Sapatos de Espião
Passei o feriado do 1º de Maio a matar saudades da minha Moto... Fui a Lisboa, fui ver as montras e fui ao cinema (ler posts abaixo)... Gostava de escrever sobre esse dia, mas já ficou no passado e as coisas que fiz nesse dia refletem-se no dia de hoje, no presente. Assim, passando em modo "stealth" pelo dia de ontem, e como hoje até é Sábado: Post!
Acordei cedo, muito cedo, 7:40 am... a luz do dia acordou-me suavemente (é mais giro dizer que foi isso que me fez despertar) e, igual a mim próprio, se acorda sózinho, abre a pestana e põe logo o pézinho fora da cama.
Missão: mudar 2 pneus ao meu carro. Naturalmente que ao fim de 3 ou 4 mêses parado o carro não tinha bateria. Por isso, nova missão: Estrear cenas novas! Fui estrear a Quinta da Marquesa no Land Rover da empresa onde (ainda) trabalho.
T-shirt nova, óculos de sol novos e vida quase nova (sim, dê para um lado ou dê para o outro).
Mas a propósito do local, passo ao lado da Quinta da Marquesa todos os dias, várias vêzes por dia, e nunca lá entrei (é uma Quinta abandonada e em ruínas que fica entre a linha do Norte e a Est. Nac. 3, entre Azambuja e o Cartaxo), aquilo não tem nada para ver, que desilusão! Estava à espera de uma cena altamente sombria tipo cenário caotico misturando o arcaico com o pós-industrial... nada disso, apenas umas paredes a cair e umas cubatas de pedra e cal. Nem sequer uma vegetação selvagem a absorver os edificios, nada, só chão empoeirado ...e pensar que antigamente havia um festival mitra qualquer que costumava ser feiro naquele local...
Liguei as rotoras do Jipe só para curtir umas picadas que a àgua da chuva esculpiu no chão e parei por baixo de uma árvore a ouvir uma bossa nova qualquer que passava na Rádio Marginal.
Depois lembrei-me de estrear uma plaquinha de 10€ que comprei a um bacano conhecido (contam-se pelos dedos das mãos as vêzes que comprei cenas deste género, só para que se saiba!)... Coisa pouca, umas migalhas, o suficiente para ficar com os cantos da boca virados para cima e com os olhos semi-cerrados mas sem perder (aparentemente) nenhuma faculdade física ou psicológica (ou emocional, for that matter). Caminhei um bocadinho por ali a libertar fumaças ligeiras no ar quase puro... Dei um pontapé numa lata e antes que a lata acabasse de dar cambalhotas arrependi-me porque me esqueci que estava também a estrear os meus novos sapatos de espião... Bolas! Sacudi a poeira da biqueira e contemplando os sapatos novos lembrei-me do meu Sobrinho Manel.
Uma vez qualquer já não me lembro aonde, comentei com alguém que comprei uns sapatos de espião, esse alguém não fazia puto ideia do porquê de eu chamar sapatos de espião a uns ténis garridos de cor gaiteira. Não precisei de explicar ao Manel porque mesmo sem os ver ele observou naturalmente que eram uns ténis vermelhos.
Esta memória fez-me refletir na cumplicidade que existe entre as pessoas que partilharam um passado... Goste-se ou não, não se lhe pode fugir, não pode (nem deve) ser negado.
Voltei para a civilização (a ironia das palavras parte-me todo!), pelo caminho passou-me a broa (eram mesmo só umas migalhas) e apeteceu-me vir beber uma bica a um café onde se pode fumar e ter ligação à internet de borla. Sentei-me, acendi um cigarro, bebi o café, abri o laptop e esgalhei este post. São 14:25 pm. É sábado!
ADENDA: Passei o resto do dia entretido com pequenas actividades muito privadas de lazer. Vi um bocadinho de televisão e o filme que tinha alugado na véspera (adormeci no sofá outra vez), li o jornal, passei pela colectividade local e ganhei 3 jogos de xadrez seguidos a um garganeiro que me provocou, fiz alguns telefonemas para familiares e amigos, dei uma voltinha de moto mas não me apeteceu espraiar-me muito (pneu da frente careca), quase que comecei a fazer o plano comercial da empresa mas quero mais é que isso se lixe, e jantei numa pizzaria muito bem acompanhado por mim próprio(!). À noite, adormeci no sofá a ver um episódio de "sem rasto" e sonhei com carros topo de gama, acordei de madrugada e transladei-me para a cama...
Acordei cedo, muito cedo, 7:40 am... a luz do dia acordou-me suavemente (é mais giro dizer que foi isso que me fez despertar) e, igual a mim próprio, se acorda sózinho, abre a pestana e põe logo o pézinho fora da cama.
Missão: mudar 2 pneus ao meu carro. Naturalmente que ao fim de 3 ou 4 mêses parado o carro não tinha bateria. Por isso, nova missão: Estrear cenas novas! Fui estrear a Quinta da Marquesa no Land Rover da empresa onde (ainda) trabalho.
T-shirt nova, óculos de sol novos e vida quase nova (sim, dê para um lado ou dê para o outro).
Mas a propósito do local, passo ao lado da Quinta da Marquesa todos os dias, várias vêzes por dia, e nunca lá entrei (é uma Quinta abandonada e em ruínas que fica entre a linha do Norte e a Est. Nac. 3, entre Azambuja e o Cartaxo), aquilo não tem nada para ver, que desilusão! Estava à espera de uma cena altamente sombria tipo cenário caotico misturando o arcaico com o pós-industrial... nada disso, apenas umas paredes a cair e umas cubatas de pedra e cal. Nem sequer uma vegetação selvagem a absorver os edificios, nada, só chão empoeirado ...e pensar que antigamente havia um festival mitra qualquer que costumava ser feiro naquele local...
Liguei as rotoras do Jipe só para curtir umas picadas que a àgua da chuva esculpiu no chão e parei por baixo de uma árvore a ouvir uma bossa nova qualquer que passava na Rádio Marginal.
Depois lembrei-me de estrear uma plaquinha de 10€ que comprei a um bacano conhecido (contam-se pelos dedos das mãos as vêzes que comprei cenas deste género, só para que se saiba!)... Coisa pouca, umas migalhas, o suficiente para ficar com os cantos da boca virados para cima e com os olhos semi-cerrados mas sem perder (aparentemente) nenhuma faculdade física ou psicológica (ou emocional, for that matter). Caminhei um bocadinho por ali a libertar fumaças ligeiras no ar quase puro... Dei um pontapé numa lata e antes que a lata acabasse de dar cambalhotas arrependi-me porque me esqueci que estava também a estrear os meus novos sapatos de espião... Bolas! Sacudi a poeira da biqueira e contemplando os sapatos novos lembrei-me do meu Sobrinho Manel.
Uma vez qualquer já não me lembro aonde, comentei com alguém que comprei uns sapatos de espião, esse alguém não fazia puto ideia do porquê de eu chamar sapatos de espião a uns ténis garridos de cor gaiteira. Não precisei de explicar ao Manel porque mesmo sem os ver ele observou naturalmente que eram uns ténis vermelhos.
Esta memória fez-me refletir na cumplicidade que existe entre as pessoas que partilharam um passado... Goste-se ou não, não se lhe pode fugir, não pode (nem deve) ser negado.
Voltei para a civilização (a ironia das palavras parte-me todo!), pelo caminho passou-me a broa (eram mesmo só umas migalhas) e apeteceu-me vir beber uma bica a um café onde se pode fumar e ter ligação à internet de borla. Sentei-me, acendi um cigarro, bebi o café, abri o laptop e esgalhei este post. São 14:25 pm. É sábado!
ADENDA: Passei o resto do dia entretido com pequenas actividades muito privadas de lazer. Vi um bocadinho de televisão e o filme que tinha alugado na véspera (adormeci no sofá outra vez), li o jornal, passei pela colectividade local e ganhei 3 jogos de xadrez seguidos a um garganeiro que me provocou, fiz alguns telefonemas para familiares e amigos, dei uma voltinha de moto mas não me apeteceu espraiar-me muito (pneu da frente careca), quase que comecei a fazer o plano comercial da empresa mas quero mais é que isso se lixe, e jantei numa pizzaria muito bem acompanhado por mim próprio(!). À noite, adormeci no sofá a ver um episódio de "sem rasto" e sonhei com carros topo de gama, acordei de madrugada e transladei-me para a cama...
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