sexta-feira, dezembro 14, 2007

El Matador – A estocada final

Não me apercebi da turbulência... O hábito faz o monge, pelo que assim que me sentei adormeci instantaneamente e nem dei conta que ainda antes da descolagem alguma hospedeira me apertou o cinto de segurança sem me acordar. Dormi 4 horas até acordar com a travagem do avião na pista.
Depois de passar pelo controlo de passaportes, recuperar a minha bagagem e sair para o terminal de chegadas procurei pelo meu nome nos inumeros placards que inumeros motoristas de taxi, de limousines e de empresas empunhavam com cara de quem procura quem não conhece. Calhou-me um taxista barrigudo e bem vestido, um taxi velho e batido mas limpo e com música ambiente.
Ao chegar às instalações do cliente não tive comitiva de recepção, não tive vénias nem uma refrescante bebida para apaziguar o fogo que tinha trazido no estômago.
Encaminharam-me imediatamente para uma sala onde antes mesmo de ter tempo para tirar os papeis da pasta um homem de fato claro e sem gravata entrou, cumprimentou-me com um aperto de mão firme e convidou-me a sentar. O seu Inglês falado pareceu-me minimamente perfeito. Correspondi com o meu melhor sotaque britânico. Após uns breves momentos de cordialidade a indagar sobre a minha viagem ele foi directo ao assunto:
“Os novos preços estão bem, o produto agradou e o interesse em compra-lo mantém-se...”
Com esta frase passou a bola para o meu lado. Ao fim de vários meses de namoro e negociações ao centimo, uma noção que ambos tinhamos, tinha que lhe dar naquele momento a estocada final, senti-o e ele de certa forma aguarda essa estocada..
Consultei as minhas notas manuscritas na diagonal e após 5 segundos de silêncio levantei os olhos do papel, encarei-o e atirei para o ar:
“Eu só lhe vou vender este produto desta vez Sr. Matvev”
...Fiz uma pausa...
“Daqui para a frente o Senhor é que mo vai querer comprar”.
A reunião durou apenas mais 10 minutos.
No caminho de regresso ao aeroporto arrependi-me de não ter feito as reservas com tempo para ficar uma noite na cidade... mas essa vontade desapareceu ao ligar para Portugal e dar luz verde à produção para avançar com o enchimento: 1 contentor de encomenda piloto a entregar em 3 semanas, pagamento a pronto contra entrega.
Dormi a viagem toda de regresso a Lisboa.

domingo, dezembro 09, 2007

O Caçador e a Presa

Não penso ser fundamentalista em relação às coisas em que acredito, ou às coisas com que discordo. Tenho geralmente uma opinião a respeito da maioria dos assuntos sobre os quais me debruço e geralmente não hesito em manifestar as minhas opiniões, mesmo que dessa forma me chegue a colocar em situações desconfortaveis. Tomo posições sempre que acho que vale a pena, geralmente acompanhadas de sugestões.
Por vezes, fruto de alguma indignação que possa surgir em mim sobre determinados assuntos, e que me conduza a ter opiniões menos moderadas, tomo partidos, perco a imparcialidade, porque o meu sentido de justiça assim o ordena, ou ainda, por oposição, visto a capa da indiferença e não me deixo afectar por valores menos altos que se tentam levantar.
Isto tudo para falar de caça.
Não sou adepto de caça, discordo que seja permitido caçar, e condeno a prática da caça! (...e da pesca desportiva também!)
Recentemente ao passear pelas encostas cobertas de vinha que circundam certa aldeia no norte de Portugal, contei mais de 50 cartuchos vazios que os caçadores deixaram pelo chão. Calculo que os cartuchos que vi correspondem a uma infima parte dos que foram utilizados. Irritou-me ver esse desmazelo gratuito. Multiplicá-lo pelos caçadores todos que há em portugal foi um exercicio rápido que me levou a pensar que se fosse instituida para os cartuchos a mesma regra que existe para o vazilhame, os senhores caçadores já seriam mais zelosos, pois teriam que pagar o “cartuchame” de cada cartucho vazio que atirassem para o chão.
Mais ainda, tal regra não seria apenas uma forma de tentar reduzir os cartuchos vazios abandonados pelos caçadores, essa regra deveria mesmo ser impeditiva, de forma a que cada caçador só pudesse comprar mais cartuchos entregando na espingardaria a mesma quantidade de cartuchos vazios que aquela que pretende comprar.
Aliás, se esta prática existe para os outros tipos de munições, devendo o titular da licença de porte de arma manter um boletim actualizado das munições que gasta, seria até bastante simplex aplicar a mesma regra às munições de caça!

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Warm Wet Circles (é hoje)



So if you ask me
Where do I go from here
My next destination even isn't really that clear
So if you join me and get on your knees and prey
I'll show you salvation
We'll take the alternative way
Clutching the short straw

If I had enough money
I'd buy a round for that boy over there
A companion in my madness
in the mirror
the one with the silvery hair
And if some kind soul could please pick up my tab
And while they're at it
if they could pick up my broken heart.

Warm wet circles...

terça-feira, dezembro 04, 2007

Big City Nights (é hoje!)


When the daylight is falling down into the night
And the sharks try to cut a big piece out of life
It feels alright to go out to catch an outrageous thrill
But it's more like spinning wheels of fortune
Which never stand still

Big city, big city nights
You keep me burning
Big city, big city nights

When the sunlight is rising up in my eyes
And the long night has left me back at somebody's side
It feels alright for a long sweet minute like hours before
But it's more like looking out for something
I can't find anymore

Big city, big city nights
You keep me burning
Big city, big city nights
Always yearning

There is no dream
That you can't make true, if you're looking for love
But there's no girl
Who's burning the ice away from my heart
Maybe tonight!

Big city, big city nights
You keep me burning
Big city, big city nights
Always yearning
Big city, big city nights
You keep me burning
Big city, big city nights
Always yearning