Mais depressa que um coxo
Vinha aqui ver dum homem sobre um cão, talvez falar de amizade e da sua lenta, deliberada e assaz teimosa delapidação, e no entanto, pelo meio de pensamentos íntimos e reservados, quais prados de paz interior que o dissipar do nevoeiro me deixa agora vislumbrar, e por entre essas pétalas que caiem e dão lugar a novos rebentos, aos sentimentos, verdadeiras pérolas a porcos que não vou aqui escarrapachar, hoje, eu, porque não sou socialmente catatónico nem virado para mim próprio, não posso contudo ser heremita e deixar de bradar aos céus, e pensar, e gritar, revoltar-me e ridicularizar...
Foda-se, qu'a grand'a bater de coiro! Impressionante preserverança de acreditar nas trapalhadas que se diz!
Fazem-me lembrar do liceu e das conquistas de adolescentes meninas, imaturas e afectivo-dependentes, que se pressionam até fazer delas instrumento de projecção de uma puberdade tardia, de beicinho e segredinho, de cumplicidade e intimidade em latente brotar, pelo puro egoismo da carne, e do ego, e da testosterona desiquilibrada, nada mais, fazer dela marioneta, tal qual criança abusada às mãos de um pedófilo, que por muito que diga que a ama, não fará dela nunca nada mais do que o seu mero objecto de masturbação, e baba-se uma tatuagem que se imprime na alma, putrefacta. Conta-se uma história qualquer, embelezam-se ideias vazias com palavras ocas, chama-se-lhe outra coisa que pecado original, disfarçado de tal-e-qual, e com verborreica originalidade tenta-se tudo, vale tudo, esventram-se princípios, esfaqueiam-se planos traçados, empala-se a amizade, corrompem-se ideais, promovem-se interferências pela calada descarada e outros riscos mortais.
Ver isto assim, a sangue frio, isto que aparece disfarçado sob uma máscara de não-sei-o-quê que é professado do alto de uma cátedra que mais ninguém vê, aperceber-me disto quando tudo o que tinha vindo aqui fazer era apenas falar de um homem e da amizade por um cão.
Socorro, no que me tornei eu...
Foda-se, qu'a grand'a bater de coiro! Impressionante preserverança de acreditar nas trapalhadas que se diz!
Fazem-me lembrar do liceu e das conquistas de adolescentes meninas, imaturas e afectivo-dependentes, que se pressionam até fazer delas instrumento de projecção de uma puberdade tardia, de beicinho e segredinho, de cumplicidade e intimidade em latente brotar, pelo puro egoismo da carne, e do ego, e da testosterona desiquilibrada, nada mais, fazer dela marioneta, tal qual criança abusada às mãos de um pedófilo, que por muito que diga que a ama, não fará dela nunca nada mais do que o seu mero objecto de masturbação, e baba-se uma tatuagem que se imprime na alma, putrefacta. Conta-se uma história qualquer, embelezam-se ideias vazias com palavras ocas, chama-se-lhe outra coisa que pecado original, disfarçado de tal-e-qual, e com verborreica originalidade tenta-se tudo, vale tudo, esventram-se princípios, esfaqueiam-se planos traçados, empala-se a amizade, corrompem-se ideais, promovem-se interferências pela calada descarada e outros riscos mortais.
Ver isto assim, a sangue frio, isto que aparece disfarçado sob uma máscara de não-sei-o-quê que é professado do alto de uma cátedra que mais ninguém vê, aperceber-me disto quando tudo o que tinha vindo aqui fazer era apenas falar de um homem e da amizade por um cão.
Socorro, no que me tornei eu...
1 passageiros clandestinos:
"apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo"
mas será que todos percebem a metáfora?
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