Rousseau tinha razão
Acordo sempre bem disposto, é uma alegria, é como se a passagem do meu estado de subconsciente para consciente libertasse uma hormona qualquer da família das “...inas” e me imprimisse um sorriso na alma. Gosto de ser assim, bem disposto por natureza. Mas nos dias de hoje esse estado de graça do meu acordar só dura uns breves 30 segundos... e depois cai-me a moeda, como um martelo na cabeça, Bang! ...e os olhos turvam, as mãos tremem e a voz falha murmurada entre laivos de raiva e de paixão a que me entrego durante o resto do dia, torturas privadas para me estimular em diante, como chicotadas que se aplicam num escravo para o fazer avançar.
Na rua, arrasto os pés, curvo as costas e afundo os olhos no chão sem vaidade para me ver desfilar nos reflexos das montras. Cada passo que dou é uma pequena vitória ilusória, porque cada passo que dou em frente mais parecem dois passos para trás. Na minha cabeça ecoam incessantes “Porquês ?” e perco-me facilmente nos refúgios que a memória me tráz, pequenas ajudas gritadas de um passado que já mal consigo ouvir, mas que é quase suficiente para combater a cegueira do futuro. Torno-me num arquitecto que substitui um pilar de mármore por um castelo de cartas, num cozinheiro de pratos que se servem frios, porque a frio tem um gostinho especial. Mas isso é outra história.
Eu sei que amanhã, enfim, daqui a uns dias, aqueles 30 segundos desmemoriados passarão a 35 segundos, depois a mais um bocadinho e depois, com o passar de mais dias, já durará até ao meio da manhã... e eventualmente a tristeza passará a ser um lugar comum e os dias voltarão ao seu lugar.
Quando esse momento chegar perco o medo de tocar na ferida aberta e ponho-lhe a mão gentilmente por cima, para finalmente a deixar cicatrizar.
Tenho uma colecção consideravel...
Na rua, arrasto os pés, curvo as costas e afundo os olhos no chão sem vaidade para me ver desfilar nos reflexos das montras. Cada passo que dou é uma pequena vitória ilusória, porque cada passo que dou em frente mais parecem dois passos para trás. Na minha cabeça ecoam incessantes “Porquês ?” e perco-me facilmente nos refúgios que a memória me tráz, pequenas ajudas gritadas de um passado que já mal consigo ouvir, mas que é quase suficiente para combater a cegueira do futuro. Torno-me num arquitecto que substitui um pilar de mármore por um castelo de cartas, num cozinheiro de pratos que se servem frios, porque a frio tem um gostinho especial. Mas isso é outra história.
Eu sei que amanhã, enfim, daqui a uns dias, aqueles 30 segundos desmemoriados passarão a 35 segundos, depois a mais um bocadinho e depois, com o passar de mais dias, já durará até ao meio da manhã... e eventualmente a tristeza passará a ser um lugar comum e os dias voltarão ao seu lugar.
Quando esse momento chegar perco o medo de tocar na ferida aberta e ponho-lhe a mão gentilmente por cima, para finalmente a deixar cicatrizar.
Tenho uma colecção consideravel...
5 passageiros clandestinos:
Que é isso menino?
Tás apaixonado?
MJ: Um homem apaixonado faz coisas excepcionais! Já estive apaixonado, depois a coisa evoluiu para um estado muuuito mais elevado.
Neste momento estou simplesmente ferido, tchak, tchak, tchak...
Livra..
Quando é que passa por aqui um post bem disposto?
Jo (PIMA)
Escreves bem e com alma. Só espero que tudo isto seja fruto da tua imaginação. Nem imagino o que seria sofrer assim.
Hmmm... Andas em baixo. Esperemos que fiques melhor. Vais ficar =) *
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