Maria Alexievna Matveeva
Assim de repente, a vontade foi mesmo apenas de escrever qualquer coisa… Uma forma já conhecida de forçar para fora da mente as pequenas interferências que me estão a condicionar a liberdade de movimentos, enfim, que já me estão a começar a chatear, seriamente, e antes que a coisa descambe para o ponto de não retorno, mais vale escrever sobre fait-divers do que dedicar neurónios a congeminar estratagemas de acção, reacção e retaliação! Não é bom para ninguém.
Assim, acabei de ter uma surpreendente e agradável conversa no messenger com a minha Ex-Ex (Uma “Ex” à séria, não é uma aventura). Mora em Africa, agora em Madagáscar, tendo já passado pelo Mali e pelos Camarões… É casada há uns anos com um amigo comum dos tempos de faculdade em Bordeaux. Ao longo destes anos todos nunca falhou mandar-me felicitações nos anos ou no Natal, mas este ano no Natal tinha falhado, e por isso mesmo deu-se ao trabalho de me contactar para me desejar bom ano novo.
A conversa foi agradável, muito agradável, e divertida! É bom ver que quem nos passou pela vida ficou bem, e ficou de bem connosco, e melhor que isso, que ficamos de bem com essa pessoa. De facto, ser-se capaz de ficar bem é uma capacidade daquelas que pensando bem pouco tem de complicado, até é simples, mas que indubitavelmente ou se tem, ou quando não se tem vive-se com isso amarguradamente.
A Maria é Russa, uma Russa especial. Foi minha colega de Curso e eu teria que ficar aqui 2 dias para escrever sobre as mil aventuras que passamos juntos nos 5 anos em que fomos casados e que vivêmos em vários países da Europa. Uma dessas aventuras foi esta, já a contei aqui.
A minha separação da Maria foi no mínimo uma experiência única. Em 2001 moravamos em Castres, perto de Toulouse, já há uns mêses que a coisa não andava nada bem e uma manhã, após mais uma discussão funcional, fui a um stand de carros usados e comprei o carro maior que eles lá tinham, com uma bagageira enorme, no stand ao lado comprei um pequeno reboque, antes do almoço fui a casa e carreguei todas as minhas coisas no carro e no reboque (roupas, livros, CDs, aparelhagem e esqueci-me dos sapatos), e ao fim do dia já estava a atravessar a fronteira de Vilar Formoso em direcção a Lisboa. Resolvi o problema, tanto para mim, como para ela, e as nossas vidas continuaram. Contudo, porque 2 pessoas que viveram juntas tanto tempo têm a maturidade suficiente para ultrapassar episódios divergentes e carregam na memória uma cumplicidade que nunca desaparece, conseguimos continuar amigos sem necessidade de batermos o coiro um ao outro para apaziguar frustrações.
Hoje, sobretudo derivado da nossa conversa no messenger, tive mais uma constatação que de facto não ando cá por ver andar os outros, que sei o que quero, sei para onde vou e como lá chegar.
Bem hajas Masha, tudo de bom para ti.
Assim, acabei de ter uma surpreendente e agradável conversa no messenger com a minha Ex-Ex (Uma “Ex” à séria, não é uma aventura). Mora em Africa, agora em Madagáscar, tendo já passado pelo Mali e pelos Camarões… É casada há uns anos com um amigo comum dos tempos de faculdade em Bordeaux. Ao longo destes anos todos nunca falhou mandar-me felicitações nos anos ou no Natal, mas este ano no Natal tinha falhado, e por isso mesmo deu-se ao trabalho de me contactar para me desejar bom ano novo.
A conversa foi agradável, muito agradável, e divertida! É bom ver que quem nos passou pela vida ficou bem, e ficou de bem connosco, e melhor que isso, que ficamos de bem com essa pessoa. De facto, ser-se capaz de ficar bem é uma capacidade daquelas que pensando bem pouco tem de complicado, até é simples, mas que indubitavelmente ou se tem, ou quando não se tem vive-se com isso amarguradamente.
A Maria é Russa, uma Russa especial. Foi minha colega de Curso e eu teria que ficar aqui 2 dias para escrever sobre as mil aventuras que passamos juntos nos 5 anos em que fomos casados e que vivêmos em vários países da Europa. Uma dessas aventuras foi esta, já a contei aqui.
A minha separação da Maria foi no mínimo uma experiência única. Em 2001 moravamos em Castres, perto de Toulouse, já há uns mêses que a coisa não andava nada bem e uma manhã, após mais uma discussão funcional, fui a um stand de carros usados e comprei o carro maior que eles lá tinham, com uma bagageira enorme, no stand ao lado comprei um pequeno reboque, antes do almoço fui a casa e carreguei todas as minhas coisas no carro e no reboque (roupas, livros, CDs, aparelhagem e esqueci-me dos sapatos), e ao fim do dia já estava a atravessar a fronteira de Vilar Formoso em direcção a Lisboa. Resolvi o problema, tanto para mim, como para ela, e as nossas vidas continuaram. Contudo, porque 2 pessoas que viveram juntas tanto tempo têm a maturidade suficiente para ultrapassar episódios divergentes e carregam na memória uma cumplicidade que nunca desaparece, conseguimos continuar amigos sem necessidade de batermos o coiro um ao outro para apaziguar frustrações.
Hoje, sobretudo derivado da nossa conversa no messenger, tive mais uma constatação que de facto não ando cá por ver andar os outros, que sei o que quero, sei para onde vou e como lá chegar.
Bem hajas Masha, tudo de bom para ti.
Na foto: Paris, 616 dias antes do ano 2000
4 passageiros clandestinos:
"Contudo, porque 2 pessoas que viveram juntas tanto tempo têm a maturidade suficiente para ultrapassar episódios divergentes e carregam na memória uma cumplicidade que nunca desaparece, continuámos amigos." - Faz parte dos dois...
Nenhum de vocês se pode "lavar" do outro.
Faz parte da bagagem que carregamos.
Bj
P.S.: Também gosto muito de ti ;)
Mulher bonita, sim senhora!
Isso é sinal de maturidade! Como te entendo (o meu ex é o meu melhor amigo).
bj
Smootha: Tenho largado parte da minha bagagem... estava bem arranjado se andasse com "tudo" às costas...
Anonimo: É um borracho!
Nina, concordo que assim seja, mas discordo que seja sinónimo de maturidade, é simplesmente normal que aconteça, mas não só não é costume e muito menos é resultado de pretensa maturidade.
Wishfull thinking mas não tanto.
Bjs
F
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