Espanca-me
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
2 passageiros clandestinos:
acho que pelo menos por enquanto é impossível dissociá.lo da voz do represas.. pelas palavras, equiparo.o muito à grandeza dO Poeta é um Fingidor. Grande. A fazer.nos querer ir mais além.
Que grande homenagem fazes a essa grande poetisa calipolense :)
(natural de Vila Viçosa caso não saibam o que é calipolense)
Creio que os seus infortúnios e os meus nos faz 'irmãs'
Ambas tivemos confusões com alguém mais alto e demos o pouco ou muito como se fosse milionária :P
Chamar a hospedeira para Enviar um comentário
<< Regressar ao cockpit