quarta-feira, maio 04, 2005

A palavra não tem dono

Escrevi hoje este poema
À hora certa desta data
Mas eu não lhe dou um tema
Que é poema e não é acta
Escrito “on-line” e em directo
Sem ninguém para confirmar
Que me inspirei a olhar para o tecto
Sem sequer me preocupar
Se têm dono as palavras
Que eu escrevo em verso emparelhado
Escrevo diferente de outras lavras
Que escrevem verso desamparado

…e se me quiserem copiar
Se acharem que valho a pena
Até o podem registar
Que é apenas um poema
São meras palavras sem mestre
Sem registo na S.P.A.
Verso vão, vadio e agreste
E como este tantos
Que me perdoe a Encandescente
Por este atrevimento a rimar
O meu blog é de toda a gente
No dela nem comentar

Escrevo sobre o que quiser
Sobre mim ou sobre o Mar
Escrevo venha quem vier
Que me queira censurar
Trago a inspiração nos olhos
Na memória dos meus fados
Escrevo palavras aos molhos
Que às vezes li noutros lados
Porque a palavra não tem donos
É de quem a agarrar
Sejam autores, não sejam donos
Deixem a escrita respirar

2 passageiros clandestinos:

Anonymous Anónimo chamou a hospedeira e disse:

:) tão lindo Invisible :)
Das poucas coisas que são de toda a gente: As Palavras - e tu usaste-as da melhor maneira.
beijinho
P.S. O que é que se passa com o outro link?

10:55 da tarde  
Anonymous Anónimo chamou a hospedeira e disse:

bEM INTERESSANTE!

:-)

2:35 da tarde  

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