Rubricas
Tenho o mau hábito de por vezes não ser conciso e objectivo no que quero dizer. Frequentemente encontro-me a divagar ou a contar grandes histórias de episódios passados para de uma forma mais ou menos pertinente tentar ilustrar melhor o que quero dizer.
Quem me conhece sabe como me fazer abreviar, quem não me conhece perde o fio à meada, quem não tem paciência irrita-se e quem gosta de me ouvir falar, delicia-se. A verdade é que geralmente falo assim, há quem lhe chame pedantismo e há quem me chame preciosismo. A mim é-me igual, é assim que eu falo.
A essa minha característica chamo “Descascar o eucalipto para chegar ao palito”.
Este post é um exemplo perfeito.
Quando acabei a Universidade, já lá vão 4 anos, voltei para Portugal com uma mão á frente e outra atrás, vinha meio afectado com um pseudo-divórcio que era fruto de um relacionamento que nunca chegou a ser casamento, mas vinha equipado de uma dupla-licenciatura de fazer inveja a qualquer doutorzeco desses que andam por ai a minar o tecido empresarial Português.
Cheio de garra e de iniciativa resolvi criar uma empresa jornalística e editar um jornal (de emprego e afins)… Fiz o projecto, arranjei um investidor, ia arrancar, mas… Fizeram-me uma proposta que na altura me pareceu irrecusável e vim trabalhar para o grupo de empresas onde hoje sou um dos Directores de Exportação.
No decorrer dos meses estabeleci-me de novo neste “cantinho à beira-mar”, desenvolvi trabalho, tirei uma pós-graduação e, entretanto, criei este blog por razões de que falei anteriormente, sem mesmo saber bem o que daqui ia sair.
Como se vê ainda aqui escrevo, talvez com mais regularidade do que a minha consciência permite, mas a verdade é que se tornou um espaço personalizado e integrante da minha actividade quotidiana. Confesso que tenho algum brio no meu blog, gosto dele, gosto de escrever e de ler os comentários que recebo, faço actualizações regulares no design do template, no formato e no conteúdo.
Os mais atentos (ler os mais assíduos) já terão reparado que há 2 ou 3 rubricas que são recorrentes, aparecem de vez em quando, sem agenda nem escalonamento, são espontâneas, assim:
Offline: Que são escritos em momentos de intensidade emocional intrínseca, sem estar ligado à Internet, dos quais só publico o post à posteriori.
Ouvido no corredor: São citações de conversas que inadvertidamente ouço, por vezes sobre mim, geralmente nos corredores da empresa onde trabalho ou noutros corredores, mas que ilustram o estado circunstancial dos meus dias.
Interferências: São as que me dá mais gozo escrever e postar, são o mote do contexto que quero que tenha este blog, divagações minhas, emoções que transbordam para a escrita, podem ser longos “testamentos” ou pequenas frases incisivas. Sou eu, Francisco, nu e cru, voluntariamente dissecado, incognitamente exposto.
Ora da vontade contínua de estruturar um espaço que começou por ser selvagem, decidi criar mais umas quantas rubricas e fazer indicação das mesmas na coluna lateral. Estas rubricas sobraram de algumas ideias que eu tinha para o projecto jornalístico que um dia abandonei, mas que serão alvo de post no meu blog sempre que forem pertinentes, a saber:
Pequenas Ilegalidades: Exposições de situações ilegais, geralmente lúdicas mas por vezes abusivas, que infelizmente caracterizam uma larga camada da nossa sociedade, e que ainda por cima caíram na resignação e aceitação geral, tornando-se impunes.
Peão Invisível: Testemunhos ocasionais de situações bizarras do quotidiano de qualquer transeunte ou qualquer condutor que se aventure nas estradas portuguesas.
Caricatuga: Uma sátira tanto quanto possível ao espírito de Tuga, pós-revolucionário, neo-democrático, febril-de-liberdades, faz-nenhum e coça-a-barriga. Poderá incluir sátira política.
Dito em mil palavras: Um espaço imagem, está na moda e eu gosto.
Comentário a…: Comentários sobre blogs.
Vou gostar de tentar fazer isto assim, talvez me ajude a desenvolver mais a disciplina mental que desenvolvi ailleurs, mas que me esqueci de trazer comigo num belo dia de Sol em Julho de 2001.
Quem me conhece sabe como me fazer abreviar, quem não me conhece perde o fio à meada, quem não tem paciência irrita-se e quem gosta de me ouvir falar, delicia-se. A verdade é que geralmente falo assim, há quem lhe chame pedantismo e há quem me chame preciosismo. A mim é-me igual, é assim que eu falo.
A essa minha característica chamo “Descascar o eucalipto para chegar ao palito”.
Este post é um exemplo perfeito.
Quando acabei a Universidade, já lá vão 4 anos, voltei para Portugal com uma mão á frente e outra atrás, vinha meio afectado com um pseudo-divórcio que era fruto de um relacionamento que nunca chegou a ser casamento, mas vinha equipado de uma dupla-licenciatura de fazer inveja a qualquer doutorzeco desses que andam por ai a minar o tecido empresarial Português.
Cheio de garra e de iniciativa resolvi criar uma empresa jornalística e editar um jornal (de emprego e afins)… Fiz o projecto, arranjei um investidor, ia arrancar, mas… Fizeram-me uma proposta que na altura me pareceu irrecusável e vim trabalhar para o grupo de empresas onde hoje sou um dos Directores de Exportação.
No decorrer dos meses estabeleci-me de novo neste “cantinho à beira-mar”, desenvolvi trabalho, tirei uma pós-graduação e, entretanto, criei este blog por razões de que falei anteriormente, sem mesmo saber bem o que daqui ia sair.
Como se vê ainda aqui escrevo, talvez com mais regularidade do que a minha consciência permite, mas a verdade é que se tornou um espaço personalizado e integrante da minha actividade quotidiana. Confesso que tenho algum brio no meu blog, gosto dele, gosto de escrever e de ler os comentários que recebo, faço actualizações regulares no design do template, no formato e no conteúdo.
Os mais atentos (ler os mais assíduos) já terão reparado que há 2 ou 3 rubricas que são recorrentes, aparecem de vez em quando, sem agenda nem escalonamento, são espontâneas, assim:
Offline: Que são escritos em momentos de intensidade emocional intrínseca, sem estar ligado à Internet, dos quais só publico o post à posteriori.
Ouvido no corredor: São citações de conversas que inadvertidamente ouço, por vezes sobre mim, geralmente nos corredores da empresa onde trabalho ou noutros corredores, mas que ilustram o estado circunstancial dos meus dias.
Interferências: São as que me dá mais gozo escrever e postar, são o mote do contexto que quero que tenha este blog, divagações minhas, emoções que transbordam para a escrita, podem ser longos “testamentos” ou pequenas frases incisivas. Sou eu, Francisco, nu e cru, voluntariamente dissecado, incognitamente exposto.
Ora da vontade contínua de estruturar um espaço que começou por ser selvagem, decidi criar mais umas quantas rubricas e fazer indicação das mesmas na coluna lateral. Estas rubricas sobraram de algumas ideias que eu tinha para o projecto jornalístico que um dia abandonei, mas que serão alvo de post no meu blog sempre que forem pertinentes, a saber:
Pequenas Ilegalidades: Exposições de situações ilegais, geralmente lúdicas mas por vezes abusivas, que infelizmente caracterizam uma larga camada da nossa sociedade, e que ainda por cima caíram na resignação e aceitação geral, tornando-se impunes.
Peão Invisível: Testemunhos ocasionais de situações bizarras do quotidiano de qualquer transeunte ou qualquer condutor que se aventure nas estradas portuguesas.
Caricatuga: Uma sátira tanto quanto possível ao espírito de Tuga, pós-revolucionário, neo-democrático, febril-de-liberdades, faz-nenhum e coça-a-barriga. Poderá incluir sátira política.
Dito em mil palavras: Um espaço imagem, está na moda e eu gosto.
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Vou gostar de tentar fazer isto assim, talvez me ajude a desenvolver mais a disciplina mental que desenvolvi ailleurs, mas que me esqueci de trazer comigo num belo dia de Sol em Julho de 2001.
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