sexta-feira, outubro 26, 2012
quarta-feira, outubro 17, 2012
Eu, na 1ª página do Jornal de Notícias

sexta-feira, outubro 12, 2012
Lee Harvey Oswald
Ao vir para o trabalho hoje de manhã, dei comigo mais interessado no noticiário da TSF do que no meu novo CD dos Simple Minds... A determinada altura fiquei atónito comigo próprio - fenómeno sintomático de ver a escolha do Governo entregue à democraciazeca da valeta, dos partidarismos inspirados em afição de futebol, e às audiências dos Reality Shows -
atónito por concordar com as palavras que ouvi de Bagão Felix:

"A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador."
De seguida caiu-me a moeda e apercebi-me que já há uns bons 8 anos que eu não estou no que é agora anunciado como o 4º escalão do IRS, apenas para hoje me encontrar num cai-não-cai, entre o 2º e o 1º escalão, e rever-me assim nos relatórios da DECO que falam de cidadãos que apenas ingerem proteinas 3 ou 4 vezes por semana... Ao refletir sobre isso não deixo de me lembrar e de valorizar todos os sacrificios que tive que fazer para tirar as minhas duas licenciaturas (Ah, pois é!), e olho em redor e a miséria de que sou testemunha, aqui, ali, em toda a parte, não me faz sentir pena, apenas revolta, uma revolta impotente e silênciosa, e no entanto, do alto da minha modéstia, sinto-me um felizardo, um pobre alegre pateta que se sente um felizardo por ter o pouco que consegue voltar a ter depois de ter tido tanto e tudo perder ...e sou assim novamente assaltado pelo sentimento de que não estou a fazer o suficiente, que podia voluntariar-me para isto ou aquilo - já o fiz antes - ajudando ao colectivo, mais do que lavar a cara, a minha e a dos outros... O meu carro avança no trânsito e o eco das palavras de Bagão Felix deita-me essa pequena esperança e motivação por terra. Valores mais altos se levantam, ou algo assim...
Nunca me fez confusão pagar impostos, mas faz-me confusão vê-los sistemáticamente desviados para correcções a orçamentos mal executados. Nunca me assustou o custo total do dia-a-dia, mas aflige-me ter um Governo de incompetentes, uma Oposição de imbecis, e um Presidente da República inútil e acomodado, todos a jogar com a minha vida e a conspirar, inconsequentes, contra mim... e entristece-me eu não sentir individualmente a capacidade de alterar tudo isso sem conseguir evitar grande dano pessoal.
Nunca me fez confusão pagar impostos, mas faz-me confusão vê-los sistemáticamente desviados para correcções a orçamentos mal executados. Nunca me assustou o custo total do dia-a-dia, mas aflige-me ter um Governo de incompetentes, uma Oposição de imbecis, e um Presidente da República inútil e acomodado, todos a jogar com a minha vida e a conspirar, inconsequentes, contra mim... e entristece-me eu não sentir individualmente a capacidade de alterar tudo isso sem conseguir evitar grande dano pessoal.
quarta-feira, outubro 03, 2012
Artigo 21º
Direito de resistência
Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias, e de repelir pela força qualquer agressão, quando não for possível recorrer à autoridade pública.
in Constituição da Republica Portuguesa
terça-feira, outubro 02, 2012
É grupo!
Por vezes apercebo-me que as pessoas me fazem rir, algumas mais do que outras. A distância entre o riso exterior de gozo e o sorriso interior de desprezo é por vezes assustadoramente curta. Não sei se a minha capacidade de agrupamento de pessoas por estereotipos é fidedigna e justa, ou se resulta de uma mera percepção distorcida que eu possa ter por defeito, mas é seguramente um modo eficaz de compartimentar as pessoas - com julgamento feito, admito-o - e dessa forma segmentar tambémas as minhas respectivas reacções e sentimentos. É talvez essa capacidade de distinguir entre traços e caracteristicas que facilita a identificação de que tipo as pessoas são, ditando a minha reacção e determinando a minha apreciação da pessoa. Eventualmente este género de reflexões por vezes trai a imagem que passo de mim mesmo, quando eu até podia perfeitamente dissimular um bocado e passar incolume pelo julgamento alheio, já que ninguém está imune a ser apreciado e julgado. Ora reciprocamente eu também podia dar o benefício da dúvida às pessoas que julgo... ou não!