Setembro 2011 - History repeating -
No fim-de-semana passado, domingo de tarde, voltei ao tal bar na Praia de Esmoriz... Não é Junho mas é Setembro, não é 2009 mas é agora e não é o mesmo contexto, desta vez não fui acompanhado, não é o tempo nem há momentum, tudo é diferente comparado com a situação que descrevi 2 posts abaixo, e no entanto, tudo é igual, há um elemento comum que atravessa o tempo, que se propaga no tempo, que se mantém e prevalece antes e depois do durante, esse elemento comum sou eu.
...e eu, fartei-me de conversar comigo próprio, algo que tanta falta me fez tanto tempo. Nada de exames de consciência que a consciência não me pesa, nada de erratas que não cometi erro que não tivesse já espiado, nada de arrependimentos que pouco fiz de que tenha que me arrepender, apenas conversa a uma só voz, meros pensamentos dispersos entre a enormidade do Mar, a luminosidade do Sol e a monstruosidade da realidade à minha volta, não daquele momento que foi calmo e sereno, mas do momento presente, onde vivo, como vivo, o que me rodeia e o que me move, que me faz querer mover mais, e mais, e mais... que sentimentos novos são estes que se apoderam de mim, e que alimento sem fim? Quão agridoce é o sabor do desnorte, do lado negro de navegar à vista, perder de vista a noção de quem sou, de quem tanto me esforcei por ser? Perder-me assim, num instante, inesperado, descuidado, traído, num momento de alegórica baixeza humana (um lapso manipulado e mal aconselhado que nem o beneficio da dúvida me está a ajudar a conseguir perdoar), eu, permitir-me a mim próprio ceder e assim corromper tudo em que acredito em prol de uma reacção pouco ou nada controlada mas tão desmesurada e desproporcional, canhão à solta no convés, ora a bombordo ora a estibordo a disparar em todas as direcções, forma de me defender, teve que ser, não encomendei nada disto... Mantive a minha palavra, como sempre, contra ventos e marés. Palavra que foi tortuosa e gratuitamente desacreditada e que trouxe á tona uma das minhas máximas: Nunca substimes alguém que não tem nada a perder! ...e vi-me assim a mobilizar uma espécie de máquina de guerra, da qual sou o comandante por procuração. Não estou relutante em a fazer avançar, mas que me puxa e me empurra e me pergunta incessantemente o que é que eu quero fazer quando eu me pergunto a mim próprio até onde quero ir? Para onde quero ir? A consciência não me pesa, mas pesa-me ter consciência, ser ponderado, não conseguir nem que tente ser inconsequente, mesmo que a balança esteja desequilibrada, que a venda esteja levantada e que a espada esteja inclinada, não fui eu que escolhi este caminho, mas se é este o caminho que tenho que percorrer, venham eles!
"...e cada passo que dou / por mais confuso que seja / sei sempre para onde vou"
Dois anos depois, conversa privada e estratégica, sentado outra vez naquele bar a ver o Mar e a ouvir música de encantar, o elemento comum prevalece, porque há coisas que nunca se esquece!
...e eu, fartei-me de conversar comigo próprio, algo que tanta falta me fez tanto tempo. Nada de exames de consciência que a consciência não me pesa, nada de erratas que não cometi erro que não tivesse já espiado, nada de arrependimentos que pouco fiz de que tenha que me arrepender, apenas conversa a uma só voz, meros pensamentos dispersos entre a enormidade do Mar, a luminosidade do Sol e a monstruosidade da realidade à minha volta, não daquele momento que foi calmo e sereno, mas do momento presente, onde vivo, como vivo, o que me rodeia e o que me move, que me faz querer mover mais, e mais, e mais... que sentimentos novos são estes que se apoderam de mim, e que alimento sem fim? Quão agridoce é o sabor do desnorte, do lado negro de navegar à vista, perder de vista a noção de quem sou, de quem tanto me esforcei por ser? Perder-me assim, num instante, inesperado, descuidado, traído, num momento de alegórica baixeza humana (um lapso manipulado e mal aconselhado que nem o beneficio da dúvida me está a ajudar a conseguir perdoar), eu, permitir-me a mim próprio ceder e assim corromper tudo em que acredito em prol de uma reacção pouco ou nada controlada mas tão desmesurada e desproporcional, canhão à solta no convés, ora a bombordo ora a estibordo a disparar em todas as direcções, forma de me defender, teve que ser, não encomendei nada disto... Mantive a minha palavra, como sempre, contra ventos e marés. Palavra que foi tortuosa e gratuitamente desacreditada e que trouxe á tona uma das minhas máximas: Nunca substimes alguém que não tem nada a perder! ...e vi-me assim a mobilizar uma espécie de máquina de guerra, da qual sou o comandante por procuração. Não estou relutante em a fazer avançar, mas que me puxa e me empurra e me pergunta incessantemente o que é que eu quero fazer quando eu me pergunto a mim próprio até onde quero ir? Para onde quero ir? A consciência não me pesa, mas pesa-me ter consciência, ser ponderado, não conseguir nem que tente ser inconsequente, mesmo que a balança esteja desequilibrada, que a venda esteja levantada e que a espada esteja inclinada, não fui eu que escolhi este caminho, mas se é este o caminho que tenho que percorrer, venham eles!
"...e cada passo que dou / por mais confuso que seja / sei sempre para onde vou"
Dois anos depois, conversa privada e estratégica, sentado outra vez naquele bar a ver o Mar e a ouvir música de encantar, o elemento comum prevalece, porque há coisas que nunca se esquece!
1 passageiros clandestinos:
Como não te conheço não sei se gostava de ter um amigo como tu, talvez. Mas não te queria para inimigo de certezinha. Tem calma!
simplesmente anónimo/a
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