domingo, setembro 30, 2007

Sem Comentário


domingo, setembro 23, 2007

O Pão que o Diabo amassou...

sábado, setembro 22, 2007

Gettin' in the mood

Não é só uma questão de lembrar... a questão é não esquecer, não esquecer nada! As datas pouco importam, dia 17 pode ser dia 16, mês 08 pode ser mês 10 e 2007 foi na realidade 2006. "Remember everything, Forgive nothing!" Tem tudo a ver comigo, sempre foi assim. Eu avisei: Don't fuck with me! É que uma vez arruaceiro, arruaceiro para sempre... e essa coisa de ultimatos é coisa de fraquinhos, de magnânimos e herois de cinema.
A vida real é entertenimento total, venham eles! Afinal de contas sempre foi assim... Pequenas vinganças, pratos que se servem frios, saladas russas, montanhas russas, roletas russas... Puta que os pariu, não se tivessem metido comigo. Quem sou eu? de onde venho? O que já vi e vivi? Nunca se deve substimar quem não se conhece, há sempre um gajo mais maluco que nós. Eu sou esse gajo, e como te disse, vou estar sempre um passo atrás de ti, cabrão!

McCann Marketing


sexta-feira, setembro 21, 2007

Um chá afrodisiaco

É muito simples...
Liga-se a televisão numa novela qualquer, baixa-se o som e liga-se o PC enquanto não começa o CSI. Discretamente observam-se as frenéticas manobras que me distraiem o olhar, tenta-se adivinhar o "mood" enquanto se se interroga interiormente, e de forma retórica, se a hora ideal para limpar o lava-loiça é realmente à meia-noite. Arrependi-me de ter verbalizado a pergunta.
Depois, enquanto a àgua ferve, disfarça-se uma incurção à cozinha sob pretexto de beber um copo de leite.
O cheiro do desinfectante ou do detergente ou lá do raio do produto de limpeza que seja parece-me completamente desenquadrado, mas não me incomoda, afinal o olfato nem é o meu sentido mais apurado. O chá entretanto aparece feito, na minha chávena preferida, sem açucar nem mel para poder continuar a gabar não ter barriga com esta idade, sem afrodisiaco tão pouco, afinal já é meia-noite, afrodisiaco para quê?
Enquanto o chá arrefece o efeito calmante do leite acabado de beber começa a activar a endorfina, e o CSI insiste em não começar... A almofada do sofá chama por mim como uma sereia, ainda lhe vou fazer a folha... Se ao menos a merda da novela acabasse.
Ao aperceber-me que o botão dos boxers se desapertou passa-me pela cabeça ir contar azulejos, mas a auto-estima protege um gajo dessas coisas, enfim, pelo menos à meia-noite... de manhã a conversa às vezes é outra, às vezes não!
O Chá está quase à temperatura bebivel, o tempo de fumar um cigarro, pensar no novo emprego que começa na segunda-feira, na empresa nova que por causa disso não arranca tão cedo, pelo menos não arranca na segunda-feira.
O cigarro sabe mal, mas o chá disfarça-lhe o sabor e ajuda a engolir melhor o ansiolitico de SOS, o tal a que resisto sempre que posso, que tem contra-indicações para não ser tomado antes de ir dormir, mas que hoje me estou nas tintas para isso.
Chá afrodisiaco... Até me dá vontade de rir.

Sonetos de Agosto passado

Sonetos malditos, queridos sonetos. Versos. Versos soltos, escritos aos poucos em terras distantes, palavras em verso, em verso vadio, atrevido, perdido, louco varrido, verso fodido de escrever quando tudo não passa de um verso mal-entendido.
Sonetos mal contados, metricamente rimados, aborrecidos ou divertidos, simplesmente descontraidos, escritos rimados mas quase chorados.
Versos que contam histórias que o tempo não consegue aparar.
Versos perdidos para passar o tempo...

MOTOQUEIRO DO CARAGO

Motoqueiro de Virago
Directamente do Estoril
É um motoqueiro do carago
Que hoje está em Arganil

Outra volta a Portugal
Vou seguindo sempre em frente
A estrada é sempre igual
Mas o caminho é diferente

Rumo virado a Norte
Num cavalo de ferro montado
Penso em algo que escrever

Que não conheço outra sorte
Mas mesmo sendo azarado
Vivo com fúria de viver

Arganil 06/08/2007


MORTE LENTA

Uma passagem pela Serra
Por estradas que nunca vi
Esta não é a minha terra
Eu preferia nem estar aqui

Desvio forçado a Moimenta
Que fica perto de Gouveia
Bebo a "mini" em morte lenta
Numa aldeia que é tão feia

O destino fez-se corrente
mas a vontade quebrou-lhe os elos
...e eu sei bem o que fazer

Vou ignorar esta gente
por caminhos de cabras e vitelos
quero é que se vão... lixar!

Moimenta da Serra 07/08/2007


SONHO ESQUECIDO

Despertei de um sonho passado
Vestido em passo ligeiro
O dia ainda vai começado
No bolso as chaves, tabaco e dinheiro

Desci até ao café
Na etapa fui o primeiro
Sem moto que vim a pé
Até ao largo do Cruzeiro

Uma bica e um Moscatel
Conversa tão corriqueira
Falei do que vi e vivi

Na boca o sabor a mel
Memória que foi da primeira
Num sonho que já me esqueci

Santa Eugénia (Alijó) 08/08/2007


A VINDIMA E O MOSTO

A correr o mês de Agosto
Depois das férias do trabalho
Vem a vindima e o mosto
...e em Setembro a Festa a que não falho

Venho ter a esta Aldeia
Mesmo com interferência
Faço o que trago na ideia
Com arte e condescendência

Tenho uma costela daqui
Aldeia do meu santuário
e a casa em frente à Igreja

Praticamente aqui cresci
Mas não ligo ao Santo Sudários
Que não há aqui quem o veja

Favaios, 11/08/2007


PEDRAS TOSCAS

Uma tarefa ainda a meio
Devagar que não sou pedreiro
Uma pausa de estômago cheio
A brincar com um cão rafeiro

Subiu-me à cabeça o Porto
Sentado no fresco do Alpendre
Se me levanto vou andar torto
Como a paisagem que se estende

Escrevo a esquivar-me das moscas
Do martelo e do cinzél
Que está uma tarde ensolarada

...e os desenhos de pedras toscas
que me inspiram o papel
Atrazam o fim da calçada

Santa Eugénia (Alijó) 13/08/2007


A VIAGEM VAI LONGA

Já vai longa esta viagem
A maior da minha vida
Se o mar já foi a paisagem
A montanha também me é querida

Hoje assinalo uma data
E lembro tudo o que fiz
De gravata ou de bata
Mas quase sempre feliz

O Sol hoje é o meu presente
Já foi o Mar, tem sido o Rio
Memórias que cá ficaram

A vida lá segue em frente
Com aventuras de fio a pavio
...e já trinta e sete anos passaram!

Santa Eugénia (Alijó) 14 de Agosto de 2007. -Parabéns a mim!

quinta-feira, setembro 20, 2007

Velas ao vento

Até tinha s sua graça, mas não tem graça nenhuma!
O vento sopra, forte ou fraco mas continua a soprar...
Venham ventos e marés, cá estamos, cá estaremos, sózinhos ou acompanhados, contra ventos e marés, sempre foi assim... Mas o filho da puta do vento é que não pára, não pára nem muda, nem faz a ponta de um corno... simplesmente limita-se a soprar do lado errado! Urgem tempos de mudança!

quarta-feira, setembro 19, 2007

A Gestão aplicada à falsidade

Os cães ladram e caravana passa...
Nada como ser imune a venenos, já o tinha demonstrado antes, com brio, orgulho e muita pinta brava. O Rancor vale o que vale, nuns vale pelo melhor que sabem fazer, noutros vale uma lição que se dá, uma lição que só aprende quem tem estaléca para ver mais além do que a sua própria insignificancia, enfim, uma lição que se dá as vezes que forem precisas, para facilitar o desenvolvimento da maturidade, sempre tardia, daqueles com quem temos que levar e que por muito que o evitemos, acabam por estar ligados a nós, distante, indirectamente que seja, mas definitivamente sem ser necessariamente essa a nossa vontade, pelo menos há bastante tempo que deixou de ser. Alguém disse um dia que "as pessoas abrem a cova onde se enterram", e eu acrescento que cá estarei para ajudar com umas pázadas!
É a saga do Portugal dos pequeninos e insignificantes que se manifesta outra vez...
Somos imunes, afinal, também Cristo terá sido traído com um beijo (Que grande otário!), e embora no caso dele o beijo tenha sido genuíno, não há pior beijo que o beijo falso, o beijo dado só para "inglês ver", para manter as aparências e prolongar as falsidades e intrigas, as mentiras e calúnias, as ofensas e os pedidos de desculpa que se ficam a dever...
"Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
Por mim, sei quem sou, o que quero, e para onde vou, sei que nunca deixo uma porta fechada a ninguém, é o velho estigma de ainda acreditar, apesar de tudo, na natureza humana.
Assim, o meu dia, este dia, passou, delicioso, e ao fim do dia, já pela noite dentro, cheguei a casa, lavei a cara e purifiquei a alma, e dormi com a mesma consciência tranquila com que tinha dormido no dia anterior.

domingo, setembro 16, 2007

Any given sunday

Poderia parecer um Domingo como outro qualquer... Um domingo de há uns anos atrás. Com um doce e sossegado acordar, talvez com uma ressaca sorridente e o corpo dorido, talvez acompanhado, talvez sozinho ou mesmo apenas com um cheiro que não é meu a esvanecer-se no quarto, o quarto que desperta também e ganha vida com o meu acordar. Podia ser um Domingo melhor... Podia ser simplesmente outro dia, mas não, filho da puta de Domingo este, que se repete todos os dias de segunda a sexta e duas vezes ao fim-de-semana.
Merda de Domingo, merda de dia! O café matinal de outr'ora, suave e revitalizador, tornou-se hoje amargo e indigesto, hoje como ontem e no dia anterior. O Jornal conta as mesmas patranhas da semana passada e as pessoas, foda-se, as pessoas metem-me nôjo, arrepiam-se-me os pelos do pescoço só de olhar para elas, nesta terra , nesta ,merda desta terrinha da mitra e de gentinha futil e fechada em sí mesmo. Tenho pena dos ceguinhos, mas desta gente tenho mesmo é dó, dó e despreso. Quero mais é que se fodam!

sexta-feira, setembro 14, 2007

Same shit, different day

Como diria o meu sobrinho: 'Tá-me tudo a querer foder!
Pode ser que eu os foda também!

ConGestão 7

VOLTA A PORTUGAL... ...dos pequeninos.

Verão... tempo de calor e de férias. Este ano a expressão “Vá para fora cá dentro” parece ter feito sentido para muito boa gente, gente que decidiu mesmo assim tirar uns dias em época alta. Tendências de Agosto a que chamamos “modas” e “estilos de vida”, mas que na maior parte dos casos são condições forçadas pela pobre gestão da economia familiar. Mesmo assim, férias em Agosto, a velha história de manter as aparências...
Ora então, ir para fora cá dentro... Quisemos (note-se o “nós” Real) fazer algo parecido, parecido mas diferente, a diferença entre o ser e o só parecer, e aproveitando a boleia da 69ª Volta a Portugal em Bicicleta, fizemos a trouxa e fizemo-nos à estrada, não de bicicleta mas de Moto, com alforges e indumentária a rigor. Um homem, montado num cavalo de ferro, ao sabor do vento.
O itinerário, coisa que em época baixa muito boa gente deixa a cargo das Agências de Viagens quando rumam a destinos pseudo-exóticos em regime de meia-pensão, foi no nosso caso um itinerário algo planeado, contudo com alguma flexibilidade, afinal de contas há sempre uma tabuleta na beira da estrada, com um nome de uma terra por onde nunca passámos e que nos faz mudar de caminho, ou mesmo caminhos que conhecemos e que mesmo sem tabuletas sabemos que vão dar a terras por onde já passamos anteriormente. Assim, Flexibilidade e Liberdade, dois conceitos que, para quem não deve nada a ninguém nos seus itinerários de férias, falam por si. Em suma, concentrámo-nos mais em apreciar o trajecto do que em alcançar um destino predefinido.
Subimos do Ribatejo pelo IC2 em direcção a Coimbra. Em Pombal, cruzamos destinos com um Deficiente-Motor que, em cadeira de rodas, fazia também uma volta a Portugal, mas por uma causa muito mais nobre que a nossa. Bem haja.
Chegados a Coimbra tomámos a N17, a Estrada da Beira, uma estrada sinuosa mas serena, sobretudo desde que o IP3 e a A23 absorveram grande parte do trafego das Beiras. Um breve almoço em Arganil e subimos a Serra da Estrela pelo lado de Seia. Direcção: Aldeia do Sabugueiro. Objectivo: Encomendar umas luvas no artesão do costume (veio de lá o blusão de cabedal preferido). Às vezes sabe bem sermos reconhecidos longe de casa, outras vezes nem por isso...
Ao descer a Serra, já por outro lado, antecipava-se a passagem da Volta a Portugal em Bicicleta cuja etapa do dia iria acabar em Gouveia. Muita emoção mas pouco público, muitos média mas Marketing demais. Desviámos a atenção para a paisagem da Serra da Estrela, sempre linda e atractiva. Já perto de Gouveia, um simpático GNR com um axentuado xotaque da xerra informou-nos que a estrada estaria cortada dada a passagem do pelotão da Volta, tínhamos que fazer um desvio por “Aldeias”, “Moimenta” e “Nespereira”. Ora já por ali tínhamos andado antes, pelo que até resolvemos parar um instante, refrescar a tarde com uma “mini” e gozar o momento, incógnito... Mas não, a Moto é bandeirosa demais e Ele há coincidências do caraças, se fosse de propósito não lhe acertava... Olha, azarito, Agosto é Agosto, e até podia ter sido pior, ter tido um furo num pneu ou algo assim. Bebemos a “mini” com a distinta noção de que preferimos óculos-escuros “Persol”, afinal de contas, já provámos que por muito que se tire a pessoa das Berças, as Berças nunca saem da pessoa. É tudo uma questão de aldeia e este Portugal é uma aldeia, é o Portugal dos pequeninos. Seguimos viagem que a etapa da Volta a Portugal em Bicicleta (que nos desviou do caminho) já acabou. Nesse dia Cândido Barbosa vestiu de amarelo e o resto passou-nos tudo ao lado, literalmente!
Mais adiante, em Arcozelo da Serra, visitámos a propriedade de um familiar, a casa está limpa, a vinha verde e carregada, a batata já está arrancada e arrecadada e o muro caiado de fresco por ser altura das festas. Não nos demorámos muito, e como o Sol já começava a descer, fizemos uma tirada sem parar até Vila Real, a tempo de jantar em Alijó, beber um Moscatel em Favaios e jogar uma suecada noutra Aldeia, noutra Serra, noutro lugar... ...é tudo uma questão de Aldeia.
Este foi o primeiro dia. No total percorremos mais de dois mil quilómetros em doze dias tranquilos, de Norte a Sul fomos para fora em Portugal, sobrou-nos a memória de mil lugares onde passámos e um vergonhoso bronzeado à padeiro, mas o relato dos outros dias fica para outra oportunidade, com mais ou menos “teor”, depende de quem lê. O resto da viagem foi tempo de férias... ou não?
O telemóvel esteve sempre ligado e fartou-se de tocar, consultámos o email diariamente, enviamos um fax, fizemos contactos com alguns produtores e até uma venda: vinho do Douro e vinho a granel... Férias são férias!
De regresso a Azambuja constatámos que as férias também passaram por aqui, e enquanto regressamos à nossa indisciplinada rotina lembramos com emoção a Volta a Portugal do tal Deficiente-Motor com quem nos cruzámos em Pombal, que em 21 dias percorreu oitocentos quilómetros em cadeira de rodas. Constatámos então, com agrado, que os lancis dos passeios, enfim, de alguns dos novos passeios em Azambuja, estão rebaixados nas passadeiras de peões para facilitar o acesso dos Deficientes-Motores e dos Obesos. Deixamos assim uma nota de apreço ao Presidente da CMAz que, directa ou indirectamente, teve em atenção esse “pequenino” pormenor.

O autor desta Crónica deseja expressar sentidas condolências aos Bombeiros Voluntários de Azambuja e aos familiares do Bombeiro Pedro Salema, recentemente falecido. FGA

ConGestão 6

Empresa na hora: AZAMBUJA S.A.

Esta insistente tendência das Edilidades para tentar contornar as regras de Estado e de Governo e continuar a engendrar novos esquemas para enterrar ainda mais as Autarquias em dividas, é uma tendência que já começa a tornar-se maçadora. Não é por ser apenas mais do mesmo, disso não restam dúvidas. A verdade é que já começa a ser feito tão às claras, de forma tão descarada e óbvia, que do ponto de vista jornalístico começa mesmo a perder algum interesse acompanhar tais histórias. O Jornalista já nem precisa de investigar, de perguntar, ou mesmo de entrevistar... Basta-lhe passear pelo Paço do Concelho, tomar uma bica na Xafarica da esquina ou simplesmente manter o telemóvel ligado fora de horas, que as “notícias” vêm literalmente ao seu encontro!
Falamos de uma notícia que, mesmo sendo notícia, já não é novidade nenhuma. Falamos do endividamento das autarquias, especificamente as artimanhas, cada vez mais ardilosas, que os eleitos encontram para poderem continuar a descartar-se da responsabilidade que sobre eles recai relativamente à Gestão dos activos das Câmaras Municipais e particularmente do aumento dos passivos das mesmas. Já aqui falamos antes de privatizações e de Holdings... (ConGestão de Janeiro de 2007). Não nos enganamos muito.
Aparentemente, a última moda para agilizar a Gestão corrente de alguns centros de custo dos Municípios, poderá passar pela criação de novas empresas, do género “municipalizado”, ou seja, com comparticipação das Câmaras, mas com a novidade de adoptarem a forma Jurídica de “Sociedade Anónima” (S.A.) e onde apenas 51% das acções serão pertença da Edilidade, ficando os restantes 49% entregues a capitais privados.
Não vamos aqui discutir a razão da criação de empresas municipalizadas já que isso é óbvio demais e prende-se na dicotomia entre saber fazer boa Política e saber fazer boa Gestão.
Todavia, a ser facto, não podemos deixar de assinalar que, de um ponto de vista de Gestão, a mistura de capitais públicos e capitais privados num Órgão de génese pública como é uma Câmara Municipal, e ainda por cima sob a forma jurídica de “Sociedade Anónima”, por muitos buracos que se pretenda venha a tapar, não favorece em nada a transparência que um Organismo Público deve exalar. É que, como o nome indica, tratar-se-á uma Sociedade Anónima, o que quer dizer que o nome dos sócios será... anónimo! Desta forma, qualquer pessoa, repita-se, qualquer pessoa, poderá ser detentor de parte ou mesmo do total tanto dos 49% a privatizar, como - potencialmente mais grave - dos tais 51% de acções de uma S.A. dita municipalizada.
O potencial conflito de interesses que daqui pode resultar, e todas as possíveis implicações a que a escolha da forma jurídica S.A. deixará a porta aberta é... Enfim, para bom entendedor... É uma questão que se pode dizer que é simples demais, aliás, é uma questão Simplex, mas a nível local.
Assim, tendo em conta que o último “Concilio” da Associação de Municípios de Portugal (AMP), que tal como uma reunião do G8, decorreu isolada e à porta (quase) fechada, algures num arquipélago do Atlântico, e de onde pouco ou nada transpirou para a Comunicação Social, é pertinente questionar se estas acções dos executivos locais são todas concertadas a nível nacional ou se são apenas casos isolados...?
É que recentemente também, o País inteiro assistiu ao diz-que-disse e às alusões feitas por Saldanha Sanches, onde este alude a alguma tendência instalada para corrupção ou outras formas de compadrio existente entre alguns Executivos Camarários e o Poderes Judiciais, a nível local. Aparentemente casado com distinta Procuradora da República e Meritíssima Juiz, é provável que Saldanha Sanches lá deva saber qual é a sua fonte. Afinal de contas proferiu e repetiu tais insinuações e aparentemente sem medo de ter que as substanciar. Curioso é notar que foram apenas as instâncias do poder Judicial (Local) que se mostraram mais indignadas e exigem prova do que foi sugerido por Saldanha Sanches. Contudo, do lado das Autarquias, mesmo após reunião da AMP, imperou uma invulgar inércia silenciosa, do género mais vale deixar assentar a poeira ou não vá a gente agora revelar esqueletos nos armários.
Aguardam-se os desfechos destes dossiers

NOTA: Não sendo Jornalista de profissão e muito menos de formação, o signatário desta crónica, tendo em si uma clara e manifesta consciência política, não deixa de se apresentar neste formato que assina, como sendo imparcial e sobretudo apartidário. Se assim não fosse, em vez de escrever na imprensa, simplesmente escreveria num Blog onde falaria do sexo do anjos a seu bel-prazer, como tantos que por ai andam. Ora esta postura de isenção, azeda que seja para uns, é seguramente uma doçura para outros. Mas é sobretudo um imperativo de quem a escreve. É uma postura que reflecte no papel a postura e o comportamento exercidos na vida real. Esta crónica é dedicada à abordagem de assuntos e fait-divers correntes, mas analisados por um ângulo particular, que é esclarecido e prático, mas que se fundamenta nos pontos de vista teóricos de base que ilustram o bê-á-bá da Gestão (que é para toda a gente perceber!). Assim e nestes moldes, enquanto existir, esta crónica continuará a ser isenta e apartidária e não será nunca instrumentalizada seja por quem for! Mais ainda, esta deontologia de principio enquadra-se perfeitamente com os estatutos editoriais do Jornal Fundamental. Temos dito!

quinta-feira, setembro 13, 2007

Estado de espirito

Puta que pariu esta merda!