quinta-feira, abril 30, 2009

Sinais dos tempos

Tendo em conta que há 2 anos atrás os meus cabelos brancos se contavam pelos dedos, calculo que daqui a 2 anos eu tenha a cabeça cor de prata, e daí a mais 2 anos que se contem pelos dedos os meus cabelos que não são brancos. Pensando em termos de heridetariedade, quando eu nasci o meu Pai tinha a idade que eu terei então e tinha cabelos grizalhos. Pensando em estilos de vida, quando eu tiver filhos vou parecer o Pai Natal; é que a barba também está a ficar branca!

Adenda: Quando eu nasci o meu Pai já tinha 6 filhas, se calhar por isso já tinha o cabelo grizalho.

quarta-feira, abril 29, 2009

Murmurar ao mundo

O Pôr-do-Sol e o céu da primavera
A estrada fria e a chuva no horizonte
As asas do desejo que me fazem voar
A música do Blade Runner em loop na memória
O sabor do açucar no café mal mexido
O vento na cara e o desfile da paisagem esvanecida
A antecipação do olhar que já se vê
O som das palavras trocadas pela voz
Uma lágrima presa que se solta sem querer
Os cabelos brancos, os olhos verdes
e o Mar

Velhos colegas de Liceu

-Nuno!... 'tás bom meu?
-Óh, Francisco, 'tás fixe? Há quanto tempo.
-Epá, da última vez que te vi tinhas mais cabelo...
-Pois, e tu não tinhas cabelos brancos...
-Vai-te foder!
-Vai tu!

terça-feira, abril 28, 2009

Speechless

Vrrruuummmm.....

Na estrada do destino

Perco-me na estrada, encontrado em mim, perdido no caminho, sigo em frente, a mota ganha asas de desejo, uma palavra que não sei qual é, um abraço, um beijo, ou simplesemente um desejo...
...e sabe tão bem, ternura.

segunda-feira, abril 27, 2009

Twitt matinal

Acordado e a bombar, dia cinzento, moto com asas de desejo

A/B/C do networking

Preciso da memória de 2 telemoveis para guardar todos os meus contactos.
Muito mais de metade dos mesmos não me interessam particularmente.
Muito menos de metade interessam-me relativamente.
Os que realmente me interessam não chegam a 20.
Se aplicar uma fórmula ABC aos meus contactos constato que (A) menos de 20 são responsaveis por 75 % da minha actividade social e profissional, que (B) muito menos de metade são responsaveis por 20%, e que (C) muito mais de metade apenas representam 5% da minha actividade social e profissonal.
Não sei o que é que passou pelos cornos de um desses últimos dos 5% para me ligar quase às 3h da manhã mal tinha eu ainda entrado no meu sono de comatose profunda, ainda por cima para me cravar um favor que podia perfeitamente esperar pela manhã.
O estúpido deve julgar que eu sou amigo dele ou uma cena dessas.
Resultado, toma lá uma insónia que é para abrires a pestana! ...e agora escreve sem parar a ver se te volta o sono e não te esqueças de deixar o PC ligado a correr o antivirus que amanhã é dia de escola e tens muito que fazer.

sábado, abril 25, 2009

Discurso directo

Não te conheço, mas fazes-me tão bem...

Viva a liberdade

De escrever, de sentir, de rir, de gostar, de encantar, de amar, de dizer, de ouvir, de ser, de tocar, de voar, de estar, de beijar, de gritar, de poder, de voltar, de partir, de abraçar, de chorar, de mudar, de acreditar, de fugir, de procurar, de encontrar e de querer...
...e de nunca desistir!

sexta-feira, abril 24, 2009

Hoje é sexta-feira

Amanhã é feriado, mas não se nota...
Amanhã é o dia da Liberdade, e ainda se nota menos!

O Comentário que virou Email que virou Post

Meto-me em cada uma… por não estar a atinar com o comentário é que optei por não o fazer, mas aqui vai então a versão integral por email, para não fazer do teu blog uma base de dissertação, e principalmente para que não morras de ansiedade ;)

Um comentário ao teu post, a este assunto, não posso (ou não quero) fazê-lo com ligeireza, e dito assim corro o risco de o extrapolar pela especulação da antecipação, e pior que isso, corro o risco de me espalhar ao comprido… Contudo, porque emites tão determinada e decididamente a tua apreciação do assunto, nem me passaria pela cabeça contrapor, argumentar ou acrescentar fosse o que fosse. Aprecio por demais a fluidez e clarividência das tuas ideias para fazer mais do que ler, assimilar e deixar-me contaminar pela sobriedade com que abordas o assunto, mesmo que eventualmente possa ter uma opinião ligeiramente diferente em alguns aspectos.
Naturalmente que tal como tu, tenho uma percepção e apreciação própria do lugar que o sexo ocupa, dos seus meandros e implicações, tanto na relação onde o sexo é fomentado pelo sentimento (leia-se: Amor), como do sexo resultante do desejo carnal. Efectivamente o sexo no âmbito monogâmico que rege -ou assim se espera- as relações humanas, distingue o ser humano dos animais irracionais, contudo é precisamente essa racionalidade que permite ao ser humano conseguir arbitrariamente abordar o sexo per se, para seu belprazer, apenas como forma de satizfazer o desejo fisico, independente do sentimento, e naturalmente desprovido da componente procriativa. O sexo procriativo, instintivo, esse sim é exclusivo dos animais irracionais, e apenas é incidentalmente partilhado pelos seres humanos, arbitrariamente insisto.
Isto dito, mesmo com todo o floreado do meu primeiro parágrafo, a minha… interpretação, sem diferir substancialmente, acaba por concorrer com a tua. Seguramente difere por sermos de géneros diferentes, opostos diriam uns, complementares diriam outros, mas tão distíntos como são um homem e uma mulher, assim como o são naturalmente as suas percepções.
Ousando falar tanto por homens como por mulheres, o sexo é sem duvida uma expressão do gosto que temos pela outra pessoa, mas também é o gosto que temos por nós próprios. Porque se bem que o sexo com a “tal” pessoa seja maravilhoso, sem essa pessoa não deixa de ser uma enorme fonte de prazer, o tal vicio, que se manifesta a meu ver na própria pessoa, e que dá o mote para a vontade do sexo, seja com a “tal” pessoa, onde ela existir, e nesse caso com o valor acrescentado de ser movido pelo sentimento, ou seja sem o parceiro sexual ser a “tal” pessoa. Nesse caso o sexo é movido e alimentado não só pelo nosso próprio desejo, mas também pelo desejo que sabemos que a outra pessoa tem.
É aí que o sexo é distinto do emotivo da relação a dois e passa a ser como que individual, passa a servir o prazer pessoal, passa a ser uma espécie de masturbação assistida, e nesse caso, não será necessariamente uma entrega de mão beijada e passa a ser um compromisso de troca, sem regras, apenas troca, dar e receber, receber sem ter que dar e dar sem ter que receber, sexo vazio de sentimento emotivo, mas cheio de componentes fisicas resultantes das manifestações das hormonas sexuais, da testosterona e da progesterona, da vontade de possuir e da vontade de ser possuido, e sim, do alivio fisico que resulta da libertação dessa hormonas, e das subsequentes “inas”, como as endorfinas e a serotonina.
É a existência no ser humano desse desejo de sexo “físico” (sem sentimentos e sem procriação à mistura) que explica fenomenos como o recurso à prostituição, a promiscuidade, a ninfomania ou até a pedofilia, que embora não se possam de todo enfiar no mesmo saco, na origem derivam do desejo pessoal de sexo fisico, desprovido de carga emocional. Em suma, um tipo de sexo que pode ser considerado de segunda categoria quando comparado com o sexo em formato de “fazer amor”, mas que não pode ser negado enquanto manifestação espontanea do desejo sexual caracteristico do Ser Humano, seja homem ou seja mulher.
De resto, tirando esta pequena afinação, concordo plenamente contigo no que toca à provavel inexistência de plena felicidade no casal quando o desejo sexual está em déficit.
Por fim, não podia estar mais de acordo contigo, e inclino-me perante a genuinidade de tal afirmação, que o sexo deve estar presente e ser facilitado, nunca negado, deve ser partilhado, nunca reprimido, e digo mais, deve ser alimentado quando se está com aquela pessoa que nos faz abdicar do sexo físico e que partilha connosco o sexo derivado do amor, do desejo mútuo e da paixão.
Acho que consegui comentar sem me comprometer…
Bjs
F
Quadro: Salvador Dalí - "Galarina" - 1944

quinta-feira, abril 23, 2009

Muito obrigado

É a primeira papoila que vejo este ano...
Abusei dela no passado
desperdicei-a
mas é a minha flôr preferida.
...e tu hoje restauras-te-a em mim.
Obrigado por te lembrares.

-ÉééhhhFrut'óóóChocolááátehhh...

Santini gelati fini Cascais
...desde 1957.

Aviso já os novos investidores que tomaram conta da famosa gelataria Santini em Cascais, que no dia em que eu vir um gelado Santini à venda numa Praia, é no dia em que ao fim de mais de 30 anos de deliciosos momentos, nunca mais vou comer um gelado ao Santini ...e não vou ser o único!

quarta-feira, abril 22, 2009

Tónico vespertino

"These precious things, let them bleed, let them wash away"

Vitamina matinal

"Come on little Devil... be my little angel, yeah..."

terça-feira, abril 21, 2009

"-Aquilo é um telejornal travestido!"

-Ah grand'a Zé!

...de passagem

Sentei-me neste lugar
A ver a gente passar

Gente que passa por aqui
Que passou mas eu não vi
Que surge do espaço vazio
A multidão como um rio
É gente que vai, gente que vem
Que corre daqui p’r’além

Passam senhoras bem vestidas
E crianças em corridas
Passam estudantes a correr
Com muitos livros p’ra ler
Um amigo aqui passou
Foi andando e não parou

Passa o jovem e o reformado
Um ceguinho e um aleijado
Passa o padre e o operário
Passa o Zé e passa o Mário
Passou alguém de bicicleta
E um cão em linha recta

Outra passa no cigarro
Quando passa mais um carro
Passa alguém da minha idade
Todo cheio de vaidade
Passa a música no rádio
ou o futebol no estádio

Passa tudo o que eu quiser
E tudo mais o que vier

Passam lindas raparigas
Tatuadas nas barrigas
Passam com saias de roda
Passa o gosto e passa a moda
Passam turistas estrangeiros
Passam aromas e cheiros

Passa a brisa pelo ar
Folhas secas a voar
Passam palavras perdidas
E memórias esquecidas
Passa o bafo do calor
E já passou a minha dor

Passa um Sol de abrasar
E ao longe o som do mar
Passa o tempo muito lento
Passa gente e passa o vento
Passa a vida e eu não vejo
Para onde vai o Tejo

Passa um comboio a apitar
E outro que vai a chegar
Passa a gente da Cidade
E passou perto a liberdade
Passa assim o mês de Abril
Em S. João do Estoril

O meu café já o bebi
Passou o dia e eu aqui



Férias da Páscoa, Abril de 199?

segunda-feira, abril 20, 2009

-É favor não me desencaminharem ainda mais!


- Conversa no messenger -

Eu: "Gostas de louras?"
Ela: "Porquê, vais arranjar uma loura para nós?"

domingo, abril 19, 2009

Capítulo l

O velocímetro marcava 120 Km/h. Com os pneus a chiar em cada curva, o velho Datsun 180B mostrava que em tempos tinha sido topo de gama da marca Nipónica, e ainda respondia a cada mudança de regime com o mesmo vigor de um carro recente. O barulho certinho do motor - tipo relógio suíço - era agora o rosnar de bastantes cavalos soltos no alcatrão, ou então era o tubo de escape a acusar a idade, mesmo assim ia a portar-se bem. Era um carro relativamente antigo, mas era o meu carro, não me cansava de dizer que o tinha comprado com meu o dinheiro, o dinheiro do meu trabalho.
Naquele momento estava entusiasmado demais com a ideia de ir estudar para Inglaterra. O pequeno problema mecânico que curiosamente me obrigava a ir em excesso de velocidade não veio alterar em nada a minha determinação. Concentrado na condução desportiva entretinha-me a imaginar filmes: Estava numa missão secreta e o maus vinham atrás de mim, tinha que chegar antes que eles me agarrassem… Filme de acção, à Portuguesa claro, e isto ao som da banda sonora de uma cassete qualquer.
“Deixa-te de brincadeiras pá” pensei para mim. Sentia o suor a encharcar-me as costas da camisa e a adrenalina a invadir-me as veias. Sabia que se abrandasse, o motor afogava, ia-se abaixo e não voltava a pegar... arriscava-me a perder o Ferry, mas se continuasse assim arriscava-me a mandar um estoiro contra uma parede.
“Que raio de altura para isto me acontecer”, o Ferry partia de Santander dentro de 3 horas e eu ainda estava a uns bons 100 Kms de distância. O meu bilhete de ida simples para Plymouth não era reembolsável… Não havia condições para que algo corresse mal, afinal de contas tinha planeado esta aventura com 2 anos de antecedência, desde 93… Ops, tarde demais, já estava a correr mal… Tinha um problema qualquer no carburador duplo que o único mecânico espanhol que consegui arrancar da siesta não soube arranjar:
“-Mira tio, tienes un problema en el carburador…”, dizia-me ele sem fazer um esforço para eu perceber. "Tienes que hacer eso y aquillo para poderes seguir viajo”. E eu só lhe abanava que sim com a cabeça “-Meu, não percebo nada do que me estás a dizer, afinal consegues arranjar isto ou não?”
-Espanhol mitra, não arranjou foi nada. Agora só andava em regime alto, ou seja no mínimo a 120 Km/h, em 3ª ou em 4ª velocidade, o que com um motor 1800cc num carro de 1974 fazia aumentar o consumo substancialmente. Não tinha outro remédio senão ir a abrir, se não queimasse o excesso de gasolina que entrava no carburador o motor engasgava e afogava…
Nos últimos quilómetros, apesar de algumas ultrapassagens à má fila e vários excessos de velocidade em zonas residenciais, as coisas até tinham corrido bem, contudo as montanhas que se começavam a desenhar no horizonte não eram nada prometedoras. Para piorar as coisas, a via rápida de duas faixas transformou-se em estrada nacional e as curvas começaram a ser mais fechadas. Como ia depressa demais para poder olhar para o mapa e como não podia parar, resolvi continuar naquela estrada que de qualquer forma ia em direcção ao Norte. Passei por algumas povoações quase desertas.
“Está a espanholada toda a fazer a sesta”, pensei com ar de gozo. Acho que até passei por um jipe da Guardia Civil emboscado num arbusto, mas eles ou também estavam a dormir ou nem sequer me viram passar. “Este carro é muita fruta”.
Lá continuei absorto nos meus pensamentos, a tentar não stressar muito com a velocidade e ainda entretido na minha fantasia da 7a Arte: Agora era eu o mau, um bandido-gentleman do género do Michael Caine, tinha roubado a virtude à Infanta do Juan Carlos - que por acaso é feia como as botas da tropa - e tinha a bófia espanhola à perna…
A estrada tornava-se cada vez mais estreita e as curvas cada vez mais apertadas. Com as montanhas vieram subidas feitas a espremer a 4ª com toques de embraiagem e descidas a aguentar em 3ª às 7000 rotações… ia depressa demais para aquela estrada, para aquelas curvas, sobretudo com um carro de tracção atrás e carregadíssimo. Varri 5 ou 6 curvas em derrapagem controlada tipo rally dos anos 70, isso assustou-me porque na contra-brecagem quase perdia o controlo do carro e já me estava a ver espetado de frente numa árvore, ou num camião, ou a mandar um vôo duma falésia abaixo… Cada vez que a traseira fugia o carro punha-se a dançar de um lado para o outro até eu o conseguir endireitar outra vez, mas ainda me aguentei uns bons 10 Quilómetros aquela velocidade.
De repente, surgidos do meio da paisagem verde que desfilava em cada janela começaram a aparecer vários sinais de obras, de perigo e de reduza a 20. Quando dou por mim estou numa fila de carros, num local de trânsito alternado onde só passava uma faixa de cada vez. Tive que abrandar para dar passagem a quem vinha no sentido contrário … Pus o carro em ponto morto e mantive o motor às 4000 rotações ao mesmo tempo que travava com o pé esquerdo, consegui não bloquear as rodas. Parei mas continuei a acelerar para manter a rotação, nem que fosse preciso depois meter uma primeirada e arrancar à Hill Street.
Passados uns intermináveis 30 segundos de rotação excessiva, o motor fez dois ou três engasgos e parou com um barulho parecido ao de um aspirador entupido. Nesse instante o sinal ficou verde, os carros que lá estavam parados arrancaram e eu fiquei sozinho no calor da estrada. Tentei pegar o motor, mas sem sucesso. Com o ar aberto ou com o ar fechado mas só consegui enfraquecer a bateria. Um camião passou por mim a businar e achei melhor levar o carro para a berma, engatei a primeira, dei à chave e o carro avançou aos solavancos para a beira da estrada.
Um silêncio de tarde de fim de Verão invadiu o ar agora empestado com o cheiro de gasolina, apeteceu-me pegar fogo aquilo tudo.
“Mierda, e agora?”
Estava no meio do népias, rodeado de montes de todos os lados, floresta densa e um calor do caraças, ainda por cima em Espanha! Se ao menos isto me tivesse acontecido enquanto estava em Portugal tinha-me orientado em menos de 15 minutos… Já estava a ver o filme a andar para trás, e o Ferry a ir-se embora sem mim.
“Não estou a acreditar nisto”.
Tinha que me desenrascar de uma maneira qualquer, deixar ali o carro com as minhas coisas todas e seguir viagem é que não podia ser, adiar era impossível porque tinha que lá estar dai a 3 dias, além disso pagar outro bilhete estava fora de questão.
Estas ponderações foram todas muito rápidas. Montei o triângulo de sinalização de perigo e fui coloca-lo a 50 passos do carro, depois descarreguei a bicicleta de montanha, que tinha confiscado à minha irmã, e montei-lhe as rodas, estava a transpirar em bica e o suor escorria-me para os olhos. Em seguida tranquei as portas com gestos mecânicos, acendi um cigarro e comecei a pedalar pela berma de terra batida numa de que tinha que me mexer para resolver o problema, que já não se estava a mostrar nada fácil de resolver.
Como não tinha visto nenhuma bomba de gasolina ou oficina nos últimos quilómetros, pensei que não devia estar muito longe de qualquer coisa desse género.

Sempre constatei que no meio do meu azar há um elemento de sorte, mas não posso contar muito com isso para não perder a genica, contudo sei que tudo é possível, tudo pode acontecer, sempre foi assim…

Não tinha ainda feito nem 1 quilómetro que, ao virar da primeira curva, lá estava uma espécie de estalagem, meio escondida pelas árvores. Era uma daquelas tentativas de Turismo de Habitação subsidiadas com guita da União Europeia e que só servem de desculpa para tentar promover o turismo doméstico. Há bastantes assim em Portugal. Aquela estava aberta.
“Ainda mexe!”
Atirei com a bicicleta para um canto e entrei lá para dentro. O bar estava vazio, atrás do balcão estava um espanhol a polir copos, perguntei-lhe se tinha telefone e completei a frase com o gesto correspondente, ele fez que sim com a cabeça e apontou para uma cabine de moedas esculpida numa parede. Com ar descontraído e descarado pedi-lhe para me trocar libras por pesetas, como se aquele fosse um lugar indicado para câmbios no meio da montanha, ele disse que sim. O câmbio estava inflacionado para turista mas não me senti em posição de discutir.
Telefonei para o número da minha seguradora tal como estava impresso na carta verde. Expliquei a situação à jovem assistente que me atendeu e ela disse-me que me podiam mandar um reboque mas que demorava pelo menos 2 horas a chegar, além disso só me levava até Santander e não até ao meu destino final, ao contrário do que dizia no contrato do seguro.
Conseguia imaginá-la, sentada no meio de tantas outras como ela, com auscultadores nas orelhas e microfone tipo astronauta, à procura das teclas no teclado e a seguir à regra as instruções do protocolo de atendimento.
A solução que ela me apresentou não me servia porque uma vez chegando a Inglaterra o meu destino final ainda ficava a uns 200 quilómetros de distância. Insisti, expliquei cordialmente que o meu destino não era nem Santander nem Plymouth, mas sem resultado. A cabine fez um estalido e um beep e tive que introduzir a minha última moeda de 100 pesetas. Não estava a ver a conversa a cair para o meu lado, exaltei-me, chamei-lhe incompetente, disse-lhe que deixasse estar, que eu me desenrascava, que lhe telefonava de Inglaterra a dizer qual era o meu destino final e que ela já ia ver para que serve a opção de Assistência em Viagem, desliguei o telefone bruscamente e virei-me para o empregado do bar que estava a olhar para mim com ar assustado e cara de parvo:
“-Pá, camarada, hablas português? Preciso dum reboque, el coche é grupo, no anda…” A cara de parvo acentuou-se, insisti. “Ah usted no conprende? Então… dá-me aí um canêto que eu faço-te um desenho!”
A partir dai tudo andou mais depressa. Ele compreendeu a minha situação e mostrou-se mesmo bastante prestável, disse que tratava disso e fez um telefonema, depois disse-me para esperar, o tempo de tomar um café e de apreciar a paisagem. Passado um bocado já estava a ajudar um mecânico a espreitar para dentro do capôt, este percebia português. “-Deixe lá amigo, não tente arranjar o carro, leve-me é para Santander antes que eu perca o barco.”
Ajudei-o a puxar o carro para cima do reboque e concordei com o preço que ele pediu. Durante a viagem o tipo falou pelos cotovelos, que conhece Portugal e mais não sei o quê do Eusébio e do Salazar e da mulher dele. Era um homem de 50 e poucos anos, mais baixo que eu, barrigudo, careca, originário da Galiza mas que tinha casado com uma mulher Basca… Se estivesse calado até passava por Tuga.
Chegamos ao Porto de Santander meia hora antes da partida do Ferry, paguei o reboque em Libras ao tal câmbio ajustado para turista e o mecânico foi-se embora, depois dirigi-me à bilheteira e ao Check in, registei o bilhete para embarcar o carro e preparei-me para esperar. Tinham-me dito que, como tinha que entrar de empurrão, tinha que esperar até entrarem os carros todos.
“Bacâno, em Inglaterra sou o primeiro a sair.”
Não me importei. Voltei para o carro que estava na zona de espera e aproveitei para tentar pegar o motor… Para minha surpresa pegou à primeira, o que até fazia sentido porque a gasolina que tinha afogado o carburador já tinha evaporado. Dei duas ou três aceleradelas leves para ouvir o motor cantar – afinadíssimo – mas reparei pelo retrovisor que estava a fazer uma nuvem de fumo, escuro, enorme, que só serviu para chamar a atenção. O carro, enorme, preto e cheio de pó, só por si já era bandeiroso e eu ainda me pus a dar nas vistas daquela maneira, que cromo. Desliguei a chave de ignição e o motor foi-se abaixo com o tal barulho de aspirador entupido. Tentei fazer um ar natural e discreto enquanto os outros carros continuavam a embarcar.
Passados 20 minutos um membro da tripulação fez-me sinal para avançar, e passei uma das maiores vergonhas da minha vida ao ter que empurrar o carro para dentro do Ferry, com os outros passageiros todos, nos vários convés, a aplaudirem o meu esforço. Quando cheguei lá dentro despachei-me a mudar de roupa, dentro do carro, para não ser reconhecido como o gajo da camisa verde e do carro de colecção que não anda, e passei a ser o gajo da pinta brava, todo vestido de preto, e que não se sabe lá muito bem de onde vem.
Fiz-me a eles.

sábado, abril 18, 2009

iBoobs, nova aplicação para iPhone (fim da saga)

iBoob - a morte de um mito

Em comunicado recente no seu site, a Apple negou que o projecto iBoob viesse a integrar o portfólio da empresa no formato anteriormente anunciado. Os responsaveis da Apple não descuram contudo o desenvolvimento de uma aplicação com o mesmo conceito (fusão de mamas com a iTechnology) que venha a ser aplicada ao iPhone num futuro muito proximo.

sexta-feira, abril 17, 2009

iBoob - efeitos secundários

decote animado O uso prolongado do iBoob pode provocar um efeito de Subwoofer no decote.

a inutilidade do iBoob

...estava eu de browser aberto e preparado para escrever um post qualquer quando me vejo completamente alienado da realidade e de olhos fixados no decote que aparece no post abaixo.
-Mas uma mulher que manda um par destes precisa de dizer alguma coisa p'ra dar música?!

quinta-feira, abril 16, 2009

novo iBoob da apple

A Apple criou um novo processador capaz de armazenar uma grande quantidade de ficheiros audio. Este dispositivo destina-se ao segmento das mulheres modernas e foi denominado iBoob. Do tamanho de uma cabeça de alfinete, o iBoob será aplicado como um implante mamário. Desta forma, a empresa norte americana irá combater o flagêlo das mulheres de decote proeminente que se queixam dos homens que olham para elas mas que nunca as ouvem. (ver aqui)

água na fervura

Já passou Francisco, já passou...

quarta-feira, abril 15, 2009

Coninhas

Porque o stress me alegra a vida, a vida alivía-se assim do stress: Eu escrevo, e se estiver stressado, e particularmente despido de emoções, digo mais palavrões do que é costume. Encontrei finalmente a merda do papel já amarelado com a minha senha de identificação para fazer a declaração de IRS online… Custou p’a caraças, mas a esse propósito e do post anterior, desorganizado é o caralho. A senha estava onde tinha que estar, na pasta do IRS, estúpido!
Agora a puta da pasta é que estava em parte incerta, mas também, foda-se, por vezes cai-me a moeda e apercebo-me que ainda não desfiz completamente as malas, ainda estou em viagem, e a maionese está aí p’rás curvas. Caixas e caixinhas e dossiers e arquivos e pastas e extratos e seguros e cartas e recibos e facturas e a puta que os pariu a todos, foda-se!
Aqui há uns tempos, está agora para fazer 1 ano, arrumei copiosamente o conteúdo da minha gaveta da mesinha de cabeceira, do lado direito da cama, dentro de uma caixa de sapatos. Nesse dia lembro-me que arrumei todas as minhas coisas, todas as que realmente me importava arrumar. Muitas dessas caixas, arrumadas com o método inerente à vontade de me despachar, foram guardadas em caixas maiores, que o sentido prático e os anos de loucura me ensinaram serem mais faceis de transportar… Da casa para a garagem e da garagem para a casa; da casa para outra casa e dessa casa para a arrecadação, e finalmente para esta casa, para minha casa. O método, por muito boa vontade que tenha tido, perdeu-se algures entre casas… Ora a merda da pasta do IRS, nessa altura (época de fazer a declaração do IRS), estava naturalmente no lugar mais improvavel: Na mesinha de cabeceira… Foi nessa caixa que a encontrei.
Revolver assim as minhas caixas a sangue frio foi como parir um filho sem epidoral, foda-se, filha da puta (e sei bem a quem o estou a chamar, que a lista é longa), e de repente, hoje, enquanto procurava penosamente a senha das declarações de IRS online por entre as caixas onde guardo o meu passado, olhei para a minha vida e não pude deixar de sentir, mesmo que na altura não o tenha visto a 100%, que fiz muito bem em ter mandado tudo para o espaço, em ter começado de novo.
Lembro-me de ter ido uma vez, contrariado, a uma discoteca a norte de Lisboa, e lembro-me de no regresso me terem chamado “coninhas” pelo meio de abraços e beijos e outras manifestações de afecto… Lembro-me que não respondi, até porque foi um “coninhas” carinhoso, dito a sorrir, não respondi mas pensei na resposta…
…e agora, ao olhar para os rendimentos que vou declarar (para não falar dos que não tenho que declarar), apercebo-me que vou declarar mais rendimentos do que tive nos 3 últimos anos. Essa é que é essa!
-Coninhas é o caralho que t’a foda!

Desabafo de contribuinte desorganizado

Foda-se, onde é que anda a puta da senha de acesso para fazer a merda da declaração do IRS!?

Comentário do fogareiro lampião

"Aquilo dá mais dinheiro ao F.C.Porto se for o Manchester United a ganhar o jogo"

Ó matraquilho, conduz esta merda caladinho que eu pago o taxi mas não é para ter que te ouvir.

Efectivamente...





...sonhei com bonecos coloridos e aquecimentos centrais.

terça-feira, abril 14, 2009

78

-Parabéns Mamã!

Simple Minds: 'Graffiti Soul' - Novo album - 25/05/09

domingo, abril 12, 2009

De Sábado a Domingo

A Páscoa tem coisas engraçadas… No Sábado à tarde, enquanto passeava o cão, caminhava calmamente no jardim à frente de casa, pensava no meu Padrinho, de quem já falei uma vez neste Post do blog antigo, e que às vezes me dá vontade de arrancar de mota pelo Alentejo fora e ir ao encontro dele, porque não o vejo vai para 3 anos... Mas adiante. Passeava o cão e poderia ter sido apenas mais um passeio, com o cão pela trela e um saquinho de plástico no bolso, mas não, porque de repente, do nada, por entre as minhas deambulações, um grito a dizer "-Cuidado!" fez-me virar para trás, mas só fui a tempo de levar em cheio com uma bicicleta cor-de-rosa que veio esbarrar comigo, e que me deitou ao chão. A mim, ao cão, à miúda da bicicleta e ao estafado Pai da miúda que eu já tinha visto minutos antes às voltas a correr atrás da bicicleta, com a mão nas costas da miúda e com os bofes de fora mas a encoraja-la sem descanso, com a voz ofegante e os passos pesados.
Com tantas árvores por perto só pode mesmo ter sido o coelhinho da Páscoa que os encaminhou para virem esbarrar contra mim.
As mil desculpas que o homem me pediu quase caíram em saco rôto; No imediato não achei muita graça e saiu-me da boca um combinado de bordoadas em género de desabafo. É que para me terem derrubado a pancada não foi leve. Imagine-se, eu, estatelado no chão, com o cão pela trela, à frente de casa… Só visto.
Felizmente ninguém se magoou, o cão não mordeu ninguém e a bicicleta não se estragou... Pensei que a miúda (não, não foi a menina da foto), com os seus 6 anos no máximo, que desatasse a chorar, mas os olhos dela, brilhantes, ignoraram a situação como se de um mero acidente de percurso se tratasse, e num instante montou na bicicleta mais rápido do que eu e o Pai dela nos levantamos do chão, e estava pronta para que o Pai a continuasse a empurrar, que já estava quase, que já tinha andado um bocadinho sozinha, e que conseguia, e chamava pelo Pai, "anda Pai, só mais uma voltinha..."
Aceitei as insistidas desculpas do senhor, levantei-me e afastei-me para uma zona mais segura enquanto eles lá prosseguiram, ela a pedalar desengonçada e ele a correr atrás dela sem a largar… Voltei a casa, troquei de cão (é mais fácil passear um de cada vez), voltei à rua, fui à praia, e voltei para casa outra vez…
Da janela aberta ouvia ainda os esporadicos incentivos daquele Pai a ensinar à filha a andar de bicicleta. Provavelmente vou ficar com o joelho dorido por causa daquele atropelo…
Foi mais forte do que eu, descalcei as botas, calcei uns nike pretos que comprei no Verão passado mas que ainda não tinha estreado, agarrei nas chaves e desci as escadas 4 a 4. Dirigi-me ao jardim, aproximei-me deles e sugeri ao Pai se me deixava tentar ensinar a miúda, ele disse que sim a sorrir e agradeceu (penso que me agradeceu do fundo dos pulmões). Tomei o lugar do Pai atrás da bicicleta e dirigi-me à miúda, que por sinal não se incomodou nada com a minha presença e já estava pronta para começar a pedalar outra vez.
Chamas-te Filomena não é? Eu chamo-me Francisco. Olha, não te vou agarrar nas costas como o teu Pai, vou agarrar no banco da bicicleta OK? Mas estou a segurar! …e tu não vais olhar mais nem para os pedais nem para o volante, vais é olhar para a frente, sempre a olhar para a frente e nunca para o chão, está bem? Não tenhas medo que eu não te largo… Ah, e estas coisas aqui são os travões, se fores a cair ou se fores chocar com alguém carregas nos dois ao mesmo tempo e pões os pés no chão, ok? Estás pronta? Um… Dois… Três!
Dei uma primeira volta ao jardim a segurar na bicicleta, a segunda volta quase sem lhe tocar e a terceira apenas a acompanha-la, depois parei e ela continuou.
O Pai ficou mais entusiasmado com a filha a andar de bicicleta do que a própria miúda. Tirou-lhe 300 fotografias, conversámos um bocadinho e cada um contou a sua história de como aprendeu a andar de bicicleta (a minha já a contei aqui), depois agradeceu-me mais uma vez, despedi-me da Filomena e voltei para casa.
Missão cumprida, descalcei os nike e tentei lembrar-me dos miúdos todos que já ensinei a andar de bicicleta… já perdi a conta, mas foram muitos. O resto do dia foi tranquilo, em antecipação do Domingo de Páscoa…
Levantei-me cedo, às 9:30h já estava a aquecer o motor da Virago e a comer um croissant com queijo na PaniSol enquanto o Bruno e a Nádia não chegavam na BMW que o Bruno trouxe de Inglaterra… No entreatanto apareceu o Papu, que tem uma Hornet 600 e que também ía à missa ao Cabo da Roca. Fomos pelo Guincho, há bastante tempo que não andava de mota por aqueles lados… O céu ameaçou chover mas depois arrependeu-se, no Cabo da Roca encontrei o Ave Rara com a sua FJR 1300 e foi muito fixe falar com ele, geralmente depois de falar com outros motards apetece-me sempre comprar outra mota, mas depois monto-me na Virago 535 e passa-me logo… De tarde dei uso ao Elefante Azul de Oeiras (já não lavava a mota desde Julho passado), e apercebi-me tenho que fazer qualquer coisa aos cromados que estão a começar a ficar picados… Depois segui em direcção a Lisboa e atrevessei a Ponte, fui tomar um café ao “Amanhecer do Parque”, perto do Parque da Paz, em Almada, para variar de só lá ir quando estou a regressar de algum lado, depois fui à Caparica. O paredão em frente à Praia estava apinhado de domingueiros, e se contar que fui atropelado por uma trotinete cor-de-rosa, alguém acredita? Não pude deixar de me rir…
Da Caparica fui até à Fonte da Telha, depois Sesimbra, depois Seixal (porque me perdi), hesitei em dar um salto até ao Montijo, mas já se estava a acabar o dia e apesar de ter levado o meu blusão de Inverno não me apeteceu apanhar briol por deixar cair a noite… Re-encontrei o caminho em Fernão Ferro, depois Almada só de passagem, atravessei a ponte outra vez e deslizei nas curvas da Marginal tranquilamente a 70 Km/h.
Cheguei a casa e telefonei para o meu Afilhado David (que também é meu sobrinho), que mora em Paris, tem 21 anos, anda de Skate e faz surf melhor que eu... Depois liguei para a minha Afilhada Diane, que mora em Bordéus, tem 2 anos e é filha de um casal que é dos meus melhores amigos, o Yann e a Sandra. Não sei como é que fui arranjar a ser Padrinho de 2 afilhados e ambos moram em França... Foi assim minha Páscoa.
De certeza que para o ano que vem me vou lembrar da Páscoa deste ano.

sexta-feira, abril 10, 2009

Ovo da Páscoa

O telefone não pára, até parece que não é feriado. Desde recados que não são para mim a telefonemas por engano, passando por votos de Páscoa feliz e inquéritos telefónicos... Larguem-me pá!
A ideia de andar de mota perdeu-se nas tarefas a que me entreguei desde cedo. Acordei cedo, gosto de acordar cedo, e as tarefeas são as do costume ao fim-de-semana: 2 ou 3 máquinas de lavar roupa, passear os cães, ir às compras ao supermercado, ler o jornal no café, voltar para casa e fingir que faço o almoço enquanto aqueço o que sobrou do jantar de ontem... Hoje é Sexta-Feira Santa, outra. Passa-me pela ideia que não me consigo lembrar da Páscoa do ano passado, mas também não deve ter sido nada particularmente memoravel... Contudo lembro-me muito bem de outras Páscoas, como as que passei em Inglaterra e em França. De facto a memória selectiva é uma coisa curiosa. Hoje deixei escapar a hora do noticiário. Almocei enquanto fiz o download de 3 filmes antigos para ver um dia destes, para juntar aos cerca de 50 filmes que tenho na pasta "Filmes a ver quando tiver tempo" (e um dia a ASAE vem-me cá buscar). Reciclei um porta CDs com espaço para 120 CDs; “Reciclei” é uma maneira diferente dizer que o achei junto do ecoponto, e acho que com ele vou conseguir libertar algum espaço que os meus CDs ocupam na estante, e vou poder colocar lá alguns livros que ainda andam dentro de caixas, mas isso só vou fazer amanhã...
...porque a porcaria do telefone não pára de tocar.
(…)
"Queres vir cá ter à Nazaré?
Não sei se me apetece muito...
Anda, tenho cá o meu filho, vamos passear.
Hmm... não sei…
Podiamos ir até S. Martinho.
Não, a sério, tenho coisas para fazer em casa".

(…)
Pensei que não voltava a ter um telefonema deste género… Se não me engano aquele filho tem 24 anos, não sei mesmo se a ideia me agrada... Além disso nunca achei muita graça a S. Martinho do Porto, mesmo que até já me tenha divertido bastante por lá. Mas também, como sempre digo, mais importante que o lugar é a pessoa, e no caso concreto o lugar não me diz nada e a pessoa pouco gosta de conversar, e aquela coisa que me chamou da última vez deixou montes de luzinhas de alarme acesas no meu tablier, e eu tinha decidido passar a Páscoa em Lisboa, e pôrra, e não tenho que me justificar, e não quero ir, e não insistam!
Mas se me convidarem para atravessar a ponte vou já a correr, ida e volta e estou em casa à hora do jantar. Mas por agora, enquanto não me habituo ao sabor do leite de soja, resta-me tentar perceber o que quer dizer determinado simbolo triangular que aparece em algumas etiquetas da minha roupa.

quinta-feira, abril 09, 2009

A Páscoa, o frio, a mota e a cidade

Como está frio não me apeteceu ir passar a Páscoa em Trás-os-Montes e resolvi ficar na cidade para poder andar de mota à vontade.

segunda-feira, abril 06, 2009

Virtuosidade

domingo, abril 05, 2009

Domingo...

...sabe bem estar em casa.

sábado, abril 04, 2009

Exausto

Pela excitação da antecipação
Pela tensão do segredo
Pela dança da cama
Pela adrenalina da estrada
Pela ponte ao pôr-do-Sol
Pela serotonina e as endorfinas
Pela energia que liberto

sexta-feira, abril 03, 2009

Perto de prega-la

Se a antecipação matasse, já andava a morrer há uns dias!

quinta-feira, abril 02, 2009

Vento na cara

Fui de mota. Saí cedo e de rompante e ainda deu para ir almoçar com o pessoal marillionado, decisões rápidas, gosto de me reconhecer. Depois do almoço permiti-me passear o meu ar de pinta-brava pela zona da expo, tomar um cafézito, ver umas montras, controlar umas babes... Eram 15:30h e já estava outra vez no que me é já familiar 3º andar na Av. João XXI.
Mas onde é que já se viu uma reunião demorar 5 horas? -Phoénix!
Claro que deixei o Sol pôr-se e rapei um briól desgraçado no regresso a Cascais! Ainda por cima a mochila com o PC e toda a documentação dos contratos parece que não foi grande ideia para as minhas já tão maltratadas costas (sempre soube que vou pagar um dia pela estragação do corpo a que me entreguei, copiosamente, ao longo da vida, mas penso que isso só será mais tarde...), enfim. Não obstante, já me sinto melhor, apenas um pouco cansado, o que é natural, mas vale a pena, só por poder apanhar vento na cara...

Por via das dúvidas...

...no seguimento do post abaixo, convém ler isto aqui.

-Foda-se, cruzes canhoto!

quarta-feira, abril 01, 2009

Dia 1 de Abril

...o filho é meu!

medicina tradicional caseira

"Já andas assim há duas semanas... isso não passa?"
"Tem dias que melhora, e depois volta ao mesmo"
"Tens tomado alguma coisa...?"
"Anti-inflamatório e analgésico, melhorou, mas já deixei de tomar"

"Porquê?"
"Porque essas coisas só se devem tomar 4 dias no máximo"
"Deita-te aí que eu faço-te uma massagem"
"Hmmm... Não sei se quero..."
"Anda lá, para relaxares, isso é do stress, andas sempre a correr..."
"Ok, mas com calminha!"
(...)
"Foi bom? Sentes-te melhor?"
"Sim, obrigado Irmã."

Foi ontem.
Hoje mal me consigo mexer...