A antecipação da estrada sempre me fez libertar copiosas doses de adrenalina... ...e enquanto a Virago se prepara para arrancar alcatrão mais uma vez, mais uma volta, mais uma viagem, na minha cabeça fervilha um acumulado de pensamentos e questões dormentes. -Será que vai chover? Será que desta vez vou conseguir passar por Novembro incólume? Será que há ondas? Será que o fato de surf de Inverno ainda me serve? Será que alguém se apercebe da mudança de compasso na voz ao minuto 4’40” da música deste post? Será que também apreciam este tipo de coisas? Será que também reconhecem o sotaque Manchurian? Será que a minha amiga de 20 anos é um sinal da meia-idade? Será que a minha amiga de 40 vai conseguir aguentar este andamento? Será que tenho que escolher? Será que o Mel não me larga? Será uma ilusão? Será causa e efeito? Será reacção? Será que há uma diferença entre habituação e acomodação? Será que devia tornar a minha casa mais confortável? Será que consigo voltar a ser eficiente sem ser só eficaz? Será realmente assim tão importante para mim manter a minha palavra quando à minha volta mais ninguém o faz? Será que estou a perder qualidades? Será que devia não ter dado aquelas mobílias todas aos Mormons? Será que devo continuar a dar pérolas a porcos? Será que consigo evitar que a minha compaixão se transforme em pena? Será que assino a Procuração Forense? Será que já não consigo perdoar? Será que vale a pena? ...e pergunta-me uma estranha o que é que eu estou a fazer nesta terra... Será que preciso mesmo de lhe responder? Será que sei a resposta? Será que me esqueci da última frase? Quando será que a ferida vai sarar...?
I'd call it a drastic measure but I'll open up one eye I'm all evolved and fully grown, with three dimensions of my own But hey Mr. Dog - Well I'm just an animal just like you In a laser beam and a human being With more fire than the belly of the sun
And inside this business of the gun, well I heard the aero-engines whine Of a lucky soul and an afterlife and another chance for a darker life And I pray, cause it don't take god long to bless those feet that you're standing on on a one way ride, a heaven vibe, upon wishes or demands It's time to fly
And I'm suffering the absolute of black-handed days Been serving with the boys and girls, all the secret rulers of the world And dark day alive, well once again evil on the throne Much blacker than the setting sun I'm hung upon dark feathers It's time to fly But I'm hanging in there with intentions so high That they're purer than air and what I've got on my mind Is to be cruising on you - to be full-on on you to be swooping on you to be airborne on you To be carried along On a current so strong I'd be glowing from you
Amanhã, Quarta-Feira 30 de Novembro -para acabar bem o mês- "Café com Letras" na Biblioteca de Carnaxide com o escritor Mário Zambujal, a não perder.
(Não é aconselhavel a leitores de Peixotos, Hugos Mãe ou Rebelos de Sousa, para isso há os audio-books e os tops de vendas da FNAC).
Tive oportunidade de conversar brevemente com o Mário Zambujal na feira do Livro em Lisboa, em 88, sentados na mesma esplanada e por curiosidade a ler o mesmo livro (que se viría a tornar um dos meus livros preferidos)... Esse livro, "O Perfume" de Patrick Süskin, foi motivo para eu comentar uma ou duas bordoadas de teenager savant e de ter uma história para contar mais tarde, por exemplo hoje, aqui... No mesmo Verão conheci também o Miguel Esteves Cardoso no Largo do Calvário, depois de uma noite no Alcântara Mar, mas foi um encontro... diferente.
Em 1980, tinha eu acabado de fazer 10 aninhos, lembro-me de ter ido com os outros putos da minha rua ao crava de comboio até Cascais para ouvir o concerto do Peter Gabriel do lado de fora do desaparecido Pavilhão do Dramático... Lembro-me que o que mais gostei de ouvir foi mesmo a banda que fez a primeira parte, embora só anos mais tarde viesse a saber que banda era aquela. Os anos passaram, e desde então até hoje, 31 anos depois, voltei a cruzar-me com aquela banda em diversas ocasiões:
1988, Paris - Place Carré (perto de Chatelêt Les Halles) 1988, Bruxelas - Não me lembro onde 1991, Lisboa - Estádio de Alvalade 1998, Londres - VH1 Auditorium 2002, Lisboa - Praça Sony 2003, Lisboa - Anfiteatro Keil do Amaral 2006, Alcochete - Freeport
Para o ano, a nova tournée dessa Banda inicía justamente em Lisboa, no Coliseu (where else?) no dia de S. Valentim. A tournée chama-se "5x5" e só incluirá temas do primeiros 5 albuns, de 1979 até 1982, da era pós-punk... ...e eu lá estarei a viajar no tempo!
(Curiosidade: A primeira banda do Jim Kerr e do Charlie Burchill tinha o fantástico nome de "Johnny and the self-abusers")
No dia seguinte apanhei um táxi para a estação dos comboios, levantei o bilhete que a Seguradora me tinha reservado na bilheteira e esperei pelo comboio regional da Virgin Rail em direcção a Southampton. Por qualquer motivo só me tinham arranjado um carro em Southampton, que ficava 50 Kms para lá de Bournemouth, enfim, mais uma vez não discuti. Tinha dormido num Bed & Breakfast mas não tinha acordado a tempo de tomar o pequeno-almoço, estava cheio de fome. Comi uma sandes caríssima, à pressa, e agora só me faltava ir buscar o carro alugado para poder continuar viagem. Na oficina da Nissan tinham-me dito que era preciso encomendar uma peça directamente da fábrica, no Japão. A reparação não era cara mas ia ficar sem carro durante 2 semanas. …e eu a ver a aventura a adensar-se, o que era para ser uma simples viagem de carro de Portugal até Inglaterra transformou-se em algo muito mais elaborado, se tivesse planeado a viagem desta maneira acho que tinha dado barraca, assim limitei-me a seguir o curso dos acontecimentos. Meti-me no comboio e contemplei a paisagem do Sudoeste da Inglaterra, basicamente verde, verde e mais verde, não me impressionava tanto como o Sudeste, talvez porque faltava lá a neve de Fevereiro… Ia ter que passar o fim-de-semana para cá e para lá: De Plymouth para Southampton de comboio, depois de carro alugado de Southampton para Bournemouth, registar-me na residência universitaria onde ia ficar, depois continuar em direcção a Plymouth, passar as minhas bagagens do meu carro para o carro alugado e fazer o mesmo caminho para voltar para Bournemouth. Ai tinha que descarregar as coisas e depois voltar a Southampton para devolver o carro à Avis. Finalmente tinha que apanhar um comboio para voltar para Bournemouth. A viagem de comboio demorou 4 horas, cheguei a Southampton ao fim do dia, entrei no balcão da Avis Rent-a-Car que ficava mesmo em frente da estação. Contrato assinado e chaves na mão dirigi-me ao parque de estacionamento do Aeroporto –também perto da estacão - procurei o lugar P31 onde não sabia que carro ia encontrar. Era um Fiat Punto, modelo de base, branco, poucos quilómetros e… …volante à direita. “Bonito!” Instalei-me no lugar do condutor e senti logo uma falta de à vontade enorme, o habitáculo era minúsculo comparado com a banheira do Datsun e estava tudo ao contrario… Deixei-me ali ficar alguns minutos para me habituar, passei a cassete dos Headphones para o auto-radio, enrolei a última que tinha e acendi-a, uma pequena como sempre, para não ficar muito broado, só para pôr um sorrisinho nos lábios e fazer olhar à matador. Pensei nos meus amigos filigrees, no que estariam agora a fazer, concerteza todos no café a ter conversas da bola e a não fazer mais do que no dia anterior. Provavelmente nos copos, antes de irem para o Louvre, ou para o Ruína, era sábado à noite… Devagarinho lá tirei o carro do estacionamento, pedi direcções a um funcionário do aeroporto que me indicou que, para ir para Bournemouth, tinha que entrar na A31 em direcção a Este, para a direita do mapa, e ir sempre em frente até encontrar a tabuleta para Bournemouth, sair aí que depois era sempre em frente até lá chegar, pareceu-me ser suficientemente simples. “Follow the signs, mate.” Disse-me ele. A A31 estava mesmo ali perto, segui os painéis como ele me tinha indicado e encontrei-me do lado errado da estrada, quer dizer, do lado certo para eles mas do lado errado para mim. Que confusão, tudo ao contrario, as saídas e entradas do lado esquerdo da faixa de rodagem bem como os sinais de trânsito, os nomes de terras e as distâncias até lá chegar. A faixa de ultrapassagem era do lado direito –levei algum tempo e algumas buzinadelas até me aperceber que ultrapassar também se faz ao contrário - não é que fosse a ultrapassar, mas ia devagar demais na faixa de ultrapassagem. Entretanto a noite tinha caído outra vez. “Epá, é verdade, os dias aqui são mais pequenos.” As luzes dos carros que vinham em sentido contrário faziam-me uma grande confusão. “-Ai, Vai bater, vai bater, vai bater…” mas passavam mesmo rentinho ao meu lado direito. Tinha perdido os meus óculos duas semanas antes, no Algarve, e faziam-me uma falta do caraças, cada vez que parava para olhar para o mapa não reconhecia nenhum dos nomes que via nas tabuletas. Continuei assim durante uma hora. Passei por uma saída para a M23, em direcção a Londres. Imaginei que me ia divertir brevemente a curtir umas viagens até Londres, ir lá desbundar aquilo, talvez passar um fim-de-semana, talvez a caminho de Canterbury, em Kent. Sim, contava ir a Canterbury o mais depressa possível. Para mim ir a Canterbury fazia parte desta aventura, desde o momento em que resolvi meter-me nisto… Depois passei por Farham, Hilsea, Portsmouth e ao chegar perto de Chichester vi uma estacão de serviço a tempo de poder sair da estrada e parar. Consultei o mapa e nada de nomes conhecidos. “Já me perdi…” Fiquei logo carêto. Com o meu sotaque apurado de Turista perdido, perguntei o caminho ao homem da bomba de gasolina, disse-lhe de onde vinha e para onde ia, mostrei-lhe o mapa. Ele olhou para mim, depois olhou para o mapa, apontou para o sitio onde estávamos e sem dizer uma palavra seguiu a linha da A31 com o dedo até Bournemouth… …passando por Southampton, no lado esquerdo do mapa! Pois, com a história da esquerda e da direita tinha-me enganado quando entrei na A31, em Southampton, e tinha vindo na direcção oposta, em direcção a Este. Não admira que não reconhecesse os nomes das terras, estava a olhar para o lado errado do mapa, quer dizer, estava a olhar para o lado certo do mapa mas eu é que estava no sitio errado, enfim. Um erro legítimo, mas lembro-me de pensar que esta era uma daquelas cenas que nunca ia contar a ninguém… Meti-me no carro, meia volta na rotunda seguinte e fiz os 150 quilómetros de volta até Bournemouth num instante. Já estava mais habituado a conduzir à esquerda da estrada e com volante à direita, isto apesar de ainda abrir a porta cada vez que queria meter uma mudança, de fazer grandes rasas ao trânsito que vinha em sentido contrário, e de deixar a roda de trás subir o passeio cada vez que virava à esquerda. A cegada em Espanha e o facto que o meu carro – com as minhas coisas todas - ainda estar avariado em Plymouth passou-me ao lado. Estava extasiado com a vida que me esperava, com aquele momento, o triunfo de muitos esforços e o primeiro dia de um plano ambicioso a que me tinha proposto. Fumei um saboroso cigarro ao som de “Time” dos Pink Floyd.
“Home Home again I like to come here When I can And when I come home Cold and tired It’s good to warm my bones Beside the fire…”
A paisagem de verdura e árvores da New Forest começou a dar lugar às primeiras casas, abrandei um pouco… A determinada altura coroei a minha já longa viagem com uma acolhedora e bem iluminada tabuleta dizer WELCOME TO BOURNEMOUTH, o tal destino final que a gaja da Seguradora nem conhecia mas que para mim era o El Dorado há mais de dois anos.
Na minha hora de almoço, saí 30 minutos mais tarde para acabar um orçamento daqueles que se colar vai render o mês inteiro; em casa cozinhei o almoço (arroz com cenoura esfiapada e rodelas de cebola, 2 salchichas frescas de ave e 1 ovo escalfado), lavei a louça, plantei 3 bolbos de Jacintos e ainda tive tempo de ouvir 2 músicas de Pink Floyd e escrever fora do hórario de trabalho. Tirando o tralho acrobático que mandei nas escadas do escritório de manhã (ninguém viu), de ter esfolado o joelho e ter riscado o capacete novo (era inevitavel), o dia até está a correr bem... de tarde vou-me lançar em cobranças, há que dar aos caloteiros e prevaricadores motivos para refletir no fim-de-semana.
-(...) -Então e que mais tens feito? -Tenho andado dividido entre uma gaja de 20 anos e uma de 40... -Hmmm... -Mas sem embrulhanços, só conversa esperta... e inuendo -A isso só tenho uma coisa a dizer -Camisinha? -Nada de escovas de dentes!
(parti o côco a rir)
I sleep deeply every night in a world that's better than real life i found a hiding place beneath a dirty blanket of distorted bass there's music in my head i heard a gasoline voiced mixed with marlboro reds singing: "pick up your head again... if you want to be king then nobody must keep you down..." and yes now i'm back from the dead i'm gonna turn it up loud inside your head with the sound of many days when we could feel the cheap drugs squeezing through our veins like a million girls and boys i'm just another grainy brick in a wall of noise i really missed you yesterday and just for a moment something was reeling me in someone was breathing me in
but i lived in the slip of your frown and this place has been getting me down
you hung out for my suicide you were pushing it down the airsupply but you never did try to find the time to let us be together in your cage or mine and since you never noticed me well how about you open up your eyes and see me now Music fills my empty bones And some times it seems it's the only place I've left to go Hey hey hey Happy Birthday anyway
Aqui há atrasado, noutra vida, noutra cidade, um outro eu decidiu abrandar a marcha de palas nos olhos e resolveu olhar para o retrovisor panorâmico antes de avançar, e dessa forma equipar-se com visão periférica para evitar voltar a cometer erros repetidos... mais do que isso, resolveu tentar conseguir pagar adiantado por erros que viesse mesmo assim a cometer no futuro, e dessa forma bancar numa espécie de amnistia para a eventualidade de voltar a errar outra vez, amnistia não só para si mesmo, mas para os outros também, para quando errassem contra si não ter que lhes cobrar por esses erros... A ideia parece descabida, mas para mim fez todo o sentido aplica-la - constato-o - e os erros que vim a cometer (porque ninguém está isento), paguei-os muito mais facilmente, a valor residual... O conceito de (re)agir adiantado ganhou forma na minha cabeça, e em certa medida na minha atitude. Extrapolar para outros domínios foi um tirinho. Sempre professei uma certa satisfação em servir pratos frios, mas nunca me passou pela cabeça o gozo que me iria dar vingar-me por antecipação... ...provei o venêno no início do ano, ganhei imunidade, e agora estou-lhe a tomar o gosto!
Depois do jantar resolvi arranjar aquela torneira calcinada e ferrugenta que estava a pingar há semanas, e só depois me apercebi que não tenho uma chave 3/4" para apertar a torneira nova. Solução: água fechada no quadro, a louça do jantar adiada, e amanhã não há banho!
Aprecio bastante as vossas diligências e reconheço alguma coragem na vossa iniciativa forçada e forçosa de tentar ajudar a malta a levar a traineira que é este país a bom porto. Dito isto, consciente da realidade, concordo plenamente com os cortes nos subsídios de férias e de Natal da função pública em 2012, com o objectivo de reduzir a despesa pública e consequentemente contribuir para o cumprimento do orçamento de Estado. Mas não posso concordar que essa medida de corte a direito seja aplicada apenas aos trabalhadores da função pública. Como empregado por conta de outrem no sector privado, à luz de algumas opiniões que se desenham nas associações patronais, de aplicar medidas idênticas no sector privado, sou o primeiro a abdicar do meu subsidio de férias e do meu subsidio de Natal em 2012. Mas atenção, abdico em favor do Estado e da previdência, e não tanto da economia sectorial privada, e muito menos da economia pessoal dos empresários. Porque Caros Senhores da Troika, capacitem-se que não conhecem de todo a mentalidade tacanha do Tuga, a mesquinhes, o síndrome comodista de coçar a barriga, o conformismo, o feudalismo e a resignação crónica. Também não conhecem a mentalidade fechada e centrada em si mesma do empresário português, que é assustadora. Saibam sim, Senhores da Troika, que aplicar medidas de corte de rendimentos no sector privado sem que essas verbas sejam canalizadas para a economia nacional, i.e. para o Estado, não serve para aumentar a riqueza nacional, porque se o resultado desses cortes não sair da empresa por estar disfarçado de medida de incentivo ao crescimento económico, então acreditem que não vai contribuir nem para o aumento de produtividade nem para a competitividade da empresa, não. Vai apenas servir para aumentar a riqueza pessoal dos empresários, que dessa forma continuarão a remar cada um para seu lado, a levar a água aos seus moinhos individuais, a navegar novamente em subsídios e cheques passados em branco, a enterrar ainda mais o país com empréstimos que a Banca vai sempre dar, porque nunca se deixa de falar de recapitalização da Banca quando não se sabe fazer melhor. É caso para dizer aos nossos Governantes: Quem não sabe pinar, até os tintins estorvam!
A nova campanha da Benetton - UNHATE - fez-me lembrar um trabalho que fiz para "Marketing Internacional" no 3º ano em França; não vou entrar em pormenores, mas lembro-me que tive alta nota, mesmo tendo arriscado o semestre com a utilização desta imagem (modéstia à parte, já no 2º ano tinha tido uma super boa nota com um trabalho para "Marketing Estratégico" com a simulação do lançamento internacional do "alarme anti-violação", particularmente com algumas estatísticas alusivas ao mercado em que tal produto serviria - Note-se que existe em Inglaterra e é distribuido gratuitamente nas Universidades). Voltando à campanha da Benetton, o uso da imagem-choque sugestiva continua a ser uma ferramenta extremamente bem utilizada pela marca, desta vez nitidamente a voltar ao papel de alerta de consciência social a uma escala global. Acho que tenho uma t-shirt amarela da marca Benetton no fundo duma gaveta qualquer...
Ao fim de semanas na casa nova, como não me apetecia sair de casa para ir ver a bola ao barzinho da esquina da minha rua, resolvi experimentar ligar a televisão ao cabo da antena da sala... ...e descobri que tenho tvcabo de borla!
Já não me chegava o Administrador da Empresa, agora também tenho o Ministro da Economia, com ar de Eureka, a dizer que as Exportações têm que aumentar para isto andar para a frente...
…and there I was, sitting quietly on my corner table with a storm of thoughts flowing through my mind, faster than forgotten memories can catch up with, and it hit me; What a mind job… It hit me like a heat wave that catches you off guard when you exit an air conditioned environment into a warm summer day somewhere: Brief amazement and imediate bodily adaptation. Anyway, the fact of the matter is that there’s just no other way to perceive certain things other than to just let the senses take over, and try to keep the stomach in its place at the same time. Strange as it may be, fate it seems, is not without a sense of irony, and thus the feeling that some people are either mentally twisted with complete social and emotional misbalance, or are just plain fucking stupid, is a feeling that grows in us, with experience. We may not even realize it, but we become cynical and distant, become everything that we despise, with indifference and pride, in a total judgmental passiveness process that turns us rotten from inside out. That’s not me baby, no way! In either case, I can’t tell the difference anymore, it’s all out of the same bag! There’s a certain amount of stupidity in depravedness at the same time that there’s clearly something wrong about being a complete idiot! One thing for sure though: people like that, both traits, definitely deserve each other. As I gave it a rest and exited the place into the cold air of the day, I couldn’t help myself and sum it all up into Diana Kennedy’s once brilliant words: ”-Fuck’em!”
Durante algum tempo houve pessoas no meu círculo profissional que se referiam a mim como "O Dr. da mota", que até tinha a sua graça. ...hoje alguém se referiu a mim como "o Dr. das barbas". -Das barbas??? No plural? Fónix... Se tem que ser, porque é que não pode ser só "da barba"? Além disso nem é barba inteira, é pêra e bigode, mal aparada, desgrenhada, grisalha (-ah!) e linda, até dá gosto afagar com os dedos.
Ganchos autocolantes para pendurar cenas, DONE Cortinas janela da sala, DONE Cortinas porta da varanda Tapete de entrada, DONE Espelho do WC Piaçaba (azul), DONE Tampo de sanita de medida certa Rosca e anilha para a torneira da máquina de lavar Candeeiro de mesa de cabeceira, DONE Lâmpadas diversas, DONE Casquilho da luz do terraço, DONE Interruptos #2 do hall Interruptor #1 do terraço Comando da garagem, DONE Fechadura do correio, ALMOST DONE (Wrong size) Pilha para relógio azul de ventosa Orientar solução para organizar calçado Comprar prateleiras manhosas para arrumar tralhas na garagem Instalar placa electrica nova Maçaneta do lado de fora da porta da rua Arrumar tralhas na garagem (primeiro comprar prateleiras manhosas)
O mais importante é realmente fazer separação de lixos para a reciclagem, e não necessariamente ter um caixote-de-lixo todo xpto, cheio de paneleirisses, com vários compartimentos para diferentes tipos de lixos e um pilhão na lateral, e que custa 85,00 Euros. Os sacos das compras são de borla e fazem o mesmo efeito!
(...) “Estas gajas são atrevidas” pensei para mim enquanto escondia uma expressão envergonhada com outra passa no cigarro. A Hilary fez-me uma festa no ombro e sorriu-me com um levantar de sobrolho de como quem é cúmplice de alguma coisa. Sorri também e continuamos a andar. Na minha mente contrastei aquele momento com a situação umas horas antes, ao pé do telefone. Aquilo tinha sido o pico mais baixo do ciclo negativo, eu tinha mesmo batido no fundo do buraco, com estrondo e com estrago. Olhando para mim próprio naquele momento não conseguia bem realizar que tinha estado ali nuns preparos tão indignos, a lamentar as mágoas da minha intimidade no ombro uma estranha. Mas o mais estranho era que a estranha estava agora ali ao meu lado, sorridente e bonita, como se fosse uma amiga de longa data, com a vocação de uma assistente social e a dedicação de uma jovem Mãe que encoraja um filho a dar os primeiros passos. Assim sendo, um factor externo tinha aparado a minha queda-livre e tinha-me lançado de volta para o alto, como uma bola de borracha que salta quando cai ao chão. Gostava poder ter contado esta história ao meu Pai, mesmo se eu e ele nunca nos tivéssemos permitido grandes intimidades, gostava de lhe ter podido mostrar que conseguia ser forte nos maus momentos, que sabia sobreviver… e que afinal a sua teoria dos ciclos estava incompleta.
(Num dos muitos jogos de Xadrez que tinha feito com o meu Pai, quando andava na escola primária, ele explicou-me que tal como no Xadrez, tudo na vida se passa em ciclos de altos e baixos que escapam à compreensão humana. Lembro-me de o ver com o dedo a desenhar uma onda hertziana no ar, enquanto me explicava a sua teoria do destino. Aquilo fascinou-me. Eu viria a passar bastante tempo da vida para tentar provar a mim próprio que a cadência e duração desses ciclos não eram só obra do destino, que podiam ser influenciados por outros factores e por acções próprias e consequentemente podem ser controlados.)
Chegamos perto da casa onde era a festa e já se ouvia o barulho cá fora. Entramos e circulamos por entre gente que dançava bem disposta ao som de música moderna. Haviam vários quartos, todos mal iluminados à luz de velas o que dava um ar doméstico mas aconchegado ao ambiente, via-se mal mas de qualquer forma os meus olhos já vinham habituados com a fraca iluminação da rua. (...)
Hoje de manhã, ao acordar, lembrei-me deste episódio e das experiências do passado transpostas para o presente, e naturalmente, dum post para o dia de hoje (que já devia ter sido ontem ou não se lembrassem de colocar um feriado no primeiro de Novembro... é todos os anos a mesma história, e os cemitérios por um dia têm mais vivos que mortos!)
Localização: Nascido em Lisboa com uma costela transmontana e sete costelas do Porto. Criado na Costa do Sol, educado no estrangeiro e após ter reconquistado a minha cidade, vou conquistar outras paragens...
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