Re-posts sem voz num Domingo à tarde
Silêncio Indiferente
Às vezes simplesmente fico calado.
Aprendi a ficar calado, a não exteriorizar, não comentar.
Fico calado como quem diz que meto "para dentro”, engulo em seco.
Às vezes a vontade de gritar "-Basta!" é tão grande que me calo para não perder a voz.
Há vezes em que não falo, reservo-me ao silêncio indiferente.
Evado-me
Outras vezes, digo tudo o que tenho para dizer.
Mas sinto que ninguém me está a perceber!
Silêncio violento
Fiz outra viagem de mota
sem mapa e sempre a andar
Desta vez mudei a rota
mas acabei no mesmo lugar
Refugiei-me no silêncio violento
no barulho da música a respirar
Mas apetece-me gritar ao vento
até a minha voz sangrar
Escrevo a vermelho sem côr
como se a tinta fosse vinho
e escreveria a minha dor
mesmo não estando sozinho
Mas por mais que escreva palavras
como se pintasse uma tela
escrevo sempre por duas lavras
que arde dos dois lados a vela
...e olho para dentro de mim
a batalhar sem ter canhão
e digo a tudo que sim
quando devia dizer não
Tenho mil poemas para escrever
ideias que me correm na mente
mas a caneta é sangue a escorrer
são mágoas que a alma sente
Então aumento o volume do som
rebento os timpanos com memórias
as cores da vida perdem o tom
e revivo as mesmas histórias
Não me consigo libertar
da prisão que há em mim
já nem consigo gritar
só digo a tudo que sim
Se escrevo tenho esperança
há algo em mim que persiste
é um canivete, não é uma lança
mas ainda tenta e resiste
Se a escrita não libertar
talvez me possa ajudar
a esquecer-me deste lugar
de onde não consigo escapar
Eu sei o que estou a sentir
trago o mundo nos meus ombros
mas mesmo num mundo de escombros
Eu nunca hei de fugir
Por isso continuo a escrever
pendurado numa canêta
que é arma para defender
sem balas nem baioneta
Tenho uma mota infernal
E o asfalto chama por mim
A estrada faz-me sinal
E vontade diz-me que sim
Calado sigo em frente
no silêncio que abafa a dor
mas dentro da minha mente
está um barulho ensurdecedor
Às vezes simplesmente fico calado.
Aprendi a ficar calado, a não exteriorizar, não comentar.
Fico calado como quem diz que meto "para dentro”, engulo em seco.
Às vezes a vontade de gritar "-Basta!" é tão grande que me calo para não perder a voz.
Há vezes em que não falo, reservo-me ao silêncio indiferente.
Evado-me
Outras vezes, digo tudo o que tenho para dizer.
Mas sinto que ninguém me está a perceber!
Silêncio violento
Fiz outra viagem de mota
sem mapa e sempre a andar
Desta vez mudei a rota
mas acabei no mesmo lugar
Refugiei-me no silêncio violento
no barulho da música a respirar
Mas apetece-me gritar ao vento
até a minha voz sangrar
Escrevo a vermelho sem côr
como se a tinta fosse vinho
e escreveria a minha dor
mesmo não estando sozinho
Mas por mais que escreva palavras
como se pintasse uma tela
escrevo sempre por duas lavras
que arde dos dois lados a vela
...e olho para dentro de mim
a batalhar sem ter canhão
e digo a tudo que sim
quando devia dizer não
Tenho mil poemas para escrever
ideias que me correm na mente
mas a caneta é sangue a escorrer
são mágoas que a alma sente
Então aumento o volume do som
rebento os timpanos com memórias
as cores da vida perdem o tom
e revivo as mesmas histórias
Não me consigo libertar
da prisão que há em mim
já nem consigo gritar
só digo a tudo que sim
Se escrevo tenho esperança
há algo em mim que persiste
é um canivete, não é uma lança
mas ainda tenta e resiste
Se a escrita não libertar
talvez me possa ajudar
a esquecer-me deste lugar
de onde não consigo escapar
Eu sei o que estou a sentir
trago o mundo nos meus ombros
mas mesmo num mundo de escombros
Eu nunca hei de fugir
Por isso continuo a escrever
pendurado numa canêta
que é arma para defender
sem balas nem baioneta
Tenho uma mota infernal
E o asfalto chama por mim
A estrada faz-me sinal
E vontade diz-me que sim
Calado sigo em frente
no silêncio que abafa a dor
mas dentro da minha mente
está um barulho ensurdecedor
1 passageiros clandestinos:
Bom Amigo não me vou alongar nos comentários, digo só. Magnifico!
Um abraço do Norte
Henrique
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