...3 mêses de inferno...
O meu Nokia é mesmo fixe... Dá para fazer montes de coisas giras: Algumas são verdadeiramente práticas, outras são apenas funções acessórias que eu nem sei para que servem, mas neste momento dá para ouvir rádio na varanda de trás e distrair-me das moscas que a esta hora já não querem saber de me incomodar como quando estava a ler um livro no alpendre e resolveram vir ter comigo deste lado. De facto a minha proximidade com os animais acentua-se a cada vez que aqui venho, mas também isto assim é demais, nem o Dalai Lama aguentava sem um mata-moscas ao lado!
Na minha volta de hoje perdi-me com a imensidão da paisagem, das montanhas, dos vales e com a calçada romana em S. Mamede de Ribatua (já lá tinha passado de Virago, hoje passei de Peugeot acelera), de tal forma me distraí que apenas tirei fotos miseraveis aos comboios antigos na estação do Tua...
No regresso a acelera subiu a serra às mil maravilhas (Quase passou dos 50 Km/h!) e fui a Favaios beber um... Moscatel, claro! Não sei se é o meu ar de Gaijihn se são as minhas motas, mas não me consigo livrar de conseguir entrar num café ou de me sentar numa esplanada sem que as conversas parem e os olhares se centrem em mim... Enfim, li o jornal de ontem, bebi o Moscatel (com sabor a mel) e segui... Ainda hesitei em ir ao Pinhão, mas já se fazia tarde e não tinha dito em casa que me demorava... Talvez amanhã lá vá.
De resto, desde que cá estou que tenho andado a sentir uma sensação estranha que não consigo identificar... é uma mistura de euforia com nostalgia, uma espécie de prazer em cá estar mas com vontade de ir para outro lugar... Mas foi mais forte que eu a vontade de cá vir, mesmo que pudesse estar noutro lugar. Definitivamente gosto mais de cá vir no Inverno...
No dia em que cheguei, ao sentar-me aqui na varanda enquanto toda a gente cá em casa stressava com penteados e vestidos e maquilhagens e a chegada da noiva (a casa fica literalmente em frente da Igreja da Aldeia), a Dª Marta veio ter comigo e com uma frase simples, como só uma Mãe sabe dizer, desanuviou toda a minha ansiedade. "Aqui estás em tua casa". Obrigado Mamã, e não, não preciso que me passes a camisa a ferro.
Adiante.
A gata deixou-me tirar-lhe uma foto, deve ter percebido que eu não sou ameaça... Quem não percebe nada é o cão, dantes não podia sair do jardim, agora não pode ir para o jardim e passa o dia no alpendre a tentar apanhar moscas. Se amanhã eu voltar a sentar-me na varanda de trás já sei quem vai ficar lá comigo! Apanhei uma foto fantástica (e retiro o que disse do meu Nokia que fotos no escuro não sabe tirar em condições) do nascer da Lua no local exacto onde de manhã nasce o Sol... Nunca tinha reparado nessa coincidência, será da altura do ano ou é sempre assim...? De qualquer forma ficou-me na memória visual, e mesmo que de repente, sem saber ler nem escrever, não me sinta particularmente... confortavel, em oferecer este nascer da Lua, ele é para quem o quizer apanhar, basta olhar para o sitio certo à hora certa... Colocar um pé em frente do outro, e aceita-lo.
Definitivamente prefiro vir cá no Inverno. O frio aconchega a alma, acho eu... pelo menos no Inverno as coisas que sinto são mais focadas na real emoção que me provoca tudo o que me rodeia... No Verão há muita gente, os dias são muito longos e ultra-quentes... Como escreveu Miguel Torga, "Trás-os-montes são 9 mêses de Inverno, e 3 de Inferno". Lá saberia, transmontano que era. Antes de vir aqui a esta hora sem saber se o café ainda estava aberto tive tempo de fazer a última visita da praxe (esta coisa das visitas tem que ser bem gerida porque senão apanho bezuntas monumentais a provar os vinhos todos e perco o corpinho Danone por comer tantos petiscos). De facto sofro da maioria dos pecados mortais, e de outros tantos que não estão lá contemplados...
...já agora, vou pedir outro Moscatel enquanto faço o upload das fotos do dia. Acabei de tirar uma foto fixe à iluminação da Igreja... Ao vivo é muito mais fixe para quem aprecia iluminação festiva (não é necessariamente o meu caso, mas fica o registo).
...e foi assim o dia, um Domingo.
Amanhã é outro dia.
Na minha volta de hoje perdi-me com a imensidão da paisagem, das montanhas, dos vales e com a calçada romana em S. Mamede de Ribatua (já lá tinha passado de Virago, hoje passei de Peugeot acelera), de tal forma me distraí que apenas tirei fotos miseraveis aos comboios antigos na estação do Tua...
No regresso a acelera subiu a serra às mil maravilhas (Quase passou dos 50 Km/h!) e fui a Favaios beber um... Moscatel, claro! Não sei se é o meu ar de Gaijihn se são as minhas motas, mas não me consigo livrar de conseguir entrar num café ou de me sentar numa esplanada sem que as conversas parem e os olhares se centrem em mim... Enfim, li o jornal de ontem, bebi o Moscatel (com sabor a mel) e segui... Ainda hesitei em ir ao Pinhão, mas já se fazia tarde e não tinha dito em casa que me demorava... Talvez amanhã lá vá.
De resto, desde que cá estou que tenho andado a sentir uma sensação estranha que não consigo identificar... é uma mistura de euforia com nostalgia, uma espécie de prazer em cá estar mas com vontade de ir para outro lugar... Mas foi mais forte que eu a vontade de cá vir, mesmo que pudesse estar noutro lugar. Definitivamente gosto mais de cá vir no Inverno...
No dia em que cheguei, ao sentar-me aqui na varanda enquanto toda a gente cá em casa stressava com penteados e vestidos e maquilhagens e a chegada da noiva (a casa fica literalmente em frente da Igreja da Aldeia), a Dª Marta veio ter comigo e com uma frase simples, como só uma Mãe sabe dizer, desanuviou toda a minha ansiedade. "Aqui estás em tua casa". Obrigado Mamã, e não, não preciso que me passes a camisa a ferro.
Adiante.
A gata deixou-me tirar-lhe uma foto, deve ter percebido que eu não sou ameaça... Quem não percebe nada é o cão, dantes não podia sair do jardim, agora não pode ir para o jardim e passa o dia no alpendre a tentar apanhar moscas. Se amanhã eu voltar a sentar-me na varanda de trás já sei quem vai ficar lá comigo! Apanhei uma foto fantástica (e retiro o que disse do meu Nokia que fotos no escuro não sabe tirar em condições) do nascer da Lua no local exacto onde de manhã nasce o Sol... Nunca tinha reparado nessa coincidência, será da altura do ano ou é sempre assim...? De qualquer forma ficou-me na memória visual, e mesmo que de repente, sem saber ler nem escrever, não me sinta particularmente... confortavel, em oferecer este nascer da Lua, ele é para quem o quizer apanhar, basta olhar para o sitio certo à hora certa... Colocar um pé em frente do outro, e aceita-lo.
Definitivamente prefiro vir cá no Inverno. O frio aconchega a alma, acho eu... pelo menos no Inverno as coisas que sinto são mais focadas na real emoção que me provoca tudo o que me rodeia... No Verão há muita gente, os dias são muito longos e ultra-quentes... Como escreveu Miguel Torga, "Trás-os-montes são 9 mêses de Inverno, e 3 de Inferno". Lá saberia, transmontano que era. Antes de vir aqui a esta hora sem saber se o café ainda estava aberto tive tempo de fazer a última visita da praxe (esta coisa das visitas tem que ser bem gerida porque senão apanho bezuntas monumentais a provar os vinhos todos e perco o corpinho Danone por comer tantos petiscos). De facto sofro da maioria dos pecados mortais, e de outros tantos que não estão lá contemplados...
...já agora, vou pedir outro Moscatel enquanto faço o upload das fotos do dia. Acabei de tirar uma foto fixe à iluminação da Igreja... Ao vivo é muito mais fixe para quem aprecia iluminação festiva (não é necessariamente o meu caso, mas fica o registo).
...e foi assim o dia, um Domingo.
Amanhã é outro dia.
2 passageiros clandestinos:
deixa-te de tretas... toda a gente para para te ver, e pensa: "este já tomava um banhinho"...
o estilo porco feio e mau já passou à história, you know?!
Comentário 4 anos mais tarde: Flôr de Verão, vai apanhar onde mais gostas!
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