Fevereiro de 2007 (!) foi assim
O Sol esconde-se, lento, num lento esconder, envergonhado do orgulho despropositado que sente por brilhar em Fevereiro. Um penétra num Inverno que já não quer ser frio.
Sento-me ritualmente na mesma esplanada de sempre, cadeiras brancas espalhadas na calçada, um café e um copo d’água numa mesa vazia de gente.
Trago no bolso canetas a mais para a pouca vontade de escrever, que é tanta. Ólho em redor em busca de inspiração mas só vejo o Sol que começa a esmorecer.
O meu reflexo num carro que passa mostra-me que comprei um boné (outro) para a minha colecção, um boné novo de mais para homem velho, mas velho demais para homem novo. Um boné à “Zé do boné”, castanho, de bombazine, quentinho para esconder o arrepio do cabelo acabado de cortar... Pequenos orgulhos que tenho, inspirados pelo Sol, o Sol que agora se está a esconder, como o meu boné me esconde do Sol.
Escrevo sem saber o que escrever e enquanto o combóio que espéro se aproxima escrevo à pressa sem ter nada para dizer:
O dia foi longo... Vou para casa.
Sento-me ritualmente na mesma esplanada de sempre, cadeiras brancas espalhadas na calçada, um café e um copo d’água numa mesa vazia de gente.
Trago no bolso canetas a mais para a pouca vontade de escrever, que é tanta. Ólho em redor em busca de inspiração mas só vejo o Sol que começa a esmorecer.
O meu reflexo num carro que passa mostra-me que comprei um boné (outro) para a minha colecção, um boné novo de mais para homem velho, mas velho demais para homem novo. Um boné à “Zé do boné”, castanho, de bombazine, quentinho para esconder o arrepio do cabelo acabado de cortar... Pequenos orgulhos que tenho, inspirados pelo Sol, o Sol que agora se está a esconder, como o meu boné me esconde do Sol.
Escrevo sem saber o que escrever e enquanto o combóio que espéro se aproxima escrevo à pressa sem ter nada para dizer:
O dia foi longo... Vou para casa.
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