Acrobacias e outras tropelias
Já tentei escrever este post aqui há tempos… Aqui vai a segunda tentativa.
Criei e comecei a escrever neste blog numa altura em que me pareceu ser essa uma boa ideia para escoar alguma carga emocional, intensa e confusa, que me minava e me constrangia nessa mesma altura da minha vida.
Ao longo dos meses desenvolvi aqui uma auto-pseudo-terapia que, por vezes de forma sui géneris, resultou num aliviar dessa tensão emocional acumulada. Era esse o objectivo de fundo e o meu blog continua a ser uma actividade quotidiana.
Inevitavelmente, durante esse processo de recuperação auto-pseudo-terapeutica, houve alguns efeitos colaterais advindos de eu ter que ter adiado a resolução de bastantes situações. Situações que se acumularam e que tenho agora que resolver impreterivelmente e para as quais terei que concentrar grande parte dos meus recursos.
Assim, neste momento tenho várias frentes de batalha abertas, estou a ir a jogo em várias mesas, contemplo vários Oceanos ao mesmo tempo, tenho montanhas de problemas pessoais, familiares e profissionais para resolver, alguns potencialmente determinantes para o meu percurso, outros que se arrastam há algum tempo e outros ainda que se arrastarão, pelo menos a médio prazo.
Sendo quem sou não me consigo esquivar da minha natureza, pelo que também os problemas dos que me rodeiam se tornam meus problemas também.
Sou assim, sempre fui. Não mata mas mói e hoje sinto-me enfraquecer cada vez mais numa altura em que preciso de ser forte e determinado.
É tempo de recalibrar as energias e de me agarrar bem ao trapézio para conseguir executar mais umas quantas acrobacias, pelo menos enquanto não vir que a rede já lá está outra vez estendida em baixo e, caso eu tenha que dar um trambolhão, que não seja em queda livre!
Com isto quero dizer que é possível que a cadência com que escrevo sobre as minhas Interferências Sensitivas venha a diminuir, como uma dieta que se abandona quando se viu que já se perdeu um ilusório quilinho ou dois. Mas quero salvaguardar que este blog não acaba aqui, nem pensar nisso, pois como costumo dizer, só me calarão quando me matarem! Não é esse o caso.
A quem aqui tem passado, lido e escrito comentários, a vossa existência contribuiu substancialmente para me ajudar a ultrapassar um pico de frequência que, quem sabe doutra forma eu não teria ultrapassado com tanta ligeireza.
Bem hajam, obrigado e definitivamente até breve.
Francisco
PS: Não podia deixar de ilustrar o meu estado de alma e desta feita com um excerto de uma música, outra, em que me revejo. “This strange engine” - Marillion, obviamente!
(...)
And ever since I was a boy
I never felt that I belonged
Like everything they did to me
Was an experiment to see
How I would cope with the illusion
In which direction would I jump
Would I do it all the same
As the actors in the game
Or would I spit it back at them
And not get caught up in their rules
And live according to my own
And not be used, not be used
To find the fundamental truths
It was going to take some time
Thirty five summers down the line
The wisdom of each passing year
Seems to serve only to confuse
Seems to serve only to confuse
(...)
Criei e comecei a escrever neste blog numa altura em que me pareceu ser essa uma boa ideia para escoar alguma carga emocional, intensa e confusa, que me minava e me constrangia nessa mesma altura da minha vida.
Ao longo dos meses desenvolvi aqui uma auto-pseudo-terapia que, por vezes de forma sui géneris, resultou num aliviar dessa tensão emocional acumulada. Era esse o objectivo de fundo e o meu blog continua a ser uma actividade quotidiana.
Inevitavelmente, durante esse processo de recuperação auto-pseudo-terapeutica, houve alguns efeitos colaterais advindos de eu ter que ter adiado a resolução de bastantes situações. Situações que se acumularam e que tenho agora que resolver impreterivelmente e para as quais terei que concentrar grande parte dos meus recursos.
Assim, neste momento tenho várias frentes de batalha abertas, estou a ir a jogo em várias mesas, contemplo vários Oceanos ao mesmo tempo, tenho montanhas de problemas pessoais, familiares e profissionais para resolver, alguns potencialmente determinantes para o meu percurso, outros que se arrastam há algum tempo e outros ainda que se arrastarão, pelo menos a médio prazo.
Sendo quem sou não me consigo esquivar da minha natureza, pelo que também os problemas dos que me rodeiam se tornam meus problemas também.
Sou assim, sempre fui. Não mata mas mói e hoje sinto-me enfraquecer cada vez mais numa altura em que preciso de ser forte e determinado.
É tempo de recalibrar as energias e de me agarrar bem ao trapézio para conseguir executar mais umas quantas acrobacias, pelo menos enquanto não vir que a rede já lá está outra vez estendida em baixo e, caso eu tenha que dar um trambolhão, que não seja em queda livre!
Com isto quero dizer que é possível que a cadência com que escrevo sobre as minhas Interferências Sensitivas venha a diminuir, como uma dieta que se abandona quando se viu que já se perdeu um ilusório quilinho ou dois. Mas quero salvaguardar que este blog não acaba aqui, nem pensar nisso, pois como costumo dizer, só me calarão quando me matarem! Não é esse o caso.
A quem aqui tem passado, lido e escrito comentários, a vossa existência contribuiu substancialmente para me ajudar a ultrapassar um pico de frequência que, quem sabe doutra forma eu não teria ultrapassado com tanta ligeireza.
Bem hajam, obrigado e definitivamente até breve.
Francisco
PS: Não podia deixar de ilustrar o meu estado de alma e desta feita com um excerto de uma música, outra, em que me revejo. “This strange engine” - Marillion, obviamente!
(...)
And ever since I was a boy
I never felt that I belonged
Like everything they did to me
Was an experiment to see
How I would cope with the illusion
In which direction would I jump
Would I do it all the same
As the actors in the game
Or would I spit it back at them
And not get caught up in their rules
And live according to my own
And not be used, not be used
To find the fundamental truths
It was going to take some time
Thirty five summers down the line
The wisdom of each passing year
Seems to serve only to confuse
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(...)
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