terça-feira, março 25, 2008
quarta-feira, março 12, 2008
"D" - o cachorrinho eficiente
Um menino entrou numa loja de animais e perguntou o preço dos cachorros à venda.
"Entre 100 e 500 euros", respondeu o dono da loja.
O menino tirou uns trocos do bolso e disse: "Só tenho 8 euros, mas posso ver os filhotes?"
O dono da loja sorriu e chamou a Lady, que veio a correr seguida de cinco bolinhas de pêlo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível.
Imediatamente o menino apontou para o cachorro e perguntou: "O que se passa com aquele ali?"
O dono da loja explicou que o veterinário o tinha examinado e tinha descoberto um problema na junta do quadril, e que o cachorrinho coxearia e andaria devagar para toda a vida. O menino animou-se e disse:
"Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!"
O dono da loja respondeu: "Não, tu não vais querer comprar esse. Se realmente quiseres ficar com ele, dou-to de presente." O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu dedo apontado, disse: "Eu não quero que você mo dê. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, dou-lhe, 8 euros e o restante vou pagar durante uns meses, até completar o preço total."
O dono da loja contestou: "Tu não podes realmente querer comprar este cachorro. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar contigo e com os outros cachorrinhos."
Aí, o menino baixou-se e puxou a perna esquerda das calças para cima mostrando a sua perna com uma prótese para andar. Olhou bem para o dono da loja e respondeu:
"Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso."
Texto de autor desconhecido retirado do site da APAAC (Associação Protectora dos Animais Abandonados do Cartaxo).
Muitas vezes desprezamos as pessoas com as quais convivemos diariamente, simplesmente por causa dos seus "defeitos", quando na verdade, somos tão iguais ou pior do que elas e sabemos que essas pessoas precisam apenas de alguém que as compreenda e as ame não pelo que elas podem fazer, mas pelo que são.
No seguimento do post anterior, a minha vergonha por vezes é mesmo vergonha de ser Humano!
"Entre 100 e 500 euros", respondeu o dono da loja.
O menino tirou uns trocos do bolso e disse: "Só tenho 8 euros, mas posso ver os filhotes?"
O dono da loja sorriu e chamou a Lady, que veio a correr seguida de cinco bolinhas de pêlo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível.
Imediatamente o menino apontou para o cachorro e perguntou: "O que se passa com aquele ali?"
O dono da loja explicou que o veterinário o tinha examinado e tinha descoberto um problema na junta do quadril, e que o cachorrinho coxearia e andaria devagar para toda a vida. O menino animou-se e disse:
"Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!"
O dono da loja respondeu: "Não, tu não vais querer comprar esse. Se realmente quiseres ficar com ele, dou-to de presente." O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu dedo apontado, disse: "Eu não quero que você mo dê. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, dou-lhe, 8 euros e o restante vou pagar durante uns meses, até completar o preço total."
O dono da loja contestou: "Tu não podes realmente querer comprar este cachorro. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar contigo e com os outros cachorrinhos."
Aí, o menino baixou-se e puxou a perna esquerda das calças para cima mostrando a sua perna com uma prótese para andar. Olhou bem para o dono da loja e respondeu:
"Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso."
Texto de autor desconhecido retirado do site da APAAC (Associação Protectora dos Animais Abandonados do Cartaxo).
Muitas vezes desprezamos as pessoas com as quais convivemos diariamente, simplesmente por causa dos seus "defeitos", quando na verdade, somos tão iguais ou pior do que elas e sabemos que essas pessoas precisam apenas de alguém que as compreenda e as ame não pelo que elas podem fazer, mas pelo que são.
No seguimento do post anterior, a minha vergonha por vezes é mesmo vergonha de ser Humano!
Heróis do Mar, cobardes da terra
Por vezes tenho vergonha de ser Português, tenho vergonha de Portugal.
Sei que herdei grandes feitos e glóriosas conquistas feitas pelos meus antepassados, mas isso hoje pouco ou nada vale.
Hoje sinto vergonha e tenho mil e uma razões para sentir vergonha.
Tenho vergonha de ser Português, mas não tenho vergonha de mim!
"A grandeza de uma Nação pode ser medida e julgada pela forma como os seus animais são tratados."
Gandhi
Sei que herdei grandes feitos e glóriosas conquistas feitas pelos meus antepassados, mas isso hoje pouco ou nada vale.
Hoje sinto vergonha e tenho mil e uma razões para sentir vergonha.
Tenho vergonha de ser Português, mas não tenho vergonha de mim!
"A grandeza de uma Nação pode ser medida e julgada pela forma como os seus animais são tratados."
Gandhi
segunda-feira, março 10, 2008
Mudam-se os hábitos, perdem-se as virtudes
Passou-se há poucos dias; Não me lembro de onde vinha, mas ainda não era tarde. Estacionei em frente ao prédio em jeito de matador que manipula o volante com uma mão e estaciona a olhar só para os retrovisores ao mesmo tempo que compõe o nó da gravata, desaperta o cinto-de-segurança e desliga o auto-radio num só movimento. Ao aproximar-me da porta de entrada deparei-me com um vulto deitado no chão em posição fetal... Já ia com as chaves na mão e passei em modo stealth por cima do vulto imóvel, abri a porta num único gesto e já dentro do hall enquanto esperava que a porta se fechasse (e que ficava bem fechada) observei o vulto que lentamente ergueu a cabeça e num murmurado grunhido - imperceptível - me dirigiu a palavra...
Ignorei completamente, a porta fechou-se nesse segundo e nada daquilo me afectou.
Enquanto subia os degraus 2 a 2 lembrei-me de algumas histórias de cenas destas que aparentemente se passavam a determinada altura em frente deste prédio, cenas destas e outras que tal, cenas que tanto se vêem um pouco por toda a parte mas que aqui, neste prédio, só ouvi falar...
Antes de chegar ao segundo andar apercebi-me que não tinha verificado a caixa do correio e ocorreu-me que afinal aquela cena até me tinha afectado, pelo menos na rotina.
Já passaram vários dias e tenho-me encontrado várias vezes a reflectir sobre a minha reacção face a aquela situação...
...Não me reconheço.
A verdade é esta, eu não me reconheço ... e não é pela minha reacção, essa foi quase premeditada, foi uma reacção tomada em piloto automático e provavelmente voltarei a ter a mesma reacção no futuro tal como quando nego uns trocos a um pit'chaúba, quando peço ao Romeno que me quer vender pensos-rápidos no semáforo para ter paciência, ou quando os óculos-escuros simplesmente transformam os arrumadores em seres invisiveis...
Não, eu não me reconheço no exacto momento em que espero que a porta se feche, em que me apercebo que alguém me está a dirigir a palavra e eu ignoro sem me aperceber que o estou a fazer...
Não, não é bem isto...
Eu não me reconheço por fingir que não me apercebo que estou a ignorar quando na realidade, intimamente, eu sei bem que estava a ignorar.
Não engano ninguém mais do que me engano a mim mesmo.
O que seria que aquele vulto deitado no chão me queria dizer?
Estaria bêbado?
Drogado?
Será que me ia pedir trocos?
Ou será que estava ferido e precisava da minha ajuda?
Será que me queria avisar que estava um bandido dentro do prédio?
Ou estaria simplesmente desfalecido com fome?
Estaria só a dormir?
Estaria a chorar?
Ou teria tido um ataque de epilepsia que foi ignorado por outros que por ele passaram antes de mim?
Estaria a pedir desculpa pelo incómodo de me fazer passar por cima dele?
Mas o que é que ele me queria dizer?
Ignorei completamente, a porta fechou-se nesse segundo e nada daquilo me afectou.
Enquanto subia os degraus 2 a 2 lembrei-me de algumas histórias de cenas destas que aparentemente se passavam a determinada altura em frente deste prédio, cenas destas e outras que tal, cenas que tanto se vêem um pouco por toda a parte mas que aqui, neste prédio, só ouvi falar...
Antes de chegar ao segundo andar apercebi-me que não tinha verificado a caixa do correio e ocorreu-me que afinal aquela cena até me tinha afectado, pelo menos na rotina.
Já passaram vários dias e tenho-me encontrado várias vezes a reflectir sobre a minha reacção face a aquela situação...
...Não me reconheço.
A verdade é esta, eu não me reconheço ... e não é pela minha reacção, essa foi quase premeditada, foi uma reacção tomada em piloto automático e provavelmente voltarei a ter a mesma reacção no futuro tal como quando nego uns trocos a um pit'chaúba, quando peço ao Romeno que me quer vender pensos-rápidos no semáforo para ter paciência, ou quando os óculos-escuros simplesmente transformam os arrumadores em seres invisiveis...
Não, eu não me reconheço no exacto momento em que espero que a porta se feche, em que me apercebo que alguém me está a dirigir a palavra e eu ignoro sem me aperceber que o estou a fazer...
Não, não é bem isto...
Eu não me reconheço por fingir que não me apercebo que estou a ignorar quando na realidade, intimamente, eu sei bem que estava a ignorar.
Não engano ninguém mais do que me engano a mim mesmo.
O que seria que aquele vulto deitado no chão me queria dizer?
Estaria bêbado?
Drogado?
Será que me ia pedir trocos?
Ou será que estava ferido e precisava da minha ajuda?
Será que me queria avisar que estava um bandido dentro do prédio?
Ou estaria simplesmente desfalecido com fome?
Estaria só a dormir?
Estaria a chorar?
Ou teria tido um ataque de epilepsia que foi ignorado por outros que por ele passaram antes de mim?
Estaria a pedir desculpa pelo incómodo de me fazer passar por cima dele?
Mas o que é que ele me queria dizer?