Misplaced Childhood - 20 anos
O Verão estava quente e Agosto prometia. Lembro-me que nessa altura andava atrás de uma amiga da Margarida e que isso me dava ainda mais vontade de ir à praia da Azarujinha exibir os meus dotes de Skimming com a prancha de fibra nova que a minha Irmã me tinha trazido de França e que era tão mais fixe que a minha velha e pesadissima prancha de contraplacado-marítimo envernizado.
Nesse verão, nos meus anos, recebi o meu primeiro walkman, da sony, e começava a despertar para o gosto da música.
Como estourava a semanada toda a jogar PacMan e Space Invaders na sala de videojogos do Tamariz nunca tinha dinheiro para comprar cassetes novas ou originais: Então reciclava cassetes gravadas e gravava sucessivamente programas de rádio uns por cima dos outros, e ouvia-os até à exaustão... Nessa altura ouvir rádio era uma coisa suportável, e o meu programa favorito era o Rock em Stock, na Comercial, aos sábados à tarde. Foi pela voz do António Sérgio, nesse programa, que gravei e ouvi pela primeira vez o album épico “Misplaced Childhood”, num programa em que ele o passou integralmente e sem interrupções. Eu já tinha ouvido uns singles daquela banda, “Marillion” mas este novo álbum era um conceito totalmente novo na cena musical de rock progressivo que aparecia como alternativa ao “neo-romantismo” dos anos 80, parecia que ia buscar os melhores momentos do “The Wall” e do “The lamb lies down on Broadway” (Pink Floyd e Genesis respectivamente) mas tinha ainda uma carga carismática enorme transportada na voz do vocalista, o “Fish”.
Isso foi ontem, foi em 1985.
Entretanto, já vi 6 concertos deles.
Hoje já passaram mais de 20 anos desde esse Verão, hoje tenho 14 álbuns dos Marillion, 3 álbuns ao vivo, 2 DVDs, 3 VHS de telediscos, 4 ou 5 álbuns do Fish a Solo, e ainda tenho aquela cassete que gravei da Comercial com o álbum “Misplaced Childhood”
E amanhã... Amanhã vou à Aula Magna ver o concerto do Fish, é o último concerto da tournée europeia para celebração dos 20 anos desse álbum.
Amanhã vou ouvir a minha cassete ao vivo!
Nesse verão, nos meus anos, recebi o meu primeiro walkman, da sony, e começava a despertar para o gosto da música.
Como estourava a semanada toda a jogar PacMan e Space Invaders na sala de videojogos do Tamariz nunca tinha dinheiro para comprar cassetes novas ou originais: Então reciclava cassetes gravadas e gravava sucessivamente programas de rádio uns por cima dos outros, e ouvia-os até à exaustão... Nessa altura ouvir rádio era uma coisa suportável, e o meu programa favorito era o Rock em Stock, na Comercial, aos sábados à tarde. Foi pela voz do António Sérgio, nesse programa, que gravei e ouvi pela primeira vez o album épico “Misplaced Childhood”, num programa em que ele o passou integralmente e sem interrupções. Eu já tinha ouvido uns singles daquela banda, “Marillion” mas este novo álbum era um conceito totalmente novo na cena musical de rock progressivo que aparecia como alternativa ao “neo-romantismo” dos anos 80, parecia que ia buscar os melhores momentos do “The Wall” e do “The lamb lies down on Broadway” (Pink Floyd e Genesis respectivamente) mas tinha ainda uma carga carismática enorme transportada na voz do vocalista, o “Fish”.
Isso foi ontem, foi em 1985.
Entretanto, já vi 6 concertos deles.
Hoje já passaram mais de 20 anos desde esse Verão, hoje tenho 14 álbuns dos Marillion, 3 álbuns ao vivo, 2 DVDs, 3 VHS de telediscos, 4 ou 5 álbuns do Fish a Solo, e ainda tenho aquela cassete que gravei da Comercial com o álbum “Misplaced Childhood”
E amanhã... Amanhã vou à Aula Magna ver o concerto do Fish, é o último concerto da tournée europeia para celebração dos 20 anos desse álbum.
Amanhã vou ouvir a minha cassete ao vivo!
9 passageiros clandestinos:
:) Lindo! Enjoy...
:) Lindo! Enjoy...
Meu caro, deixei uma nota-de-rodapé na minha xafarica sobre este excelente post.
Força no amplificador! Dá-lhe gás!
St.
Belas memórias ...
Há sempre aquele grupo que nos marca mais!
Um bom concerto e curte "kayleigh" por mim!
"Kayleigh, I'm still trying to write that love song
Kayleigh, it's more important to me, now you're gone
Maybe it'll prove that we were right or ever prove
that I was wrong ...!"
Um bom FDS!
Um abraço da Matilde e Cª!
As nossa memórias guardadas num vinil!
não sou fã incondicional dos marillion...apesar de ter aqui na prateleira alguns cds,apesar de os ter visto algumas vezes ao vivo ...infelizmente nenhuma delas com o Fish...mas admiro a essencia da banda ,a sua alma...e o facto de continuarem a sua carreira completamente "independentes" dos interesses economicos das editoras...tocam o que querem tocar apoiados pela legião de fãs que têm pelo mundo fora que financiam os discos desta magnífica banda.gostei mt do teu blog.vou voltar.obrigado pelo link.
Olá!
Ou muito me engano ou o Rock Em Stock não dava ao sábado... não seria o Lança Chamas (António Sergio) é que o Rock Em Stock era apresentado pelo meu excelentissimo amigo Luis Filipe Barros. Abraço - CM
@ Cameraman matalico: Era um dos dois, nesse tempo podia-se ouvir a Rádio Comercial com prazer... Mas se a memória não me falha o primeiro hórário do Rock em Stock foi ao sábado à tarde, e se não me falha muito, o primeiro a apresentar o programa foi o António Sergio, aliás lembro-me de ele falar disso na sua breve passagem pela XFM... Pormenores...
Como é que eu não te conheci nessa altura em que também ouvia o misplaced childhood e frequentava a praia da azarujinha, embora não fizesse skimming...? Como é que não nos vimos no cinema alvalade da primeira vez que o fish veio a portugal e eu andava na tropa...? Como é que as memórias se cruzam tantas vezes e as pessoas nunca se encontram...?
que a poesia surrealista do fish esteja connosco:
"a spider wanders aimlessly within the warmth of a shadow"
abraços
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