quarta-feira, novembro 30, 2005

O Sol brilha...

...mesmo em Novembro!
Esta história do aquecimento global é uma maravilha. Já era tempo de o hemisfério norte também ter calorzinho fora de epoca, afinal de contas os tipos lá dos trópicos já tinham a exclusividade do bom tempo há tempo demais. Assim, em Novembro, nem mais, posso deleitar-me com belos passeios de Moto durante o dia, e à noite aprecio as notícias de furacões e tempestades tropicais que o Atlântico oriental expede para a(s) América(s)!

terça-feira, novembro 29, 2005

Ouvido no corredor...

"Pergunta àquele Senhor ali, ele percebe de computadores..."
Ha, Ha, Ha...

Os Crós e os Prontas

Começa a ser recorrente eu fazer um comentário à terça sobre os debates que vejo à segunda-feira no canal 1 da RTP...
Desta feita foi o novo aeroporto a construir na Ota... De um lado da sala os OTÁrios, do outro os OTAntes, e a assistir os comediantes do costume, o público Português. Assim, tivemos um algo castrado ministro Mário Lino, hermeticamente fechado nos argumentos que "os estudos" demonstram para a construcção de um segundo aeroporto em Lisboa e para a escolha do local. Deixou a desejar...
Também falou um Engenheiro qualquer, perito em transportes, que elencou inúmeros riscos inerentes ao projecto de que mais ninguém se tinha ainda apercebido e que seguramente fez levantar algumas sobrancelhas (as minhas pelo menos levantaram de espanto). Foi muito gratificante ouvir falar o Administrador da TAP, Eng. Fernando Pinto, a linguagem corrente (e o sotaque de além mar) são instrumentos de ouro para explicar o bê-á-bá a proeminentes que parecem burros a olhar para palácios.
Nota algo negativa nas intervenções de Carmona Rodrigues pois pelo meio dos argumentos que apresentou (muitos deles válidos) para defender a sua posição não perdeu nenhuma oportunidade para espetar farpas no actual governo, o que não tinha cabimento no âmbito do debate. Por fim Ludgero Marques, mais uma vez a espelhar Portugal no seu melhor, teve uma oportunidade de defender na TV os alegados interesses de "tantos" cidadãos mas isso não foi mais do que dar pérolas a porcos, pois não deu uma para a caixa, a ponto da Fátinha o ter pura e simplesmente "esquecido" do debate.
Que venha então o tão aclamado aeroporto, que a gente paga... A gente acaba sempre por pagar tudo. É que entre ter que pagar por não ter um aeroporto novo e pagar por um aeroporto novo. Prefiro pagar, e ver um aeroporto novo na Ota, em Rio frio, ou em Barrancos!

segunda-feira, novembro 28, 2005

Segunfa-Deira

Uma breve espreitadela pela janela do 3º andar foi o suficiente para eu confirmar o que o homem da metereologia tinha dito: Frio, chuva, nevoeiro, etc... É um bom dia para vestir roupa de "Marca"!
Equipei-me de um douche virtual (i.e; mal lavei a ponta do nariz) e vesti as calças de bombazine que comprei na Feira. Vesti a camisa de algodão "Made in Pakistan" e uma malha que não me lembro em que saldos comprei. Escolhi umas meias quentinhas e hesitei entre as botas de cano alto ou as botas de montanha. Vesti o penado beije e ainda peguei nas luvas de lã e no gorrô do Lidl.
Saí à rua e levei com o peditório não-sei-de-quê. A chuva ameaçou mas mesmo assim não entrei no Renault 4, em vêz disso fiz-me à calçada.
O Jornal estava ocupado e o café soube-me a pressa de sair do Centro Comercial para vir ver o mundo virtual.
Um cão passou por mim no passeio e olhou-me de alto a baixo como se me fosse ladrar, mas deve-me ter lido o pensamento, baixou os olhos e seguiu na missão em que parecia ir tão determinado.
Olhei para uma montra de roupa, tudo carissimo, tudo de "marca", e o meu reflexo espelhado no neon fez-me reflectir sobre a minha indumentária, de "marca", ou talvêz não:
Comprei estas calças numa feira em Salamanca, lembro-me de pensar que ficariam bem com a camisa de algodão que tinha comprado em Paris. Nos pés, quentinhos, senti aconchegadas as meias às riscas que comprei algures a caminho de Gibraltar, o quanto ficavam bem com as botas de montanha que comprei na Rua, em Budapeste, ou até com as botas de cano alto que trouxe de Santa Cruz, no Chile. O cabelo arrepiou-se de calor dentro do gorro do Lidl de Portsmouth e não senti o gelo nos dedos dentro das luvas de lã que trouxe da serra da estrela. Não devia ter trazido esta malha dos Saldos em S. Paulo porque estou cheio de calor... mesmo assim aconcheguei o penado ao corpo tal como me tinha explicado o dono da loja de roupa na Nevsky Prospeckt, em St. Petersburg, para mo fazer levar assim sem desconto.
Olhei para a Roupa de "marca" dentro da montra e lembrei-me do cão que tinha acabado de passar por mim:
"Estás a ladrar à àrvore errada, pá!"

sexta-feira, novembro 25, 2005

Dia de São Cabrão


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É hoje, tal como ontem e infelizmente amanhã. Porque hoje se assinala mais um dia internacional de algo que os números ainda não conseguem esconder, assinala-se que a natureza humana é implacavelmente perversa e que o Homem é um animal muito mais irracional do que se possa julgar.
Hoje é O Dia Internacional para a eliminação da violência contra a Mulher.
Hoje, só no nosso socialmente desenvolvido País, as autoridades vão receber 8 a 10 queixas-crime de maus-tratos e violência contra as mulheres. Estes números diários escondem mais de 1000 casos, diários também, que ficam escondidos no escuro do medo e do terror da violência doméstica.
Mas não é só aqui em Chauvinistugal. Em muitos outros países ditos desenvolvidos o flagelo da Violência contra as mulheres atinge números insuportáveis.
Por isso repito que há datas que deviam ser todos os dias, e lembro-me da minha colega Alba ...
Hoje é o dia em que se luta contra a razão de existirem números de telefone como aquele a vermelho ali ao lado...

quinta-feira, novembro 24, 2005

Ex-cop, ex-killer, ex-Blade Runner...

Não há dúvidas de que a questão se Deckard é ou não um Replicant, suscita mais debates na Internet do que a existência de Deus!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Provérbio Russo

Quando te estás a afogar...
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...só tu te podes ajudar!

terça-feira, novembro 22, 2005

Big is beautiful

Mas nada como pequenos posts vazios de conteudo enquanto palavras maiores se vão perdendo sem falar.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Ora seca, ora inunda, ora bolas!

É engraçado ver as notícias no Verão e os agricultores que se queixam da seca, e depois ver a notícias no Inverno e os (mesmos?) agricultores que se queixam das inundações.
Deve ser mais uma daquelas que é culpa do governo...!

sexta-feira, novembro 18, 2005

Procura-se

quinta-feira, novembro 17, 2005

S. João do Estoril

É sempre uma aventura vir aqui.
O Tejo desfila a meu lado, na Marginal, e transforma-se em Mar, tal como os sonhos se transformam, devagar, em acordar.
...e mais não digo!

quarta-feira, novembro 16, 2005

Assim por assim

Esta vida já me ensinou muitas coisas, algumas dessas coisas, para as aprender tive que senti-las na pele... e a cada uma que senti, mesmo que tenha sofrido, fiquei
imunisado para não voltar a sofrer quando volta a acontecer (pelo menos para não ser apanhado desprevenido).
É o que se chama ter "um saber de experiência feito".
Hoje a minha experiência diz-me, para não desesperar, para avançar cautelosamente e canalizar os meus esforços para corrigir o que estiver desafinado.

Hoje sinto-me assim...



Assassing

I am the assassin, with tongue forged from eloquence
I am the assassin, providing your nemesis
On the sacrificial altar to success, my friend
Unleash a stranger from a kiss, my friend
No incantations of remorse, my friend
Unsheathe the blade within the voice, my friend

Who decorates the scarf with the fugi knot
Who camouflaged emotion in a thousand yard stare
Who gouged the notches from the family tree
Who hypnotised the guilt in career rhythm trance

Assassing, assassing, assassing, assassing

Listen as the syllables of slaughter cat with calm precision
Patterned frosty phrases rape your ears and sow the ice incision
Apocalyptic alphabet casting spell the creed of tempered diction
Adjectives of annihilation bury the point beyond redemption
Venomous verbs of ruthless candour plagiarise assassins fervour
A friend in need is a friend that bleeds
Let bitter silence infect the wound

You were a sentimental mercenary in a free fire zone
Parading a Hollywood conscience
You were a fashionable objector with a uniform fetish
Pavlovian slaver at the cash till ring of success
A non com observer - I assassin the collector - defector

So you resigned yourself to failure, my friend
And I emerged the chilling stranger, my friend
To eradicate the problem, my friend
Unsheathe the blade within the voice

I am the assassin
I am the assassin

And what do you call assassins who accuse assassins anyway, my friend?

Marillion

terça-feira, novembro 15, 2005

Oc Crós e os Prontras

Uma verdadeira prova de mau jornalismo e de péssima televisão foi o que se viu ontem no programa "Pros e Contras" na RTP1.
É lamentavel que a uma questão puramente social (ver socio-politica) como sejam os disturbios nas cités Francesas, se lhe atribuam gratuitamente responsabilidades à origem religiosa dessas populações, chegando a chamar-lhes "Intifada Europeia". Pior, o establecimento de paralelos entre a realidade em França e a realidade equivalente em Portugal.
O mata todos ficou espelhado nos aplausos de uma plateia (infelizmente representativa da mediocridade da mentalidade Portuguesa) que vê uma solução no expatriamento compulsivo de emigrantes.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Segunfa-Deira

O Sol desta manhã não levou o frio embora, simplesmente o escondeu. Calha bem porque posso vestir o meu blusão novo e usar óculos escuros ao mesmo tempo!
Dum café beberricado devagar vem-me parar às mãos um jornal que leio de borla, as notícias repetem-se e o vício fica saciado, estou informado.
Li de esguelha o meu horóscopo, dizia montes de trapalhadas, bate tudo certo...

terça-feira, novembro 08, 2005

O Malamute, a Pipa-Bidoca e Eu

Às vezes esqueço-me que tenho um cão muita louco. Alguém o maltratou e o abandonou para morrer, e eu recuperei-o, tratei-o e levei-o para casa da minha Mãe em trás-os-Montes. Tornou-se num cão bonito, vigoroso e excelente guarda!
Outras vezes lembro-me que também tenho uma cadelinha linda (Sobre a qual já escrevi este post) que também salvei da rua e adoptei, mas que agora roi as coisas da casa, suja tudo e não obedece a nada!
Naturalmente que eu e a minha melhor metade fizemos um pacto solene de não a abandonar, mas a verdade é que a nossa qualidade de vida está a ficar ameaçadoramente ameaçada...
"Ò Wakel, arranja-me um dono para a minha cadela que eu já não aguento mais!"

sexta-feira, novembro 04, 2005

Dom Cavaquismo, num milénio de nevoeiro

Image hosted by Photobucket.comImage hosted by Photobucket.comEsta nação vive de lendas, umas mortas, outras não, mas não passam de lendas. Diz Saramago que Cavaco Silva é um "génio de banalidades", e eu subscrevo pois resume os meus sentimentos relativos a esse cadáver político renascido da amnésia colectiva que assola este país. Não admira que Saramago seja prémio Nobel da literatura e eu não. Porque valores altos como a nossa nação se elevam, insisto em ouvir o que tem a dizer Cavaco para justificar a sua candidatura à Presidência da nossa Republica (Já que o discurso de Mário Soares é conhecido de trás para a frente há mais de 20 anos). Ouço Cavaco falar em economia e relembro os meus tempos de faculdade, ouço-o falar de uma presidência intervencionista e pergunto-me se esta nação passou de Democracia Parlamentar para Regime Presidencialista e eu não me dei conta... O mais grave disto tudo (para além de me fazer quebrar o voto de não falar de politica no blog das Interferências) é ver a esquerda sistematicamente dispersa entre o agastado Gerónimo de Sousa, o sempre presente que-vai-a-todas Francisco Louçã (para não falar das tristezas politicas do Manuel Alegre). Em alturas como esta preferia que a limitação de mandatos presidênciais fosse 3 em vez de 2, pois deixavam era lá estar o nosso Sampaio como um Capitão ao leme da nau, deixavam o Socrates, qual mestre do chicote, a orientar os ministros que a nau avançava (a passo de remos), mas lá iria avançando.
Nação de amnésicos.

quarta-feira, novembro 02, 2005

...e ficou por assinalar!

...que no passado dia 9 de Setembro, passou despercebido o primeiro aniversário do fantástico (e modesto) Blog: "Interferência Sensitiva".
Muitos dias e muitas noites depois, após Posts e Comentários e erros ortograficos recorrentes, a vida, por vezes, ainda me empurra para uma conduta 100% racional, e heis que ainda aparece aquele antídoto mágico (que só eu aparentemente sei o que é), que me faz lembrar a força das sensações: Esse antidoto mágico é a "Interferência Sensitiva"... -Contaminem-se!

O meu Google e Eu

Ao fim de algum tempo de monitorização, constato que ao fazer uma busca no Google com a palavra "interferência" (com ou sem acento) aqui o meu Blog aparece desormais em primeiro lugar.