terça-feira, abril 29, 2008

Carga ao mar

Nunca fui muito de chorar por santa barbara... para lágrimas já me chega a chuva.
Não sou dado a lamentos melo-dramaticos, a cenas tristes, a humilhações gratuitas... a vida tem sido dura, muitas pancadas, muitos trambolhões, muitas lições...
Não, eu sou daqueles que mete para dentro, que engole o sapo, que mete para um saco sem fundo e aguenta o mundo em cima dos ombros. Já fui mais forte, mais distante, mais indiferente... mas cada vez mais tenho algo a perder, algo que é importante para mim, algo pelo que lutei, ou que me sacrifiquei, ou simplesmente algo de que gosto, algo que não quero perder.
É isso que permite que me subestimem (irrita-me profundamente), que permite que me confundam só por me verem de joelhos... Até hoje tenho aguentado, amanhã, não sei como vai ser, confesso que não faço puto ideia do que me espera... Mas não sou dado a dramas, evito conflitos desnecessarios, mágoas que não servem para mais nada do que para contribuir mais para o problema em mãos.
Sou mais dado à reflexão, que à explosão, mais à palavra escrita que à agressão verbal, mais ao silêncio doloroso que ao grito de ilusão... É uma forma de estabilizar as ideias.
Sou dado à caneta, que não me canso de dizer, é a minha baioneta.
Estou de novo numa encruzilhada, num desafio, na inevitabilidade de uma escolha.
Sempre soube que de entre o caminho A e o caminho B, existe sempre uma hipotese C, o caminho alternativo que geralmente mal se vê como hipotese: O caminho de regresso, voltar atrás!
Hoje, a encruzilhada da estrada (sem metafora) trouxe-me a uma terra chamada Samorim, e a um café chamado Cruzeiro... Não era bem o que eu estava à procura... mas não pude deixar de parar. O navio já vai adornado...
Saí da auto-estrada à procura de um local para deitar a carga ao mar, que o estomago já não aguentava o pequeno almoço engolido á força (é o primeiro passo para sobreviver, forçar a comida pela goela abaixo). Uma bola de Berlim em Castro Daire, um copo de leite e um café em S. Pedro do Sul, um Croisant com queijo em Oliveira de Frades, e um Liquor Beirão no Satão... O almoço em Viseu ficou adiado pelos vómitos. Talvêz em Mangualde, talvez em Tondela... Talvêz amanhã.

segunda-feira, abril 28, 2008

Passa o tempo, violento












Passa o tempo nos ponteiros
A cada instante passado
Passam-se dias inteiros
No meu Rolex dourado

Tem mecanismo precioso
Faz do presente futuro
Que o tempo é valioso
Quando o passado foi duro

Um segundo faz-se tempo
Um minuto é tentação
Mas o tempo passa lento
E não dá corda ao coração

O dia desfaz-se em horas
Que não passam a correr
Porque tempo acenta escoras
Com as horas a bater

Tenho o olhar atento
Nos ponteiros fixado
O dos segundos corre lento
E o das horas está parado

Vejo as horas a passar
O tempo no meu encalço
Que me apanha devagar
Porque o Rolex é falso

E tento-me hipnotizar
Com o pêndulo embalado
Mas basta ficar a olhar
Para o relógio vidrado

Cada hora é um sentimento
Que o coração não sente
Que bate no esquecimento
Ponteiro que segue em frente

Pergunto-me que horas são
No outro lado do mundo
E prende a minha atenção
Um tic-tac de fundo

Um cucu que quer cantar
Mas por hora está calado
Está mortinho por espreitar
Cantar o tempo anunciado

Às nove, às dez ou às onze
Quando ao longe bate o sino
É o som que faz o bronze
Ou no pulso o ouro fino

Eu quero um relógio de Sol
A queimar horas na sombra
Que é dos relógios do rol
Que menos gente me lembra

Ou a areia na ampulheta
Tempo que passa a escorrer
Que se vira à hora certa
Sem ter tempo a perder

Areia em relógio de água
Em numeração romana
Passa o tempo e fica a mágoa
Que a água não se engana

E o tempo faz-se de chuva
Que há dias não se via
Cada gota é uma ruga
Uma nova a cada dia

Cada gota um batimento
Que com tempo esmorece
Bombeia a cada momento
O sangue que arrefece

É um passatempo violento
Ter tempo de envelhecer
Viver ao sabor do vento
Num passado para esquecer

Esquecer as horas passadas
Um tempo que nunca pára
Que as horas são badaladas
O tempo marcado na cara

Marco as horas num diário
Engenho feito por mim
Para mudar o calendário
Viajar no tempo assim

E no horário oficial
Com tempo cronometrado
O mostrador é digital
E está sempre avariado

Comboio em partida adiada
Sem bilhete ou passaporte
Tenho a sorte carimbada
E uma bússola no Norte

Tanto tempo foi perdido
Não faço ideia da hora
O ponteiro está partido
Será hora de ir embora?

Porque o tempo sou eu
Estou à espera de viver
Que o tempo me prometeu
Conseguir sobreviver

E a caneta desafia
Mais um verso a cada hora
Vinte-e-quatro num só dia
É o tempo que demora

Tenho saudades tuas...

sábado, abril 19, 2008

Ferido

Os pneus dos carros deixam marcas secas no alcatrão molhado, como feridas abertas num campo rasgado pelo arado, cicatrizes na minha alma, memórias perdidas que o tempo não acalma, memórias pontuais, discussões frugais, agressões gratuitas e banais… Memórias perdidas mas não esquecidas, um passado que me persegue, às vezes com brio, às vezes com frio, tamanha vergonha que nem sei se conte, se omita, ou faça ronha.
Entretanto o tempo passou, continua a passar, o tempo que tudo deveria curar, mas que a cada dia que passa me continua a esventrar. Que resiste e luta e desiste de lutar sem continuar a tentar, sem tentar parar, parar de magoar…
Não sei quanto tempo vou conseguir aguentar.
Digo a mim próprio que vou tentar, quero tentar, quero fugir do presente, como de um passado que mais ninguém sente. Libertei-me à lei da espada e acabei no meio de uma tourada, um deselegante Paso Double de vaidades, do qual até podia contar umas verdades. Valha-me o altruismo, ser magnânino, é o meu narcisismo que me dá ânimo… Vivo em silêncio.
Esta Vila veste-me de estranho, de forasteiro, nem sei que caminho me trouxe aqui… Algo que eu vi, que eu senti… A doçura de um cheiro, belas papoilas, mais que moçoilas…
Mas hoje caminho no nevoeiro, como a fugir dum perdieiro, à procura de abrigo, de um viveiro, ou de um amigo.
Desfilo pelas ruas e vielas como um fantasma, por entre a chuva, por entre a asma. Saltido de pedra em basalto, percursos que ninguém vê, caminhos escondidos na multidão, e olho o chão e o mijo dos bêbados da noite anterior faz riozinhos nas gretas do asflato que me divertem quase tanto como o desprezo que sinto por tudo que me rodeia, que nem a rima premeia.
Esta Vila faz de mim um estranho… mostro a minha vaidade, acumulada pela idade, e convidam-me para festas e danças, olhares de lanças, com os pés no lôdo. A ironia parte-me todo…
Corro assustado, escondo-me emboscado, por um bocado. Os pneus dos carros deixam marcas secas no alcatrão molhado, como pégadas que o vento apaga do caminho empoeirado.
Estou tão cansado…
Mataram-me o sentimento, fiz um poema, não é o meu lema, é um alimento, e eu tento, e falho, e continuo a tentar, e se falhar, azaralho, continuo até acertar. Bola p’ra frente, longe da gente, não me re-vejo neste ansejo, nem no desejo, nem isso eu vejo, mais do que um beijo, que entra e sai, que diz adeus quando se vai, que tropeça mas não cai, que me atravessa quando vem, que me fére.

Assassinos

Mataram-me o sentimento
Vieram do nada
Não dei por ela
Foi num momento
Pela calada
Qual aguarela
Esborratada
Coitada…

Mataram-me o sentimento
E eu não fiz nada
Fiquei na cela
Sem um lamento
Alma entalada
Pele amarela
Cara enrugada
Desenganada…

Mataram-me o sentimento
Não sei mais nada
Numa viela
Cabelo ao vento
Num vão de escada
Linda vai ela
Toda emproada
Abandonada…

Mataram-me o sentimento
À machadada
Deixou mazela
Como um portento
Está levantada
Esta cancela
E eu vejo a estrada
Sem desgarrada…

Amanhecer violento

Acordei cedo...

É sábado, mas até podia ser outro dia qualquer. Acordei cedo sem saber porquê, mas de qualquer forma sempre acordei quando o corpo manda acordar.

Pegando nesta noção, nunca tive qualquer tipo de conflito por acordar cedo, ou por acordar tarde quando o corpo assim o exige... De igual modo nunca entrei em conflito com ninguém que acordasse tarde ou cedo. O sôno é sagrado, respeito o sôno dos outros tanto quanto espéro que respeitem o meu sôno.

Só por curiosidade, tenho perfeita consciência que no exacto momento em que acordei foi como se saísse de um coma profundo... é assim que eu durmo, como uma pedra, como se estivesse em coma. Sem mexer muito, sem sonhos, sem pesadelos, quase sem pulsação... por vezes segundo me dizem com um ressonar congestionado, outras vezes com arranques apneicos.

Regra geral acordo de excelente bom humor, faça chuva ou faça sol, 9 em cada 10 vezes acordo bem disposto ...e na 1 em 10 vezes que acordo de mau humor não se nota muito, não costumo exteriorizar o meu mau humor, como se escondendo o mau humor fosse um primeiro passo para o mau humor desaparecer.

...e é assim que acordo, como se um interruptor se ligasse e eu passasse instantaneamente de "off" para "on".

Apeteceu-me escrever sobre isto, já foi há umas semanas atrás, mas como hoje também é sábado... Post!

segunda-feira, abril 14, 2008

Rolêta Transmontana

Foi num dia qualquer perto do Verão de 1994, ìa a caminho do Casino Estoril ao fim do dia, um dia de Junho onde o Sol perdurava no horizonte até à hora do jantar. Pelo caminho, a pé junto ao mar, perguntava a mim próprio se iria conseguir aguentar aquilo muito mais tempo: faltar às últimas aulas do dia para ir para o Casino... Felizmente os professores estavam a par da minha situação e não me marcavam faltas de presença. Essa era uma das muitas diferenças entre o turno da noite e o turno do dia; Os professores viam os alunos como adultos feitos e não como meros estudantes tipicamente irresponsaveis. Nessa altura, em 94, eu estava perto de completar 24 anos.
Que raio de ideia a minha aquela de me inscrever outra vez no liceu, no turno da noite, para fazer melhorias de notas em disciplinas de um 12º ano que eu já tinha passado, e com média de 13 valores.
És um g’anda maluco” diziam-me alguns amigos, provavelmente por não me verem a acompanha-los nos primeiros comboios da manhã, a caminho de Lisboa, a caminho de alguma Universidade ou Instituto privado onde com os meus 13 Valores me poderia ter inscrito num curso qualquer, um desses cursos que acrescentam um “Dr.” ao nome da pessoa ao fim de determinada quantia paga em propinas. Mas eu não me tinha sequer candidatado à Universidade...
Ao aproximar-me do Casino, subindo a rua ofegante no sentido do trafego, pelo lado direito dos jardins, antecipava outra noite cheia de fumo, de luzes brilhantes e sons repetitivos e quase ensurdecedores.
Sem pensar no dinheiro que trazia comigo naquele momento fiz contas ao dinheiro que tinha já acumulado. Mais uns mêses daquilo e com alguma sorte do meu lado (coisa que pouco tenho) conseguiria vir a acumular ainda mais dinheiro, precisava de mais dinheiro, muito mais... Aproximei-me da porta, apaguei a beata do cigarro com a ponta do pé e entrei determinado e confiante, como se estivesse a entrar em minha própria casa. Fiz um aceno ao porteiro e um cumprimento por “tu” ao jovem agente da PSP que em criança tinha sido meu colega de escola primária e que agora, adulto, fazia serviço de plantão naquela entrada do Casino Estoril.
Lá dentro, seguindo por um complexo caminho de tuneis que a maioria das pessoas desconheçe, dirigi-me ao vestiário e de seguida, já em passo de quase-corrida e a apertar atrás das costas os laços do avental, passei “invisivel” pela Cozinha e entrei na Copa meio acocorado para não ser visto a chegar mais de uma hora atrasado ao serviço. Pisquei o olho ao Chefe e agarrei-me de unhas e dentes aos pratos escaldantes que se empilhavam à saída da enormemente industrial máquina de lavar loiça do Casino Estoril. O Chefe também estava a par da minha situação, não era cúmplice dos meus atrasos sistemáticos, simplesmente teria visto em mim mais do que outro “copeiro casual” que por ali passava, sem contrato, sem Segurança Social, sem noção de responsabilidade, sem perspectivas de vida... Teria visto em mim algo que a modéstia não me obriga agora a descrever, mas que era seguramente algo me fazia ser assiduo sem ser pontual, eficiente sem ser obrigado, aceitando executar as tarefas mais indesejadas pelos outros e sem resmungar, trabalhar nas folgas, fazer horas sem ser pago, sei lá...
Talvêz fosse por isso que ele, o Chefe de uma equipa de mais de 30 Assistentes da Cozinha do Casino Estoril, ele próprio me picava o cartão de ponto às 18 Horas, a hora definida para entrada de pessoal, sabendo perfeitamente que por causa das aulas eu só chegaria perto da 20:00h... O Chefe fazia isso por mim, e fazia-o porque sabia que seria eu a marcar o cartão de ponto dele, à saída, às 4 da manhã, quando ele às 2h ou às vezes até antes, já se tinha pirado para casa...
O Chefe, tal como os professores, estava a par da minha situação, sabia que era importante para mim poder conciliar as aulas com o trabalho... Não sabia se eu me tinha matriculado na Universidade ou não, e provavelmente pouco se importaria com isso... Aquele pequeno homem de origem transmontana como eu, que nem sei se tinha a 4ª classe, e que tinha feito carreira a limpar os restos de comida que os outros deixavam nos pratos, viu em mim alguém que lhe inspirava confiança... Nunca lhe disse e ele nunca me perguntou, mas eu estava ali a juntar dinheiro para ir para a Universidade. Sim, tinha-me candidatado, mas não em Lisboa, nem sequer em Portugal. Nesse ano de 94 desde Janeiro que eu estava matriculado numa Universidade em Inglaterra para começar em 95 e se possivel com uma média de 12º mais capaz, e mesmo assim, matriculado e com o bilhete comprado, ninguém acreditou em mim, nem a minha própria familia... (Acho que só acreditaram quando receberam o primeiro postal).
Lembro-me, como se fosse hoje, que durante mêses a fio só eu acreditei em mim, e isso, seja em 94 a fazer melhorias de nota (fiquei com média de 12º ano de 16 valores) ou seja hoje em 2007 (com duas licenciaturas e uma pós-graduação), é o que mais me importa, que eu seja capaz de acreditar em mim, mesmo quando mais ninguém acredita.
Mas, porque o traquejo não é só feito de sucessos e também é feito de trambolhões, reconheço que ser-se o único a acreditar em si mesmo é díficil... Sim, é bem mais fácil quando mais alguém acredita em nós, seja quem for, tráz algum alento, aquela pancadinha nas costas o dizer "Força, vai em frente!"
Afinal de contas, não estamos sózinhos no mundo, mesmo que às vezes assim o pareça. Por isso, quem não ajudar, ao menos que saia da frente que eu quero passar! Porque eu acredito em mim, contra ventos e marés, contra Davids e Golias, sózinho ou acompanhado... Eu acredito em mim! É uma batalha diária...

Suburbano

Deixei-me ficar quieto, como se a escolha dos lugares vazios fosse tão aleatória que só mesmo à minha frente é que eles se poderiam sentar, e ainda há 10 minutos esta carruagem estava cheia.
O freio fez um barulho estridente que não me deixava ouvir a conversa mas adivinhava-se nas expressões dela o que ele lhe estava a dizer.
A presença deles incomodou-me. Ele continuava a insulta-la e ela a calar-se, a angústia transpirava-lhe dos olhos com medo e os soluços vomitavam envergonhados da boca pequena, e ele continuava.
“A culpa é tua, és sempre a mesma merda, fazem de ti o que querem”.
Cruzei os olhos com ela e pisquei-lhe o olho. Ela parou de soluçar, como se o enchurrilho de ralhetes tivesse parado de repente. Descruzei a perna já dormente e sem querer toquei-lhe no pé, murmurei um desculpe que não teve resposta, mas que foi o suficiente para ele se calar e desviar as atenções para mim.
Fixei-o, grave e agudo.
A voz gravada do intercomunicador anunciou a próxima paragem, a minha, a penúltima deste ramal.
Levantei-me e saí para a plataforma. Coloquei o saco ao tira-colo e acendi um cigarro. Enquanto guardava o isqueiro olhei de relance para dentro da carruagem que se afastava e vi-a a olhar para mim. Pisquei-lhe o olho outra vez e ela acenou com a tira da mochila azul, e sorriu.
Quanto vale o sorriso de uma criança?

Este texto foi escrito sob pseudónimo num blog esquecido que os comentários ao post anterior me fizeram lembrar

Piu... piu... piu...

Era uma vez um passarinho que num dia muito frio de inverno estava sentado num fio de telefone, estava gelado e sem forças para voar, a tremer de frio. Era inverno e o passarinho, com tanto frio que tinha começou a desfalecer e... caiu ao chão. O frio era tanto que o passarinho começou lentamente a morrer de frio...
Passou uma vaca e viu o passarinho no chão, quase morto e gelado, e cheia de compaixão resolveu ajuda-lo... Mas a vaca, um gigante trapalhão ao lado do minúsculo e delicado passarinho, nada conseguia fazer para o ajudar, nada mais do que cagar-lhe em cima, uma bosta gigante, mole e fumegante... mas morna e aconchegante também.
A Vaca afastou-se toda contente por ter ajudado o passarinho a não morrer congelado, e o passarinho, agora num ambiente mais quentinho e protegido do frio, começou a recuperar a côr, a aquecer e já estava quase bom, sentiu-se tão feliz por saber que ia sobreviver que até começou a cantar, "piu-piu"...
Passou uma raposa por perto e ouviu o passarinho a cantar, aproximou-se e viu o passarinho a cantar preso na bosta da vaca. "Olha um passarinho a cantar" pensou a raposa, pegou nele delicadamente para o desentalar, sacudiu-lhe a bosta de vaca que tinha agarrada às penas e...
...meteu-o à boca e engoliu o passarinho de uma assentada!

Moral da História:
-Nem todos os que te põem na merda te querem mal.
-Nem todos os que te tiram da merda te querem bem.
-Quando estiveres na merda, não pies!

sexta-feira, abril 04, 2008

Breathe (parte 2)

Aqui há umas semanas a minha pieira do costume transformou-se num estado de asma constante... Provavelmente derivado da altura do ano, da primavera, do pólen ou dos fenos.
Sempre tive asma, desde que me lembro, e vivo com isso como se não tivesse Asma, nem me lembro de alguma vez me ter caido a moeda de "ah... tenho asma...". Não, ter Asma nunca me impediu de fazer nada que quizesse fazer, nunca me impediu de ter gatos ou cães, de fumar ou de fazer mil loucuras, ter asma nunca foi meu cartão de visita.
Seja como for, a tal pieira transformada em asma não parecia querer passar, e o inalador Ventilan que só uso em SOS porque dá cabo do músculo cardiaco, já não estava a fazer grande efeito.
Pela primeira vez na vida a minha asma incomodou-me.
Ontem resolvi ir ao Centro de Saúde...
...e hoje resolvi deixar de fumar!

quarta-feira, abril 02, 2008

No comment

terça-feira, abril 01, 2008

Respirar

Breathe, breathe in the air.
Don't be afraid to care.
Leave but don't leave me.
Look around and choose your own ground.
Long you live and high you fly
And smiles you'll give and tears you'll cry
And all you touch and all you see
Is all your life will ever be.
Run, rabbit run.
Dig that hole, forget the sun,
And when at last the work is done
Don't sit down it's time to dig another one.
For long you live and high you fly
But only if you ride the tide
And balanced on the biggest wave
You race towards an early grave.