terça-feira, janeiro 18, 2005

Maré alta

Vestido de palavras mostro a minha nudez, a vergonha tatuada no meu ser, no meu corpo despido, um beijo, uma caricia perdida na voz que me acalma, uma mulher.

Vestido com a noite vivo a imagem de ti, imagem esculpida na minha memória, memória do tempo que me esconde o pudor, passado esquecido, momento perdido, momento querido, indeferido.

Vestido de tempo morre a minha cor, o teu amor afogado em mim, e vivo, sobrevivo, no tempo perdido, despido de ti, adiado, a flutuar.

Vestido de mim mostro quem és no melhor que há em mim, assim, uma lembrança, uma chama, uma lança que me trespassa a lembrança, mas uma luz, um farol.

Vestido de mar, no oceano o teu olhar, azul.

1 passageiros clandestinos:

Anonymous Anónimo chamou a hospedeira e disse:

Tenho vergonha da minha nudez.
A nudez que ficou depois dele partir.
Uma ferida humana que aos poucos vai
Sendo curada mas nunca desaparecerá.
Como o fantasma de olhos verdes
Que me vigia nos pesadelos de tortura,
Por nunca mais poder ver quem eu um dia
Tanto quis....

4:36 da tarde  

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