domingo, janeiro 09, 2005

Espanca-me

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens! Morder como quem beija!

É ser mendigo e dar como quem seja

Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!



É ter de mil desejos o esplendor

E não saber sequer que se deseja!

É ter cá dentro um astro que flameja,

É ter garras e asas de condor!



É ter fome, é ter sede de Infinito!

Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...

É condensar o mundo num só grito!



E é amar-te, assim, perdidamente...

É seres alma, e sangue, e vida em mim

E dizê-lo cantando a toda a gente!





Florbela Espanca

2 passageiros clandestinos:

Anonymous Anónimo chamou a hospedeira e disse:

acho que pelo menos por enquanto é impossível dissociá.lo da voz do represas.. pelas palavras, equiparo.o muito à grandeza dO Poeta é um Fingidor. Grande. A fazer.nos querer ir mais além.

5:31 da tarde  
Anonymous Anónimo chamou a hospedeira e disse:

Que grande homenagem fazes a essa grande poetisa calipolense :)
(natural de Vila Viçosa caso não saibam o que é calipolense)
Creio que os seus infortúnios e os meus nos faz 'irmãs'
Ambas tivemos confusões com alguém mais alto e demos o pouco ou muito como se fosse milionária :P

7:08 da tarde  

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