2004. Sim porque eu sou a pagar. Mal de mim se o fornecedor não lhe bate à porta, seu caloteiro de merda. Quase vacilo nesta amargura. Agora de repente...por causa de uma Interferência Sensitiva, eu sinto-me renascer. Levantei-me das cinzas, caminhei por elas como uma salamandra humana, abri as portas da ansiedade, fechei as da solidão e sinto-me vivo novamente. Rantanplan voltou. Antes fosse outro qualquer, mas o que posso fazer? o que interessa são as letras, mesmo que desordenadas e descompassadas.



* February 2005 (1)

* January 2005 (11)

* December 2004 (1)

* June 2004 (1)

* May 2004 (2)

* April 2004 (6)

* March 2004 (6)

* February 2004 (12)

* January 2004 (38)

* December 2003 (26)

* November 2003 (32)

* October 2003 (33)

* September 2003 (46)

* August 2003 (47)



em Janeiro renasci timidamente e voltei a ter posts que se vejam. Ou melhor que se leiam. Ou melhor...que ocupem espaço algures num servidor na Marinha Grande. É onde estou...acho eu. Ou será Leiria?



Rantanplan passou-se e voltou ao teclado. Lavou-me a cara, fez-me uns retoques de cosmética, pois a essência, ou a falta dela, são as mesmas. Deu-lhe gás e voltou em glória.Mas o mais importante não foi isso. O melhor de tudo foram os comentários. Finalmente vão poder responder, opinar, interferir (como se faz por aí), gargalhar, vomitar, engasgar, engavetar, transbordar, sonhar, reflectir, concluir, atabalhoar, mentir , sonhar mais ainda, corrigir, desorientar, confundir, acabar, começar, sentir...e começar a sentir.



Escrever. Vão poder escrever. Afinal o X da escrita é mesmo isso. São a escrita+o xis. O xis é a variável que assume qualquer valor e que não tem identidade. O X é qualquer um de vocês.Agora opinem por favor que o Rantanplan deixou de olhar o umbigo e eu Blog, confesso que, agora, sou universal.



RanTanPlan


I'm Lovin' it

Lido no toalhete do tabuleiro onde comi um DoubleCheese e um Sundae de caramelo.



Adoro viajar. Conhecer novos lugares, novas pessoas e línguas diferentes. Quando viajo, esqueço os problemas, as obrigações, e vivo cada imprevisto com o sabor de uma grande aventura. E agora, de malas feitas, com bilhetes na mão, sinto-me pronto para tudo!



quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Redundância Necessária

Para aqueles que chegaram atrazados, e para os que compraram os bilhetes mais baratos, vou repetir, estão prontos? Aqui vai: ARRUACEIRO!!!



I will scream again

"I am perfectly sane"

But I am

The Invisible Man



Marillion

.

Let there be rock

Com um simples rodar daquela rodinha de scroll down que alguns ratos têm no meio dos dois botões é fácil ficar a perceber que a música é uma fonte de “Interferência Sensitiva” deste que aqui escreve. A música é uma constante para mim, não consigo contemplar um dia sem ouvir música. Assim, a música apresenta-se na minha vida como um catalisador, uma válvula de segurança que permite escoar as sensações, sentimentos e emoções (e memórias) que doutra forma ficariam enclausuradas dentro de mim. Se eu não estivesse equipado com este dispositivo sei que explodia mais tarde ou mais cedo...

...e gosto de pensar que há mais gente como eu, sei que há.

Na música tudo tem uma propriedade especifica: A melodia, os instrumentos, a voz, a letra e nesta última o potencial de eu me rever nessas palavras cantadas.

Isto tudo para anunciar que neste site Song Lyrics encontrei um “gizmo” novo e equipei a coluna aqui do lado direito uma nova aplicação de pesquisa de letras de músicas.

Sei que vou usá-lo frequentemente para pesquisar o que de uma forma ou de outra, se enquadra na forma como a música interfere comigo.

Tal como o Tag Board está ao dispor, este também está.



Let there be light

And there was light

Let there be sound

And there was sound

Let there be guitars

And there were guitars

Let there be rock

Let there be rock…



AC/DC

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Trapézio Voador, coerência, coerência

Névoa, névoa, bruma no meu olhar, esvanecida a névoa, está tudo no olhar, no perceber, lembrar... Gostava de corrigir, de voar a gritar "hello, hello" e aterrar. A névoa aparece, esvanece e desaparece... -Olha, está ali o Mar! Tenho uma máquina do tempo, tenho o Sol no meu olhar, que me faz voar só de pensar, e lembrar, lembrar, lembrar, sim, para sempre lembrar... Faz parte de mim.



Don't believe what you hear

Don't believe what you see

If you just close your eyes

You can feel the enemy

When I first met you girl

You had fire in your soul

What happened your face of melting in snow?

Now it looks like this

And you can swallow

Or you can spit

You can throw it up

Or choke on it

And you can dream

So dream out loud

You know that your time is coming 'round

So don't let the bastards grind you down

No, nothing makes sense

Nothing seems to fit

I know you'd hit out

If you only knew who to hit

And I'd join the movement

If there was one I could believe in

Yeah I'd break bread and wine

If there was a church I could receive in

'Cause I need it now

To take the cup

To fill it up

To drink it slow

I can't let you go

I must be

An acrobat

To talk like this

And act like that

And you can dream

So dream out loud

And don't let the bastards grind you down

Oh, it hurts baby

What are we going to do?

Now it's all been said

No new ideas in the house and every book has been read

And I must be an acrobat

To talk like this

And act like that

And you can dream

So dream out loud

And you can find

Your own way out

And you can build

And I can will

And you can call

I can't wait until

You can stash

And you can seize

Responsibilities

And I can love

And I can love

And I know that the tide is turning 'round

So don't let the bastards grind you down



U2

.

Água

Não vejo o Mar há tanto tempo, não o sinto, desapareceu...



So where did you go?

Where do you go in the Big Sleep?

Going out in the Deep Sleep

Is where you're wandering now...

Drifting in wildlife

And still you're wandering now



We were on the top and the world was spinning

We were only young in the whirlpool of warning

Communication lost in the thundering rain

A shelter from the storm in the early beginning

Going out in the Big Sleep

Could have been years, you know it could have been years

Or only seconds ago



Where are you now?

Now that you're up in Big Sleep

Valuable friend

They saw you leaving this way

So where did you go?

Immaculate friend



For a lifetime I'm grateful

And it's only seconds away

Big Sleep, Deep Sleep

For evermore

If only you could see me

If only you could see

Forever



Coming home in the Big Sleep

Coming home



Simple Minds

.

Géniozinho

Uma guerra, outra, uma voz que se cala na derrota e outra que se eleva na alma, uma dúvida, incerteza... "Quando?" Mas a esperança não morre, porque há o Sol, e enquanto houver Sol há esperança... Mas então e o Mar? e a esperança no olhar? nas guelras secas de sal, na voz rouca, na voz... "Às armas, às armas!" O Sol iluminará o meu caminho. Falar, palavras, ondas de som... ...e falamos, salivamos, trocamos ideias e resolvemos problemas... Mas eu não sou eles, sou eu, grita a minha alma "Alô? Sou eu, sou eu, estou aqui!..." Sangra o meu coração, cicatrizes mal curadas, feridas abertas, imune, imune, imune... Mas continuo a falar... Só me calam quando me matarem.

Vou contar uma história: Era uma vez um puto com medo do escuro, sobrevivente, vidente, sempre em frente... Porquê guerrear quando podemos a falar?



There's a silence surrounding me

I can't seem to think straight

I'll sit in the corner

No one can bother me



I think I should speak now

Why won't you talk to me?

I can't seem to speak now

You never talk to me...

My words won't come out right

What are you thinking?

I feel like I'm drowning

What are you feeling?

I'm feeling weak now

Why won't you talk to me?

But I can't show my weakness

You never talk to me...

I sometimes wonder

What are you thinking?

Where do we go from here

What are you feeling?



It doesn't have to be like this. All we need to do is make sure we keep talking



Why won't you talk to me?

I feel like I'm drowning

You never talk to me...

You know I can't breathe now

What are you thinking?

We're going nowhere

What are you feeling?

We're going nowhere

Why won't you talk to me?

You never talk to me?

What are you thinking?

Where do we go from here?



It doesn't have to be like this. All we need to do is make sure we keep talking



Pink Floyd

Arruaceiro Moderado

O frio mantém-se, invisivel, frio. Vejo bem o traço contínuo, piso-o, repetidamente, um risco calculado, um mal necessário e lembro-me das palavras de um homem mais velho "Uso a caneta que é a minha baioneta", cuspo as palavras como uma ejaculação verbal, infernal, terminal.



I am the assassin,

with tongue forged from eloquence

I am the assassin,

providing your nemesis

On the sacrificial altar to success, my friend


Unleash a stranger from a kiss, my friend

No incantations of remorse, my friend

Unsheathe the blade within the voice, my friend

(...)

Listen as the syllables of slaughter

cat with calm precision

Patterned frosty phrases rape your ears

and sow the ice incision



Apocalyptic alphabet casting spell

the creed of tempered diction

Adjectives of annihilation bury the point beyond redemption

Venomous verbs of ruthless candour plagiarise assassins fervour

A friend in need is a friend that bleeds

Let bitter silence infect the wound

You were a sentimental mercenary in a free fire zone


Parading a Hollywood conscience

You were a fashionable objector with a uniform fetish

Pavlovian slaver at the cash till ring of success

A non com observer - I assassin the collector - defector



So you resigned yourself to failure, my friend

And I emerged the chilling stranger, my friend

To eradicate the problem, my friend

Unsheathe the blade within the voice



I am the assassin

I am the assassin



And what do you call assassins who accuse assassins anyway, my friend?



Marillion