terça-feira, abril 26, 2011
segunda-feira, abril 25, 2011
quarta-feira, abril 20, 2011
Bom dia,
Ontem abordei-te fora de horas, e desde já te peço desculpa por te ter incomodado com isso (nem me ocorreu que poderias não estar sozinha, ou que poderia acordar o teu filho), mas peço desculpa também por de algum modo te ter colocado num papel que já não é teu, e ter com isso suscitado porventura sentimentos desconfortáveis. Se foi o caso, lamento, a intenção não era essa, de todo, nem era nenhuma em particular, mais do que um acto de desespero momentâneo, e acabou por ser naquele momento todo o nada com que me iludi para me acalmar... As pessoas na vida têm momentos de fraqueza, e eu nunca consegui esconder muito bem os meus. Sei que não prejudico ninguém com isso, não mais do que me prejudico a mim próprio, porque me exponho a uma espiral de desconsiderações, subestimações e chacotas, algo que eu sei que com um bocadinho de dissimulação e de cinismo, se os tivesse, eu conseguiria facilmente evitar... Penso que ontem a escolha recaiu em ti pela paradoxal conveniência da distância - geográfica e temporal - e pela inevitável comparação, porque não obstante as escolhas que fiz, e que mantenho(!), por vezes faz-me falta que me conheçam como tu a determinada altura me conheceste, e que com isso me compreendam sem sucumbirem ao julgamento fácil e à inevitável paulada da acusação sumária. Faz-me sobretudo falta que me aceitem sem me quererem moldar em algo que eu não sou, sem me castrarem a voz e a vontade, sem me esventrarem a joie de vivre, enfim, sem me matarem a inspiração e sem me amarrarem a capacidade de iniciativa com uma corda tecida de medos que não são meus... estou a divagar... Não foi necessariamente isto que vi em ti no passado, nem o que procurei ontem...
Adiante
Talvez nem adivinhes mas tenho andado a contemplar contactar-te um dia destes, num formato e conteúdo diferentes do de ontem, consigo até visualiza-lo, não sei bem porquê, talvez porque para mim faz todo o sentido, e faz sentido partilhar os fait-divers da minha vida contigo (que a determinada altura aceitaste sem me julgar) e partilhar-te com a vida que tenho (que a determinada altura me pareceu aceitar o meu passado). Não ouso contudo sugerir que partilhes a tua vida comigo, porque a conquistaste, não ousaria interferir… mas acompanho, esporadicamente, à distância, sorrio, tranquilizo-me, e disfarço uma chama de orgulho que se acende e que espero que de algum modo te acalente e te dê animo para avançares ainda mais, e enquanto a minha vida avança também e a tua vida avança, é tudo o que posso fazer sem começar a cantarolar "The Invisible Man", porque as chicotadas na alma doem menos quando estou a cantar…
Fica bem, Páscoa feliz
F
Ontem abordei-te fora de horas, e desde já te peço desculpa por te ter incomodado com isso (nem me ocorreu que poderias não estar sozinha, ou que poderia acordar o teu filho), mas peço desculpa também por de algum modo te ter colocado num papel que já não é teu, e ter com isso suscitado porventura sentimentos desconfortáveis. Se foi o caso, lamento, a intenção não era essa, de todo, nem era nenhuma em particular, mais do que um acto de desespero momentâneo, e acabou por ser naquele momento todo o nada com que me iludi para me acalmar... As pessoas na vida têm momentos de fraqueza, e eu nunca consegui esconder muito bem os meus. Sei que não prejudico ninguém com isso, não mais do que me prejudico a mim próprio, porque me exponho a uma espiral de desconsiderações, subestimações e chacotas, algo que eu sei que com um bocadinho de dissimulação e de cinismo, se os tivesse, eu conseguiria facilmente evitar... Penso que ontem a escolha recaiu em ti pela paradoxal conveniência da distância - geográfica e temporal - e pela inevitável comparação, porque não obstante as escolhas que fiz, e que mantenho(!), por vezes faz-me falta que me conheçam como tu a determinada altura me conheceste, e que com isso me compreendam sem sucumbirem ao julgamento fácil e à inevitável paulada da acusação sumária. Faz-me sobretudo falta que me aceitem sem me quererem moldar em algo que eu não sou, sem me castrarem a voz e a vontade, sem me esventrarem a joie de vivre, enfim, sem me matarem a inspiração e sem me amarrarem a capacidade de iniciativa com uma corda tecida de medos que não são meus... estou a divagar... Não foi necessariamente isto que vi em ti no passado, nem o que procurei ontem...
Adiante
Talvez nem adivinhes mas tenho andado a contemplar contactar-te um dia destes, num formato e conteúdo diferentes do de ontem, consigo até visualiza-lo, não sei bem porquê, talvez porque para mim faz todo o sentido, e faz sentido partilhar os fait-divers da minha vida contigo (que a determinada altura aceitaste sem me julgar) e partilhar-te com a vida que tenho (que a determinada altura me pareceu aceitar o meu passado). Não ouso contudo sugerir que partilhes a tua vida comigo, porque a conquistaste, não ousaria interferir… mas acompanho, esporadicamente, à distância, sorrio, tranquilizo-me, e disfarço uma chama de orgulho que se acende e que espero que de algum modo te acalente e te dê animo para avançares ainda mais, e enquanto a minha vida avança também e a tua vida avança, é tudo o que posso fazer sem começar a cantarolar "The Invisible Man", porque as chicotadas na alma doem menos quando estou a cantar…
Fica bem, Páscoa feliz
F
segunda-feira, abril 18, 2011
domingo, abril 17, 2011
unedited
Some people wonder if life's like a game of chess... It's a little bit more complicated than that I say, but in a simplistic way, damn right, life can definately be percieved as a predictable cyclic repetition of events, like a sequence of moves on a board, a sketch of episodic mental strategies plotted onto a chain of interactions, and actions and reactions, and counter-reactions...
I place myself in the latter, the counter-reaction part, and I excell at it, I breath with it at my own expense, and feed on pyrrhic victories (google it you fucking twat) one after another, vain victories that ultimately may lead me to loose the war... But not yet, not yet... you'll go first!
I place myself in the latter, the counter-reaction part, and I excell at it, I breath with it at my own expense, and feed on pyrrhic victories (google it you fucking twat) one after another, vain victories that ultimately may lead me to loose the war... But not yet, not yet... you'll go first!
segunda-feira, abril 11, 2011
A mama está no sangue!
Os portugueses já viveram da mama do trafego de escravos, depois da mama do ouro das colónias, depois da mama das reservas de ouro nacional, depois da mama da CEE, depois da mama dos subsídios a fundo perdido...
...mas entretanto acabou-se a mama, e agora? Produzir? Foda-se produzir não que dá trabalho!
Mandem lá vir a mama do FMI qu'alguém há de pagar isso!
...mas entretanto acabou-se a mama, e agora? Produzir? Foda-se produzir não que dá trabalho!
Mandem lá vir a mama do FMI qu'alguém há de pagar isso!
quinta-feira, abril 07, 2011
O comentário tornado desabafo
Não consigo colocar noções básicas de macroeconomia no mesmo saco com a esgrima de argumentos políticos populistas. Apurar culpas é para quem não sabe fazer melhor. O que digo é que Portugal chegou a esta situação primordialmente por inaptidão do tecido empresarial e da iniciativa privada - dos portugueses - que persistentemente falharam no crescimento economico, no equilíbrio da balança comercial e no aumento do PIB. Falharam mesmo com mais de 30 anos de ferramentas administrativas, fiscais e financeiras perfeitamente sustentadas, e que foram postas à disposição pelos sucessivos governos para desenvolver o país... mas não, o Tuga do pós-25 de Abril é calão, preguiçoso, umbiguista, despido de orgulho, materialista e subserviente da ordem establecida. Sabe acusar os outros de não fazer o deles, mas depois só gosta de coçar a barriga, de venha a nós o vosso reino, de comprar o que quer ter sem ter que produzir para o poder pagar, e de ainda viver encostado ao Estado previdente, é que é essa, o resto é campanha política, e nem aí o Tuga é esperto, porque fica em casa no dia das eleições, e depois admira-se por ter que baixar as calcinhas ao FMI, e ainda acha que lhe estão a fazer um favor!