sexta-feira, outubro 31, 2008

Halloween - 1998

Exactamente há 10 anos neste dia descolorei o cabelo para uma festa de caloiros na noite de halloween na Universidade, em Bordeaux. Fiz a coisa em casa e correu mal porque em vez de cabelo amarelo fiquei com cabelo cor de laranja... Do ponto de vista halloween e abóbora, até que correu muito bem!

O problema depois foi desfazer a coisa...

Uma frase da Elis (por sms)

'Foi täo bom conhecer-te...'

quinta-feira, outubro 30, 2008

Dia Internacional da Prevenção do Cancro da Mama

...e tu? Tens uma peça de roupa cor-de-rosa vestida hoje?

"Porque eles também choram quando
a mulher que amam tem cancro da mama"

quarta-feira, outubro 29, 2008

Instantâneo pessoal

A pergunta apanhou-me de surpresa:
"So, can you be in charged of this whole new business unit?"
A minha resposta surpreendeu-me a mim próprio:
"There's nothing I can´t do, there's only things that I've never done before!"

terça-feira, outubro 28, 2008

Porque não há duas sem três...

O meu carro foi assaltado 2 vezes em pouco mais de 1 mês. Como isto anda...?!
Não percebo é como é que com tantos carros catitas que há na minha área de residência (belas e reluzentes dívidas estacionadas nos passeios) tinham logo que vir empancar com o meu AX quase clássico com 20 anos. Bom, se a janela do lado do condutor deixou de funcionar da outra vez, agora foi a porta do lado do pendura toda rebentada e o fecho-centralizado que foi com o caraças! Pronto, é oficial, daqui em diante não tranco o carro nunca mais, nem de dia nem de noite, e ainda sou capaz de deixar um papel no tablier a informar que não vale a pena rebentar as fechaduras ou partir os vidros porque o carro está aberto. Se entretanto alguém se quizer abrigar do frio faça favor de utilizar apenas os bancos traseiros para eu não sujar a roupa de manhã. É favor disponibilizar a viatura o mais tardar às 8:30h, e desculpem lá qualquer coisinha por não haver música ambiente mas o anormal que assaltou o carro da outra vez levou o painel frontal do auto-radio.

segunda-feira, outubro 27, 2008

...e enquanto esperava, no fundo da rua...

Isto já andava prometido, mesmo desejado, há tempo demais, uma aventura… Mas a vontade, por muita que seja, às vezes por si só não chega, porque a decisão precisa de uma combinação de factores, uma conjectura quase perfeita, harmoniosa, de elementos internos e externos de mim. Já aqui o escrevi antes, em género de hesitação, que a determinada altura valores mais altos se levantaram e tudo o que pudesse querer fazer ficou em suspenso, mas agora, com os valores todos elevados, tomei a decisão em 2 segundos, entre uma passa num cigarro e um olhar furtivo para o decote da fulana na mesa ao lado, entre um café bebido frio e o jornal do dia anterior:
Vou dar uma volta de mota, volto amanhã… Foi no Sábado.
Desenhei o itinerário na cabeça, entre locais para posar para a foto no telemovel e outros lugares que apareçam: Atravesso a ponte sem mapa (deitei-os todos fora no Verão passado) e faço-me à aventura, como eu gosto, sempre em frente, ir andando até me apetecer parar num lugar qualquer, observar desconhecidos, fotografar o Mar e o céu, conhecer lugares novos, revisitar lugares que já conheço, beber aquele whisky a mais e deixar outro pago para quando voltar, e soltar o animal… enfim, espalhar o charme, ou a estupidez natural, depende de quem olha, mas fazê-lo da única maneira que sei: genuinamente.
Uma volta de mota com blusão de cabedal mas com àgua no bico, uma decisão simples, inspirada num rasgo de decote que me distraiu de ler o jornal, vou andando, aproveitar o Sol, gastar serotonina, vou abrir a berguilha e ver o que morde…
Na A2 trauteei a “125 azul” dos Trovante com letra adaptada à versão “Virago preta e cromada” e sem me importar muito que na versão original essa música fale de alguém que morreu num desastre de mota, justamente na A2. O Ar quente a 180 Km/h (bendita gasolina de 98 octanas) é embriagante, compreendo-o, desacelero… livrei-me de muitas e boas quando era puto, não é agora que me vou tornar numa estatística.
O Ferry em Setubal não me levou para Troia, trocaram-lhe as voltas e eu não sabia, e assim, como que por artes mágicas, vi-me abençoado com um novo trajecto que contorna o passado e que como uma inesperada máquina do tempo me coloca 10 minutos à frente do planeado, às portas da Comporta. Primeira paragem: Um bar na praia que me fez lembrar as noites passadas com a C. Cintra, mas que hoje pouco mais tem para me oferecer do que um fantástico rasgo de Atlântico, infelizmente poluido com umas bandeirolas na areia da praia a imitar o Café d’el Mar de Ibiza (nota mental para não pôr lá os pés em época balnear ou à hora das refeições ao fim-de-semana). Bebi o meu copo, tirei um foto ao fim do dia e ao sair a empregada veio ter comigo cá fora para me dar um cartão da casa…Agradeci-lhe em russo e recebi um sorriso em troca, tinha-lhe topado o sotaque quando ela me cumprimentou à chegada… Estupidez natural em acção.
Próxima paragem, uma bomba de gasolina escondida na natureza onde a memória mais vívida que tenho foi de um dia não me ter sido lá permitido salvar uma cadelinha abandonada… serviu para me lembrar que há coisas que prefiro esquecer, e outras que nunca me consigo lembrar. Bebi uma imperial-traçada com um Motard de Virago 1100 (bom gosto) mas com blusão verde fluorescente (arghhh….) Sim, sim camarada, a gente vê-se em Faro p´ró ano, já me tinhas dito…
Melides passou-me ao lado como nunca antes e a tabuleta para Grandola também… Depois veio uma aldeia castiça a caminho da lagoa de Santo André, uma aldeia que a memória selectiva só me permite lembrar dos momentos bons que lá passei (sim, revisitar os mesmos lugares, sobretudo aqueles onde se foi feliz, assuntos resolvidos em mim, mesmo que pendentes nem sei bem aonde ou porquê).
Parei no café de um Poeta que conheci mas que nunca li, mesmo a tempo de ver o Leixões a marcar o 1º golo ao FCP… O “meio” soube-me bem e o que deixei pago ainda soube melhor. ‘Tá-se bem no Alentejo mas não tenho tempo para ficar aqui, nem nada que me prenda, prazer em vê-los, concerteza que vou aparecendo, até qualquer dia…
Segui viagem, ficaram para trás Santo André, Sines, Porto Côvo e um local fantástico à beira da estrada onde uma vez a “belle 4L” marcou um ferro indelével na paixão numa tarde de memória partilhada e porta aberta com as pernas a desafiar a gravidade e a gritar “ais” e “uis” com o tráfego a passar… Em frente é o caminho e a palavra chave é “indelével”, tal como a imagem do decote que me fez fazer à estrada horas antes…
Vila Nova de Milfontes, a tempo de ver o fim do jogo no café com o Pai de um Amigo engripado (‘Tás melhor xavale?), depois um quarto reservado no hotel e a mota na garagem, um abraço ao amigo engripado, um beijo na namorada nova (G’anda borracho meu, faz por merecê-la) e uma omelete improvisada porque não estavam a contar comigo para jantar (é o que dá não me levarem a sério quando digo que um dia apareço sem avisar). A conversa do serão foi fantástica, como sempre, animada e divertida e a vontade de rir foi levada ao extremo… Depois beijinho que se faz tarde e até amanhã, vou beber um copo a um sítio qualquer, o primeiro que encontrar.
Hola Guapa! Si, hablo um poco de castellano, un Bar? Si, tienes el Sudoeste por essa calle abajo… Talvez tenha bebido demais, ou não, o decote era parecido com o que trazia na memória e o número no porta-chaves era consecutivo ao meu… Passou-me pela cabeça que o pior que posso alguma vez fazer a uma mulher é ter que beber para conseguir olhar para ela a direito, livrei-me disso, pousei o copo e vesti-me de galanterias e cantigas de bandido… Sofia? Que giro, é o nome de uma das minhas irmãs… Isso escreve-se com “f” ou com “ph”? Madrid? Sim, sou capaz de ter que lá ir esta semana… Como é que se diz “camisinha” em espanhol? Bolas, já me esqueci…
De manhã fui ver a foz do Rio Mira e pedi a um casal de estranhos para me tirar um retrato... Não sei se a mulher da limpeza estranhou mais não ter nada para arrumar no meu quarto, ou se estranhou o trabalho a dobrar no quarto ao lado do meu… De qualquer forma a essa hora já eu estava a caminho de Odemira: “Love them and leave them”, nunca me vou esquecer dessa frase, é pontualmente uma verdade verdadinha e por umas horas serviu para viajar até às noites de promiscuidade casual em Inglaterra… Tudo tem o seu tempo. Vinhos finos, vinhos finos, matam a sede ao corpo e alimentam o Ego.
Atestei o depósito em Odemira e fiz meia volta numa rotunda de empedrado a combater a vontade de continuar em frente sem parar, por uns momentos, na minha cabeça, a Virago fez o Paris-Dakar no deserto da Mauritânia a fugir de bandidos nómadas de Kalash AK-47 ao ombro e camelos pastelentos e cobertos com mantos de entrançado colorido… Senti uma vontade enorme de voltar ao “Comporta Café” e beber o tal whisky a mais… Apenas me desviei do caminho para tirar umas fotos junto à Ilha do Pessegueiro, e mais adiante para ver o Mar na Lagoa de Santo André e mandar umas mensagens SMS de cortesia, calha sempre bem, sobretudo quando não se deve nem teme.
Melides outra vez seguido de Pinheiro da Cruz, um dia vou lá parar (salvo seja) para descobrir quem é o produtor de um vinho com 6 castas que me ofereceram uma vez, serão os presidiários? Segui sem parar, como sempre.
Na Comporta tinha tirado umas fotos absolutamente fantásticas ao horizonte no dia anterior, mas naquele momento incomodou-me o barulho das pessoas, bebi um desejado whisky e deixei uma caipirinha por beber (quero lá saber o que ficaram a pensar!), de qualquer forma a porcaria das bandeirolas já me estava a irritar… Depois fui à porta ao lado, à “Ilha do Arroz”, nunca lá tinha entrado, bebi o tal whisky a mais e vim-me embora sem aquecer a cadeira…Vai-me sair caro o passeio, mas que se lixe, mereci-o, além disso o fim do mês está aí outra vez, e o Princípio de Arquimedes re-inventou-se no fim do Verão quando o estado “líquido” passou a ser o do dobro do que era o estado “bruto” (bastou mudar de código postal, sempre o disse!).
Tróia, Ferry, Setúbal, Palmela pelo tracejado do tráfego intenso da estrada nacional 10 e o lusco-fusco na Serra da Arrábida.
A paragem em Almada serviu para revitalizar as energias e afastar as incertezas, passei a Ponte outra vez, mais uma vez… Quantas vezes mais vou atravessar a ponte?
Fiz as curvas da marginal mais devagar do que é habitual…

Leitura recomendada

Basta olhar para aqui... Está lá tudo!

domingo, outubro 26, 2008

as curvas da marginal (por sms)

Para coroar o excelente fds, hoje vou aprecia-las a 70 km/h...

Almada... (por sms)

Tão perto e tão longe...

Comporta (por sms)

Um whisky para mim e uma caipirinha a imaginar que estás aqui. Sinto-te mas não te vejo... e estou em paz.

Fazer justiça ao adjectivo (por sms)

Não é bem "provocador", mas anda lá perto...

Havia um pessegueiro na ilha... (por sms)

...e umas fotos magnificas!

acordar em cama alheia (por sms)

sabe sempre bem.

sábado, outubro 25, 2008

Same flavour, different taste (por sms)

...a caminho de Vila Nova de Milfontes.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Dress down Friday

Esta nova moda de só ter tempo para andar de mota ao fim-de-semana vai ter que mudar.
É que acabo sempre por ir ter aos mesmos lugares...

quinta-feira, outubro 23, 2008

Ouvido de passagem

"É aquele senhor do 4º andar..."

quarta-feira, outubro 22, 2008

Ghostdancing

Hoje ví um Cayenne espetado na auto-estrada e lembrei-me do cenário da tatuagem do Steve McQueen. Na minha bola de cristal vi um "safari" desenquadrado nas Antilhas e um iman para o frigo... Deu-me vontade de rir, já começa a ser sintomático de um certo estado de espírito.
O vento forte à beira rio trouxe-me a memória de uma frase perdida no temporal, e ouvida cedo demais:
"J'ai envie de toi mon amour".
A intuição é brutal, como uma maldição, mudei a estação de rádio porque tudo tem remédio. Vôa, vôa...

Tio babado

Voltava eu de Palmela tranquilamente quando ao atravessar a Ponte 25 de Abril o meu telefone pessoal tocou… Achei estranho um telefonema da minha Sobrinha a meio da tarde e atendi sem demora. Do outro lado respondeu uma voz masculina, o que me sobresaltou e chamou toda a minha atenção. A princípio não percebi nada da conversa, não-sei-o-quê da Mariana e da amiga e do bilhete e do comboio e da policia… Mas percebi logo qual era o assunto.
"Sim, sim, sou o Tio da Mariana… Sem bilhete no comboio? Estoril? Épá, agora não posso, mas olhe, leve-a para a esquadra que eu vou busca-la ao fim da tarde."
Pelo caminho revivi as sécas que o meu Pai me pregava na Esquadra do Estoril cada vez que tinha que me ir lá buscar…
Vou ver se lhe compro um passe, nem que seja como forma de agradecimento pelo morninho que aquele telefonema deixou no meu coração.

terça-feira, outubro 21, 2008

Cheio de pinta

Não é uma pinta qualquer, é pinta-brava!
Chamar as coisas pelo nome é bonito e eu gosto.

domingo, outubro 19, 2008

Eucaristia Dominical

Dia de Missa, tão perto de casa e tão poucas vezes lá vou. Pelo caminho cruzei-me com vários Motards que só encontro mesmo na Missa, na concentração dos Domingos no Cabo da Roca. Não me demorei, bebi um café, tirei umas fotos e contemplei o Atlântico...
"Tráz-me um postal quando voltares".
No regresso deixei cair a mota, é a 3ª vez em quase 5 anos. Contrariamente ao que seria esperado de mim não me irritei com o pisca-pisca riscado.

sábado, outubro 18, 2008

Olhares...

Olhas para mim à distância
E só vês vontade de rir
Nota que escrevo à ganância
Porque escrever me faz sentir

As palavras que lês de mim
Mesmo sem me conhecer
Tens razão é mesmo assim
Servem para me convencer

Mas tu lês o que escrevi
Como se eu fosse as palavras
Quando o que escrevo aqui
São apenas algumas lavras

E absorves a escrita almejada
Como dum osso o tutano
Olhas mas não vês nada
Que uma gota não é oceano

Tiras-me a fotografia
Fazes de mim julgamento
Mas só escrevo o meu dia-a-dia
Se pensares por um momento

E o que escrevo não faz lei
É só vontade de escrever
Sobre uma coisa que eu sei
Que se chama sobreviver

Que eu mostro ao mundo o que sinto
Quando estou apaixonado
Por isso não acho que minto
Se mostro estar magoado

Tu olhas mas não queres ver
Que estou a tentar avançar
Mas não me basta só querer
Porque o querer vem do sonhar

Então continuo a escrever
Sobre tudo o que conseguir
Quem sou, o que sinto e o que vi
E se não queres compreender
Aquilo que me faz rir
Também me rio de ti

quinta-feira, outubro 16, 2008

Sinais dos tempos

Não poderia ouvir hoje um som mais triste e melancólico do que a gaita do amolador de facas a desfilar lentamente, ininterruptamente, rua acima e rua abaixo.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Piada privada

Hoje vi-me grego, literalmente!

terça-feira, outubro 14, 2008

Back 2 the future

60.000 kilometros: -Obrigado Virago!

Back 2 the past (post por sms)

Sentimento elevado: "the same flavour, a different taste"

segunda-feira, outubro 13, 2008

Cesariana

Ao ouvir o ruído de fundo do noticiário da hora do almoço de um canal qualquer de televisão apanhei a seguinte pérola de Carlos César, candidato socialista às eleições para o Governo Regional dos Açores: “Francisco Louçã é um esquerdista da linha de Cascais, de colarinho branco, blá, blá, blá…” Ora sendo eu esquerdista por natureza e sendo da linha de Cascais (e não simpatizando particularmente com o Francisco Louçã), não deixei de me rever de algum modo nesse rótulo. Nesse caso será reciprocamente cabal achar que, por exemplo, Carlos César é um Socialista da linha de S. Miguel, cujo índice de retardo resultante da consanguinidade lhe afecta a capacidade de discernimento a respeito das pessoas da linha de Cascais.

domingo, outubro 12, 2008

.MENSAGEM.RECEBIDA.STOP.

Aqui há uns dias contactei alguém que não sei muito bem se está disponivel ou receptivo para ser contactado, pelo menos por mim. Mas mesmo assim, nessa incerteza, a vontade foi proporcional à necessidade, e porque tudo o que se faz na vida, mais do que por vontade ou desejo, faz-se essecialmente por necessidade, materializei o contacto.
O processo de decisão de envio da mensagem foi naturalmente instantaneo e quase automatico, mas o formato pelo qual iria fazer chegar a minha mensagem ao destinatário foi algo que mereceu alguma reflexão: Telefone, email, sms ou postal…? Todos os formatos são eficazes, mas qual será o mais eficiente?
Com esta ponderação na cabeça escolhi um formato que não fosse imperativamente interactivo mas que pelo menos pudesse suscitar no destinatário uma atenção particular à mensagem. Optei por enviar um telegrama.
O resultado foi exactamente o que eu tinha previsto (ler: desejado), e no dia seguinte obtive uma resposta – voluntária – à minha mensagem.
Essa resposta do meu interlocutor à minha mensagem produziu uma resposta da minha parte e isso colocou a interacção num patamar ligeiramente mais avançado do que uma simples acção-reacção; e por um breve momento que tenha sido, a interacção passou para o delicioso nível do diálogo!
Costumo dizer que o conteúdo de uma mensagem é mais importante que o seu formato. Mantenho esse paradigma, mas, ou não fosse eu marketeer, tenho que me render à evidência que o formato de uma mensagem pode ser uma boa ferramenta para potenciar o seu conteúdo. A minha necessidade não era outra do que manter aberto o diálogo.
Se eu olhar para isto de um ponto de vista crítico e exterior, posso interpretar a minha diligência como tendo sido uma espécie de manipulação… Talvez, mas num mundo onde toda gente regorgita opiniões e juizos uns atrás dos outros sobre tudo e todos e mais alguma coisa, quem sou eu para me julgar a mim próprio?

sábado, outubro 11, 2008

Mariana

Às vezes, quando eu chego a casa antes de anoitecer e está bom tempo ao fim do dia vamos passear na minha moto, outras vezes vamos tirar fotos ao por-do-sol com os telemoveis e beber qualquer coisa na esplanada da praia. É agradavel e contribui para que o tempo passado junto tenha mais qualidade, mais do que simplesmente passar tempo à distância.
Ontem fomos ao CascaisShopping escolher um computador portatil para ela, vou-lho oferecer. Enquanto nos badalavamos com risos e conversa animada sobre o liceu e professores que me deram aulas há 20 anos e que lhe dão aulas a ela hoje (e que lhe perguntam se é da familia de um tal de Francisco com o mesmo apelido que ela), entre o Staples, a Worten e a FNAC, não pude deixar de observar algumas caras que se cruzaram connosco e de tentar adivinhar o que lhes poderia estar a passar pela cabeça. Das duas uma: Ou que ia ali um gajo a passear com uma namorada mais nova, ou que ia ali um senhor a fazer compras com a filha adolescente.
Ambas as hipoteses me assustam. É que namorada nestum, e filhos muito menos! Mas sobrinhos bué!
Será que alguém viu Tio e a Sobrinha?

quinta-feira, outubro 09, 2008

Ultra Naté - Twisted

"The harder I fight, the better it Feels"

quarta-feira, outubro 08, 2008

Vilar, verde, com fitinhas nos punhos

Talvez eu até pudesse estar a fazer outra coisa qualquer neste momento… Mas gosto de escrever e não o tenho feito tanto quanto gosto de fazer, não tanto quanto estava a escrever a determinado momento, recentemente, antes do Rio desaguar no Mar e a vontade de escrever se começar a afundar. Mas neste momento, contudo, neste exacto momento, escrever surge simplesmente como algo que vai servir para eu passar uns momentos entretido enquanto não chega a hora da reunião…
Gosto de reuniões fora do expediente, são as minhas preferidas, longe de mesas ovais e salas austeras, ou do requintado de uma elaborada mesa de refeição num restaurante mal iluminado e sobrevalorizado.
As reuniões também podem ser informais, com blusão de cabedal em vez de fato e gravata, num banco de jardim ou na mesa de um café, e os assuntos a tratar são tratados com a mesma seriedade, simplesmente a tensão é muito menor e produz-se uma certa sensação de descontracção que (e isto não é para qualquer um), se for bem gerida, até facilita bastante a negociação, seja ela qual for.
A negociação…
De facto há coisas que é como andar de bicicleta, mas mais por ser algo que se aprende e não necessariamente por ser algo que não se esquece.
Isto faz-me lembrar a “minha” bicicleta Vilar, aquela verde que tive há quase 30 anos e que foi a primeira bicicleta que tive, a primeira de muitas que roubei aqui nas redondezas. Roubei-a sem ter bem a real e abrangente noção do que significava roubar, e embora com os meus mal feitos 9 aninhos na altura eu já soubesse que roubar era errado, a verdade é que me fazia bastante confusão ser o único miúdo da minha rua que não tinha bicicleta, e mais grave ainda (algo que era tratado como segredo de Estado), que não sabia andar de bicicleta, e isto era gravissimo para mim, mesmo que os outros miúdos também só soubessem andar nas suas bicicletas com “rodinhas”.
Seja como for, roubei essa bicicleta fruto de uma ocasião, uma oportunidade que se apresentou e que a minha consciência moral ainda em formação não questionou mais do que considerar que se a bicicleta estava encostada a um muro sem ninguém com ar de dono por perto, então se calhar até podia estar perdida, ou ter sido abandonada … e nesse caso se calhar eu estava a acha-la na rua e não a rouba-la… Enfim, não me lembro exactamente do processo de decisão de pegar nela e leva-la, mas deve ter sido mais ou menos esse. Adiante. Nessa tarde aprendi a andar de bicicleta, sozinho, primeiro a empurra-la para ganhar balanço e a saltar para o acento enquanto arrastava os pés no chão até parar. Depois fui para uma descida para não ter que empurrar e pouco a pouco já conseguia levantar os pés do chão e mantê-los levantados mas sem os conseguir pôr nos pedais. Com algum treino já punha os pés nos pedais mas só conseguia andar a direito… depois aprendi a fazer curvas, inclinado e tudo, e a fazer mini derrapagens nos sítios onde o alcatrão tinha areia. Até conseguia subir e descer passeios sem cair e sem joelhos esfolados, sem quedas aparatosas, apenas um sorriso maior que o mundo e muitas manchas de óleo da corrente no fundo das calças (o que levantou suspeitas lá em casa, naturalmente).
Ao fim do dia a minha Mãe contou a minha façanha ao meu Pai e ele calmamente “acompanhou-me” ao local de onde eu tinha trazido a bicicleta “emprestada” para a devolver e agradecer ao dono.
Duas grandes lições: Roubar é errado e ser apanhado é uma vergonha!.
Naturalmente que todas as outras bicicletas que roub… que trouxe “emprestadas” durante a infância, foram geralmente usadas durante umas horas e foram devolvidas ao fim do dia. Por vezes em dias consecutivos e muitas vezes acho que os donos nem se aperceberam. Mas porque é que eu não tinha bicicleta?
Acho que nunca perdoei ao meu Pai ele nunca me ter comprado uma bicicleta, nem mesmo quando aos 14 anos ele me comprou uma acelera, e eu passei a ser o único puto da minha rua que tinha mota.
Obrigado Papá, entre outras coisas por tudo o que me ensinaste, e pela forma como sempre me protegeste de tudo. Toda essa (sobre)protecção vale hoje mais do que ouro, deu fruto e provocou efeito. Serviu por um lado para me mostrar os perigos da vida, e por outro para eu desenvolver a habilidade de os saber contornar sem correr riscos!

sábado, outubro 04, 2008

Proximo Post:

"FrageMementos de mim" - Versão 2.0 (the soft cut).

-Quando tiver tempo...

Resfriado de fim de estação

Encontrei finalmente aquele pacotinho de lenços de papel que tinha perdido em Julho passado...

Yuppikaey Motherfucker!

BAUHAUS - Noite de rock (post por sms)

Vodka-redbull baby, para libertar o Tiranossauros Rex que há em mim. Olha mas não mexas querida, é que isto tem dono!

sexta-feira, outubro 03, 2008

Vontade de rir

…voltas e mais voltas. As voltas que isto dá. Dá vontade de rir, e com o riso de cada dia que passa, até me passo!
Perguntam-me porque me rio… Hahahha… porque quem ri por últmo ri melhor, e eu rio-me alto como quem cospe para o ar.
Prefiro a frontalidade, sou a frontalidade, sem meio termo, sem meias palavras nem agendas escondidas. Se tiver que cuspir cuspo de frente, de preferência com escárnio para que não passe a ideia errada de uma cuspidela acidental ou motivada por circunstâncias ocasionais. Cuspo direto e farto-me de rir mas só mostro um leve sorrir.
As emoções, anteriormente contorbadas e depois desviadas, divididas, substituidas, e quase adoptadas, curadas e renascidas. As emoções, essas gajas, foram simplesmente arrancadas, sem explicação plausivel, à beira rio, uma amôna e ficou o assunto resolvido. Duas vezes, à beira rio, o mesmo rio, foda-se, duas vezes! Como é que a mesma merda acontece ao mesmo gajo duas vezes? Mas bola para a frente, que se foda a taça e venha a proxima. Aceito sem compreender e mando tudo foder, não tenho nada a perder.
Rio-me, parto-me todo, ò p’ra mim: -Hahahaha...
Sobra-me o Mar e o Rio, tingidos de vermelho-sangue e do azul do céu, ora limpo ora encoberto, deste lado ou no deserto. Valores mais altos se levantam, valores tão altos como a ponte, como o cheiro de mil odores que se fundem em mil cores e bonitas raparigas, tatuadas nas barrigas, desfeitas em sorrisos e superficialidades banais, conversas da treta, triviais e outras que tais. Porque me rio eu? Pela indifirença que vence enfim, pelo desinteresse na vidinha de merda dos que me rodeiam. Qual era a frase mesmo?
-Puta que os pariu!
Eu acreditei em mim, fui paciênte, resistente e coerênte, sempre em frente, contra ventos e marés, firme, rijo como o aço, nunca desisti! Palavra d’ouro, lágrimas de sal e força sobrenatural.
Foram 3 anos que agora não são nada, como uma noite mal passada, e uma noite não é nada, é uma trepa mal dada. Usem e abusem de mim que eu deixo, e até gosto, faz-me sentir vivo e imune e capaz de morrer (tantas vezes me mataram…), enfim, capacidade de renascer. É tudo ou nada, p'ó caralho!
Bastaram-me 3 mêses aqui, na minha terra, em casa, para provar que perdi 3 anos noutro lugar. Não precisei de mendigar porque simplesmente me vieram buscar. Quanto queres receber? Quando podes começar?
Èpa, começo p´rá semana que hoje só me dá vontade de rir.
Porque me rio eu? Porque quero mais é que se fodam!