...de passagem
Sentei-me neste lugar
A ver a gente passar
Gente que passa por aqui
Que passou mas eu não vi
Que surge do espaço vazio
A multidão como um rio
É gente que vai, gente que vem
Que corre daqui p’r’além
Passam senhoras bem vestidas
E crianças em corridas
Passam estudantes a correr
Com muitos livros p’ra ler
Um amigo aqui passou
Foi andando e não parou
Passa o jovem e o reformado
Um ceguinho e um aleijado
Passa o padre e o operário
Passa o Zé e passa o Mário
Passou alguém de bicicleta
E um cão em linha recta
Outra passa no cigarro
Quando passa mais um carro
Passa alguém da minha idade
Todo cheio de vaidade
Passa a música no rádio
ou o futebol no estádio
Passa tudo o que eu quiser
E tudo mais o que vier
Passam lindas raparigas
Tatuadas nas barrigas
Passam com saias de roda
Passa o gosto e passa a moda
Passam turistas estrangeiros
Passam aromas e cheiros
Passa a brisa pelo ar
Folhas secas a voar
Passam palavras perdidas
E memórias esquecidas
Passa o bafo do calor
E já passou a minha dor
Passa um Sol de abrasar
E ao longe o som do mar
Passa o tempo muito lento
Passa gente e passa o vento
Passa a vida e eu não vejo
Para onde vai o Tejo
Passa um comboio a apitar
E outro que vai a chegar
Passa a gente da Cidade
E passou perto a liberdade
Passa assim o mês de Abril
Em S. João do Estoril
O meu café já o bebi
Passou o dia e eu aqui
Férias da Páscoa, Abril de 199?
A ver a gente passar
Gente que passa por aqui
Que passou mas eu não vi
Que surge do espaço vazio
A multidão como um rio
É gente que vai, gente que vem
Que corre daqui p’r’além
Passam senhoras bem vestidas
E crianças em corridas
Passam estudantes a correr
Com muitos livros p’ra ler
Um amigo aqui passou
Foi andando e não parou
Passa o jovem e o reformado
Um ceguinho e um aleijado
Passa o padre e o operário
Passa o Zé e passa o Mário
Passou alguém de bicicleta
E um cão em linha recta
Outra passa no cigarro
Quando passa mais um carro
Passa alguém da minha idade
Todo cheio de vaidade
Passa a música no rádio
ou o futebol no estádio
Passa tudo o que eu quiser
E tudo mais o que vier
Passam lindas raparigas
Tatuadas nas barrigas
Passam com saias de roda
Passa o gosto e passa a moda
Passam turistas estrangeiros
Passam aromas e cheiros
Passa a brisa pelo ar
Folhas secas a voar
Passam palavras perdidas
E memórias esquecidas
Passa o bafo do calor
E já passou a minha dor
Passa um Sol de abrasar
E ao longe o som do mar
Passa o tempo muito lento
Passa gente e passa o vento
Passa a vida e eu não vejo
Para onde vai o Tejo
Passa um comboio a apitar
E outro que vai a chegar
Passa a gente da Cidade
E passou perto a liberdade
Passa assim o mês de Abril
Em S. João do Estoril
O meu café já o bebi
Passou o dia e eu aqui
Férias da Páscoa, Abril de 199?
5 passageiros clandestinos:
Andaste a arrumar a mesinha de cabeceira...
E também:
Passa o tempo a correr...
até quase amanhecer
Já era quase dia
e eu nem o sabia
XS: Foi mais arrumar a pasta C:/My Docs/Escritos/Poemas/Portugues/1990s
Nina: Esse tempo, antes do amanhecer, passa sempre a correr...
Este saiu-te certinho, e até rima.
(gostei, descreves bem como passaste esse dia)
Fantástico, estavas inspirado.
resta-me acrescentar:
Passa o tempo devagar
Ou será rapidamente
Passa, repassa sem parar
Por cima de toda a gente
Tem dias que me passo (dacabeça)
Pelas ruas caminho nu
Quem nunca se passou ?
Como tens passado tu ?
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