quarta-feira, dezembro 31, 2008

Uvas-passas e moscatel com sabor a mel

...e enquanto na cozinha a azáfama dos doces, do champagne e das uvas-passas corre comigo de lá para fora, refugio-me na janela do meu quarto. Um cigarro, um som qualquer a tocar directamente da Internet, um telemovel na mão. É o momento ideal para agradecer e retribuir uns quantos votos de feliz ano novo... Mas não, hoje rebentei com o saldo todo durante o dia e o saldo que me resta agora não chega para todas as mensagens que devia enviar; tenho que ir fazer um carregamento... Da janela vejo a rua, deserta demais para esta hora num dia de semana, mas também hoje não é um dia qualquer... Sem me aperceber, mentalmente, passo em revista o ano que hoje termina...
-Fôda-se!
Farei o balanço deste ano brevemente, é imperativo não voltar a deixar a minha vida descarrilar outra vez. Quanto às mensagens, por agora não me apetece ir à rua, e ainda tenho saldo para 4 mensagens. Vou gastar 3 a declinar convites para reveillons acelerados, porque hoje, este ano, para variar, para me redimir, vou dedicar o meu tempo exclusivamente à minha família. Assim, vou guardar apenas saldo para enviar uma mensagem, para enviar os meus votos de feliz ano novo, a alguém, vou escolher alguém...
Mas quem?...

tic-tac tic-tac tic-tac...

Retrospectiva de 2008 ou Introspectiva de 2009...?

5 à Séc só amanhã

Acordei a pensar que tenho que ir pôr 2 fatos na lavandaria...
Mas agora só p'ró ano!

terça-feira, dezembro 30, 2008

...e o mel que não me larga!

segunda-feira, dezembro 29, 2008

...e uma vontade de rir, nasce do fundo do ser...




Homem do leme - Xutos e Pontapés

Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai?
Uma luz no escuro, brilha a direito
ofusca as demais.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prende-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem ja nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo do mar
ja sem os outros, os que la ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno, lá encontraram.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prende-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem ja nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo horizonte
sopra o murmurio, para onde vai?
No fundo do tempo
Cresce o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

domingo, dezembro 28, 2008

1/2 dúzia de Kbytes

As mensagens de Natal deste ano deram conta da memória do meu telemovel. Enquanto apagava algumas das mais de 300 mensagens antigas para arranjar espaço para mensagens novas, mais uma vez, encontrei verdadeiras pérolas, e mais uma vez, algumas, não apaguei.

"gosto tanto de ti" exactamente como o dizes, estremece me. E fico a imaginar que passas as maos pelo meu corpo completamente despido de pudor, que trocamos mais do q saliva em beijos de desejo, expostos, sem fim, tao provocadores do sexo e q me les o olhar enquanto entras em mim. Apeteceu me explicitar te os meus pensamentos eroticos!

sábado, dezembro 27, 2008

Da janela do meu quarto

Nunca gostei particularmente do “Mira Gare”, de todos (tantos) os cafés que existem aqui nas redondezas o Mira Gare nunca me atraíu… Talvez seja porque de simples café familiar onde o meu Pai me levava nos anos 70, passou a ser cervejaria nos anos 80 e é pastelaria desde os anos 90, mudou de gerência várias vezes mas nunca mudou de nome, e com uma certa frequência que lá se começou a instalar ganhou reputação de café mitra. Contudo vejo-o da janela do meu quarto, recorrentemente, sobretudo desde que decidi não fumar dentro de casa. Hoje, que é Sábado, resolvi não pegar no carro nem na mota (está a chover) e em vez de ir tomar café ao “Flôr” (outro café) ou à esplanada da praia, atravessei a estrada e fui tomar a bica ao Mira Gare. Intragavel, ainda por cima tinha a minha marca de tabaco esgotada. De facto, a melhor memória que tenho do Mira Gare é mesmo de me baldar às aulas de natação para ir lá jogar PacMan e Space Invaders a 5$00 a partida, em… 1982, 83…?
Adiante.
Ontem fui passear pelo paredão até Cascais, fui com o Bicó e com a Lucinda. Já não via a Lucinda há mais de 10 anos (desde que voltei para aqui tenho reencontrado pessoas que nunca mais tinha visto). É giro ver uma gaja com 35 anos a ter o mesmo comportamento que tinha com 20 e ao mesmo tempo a dizer-me embasbacada que eu mudei tanto… Tendo em conta que tinhamos grandes discussões sobre tudo e mais alguma coisa, não me foi dificil constatar, após 2 ou 3 horas de amena cavaqueira, que a ter havido mudança em mim, terá sido de me ter tornado condescendente, tolerante e recentemente algo cínico, mediante a ocasião e o interlocutor, ou seja, ouvir alguém desbobinar o sexo dos anjos e fazer um sorrizinho amarelo como quem concorda com todas as bujardas que ouve. Não obstante, a conversa foi suficientemente interessante para eu ter também falado do sexo dos meus anjos. Às vezes numa conversa, o mais importante não é a qualidade do que se diz, é a qualidade de quem ouve.
No regresso do passeio, já de noite, ao chegar perto da Praia da Poça, cruzamo-nos com um bando de potenciais assaltantes. A minha adrenalina disparou em sobressalto e fiquei com os sentidos todos alerta… Prefiro pensar que o meu ar de arruaceiro chegou para os demover da clara intenção de nos assaltar, mas sei que se o tivessem feito, provavelmente neste momento não tinha telemovel e talvez tivesse levado mais uma facada para a coleção… Enfim, ao chegar a casa exerci o meu dever cívico e preveni a polícia.
De facto a Lucinda tem razão, eu mudei.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

GNR - "Piloto Automático"


Defeitos especiais

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Natal (por sms)

Paco, ajudas-me a distribuir os presentes?
Não posso, tenho que fazer o controlo de qualidade às rabanadas...

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Votos de Natal

-Let's fuck Christmas together!

On top of a girl, like a dream in a hotel


Há uns anos a noite passada dava direito a dote e a casamento!

Hoje em dia dá direito a fazer revisões de matéria dada.

...e agora, Lisboa!

- Hoje é Natal.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

On top of the world, like a flag on a mountain

Saí de Lisboa já tarde, Domingo ao fim da tarde. O AX desta vez não veio carregado, apenas eu, uma muda de roupa, uma vontade maior que o mundo e o frio da noite no horizonte. Fiz as escalas do costume, um café aqui, uma xixi ali, uma foto acolá… Decidi vir pelo Porto (ver post abaixo), um jantar no restaurante que era do costume, uma broa de Avintes, uma familiaridade genética com a pronúncia. Naturalmente que nem tudo pode correr bem, por isso ao entrar na A4 apercebi-me que tinha deixado o cartão multibanco na bomba de gasolina em Coimbra… Volta para trás, um bónus de 200 Kms extra para abrir a pestana. Fiz o tragecto num instante.
Em Coimbra entrou em prática aquela minha teoria de resolver problemas inesperados como forma de constatar que cada complicação que resolvo é uma tabuleta a indicar-me que estou no bom caminho. O AX ficou sem travões, enfim, ficou sem servo-freio (os travões são assistidos por uma bomba hidraulica que pifou) o que reduz a capacidade de travagem para muito menos de metade. Ainda ponderei ficar por lá num hotel ou numa residêncial e levar o carro a uma oficina hoje de manhã, mas a vontade de avançar era mesmo muita e de qualquer forma nesta fase da vida não tenho nada a perder, nada que possa muito querer ter.
O IP3 foi feito a uma média de 90Km/h, cada descida abrandada com o travão de mão e cada curva mais atrevida foi negociada com a caixa de velocidades. Na A24 apanhei gelo em certas passagens e isso, nem com travões de F1 se consegue travar - valham-me os anos de experiência a conduzir em Inglaterra.
Os 40 Kms de IP4 no fim da viagem também foram copiosamente geridos e como o excesso de confiança reduz os indices de atenção, já na N212, a 10 Kms do destino, despistei-me numa curva, saí da estrada, subi uma ladeira de mato serrado em peão e bati num pinheiro, o que serviu para travar. Nada de grave, uma gargalhada, uns gritos selvagens a cortar o silêncio da montanha, como quando se apanha aquela onda perfeita, como uma descarga de adrenalina a roçar a overdose, e um cigarro. Depois foi prender o pára-choques solto com uma corda e seguir viagem. Conheço a estrada como a palma da mão, além disso, para não ganhar mêdo, como quando caía de mota ou de cavalo quando era puto, volta a montar, mesmo com os joelhos esfolados. Não tenho nada a perder…
Nesta noite, há exactamente 1 ano atrás, apanhei um dos maiores sustos da minha vida ao ter que levar a minha Mãe de urgência para o Hospital a meio da noite. Espero nunca perder a minha frieza, a calma e a objectividade nos momentos de urgência e de crise, é o que me tem valído em inúmeras situações. Hoje de manhã, ao abrir a janela, o dia brindou-me com uma paisagem vaporosa de cortar a respiração.
Entretanto a minha mãe tem um cão novo, ainda não tem nome...

Numa conversa no messenger: "Só tu para retirares adrenalina disso"

domingo, dezembro 21, 2008

Porto - Campanhä

Ao ritmo de 1 vitoria por dia, gradualmente, sereno e confiante, reponho os niveis de normalidade na minha vida

Anúncio de 1919

Este anúncio foi publicado em 1919, logo depois do início da proibição da
venda e fabrico de bebidas alcoolicas nos EUA (a famosa Lei Sêca)



Agora olhe bem para elas e responda:
Deixaria de beber?

Postado directamente por email no "Velocidade de Cruzeiro" pela Smootha do blog Lua Secreta.

sábado, dezembro 20, 2008

Curtas de Sábado à noite

  • Muito interessante (e coincidente) o artigo na revista do Expresso de hoje sobre as mulheres acharem que os homens se estão a tornar chatos. Deu-me que pensar.
  • Não sei quando, nem onde e nem sei bem porquê, mas sei que mais tarde ou mais cedo é provavel que venha a ter que andar à chapada com um xavale que nem sequer conheço… e já sei que depois vou sentir remorsos.
  • Há 2 semanas ofereci à minha Mãe um televisor LCD de 107 cms e um FAX. Não contei isto a ninguém. Hoje descobri que consigo enviar faxes do meu telemovel.
  • Uma amiga minha acha que nós temos muitas coisas em comum. Pessoalmente acho que ela tem muitas mais qualidades que eu, mas não lho disse.
  • Se o “Simplex” funcionasse em condições, este ano eu teria um almoço de natal de empresa - Literalmente. Mas seria eu a almoçar sozinho! Tem sido Natal quase todos os dias.
  • Não consegui explicar ao mecânico que o assento do carro se partiu durante uma trepa à má fila no estacionamento do “Jezebel”.
  • Ontem ví uns combates de thai-boxing na Sport TV 2 e fiquei com saudades de ter outra vez 20 anos. Já não consigo fazer a esparregatta…
  • Não tenho asma há 6 mêses, e há 6 mêses que sou solteiro. Será coincidência, incidência ou sobrevivência?
  • Hoje não tenho programa e amanhã vou a Trás-os-Montes. Acho que preferia que fosse ao contrário.
  • Se colocar no prato de uma balança tudo o fiz pelas outras pessoas e no outro prato tudo o que as outras pessoas fizeram por mim, não tenho dúvidas de qual pesa mais.
  • Já começaram os SMSs e Emails com mensagens de Natal. Este ano vou ser original e vou tentar dar os votos de boas festas pessoalmente. Era o que fazia antes destas modernisses.
  • Aqui há uns tempos fui confrontado com esta pérola: “O Francisco é um chato”. Ignorei e encaixei o melhor que pude, mas vindo de onde veio custou-me a engolir…

A inteligência emocional e a gestão de conflitos

Inteligência Emocional - É a expressão da moda. Uma nova disciplina das Ciências Sociais que aplica a Psicologia Comportamental ao estudo das Organizações e das relações entre grupos. Pode ser aplicada tanto na Gestão de grupos como na Gestão de relações interpessoais. A Inteligência Emocional explica-se como sendo a habilidade que se tem para aperceber-se, avaliar e gerir as emoções, tanto as próprias emoções, como as emoções dos outros ou até as de um grupo. A Inteligência Emocional, nestes termos, pode servir para beneficiar a capacidade pessoal para gerir conflitos. Mas que conflitos são esses? Sabe-se dos conflitos que estes existem e são inevitáveis, isto porque haverá sempre pessoas com opiniões, ideias e pontos de vista diferentes umas das outras. Existem 2 níveis distintos de conflitos: Interpessoais e Intergrupos. Identificar as fontes de um conflito não é uma tarefa evidente pois geralmente os conflitos suscitam emoções, sentimentos ou ressentimentos, que muitas vezes tendem a ofuscar a verdadeira causa ou origem do conflito. Os métodos mais comuns, mas sem serem necessariamente os mais eficazes, para resolver conflitos são os seguintes e explicam-se per se: A Negação, a Confrontação, e a Arbitragem por uma parte alheia. Sabe-se que a maior parte das situações de conflito resultam primordialmente da interacção entre indivíduos ou entre indivíduos e entidades (onde os interlocutores responsáveis por estas são... indivíduos também, imagine-se!) No nosso quotidiano, enquanto indivíduos, interagimos em permanência com outras pessoas ou com entidades, o que, mais tarde ou mais cedo, culpa nossa ou não, pode resultar em situações de potencial conflito.É nesses momentos que importa fazer apelo à inteligência das nossas emoções para resolver esses conflitos. Isso deve ser feito tanto quando estamos no papel de moderador do conflito (no caso de conflitos nas organizações) como quando estamos directamente envolvidos no conflito (no caso de conflitos nas relações interpessoais). Quer o bom senso que as situações de conflito estejam no topo da nossa agenda de assuntos a resolver. Assim, numa organização, a Inteligência Emocional é essencialmente uma ferramenta da Gestão de Recursos Humanos, mas que curiosamente está presente em todos os indivíduos dessa organização, pois na sua génese, é uma característica individual, intrínseca, mensurável e tem a particularidade de poder ser desenvolvida. Considerando que o Homem funciona numa base emotiva que o distingue dos outros animais, a Inteligência Emocional é então um pacote de habilidades mentais, comportamentais, emotivas e reactivas, que nos permitem facilitar a forma como interagimos com os demais através da percepção das emoções envolvidas nessa interacção. Desengane-se contudo quem julgar que ser-se Emocionalmente Inteligente é um atributo ou uma vantagem qualquer que os outros não têm, pois não é bem assim; A Inteligência Emocional é uma espécie de pêndulo moral que dita a nossa conduta face a tudo o que nos rodeia. Pode ser usada para gerir e solucionar conflitos, mas se for combinada com características individuais comuns como a falsidade, a manipulação, a mentira e até a cobardia, serve apenas para provocar, promover e alimentar novos conflitos. É algo bastante comum e não é o que se pretende, porque isso corrompe a noção em si de Inteligência Emocional, e dessa forma o que poderia ser uma habilidade não passa de uma vulgar forma de “estupidez emocional” e nunca de inteligência. Ora como vivemos em comunidade e não somos eremitas que se possam permitir enfiar a cabeça na areia e ignorar a realidade à espera que os conflitos se resolvam sozinhos, ou seja, como vivemos em permanente interacção social e pretendemos viver em harmonia com a nossa comunidade, temos que ter a habilidade e maturidade mental e emocional suficientes para discernir que a gestão de conflitos passa em primeiro lugar pelo enfrentar da realidade, pelo identificar das causas do conflito e da sua origem. Apenas depois desse passo inicial se pode considerar uma resolução; dito de outra forma, como diz a sabedoria popular, é preciso saber “agarrar o boi pelos cornos”, dar a cara, enfrentar e mesmo confrontar e por fim resolver. No mínimo é preciso conseguir assumir consigo próprio que se está em situação de conflito, e a partir daí agir para resolver o conflito. Isto não esquecendo que são sempre precisos “dois para dançar o Tango”, por isso convém também saber estar alerta para evitar eventuais golpes baixos, coisa que é frequente nas situações de conflito. É assim que a Inteligência Emocional pode servir para gerir e solucionar conflitos. O exemplo mais recente que temos de gestão de conflito com recurso à Inteligência Emocional é amplo e à escala Nacional (e neste caso foi moderado pelo factor Democracia, o que lhe confere uma notoriedade elevada): Foi o referendo à despenalização do Aborto. Como sabemos, ganhou o SIM, o que quer dizer que sobre este assunto, a nível de conflito organizacional os recados políticos foram todos dados.É sabido que na política, dadas as exigências dos cargos, face a situações de conflito, a ausência de Inteligência Emocional pode ser compensada com demagogia e algum carisma pessoal, mas isso de nada vale se não houver uma pequena dose de inteligência por trás que seja capaz de gerir o carisma de forma a não evidenciar o excesso de demagogia. Já a nível interpessoal, e porque falamos de gestão de conflitos mas de modo geral, a coisa é mais simples, com a vitória do SIM no referendo do aborto, o recado é para quem anda por aí a emprenhar pelas orelhas, é que agora já se pode abortar à vontade, já se pode enfrentar, confrontar e resolver os conflitos que se criou, sem falsidades, calúnias ou mentiras, sem medo de dar a cara e sem falar nas costas, sobretudo quem tem esqueletos no armário. Mas para isso, a vitória do SIM apenas não basta, convém primeiro estudar e assimilar um bocadinho melhor esta coisa da Inteligência Emocional (o que não é coisa para qualquer um). É só para não se correr o risco de se continuar iludido, a viver de uma imagem artificial e fútil, enfim, a ser burro, inútil, alheio à realidade e socialmente catatónico.

FGA
in "Jornal Fundamental"
Fevereiro de 2007


Aplicavel tanto ontem, como hoje ou amanhã.

Um dia de cada vez

"...longo é o caminho, lento e pesaroso..."

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Última viagem

Não é que vá colocar um ponto-final no meu AX preto. Mas vou colocar-lhe um punto-e-vírgula!

Porto de abrigo

Percorro os teus passos
À luz da calçada
Mal iluminada
Percorro a memória
Na beira do Rio
Num dia de frio
Percorro o caminho
Que já faz fiz contigo
Sem porto de abrigo
Percorro os teus passos
Piso o que sinto
E perco-me...

quinta-feira, dezembro 18, 2008

"...enquanto a música não me acalmar..."

Mesa - Vício de ti

quarta-feira, dezembro 17, 2008

A ver o mar... (post por sms)

Já não me lembrava da última vez que tinha vindo ver o mar à noite. É esmagador!

Com calo no flanco e jóias no encanto

Já contei esta história a alguém… não me lembro a quem, mas lembro-me de apenas uma vez a ter contado a alguém. Hoje já não faz diferença conta-la ao mundo.
Aqui há uns mêses escrevi um post sobre pagar erros. Na altura tinha acabado de pagar uma de várias dívidas que me sobraram do passado e lançava-me ferozmente sobre a dívida seguinte. Foram tempos contorbados e tal e coiso que já me fartei de escrever, e que apesar de estarem ultrapassados nunca me vou esquecer para não permitir que voltem a acontecer. Adiante.
Hoje acabei de pagar uma outra dívida, no caso concreto uma daquelas que até faz rir, mas que não tem graça nenhuma. Paguei a 12ª e última prestação de uma espécie de presente prometido (daqueles que vêm associados a uma pergunta) mas que nunca cheguei a ter oportunidade de oferecer e com o qual não sei agora muito bem o que fazer. Mas paguei-o e libertei-me de mais um fardo… O prometido é devido, ou de vidro, ou não! Neste caso o prometido é de gema e de metal, e embora agora eu não saiba o que lhe fazer, a verdade é que o filho da puta já está pago!
Nos filmes, este tipo de artigo, que sobra do passado e que traz às costas uma história mirabolante qualquer, é geralmente atirado ao Rio, ou então é colocado num colar que um gajo depois pendura ao pescoço e que até lhe serve de mote para enriquecer a conversa de engate… Mas isto não é um filme, e eu já não uso colar desde o Verão (nem argola para esse efeito), e não tenho muito jeito nem para conversas de engate, nem para conversas à beira-rio.
Enfim, com esta amortização de mais uma dívida (longo é o caminho, lento e pesaroso) reduzi o meu passivo, transformei-o em activo imobilizado. Paguei mais uma dívida, paguei um erro, paguei caro. No alinhamento desse tal post que escrevi há uns mêses, ainda não estou em posição de pagar adiantado pelos erros que ainda não cometi, mas para lá caminho. Tornou-se uma espécie de objectivo!
Entretanto, enquanto não descobrir o que fazer a esta coisa, tenho uma gaveta em casa onde guardo relógios, pins, brincos e botões de punho e onde a caixinha de veludo preto vai assentar que nem… uma jóia!

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Adivinha

"A Joana que já foi Carla fez-se Paulo e ficou Zorbita" - Quem é?

sábado, dezembro 13, 2008

Tempo para matar

Na revista Única (Jornal Expresso) desta semana está um muito bom conjunto de artigos em torno da temática de "abrandar" o ritmo de vida, nomeadamente a incidência que o stress tem na saúde fisica e mental. Não pude deixar de reparar que na mesma revista há nada mais nada menos que 13 páginas distintas com publicidade a relógios de pulso de luxo para homem. Fez-me lembrar que por uma questão de tempo, mais do que stress, não uso relógio desde a primavera passada.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

100

Parabéns Manoel.

Recados: (you know who you are)

Para ti, que te deitaste na cama que fizeste:
Eu avisei que o Inverno era longo!

Para ti, que tens idade para ser minha filha:
Cresce e aparece!

Para ti, que não sabes bem o que queres:
Desculpas não pagam promessas!

Para ti, que ainda não conheço:
Por onde andaste toda a minha vida?

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Director Comercial sofre...

Doze erros fundamentais da falta de visão estratégica da Administração.

  • A oferta dita a procura independentemente da saturação de mercado
  • O lançamento de um produto de substituição é garantia de sucesso
  • O portfolio não precisa de produtos de alavancagem para ser competitivo
  • O aumento da margem só é possivel atravéz de um aumento do preço
  • O fornecedor consegue controlar o preço do cliente e o preço do mercado
  • O desconto comercial negoceia-se em numerário unitário e não em percentagem
  • O preço de exportação é variavel e superior ao preço de mercado nacional
  • A monitorização do mix da concorrência e os estudos de mercado são inuteis
  • A curva de consumo efectivo é perfeitamente elástica com a curva da oferta
  • A exclusividade fideliza o cliente e provoca um aumento do volume de vendas
  • O factor “portugalidade” não condiciona a introdução de produtos estrangeiros
  • O consumidor é burro

...Errr, onde é que eu deixei o Expresso Emprego desta semana…?!

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Coincidências e reticências

Não sei se é o frio que me atrai…
A paisagem definitivamente tem um efeito sobre mim, mas também, a paisagem tem sempre um efeito sobre mim, seja lá onde for. Não sei se é o frio ou se é o calor, os 3 mêses de inferno pesam tanto como os 9 de Inverno. Algo me atrai, algo me chama, algo que transcende a minha compreenção mas a que obedeço, quase cegamente, por instinto. O frio. O ar. A paisagem… Um chamamento qualquer, meia duzia de costelas incrustradas no meu peito. Não sei se sou do Norte ou da Cidade, se vou ou se venho ou se fico onde estou. Ás vezes perco-me em quem sou.
Fiz mais uma viagem, a mesma estrada, a mesma paisagem, uma companhia descomprometida, extrovertida e divertida. Um pequeno prazer que me permito, que não combato nem afasto nem repugno com a minha maneira de ser. Uma presença para me distrair de mim próprio. A estrada torna-se violenta a cada quilometro, cada curva é uma memória, cada tabuleta uma tortura que ninguém vê. Já o disse antes, quando se partilha tudo o que se tem, não sobra nada, nada a que se possa chamar seu, nada que seja só meu! Obrigado amiga, por me escolheres para te ouvir e por consentires que fique calado ao teu lado tendo tanto para dizer e sem o conseguir fazer. Entretive-me a ouvir-te para me distrair de sentir que o meu peito está prestes a explodir. Obrigado amiga, pela tua boa disposição e pela sandes de presunto na aldeia do Sabugueiro. Obrigado pela neve e pela disponibilidade para me acompanhares em todas as escalas não programadas.

Fica-te bem o ar cansado...

Pinhão



Moscatel com sabor a mel
Praia fluvial
5ºC

domingo, dezembro 07, 2008

IP4 à chuva, prego a fundo, conversa fluida

Aqui há uns tempos esgalhei uma pérola que muito me agrada: "É mais fácil provocar uma coincidência do que evita-la", e com isso abdiquei, voluntariamente mas contrariado, do prazer que me dava passar por determinado Café em Almada, onde me fazia sentir bem ser bem recebido.
Há exactamente 5 anos nesta data fiz uma viagem de finalistas de pós-graduação ao Chile com a minha querida amiga Mafralda. Hoje fizemos uma viagem a Trás-os-Montes!
Murça fica a meros 8 Kms de Santa Eugénia!

(Na foto, em Valparaiso, cidade nostalgica Chilena, da esquerda para a direita: Eu, o Francisco-não-me-lembro-o-apelido, e a Mafralda)

sábado, dezembro 06, 2008

um copo com a Mafralda (post por sms)

Porque a amizade não tem preço, nem paranóias, nem condições, nem ilusões, nem tem prazo.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

FNAC do Chiado, na pele de uma loura.

Boa tarde, vendem telemoveis Nokia deste modelo?
Sim.
Então queria comprar um igual a este sff.
Da mesma cor?
Sim, preto.
Aqui está, são 189,90€. Quer entregar esse na retoma?
Não, não, este funciona lindamente!
Funciona?… Então e vai comprar outro igual?
Sim, não gosto da imagem do ecran deste.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

INTIMISSIMI (versäo x-mas)

Hmm... Até dà göstø vir à jänela!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Com três letrinhas apenas...

Céu, Sol, Lua, Pai, Mar, Mãe, Rio, Mel, Nós, Paz, Tic, Tac, Tic, Tac, Tic, Tac...

terça-feira, dezembro 02, 2008

Cyber Terrorismo

É quando um cabrão dum filho da puta dum ordinário, triste, frustrado e burro como um tamanco, um coninhas de merda, resolve aliviar a paranóia dele e inscrever a minha morada de email em tudo quanto é newsletter, spam e sites da treta. Azar do caralho porque esse tipo de terrorismo de trazer por casa até é coisa que facilmente corta para os 2 lados.
-Paneleiro, vai para a puta que te pariu!
Foda-se, eu devo ter mel no cu!

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Caras ou Corôas?

A seca que apanhei do atrazado mental que resolveu deixar o A3 na bomba de gasolina e ir às compras na loja Galp não me tirou do sério. Esperei pacientemente que ele fizesse as compras, que pagasse e que tirasse a dívida da frente para eu poder abastecer. Diesel G-Force, porque não? Calcei uma luva de plástico e coloquei a pistola da bomba de gasolina no oricifio do depósito. Quando dei por mim, em vez de aquela coisa se ter desligado automaticamente quando o depósito ficou cheio, não, começou a derramar gasoleo pelo carro e para o chão e salpicou os meus sapatos novos de camurça cor de canela. Ficaram arruinados.
Fui pagar já preparado para pedir o livro de reclamações mas ao chegar a minha vez não me apeteceu perder tempo e sair do sério para apenas reclamar... A empregada registou a minha compra e antes de me devolver o multibanco perguntou:
"Tem direito a uma revista: Visão ou Caras. Qual é que prefere?"
Lembrei-me dos sapatos arruinados:
"Menina, olhe para a marca desta gravata, qual é que acha que prefiro?"
...e enquanto o Inverno se adensa no meu dia-a-dia, escrevo-o neste topo de página, e ao mesmo tempo, o Verão, lentamente, dissipa-se no fundo da página, perde-se no tempo, nos arquivos do que escrevo.
É a escolha que faço, deixar passar o tempo.