Condição urbana
Há uma dinâmica que se manifesta nas interacções entre as pessoas mas que por ser latente nem sempre é um recurso automaticamente solicitado, pelo contrário, é um apelo interior arbitrário.
Aquilo a que em anos recentes se tem chamado de inteligência emocional, com maior ou menor aplicação nas práticas correntes de gestão de recursos humanos, é na realidade muito mais uma incidência presente nas interacções pessoais do que necessariamente nas relações de grupos. Verdadeira habilidade pessoal inata, mais do que um fenomeno humano espontaneo, é daquelas coisas que ou se tem ou não se tem, e quando se tem, cultiva-se. Por outro lado, é algo que quando não se tem, é porque não se precisa, porque as habilidades interactivas natas são suficientes.
Muita da literatura existente em diferentes disciplinas, que aflora esta temática, tende a casa-la com outros recursos - artificiais também - potenciadores de sucesso na interação individual (inclusive quando o é face a um grupo, a uma plateia, a um colectivo de pares ou de superiores hierarquicos).
Apontando então o holofote para as relações individuais, estas tecnicas de sucesso interactivo, como seja a mais banal e artificial de todas - o reforço positivo - são também potenciadoras do capital de confiança (medida sem qualquer padrão quantificavel) que surja de início por defeito, em qualquer tipo de interacção, ou de relação, e no qual depois se vai ao mesmo tempo capitalizando e/ou delapidando, consoante a necessidade, face aos objectivos da interacção, ou aos propósitos da relação.
Assim, nas relações individuais, por muita bagagem que se carregue e por muita capacidade de discernimento com que se esteja equipado, acabamos por ser ao mesmo tempo manipuladores de reacções por interacção, e vítimas dos nossos próprios artifícios por condição, e isto simplesmente porque abdicamos de ser genuinamente naturais, ao mesmo tempo que retiramos a naturalidade aos demais.
Aquilo a que em anos recentes se tem chamado de inteligência emocional, com maior ou menor aplicação nas práticas correntes de gestão de recursos humanos, é na realidade muito mais uma incidência presente nas interacções pessoais do que necessariamente nas relações de grupos. Verdadeira habilidade pessoal inata, mais do que um fenomeno humano espontaneo, é daquelas coisas que ou se tem ou não se tem, e quando se tem, cultiva-se. Por outro lado, é algo que quando não se tem, é porque não se precisa, porque as habilidades interactivas natas são suficientes.
Muita da literatura existente em diferentes disciplinas, que aflora esta temática, tende a casa-la com outros recursos - artificiais também - potenciadores de sucesso na interação individual (inclusive quando o é face a um grupo, a uma plateia, a um colectivo de pares ou de superiores hierarquicos).
Apontando então o holofote para as relações individuais, estas tecnicas de sucesso interactivo, como seja a mais banal e artificial de todas - o reforço positivo - são também potenciadoras do capital de confiança (medida sem qualquer padrão quantificavel) que surja de início por defeito, em qualquer tipo de interacção, ou de relação, e no qual depois se vai ao mesmo tempo capitalizando e/ou delapidando, consoante a necessidade, face aos objectivos da interacção, ou aos propósitos da relação.
Assim, nas relações individuais, por muita bagagem que se carregue e por muita capacidade de discernimento com que se esteja equipado, acabamos por ser ao mesmo tempo manipuladores de reacções por interacção, e vítimas dos nossos próprios artifícios por condição, e isto simplesmente porque abdicamos de ser genuinamente naturais, ao mesmo tempo que retiramos a naturalidade aos demais.
4 passageiros clandestinos:
Capas.
Bj
Obrigado pela explicação adicional, sim, capas, máscaras e teatrices... É um conjunto de caracteristicas correntes que contribuem naturalmente para os artifícios relacionais. Erradica-los de si mesmo é meio caminho andado para interagir em verdade consigo e com os outros, penso eu que...
A procura dessa verdade (paz de espirito) é naturalmente da responsabilidade de cada um, e de cada outro.
Bjs
F
De repente, lembrei-me da 'Identidade' de Mia Couto:
"Preciso ser um outro
para ser eu mesmo.
Sou grão de rocha.
Sou o vento que a desgasta.
Sou pólen sem insecto.
Sou areia sustentando
o sexo das árvores.
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro.
No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço."
Bjis :)
Obrigado pelo poema.
Sem ousar comparar, ocorreu-me também o "Ás de copas"
http://velocidadedecruzeiro.blogspot.com/2009/05/s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s-s.html
Bjs
F
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