quarta-feira, junho 29, 2005

Adeus Papá...

Hoje podia escrever sobre ontem
Escrever até já ser amanhã.
Podia escrever para sempre…
Sobre os vivos
Sobre os mortos
Sobre mim
Sobre o mundo.
Sobre a puta da vida
E sobre a Morte
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Ontem vi o meu Pai.
Olhei-o nos olhos que já não me vêem
Toquei-lhe com a voz que não me ouve
Senti a ausência perto de mim
Fiz-lhe a última vontade
Ontem desenterrei a saudade
E enterrei o meu Pai outra vez.

Em memória de
Amadeu Eduardo Guedes de Amorim (1927 - 1991)
Escrito no dia seguinte à transladação das suas ossadas da campa para a vala comum, conforme era sua vontade.

terça-feira, junho 28, 2005

Hoje sinto-me assim


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segunda-feira, junho 27, 2005

Réles

É a palavra que melhor descreve o programa "Fiel ou infiel" a que ontem assisti pela primeira vez...
Confesso que já tinha ouvido falar de tão badalado programa, e quando ontem, já deitado, passei pelo botão #4 do telecomando, decidi ver o dito programa para desenvolver uma opinião própria. Vi 10 minutos...
Como é possivel que uma nação inteira se tenha degradado tanto a ponto de se tornar não mais do que gentalha por assistir a uma nitida fabricação artificial para alimentar algo de inclassificavel que aparentemente se apoderou da mente dos Portugueses?
Como é possivel conseguir ouvir aquela Ave Rara brasileira a praguejar continuamente sobre a miséria de espirito alheia?
Como é possivel rir?
Quanto desesperada deve estar uma pessoa para aceitar participar num programa tão réles?
Há dias em que tenho vergonha de ser Humano...
Há outros dias em que a vergonha que sinto é de ser Português.

sexta-feira, junho 24, 2005

Interferência

Em tempos passados, o "fatalismo humano" irritou-me bastante, mais do que me irrita hoje em dia... mas ainda o combato, mesmo que me disfarce de indiferença.
Combato-o ferozmente, tanto em mim como quando se manifesta nos que me rodeiam. Combato o fatalismo nas várias vertentes que ele se revela.
Esta minha mania poderá até ser uma forma de viver em negação, porque afinal de contas o fatalismo é um estado de espirito que é naturalmente humano, limitadamente humano, deriva da tomada de consciência que os humanos têm da inevitabilidade da Morte...
...e se eu sou humano então também tenho uma natural propenção ao fatalismo.
Mas teimosamente combato-o, desafio-o, desacredito no destino e na sorte e no transcendental, disseco-os para os compreender, para os vencer, para vencer o fatalismo do medo do desconhecido.
Insistentemente abro a Caixa de Pandora... espreito, deambulo por ela, divirto-me, alegoricamente imune aos seus perigos, ao fatalismo em si.
A cada batalha que ganho fico mais forte, mas sei que por muitas batalhas que ganhe, possivelmente um dia vou acabar por perder a guerra.
Mas para já, o meu fatalismo não é abrir a Caixa de Pandora, isso é fácil, o meu fatalismo é acreditar que sou capaz de fecha-la outra vez.
O meu fatalismo é ser Optimista!

Estado de espirito

Nunca subestimar um Homem que não tem nada a perder!

quinta-feira, junho 23, 2005

Mais justo?

Texto recebido por e.mail

Parece que o PM terá dito que desta vez os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa.
-Mais Justa!!???
São agora 23 horas cheguei agora a casa e trabalhei hoje doze horas. O meu filho já está a dormir, não o vejo há 2 dias.
Este ano já paguei em impostos e multas dezenas de milhares de euros, aliás, todos os meses pago um balúrdio de TSU, tenho custos financeiros indescritíveis por causa da forma como é cobrado o IVA, pago o PEC sobre um rendimento que pode não acontecer, e este filho da puta vem-me dizer que os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa???
Tenho semanas durante o ano em que chego a trabalhar quase 20h por dia, este fim de semana não sabia sequer que dia era, no dia da greve de uma chusma de paneleiros andei na estrada a pagar portagens e a trabalhar para poder pagar impostos...
Eu comecei a vida numa puta duma garagem, sozinho e hoje dou trabalho a uma carrada de gente a quem pago o IRS, a Segurança Social, Seguros de Trabalho e todas as taxas que o estado me exige, não negoceio salários brutos, por isso que vão para o caralho com as contribuições dos trabalhadores, pago salários decentes e recuso-me a pagar o salário mínimo a seja quem for, investi e perdi, arranjei-me, voltei a investir e falhei de novo, recuperei e investi de novo e consegui.
E estes paneleiros de merda vêm agora dizer-me que os sacrifícios são distribuídos de forma justa???
‘Puta que os pariu!!!
Sabem sequer o que é não dormir, desesperar, cair e levantar sem pedir um tostão que seja ao filho da puta do Estado? Nem subsídio de desemprego nem o caralho?! E tenho que ouvir todos os dias as queixinhas dos polícias, dos funcionários, dos professores com horário zero (!), dos médicos incompetentes com salários milionários, dos "funcionários" dos correios, dos analectos e afins, que fujo ao fisco, que exploro os trabalhadores, que tenho que pagar mais impostos, que sou um parasita????
Eu já paguei todos os impostos de facturas que até agora ainda não consegui cobrar (IVA e IRC), paguei IRC sobre stocks que não sei se algum dia conseguirei vender e os sacrifícios são distribuídos de forma justa??!!

Os 2000 funcionários da CM de Albufeira trabalham das 9h às 15h com intervalo para almoço e de caminho a mesma CM entrega e paga serviços a empresas privadas; decidiram mudar a escada da parte velha, fecharam-na, derrubaram a antiga e colocaram a estrutura em metal, após quinze dias retiraram a mesma estrutura e colocaram-na em madeira!
E ainda queriam fazer um elevador até à praia!!!
E eu pago.
Num qualquer Instituto mais de 50 chulos tratam de apenas 9(!) putos.
E eu pago.
Substituem administradores pagando indemnizações, contratam o Fernando Gomes e o Nuno Cardoso (!!!!).
E eu pago.
Inventam Institutos e Fundações inúteis.
E eu pago.
Inventam as SCUTS.
E eu pago.
O PEC.
E eu pago.
A CM de Paredes de Coura faz Parques de Estacionamento sem trânsito.
E eu pago.
O analecto Sá Fernandes rebenta com o orçamento da CM de Lisboa.
E eu pago.
O Presidente apela ao patriotismo.
E eu pago.
Sr Presidente, com todo o respeito que me merece.... Vá-se foder com essa conversa!
Sacrifícios???!!
De quem, caralho?!
Prestam-me um serviço de merda na saúde, a educação é tão miserável que sou obrigado a pôr o meu puto num colégio privado, nem me atrevo a cobrar dividas em Tribunal devido à miséria que é a Justiça.
E pago, claro!
Preciso de uma puta de uma cirurgia e tenho dezasseis mil pessoas em lista de espera, pelo que se não tivesse um seguro de saúde estaria como milhares de desgraçados que se calhar já morreram.
E eu e eles pagamos.
Os sacrifícios são distribuídos de forma justa???
Como, caralho??!!!
E aquela esfinge paneleira de óculos que preside ao Banco de Portugal está à espera de colectar mais 0,03% do PIB com o aumento do IVA?
Pois eu tenho uma pequenina novidade para o reconhecido génio: Talhos, advogados, lares, lojas de móveis e outros pequenos negócios que conheço já têm a contabilidade em Espanha e pagam lá os impostos, e eu, assim que seja possível, no ano da graça de 2006 pagarei todo o IVA, IRC e contribuições em Vigo!
A chulice destes filhos da puta que vá cobrar ao caralho! E quero que se foda a solidariedade e a conversa de merda porque não me sai do corpo para o dar a chulos.
Por alma de quem?
Mais justo??!!
Puta que os pariu!

Ronin

Aqui há tempos fiz sorrir quando anunciei que ia abrir a braguilha para ver o que mordia. Poderá ter parecido lúdico, no limite terá sido arrojado. Mas a verdade é que essa analogia escondia uma manobra eminente.
Abri a braguilha para ver o que mordia e vi mais do que queria...
...e ao ver o que não queria, tornei-me no que hoje sou:
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Um Samurai sem mestre, um "Ronin", um Mercenário.
-Venham eles!

quarta-feira, junho 22, 2005

O estado do Estado

A respeito do nosso Estado (não confundir com o nosso Governo) apetece-me citar um blog que não leio muitas vezes, o Blog do Burrinho, mas que a maioria das vezes que visito até gosto do que lá leio:
"Isto não é um Estado para levar a sério, é um Estado que está em tal estado que já tem o estatuto de anedota, o ponto dos seus responsáveis já nem terem a noção do ridículo."
Neste link poderá ser consultado o artigo integralmente.

Dito em 1000 palavras


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terça-feira, junho 21, 2005

Eu cinemo, Tu cinemas, Ele cinema, Nós cinemamos, Vós cinemais, Eles cinemam

Já se deve ter percebido que eu gosto de música.
Já se deve ter percebido que eu gosto de cinema tanto ou mais do que gosto de música.
Já se deve ter percebido também que eu não percebo puto de HTML e que o que lá vou conseguindo fazer neste blog é por puro improviso e por intuição...
Ora bem, se aqui há tempos eu tinha conseguido pôr ali na coluna lateral (que agora está do lado esquerdo, hehehe) um esquemático para pesquisar letras de músicas, agora está lá também uma cena igual a esta:

Isto não é mais do que um botão/link para um site FANTÁSTICO sobre cinema, dá para procurar TUDO sobre qualquer filme, vale bem a pena perder uns instantes a viajar (literalmente) de filme em filme, de actor em Actriz, de Produtor em realizador...
Mas a cena mais fixe é que... Tchan, Tchan, Tchan...
Fui eu que fiz o botão, não está fixe? Funciona e tudo!
Até me apetece cantar aquela chalaça de quando andava na escola primária e fazia um brilharete qualquer:
"Aquela Máquina, o cú da Fátima!"

Sobrevivência

É algo em que eu sou bom!

Debut revisitado


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Poderia parecer outra pessoa, mesmo sentir outra pessoa... Mas ainda sou eu, sinto como sinto, genuino. Não me adulterei
Aqui há tempos pedi por tudo que o vento mudasse, que deitasse abaixo estas paredes e me libertasse, quase desesperei.
O vento não chegou a mudar, simplesmente parou.
...e com ele parou a angustia e a amargura
Agora basta-me respirar e fazer o vento soprar de novo, para onde eu quizer!
Lembro-me de um momento solene em que escrevi sobre o começo, sobre o príncipio, chamei-lhe "Début". Hoje o momento nem metade tem de solene, mas quero revisitar o começo.

DEBUT (1993)

O princípio em mim
É inspirar
Não ser
Expirar
E só parecer
O princípio de mim
É respirar
Ficar de ir
E em princípio
Não voltar
Viver assim
Sem chegar a partir
Porque o princípio
É o fim
.

segunda-feira, junho 20, 2005

Sinais de mudança

sexta-feira, junho 17, 2005

34 Verões

Foi uma determinada passagem de uma música da banda que tenho citado recorrentemente neste blog (marillion), que me inspirou para escrever este poema (publicado no meu blog de poesia, LoCuS HoRrEnDuS, aqui ao lado)
A letra integral de que falo está transcrita abaixo (é longa, como são a maioria das letras dos Marillion, mas é fantástica) e a passagem em questão está a bold.
Bom fim de semana.

THIS STRANGE ENGINE

There was a boy who came into this world at the hands of a holy woman in a
holy place
He wore a red coat and walked a bulldog-saw them reflected in the mirror of
the lakes
Lived in the shadow of the mountains with the smells of disinfectant,
dusty old leather and the polished wood of his bed
No more than a baby feeding swans on the river holding the hands of his
mother,
and the wax paperbag of yesterdays bread

And his father on the other side of the world
On the ships railings and some far away tide
With the silent dry tear of home thoughts from abroad in his far away eyes
In his faraway eyes

The smell of the wax on the wooden floor
Mixture of polish and soap
No children to fear or to play with
Rows of empty hooks for the coats
An upright piano and the boys in the choir
Still remind him of just before he was born
Remind him of just before he was breathing
Strange misty visions of God

Turn the cities into families
Into villages of souls
Hovering in the air while they're sleeping
With their houses invisible
Running as fast as I could run
Send to me the ghosts of Christmas
Whispering: "You're the only one"

And ever since I was a boy
I never felt that I belonged
Like everything they did to me
Was an experiment to see
How I would cope with the illusion
In which direction would I jump
Would I do it all the same
As the actors in the game
Or would I spit it back at them
And not get caught up in their rules
And live according to my own
And not be used
To find the fundamental truths
It was going to take some time
Thirty five summers down the line
The wisdom of each passing year
Seems to serve only to confuse


Daddy came out the navy and took us away to his dirty gray home town
And he worked down on a coal mine for National Service so that he could be
around
There was a magical purple in the chrome of the exhaust of his triumph motor
bike
And a warmth of oil and metal and the thrill of the hard corner holding tight
From the horizon..
To buried alive
Took his dream underground
Buried his treasure in his faraway eyes.

And one day as the boy lay sleeping in the sunshine of a half remembered
afternoon
A cloud of bees with no particular aim, and no brain
Found the boy, decided that his time had come
Came down out of the sky.
Stung him in the face. Again and again. Blue pain.
Screaming like baptism
Intraveinous, Jesus!. Like being chosen.
Blue pain from something with no brain. I can't explain
It's happening again.

Oh mummy, daddy, will you sit a while with me
Oh mummy, daddy, will you jog my memory. Tell me
Tall tales of Montego Bay, Table mountain, Flying fish, Banana spiders, Pots
of paint
And the sun on the equator
Setting like an ember thrown to deep water
From crimson to black.
But coming back..
Tomorrow on the horizon

The blue pain
Fades to a point where it doesn't fade
It stayed..
Blue
Stirred his red coat heart to his strange engine
This love

This love
This inconvenient, blind, blood-diamond
This puzzle I don't understand
That knows no faith
And tries and fails
And tries again
Stares at the sea
The night's dark deep
For one last time
And bleeds And bleeds
And dies for you.
And lies
And is to blame.
And is ashamed.
And is not the same.
And is true

Marillion

quinta-feira, junho 16, 2005

Esta é para mim

Quando era puto entretia-me frequentemente com a alegoria de que dentro de mim morava um miúdo que não era eu. Um miúdo mais forte do que eu, que tomava conta de mim e me guiava, que me ajudava a guerrear contra os outros miúdos mesmo quando eram maiores do que eu, era o miúdo que eu gostava de ser, enfim que me permitia "chamá-lo" para me defender sempre que eu precisava de chamar o "irmão mais velho" que nunca tive... Esse miúdo nunca me deixou ficar mal, nunca me faltou, e hoje, adulto, ainda mora dentro de mim, ainda me ajuda a vencer os obstáculos. Esse miúdo sou eu!

MADE AGAIN

I have been here many times before
In a life I used to live
But I never saw these streets so fresh
Washed with morning rain
Like the whole world has been made again

I have seen this face a thousand times
Every morning of my life
But I never saw these eyes so clear
Free of doubt and pain
Like the whole world has been made again

I have been here many times before
In a life I used to live.....

And it's all because you made me see
What is false and what is true
Like the inside and the outside of me
Is being made again by you

Like a bright new morning
Like a bright new day

I woke up from a deep sleep
I woke up from a bad dream
To a bright new morning
To a bright new world......

Like the whole world has been made again

MARILLION
.

quarta-feira, junho 15, 2005

Hoje sinto-me assim.

The Invisible Man

The world's gone mad
And I have lost touch
I shouldn't admit it
But I have.
It slipped away while I was distracted
I haven't changed
I swear I haven't changed
How did this happen?
I didn't feel myself
Evaporating...

My body has gone
But my eyes remain
Hovering. Witnessing.
Cold as a ghost ..watching the streets
Sheltering in doorways of
Venice, Vienna,
Budapest, Krakow, and Amsterdam

I have become the invisible man

The invisible heart beating against you
The invisible pulse silently thumping

I shout my name in the public places
No one seems to notice
No one understands
I stand perfectly still
In the middle of the road
I hold my nerve
I hold my nerve
Hold my nerve
But the cars don't swerve

I will hear your prayers
As you whisper alone
I am the one you felt was close
Close behind you in St.Stephen
You lit a candle
Blessings in the cold night air

I'll feel your breath as you turn to go
I'll watch you leave
From somewhere up high
As you cross the park
In the Autumn light
In the Autumn light
In the Autumn light

If I close my eyes
I can see where you live
Climb the winding stairs
Up to your apartment
The scent of you preparing
His evening meal
I must watch in dread
When he's cruel to you
In horrified silence
As you make love
I cannot lift a hand
Lift a hand to stop him
I don't exist What can I do?
What can I do?

I will scream in your ear
As you're passing by
I will wrap my arms around you
You won't hear, you won't feel me
I will walk stride for stride with you
I will try to help
When you stumble
You will stumble through me.

I have become the invisible man
It’s all I am
Invisible

I have read all your letters
I know what you contain
I have dreamt your dreams
My head..
My head is haunted
I will scream again
“I am perfectly sane”
“I am perfectly sane”
But I am
The invisible man
I am
The invisible man

Talk to me
Acknowledge me
Confide in me
Confess to me ... or
Leave me be
Leave me be.

Marillion

terça-feira, junho 14, 2005

Até sempre, Camarada.

Obrigado pela liberdade


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1913 - 2005

quinta-feira, junho 09, 2005

Voto de confiança

Caro Sr Primeiro Ministro,

Como sabe o voto é secreto. Mas não saberá se calhar que eu me estou nas tintas para esse secretismo da democracia.
Votei em si, afirmo-o.
Ao fazê-lo, tal como milhares de outros eleitores, dei-lhe o voto de confiança maior que o Sr. Primeiro Ministro alguma vez terá na vida.
Passados 3 meses do início do seu mandato, constato que o seu executivo se encontra empenhado nas suas funções, que confére grande parte do seu tempo a encontrar soluções para que os pressupostos do PEC sejam garantidos e que o déficite das contas públicas do Estado reencontre em 2008 (- SÓ ?!) um indice abaixo dos 3%.
Constato ainda o que era previsivel e em certa medida inevitavel, que para re-equilibrar essa conta se tenha visto forçado a aumentar a carga fiscal indirecta (IVA) dos Portugueses.
Este esforço que nos pede agora calha em muito má altura meu amigo, pelo menos para mim.
Votei em si e dei-lhe o meu voto de confiança. Continuarei a fazê-lo pois acredito que se passados apenas 3 meses da sua eleição eu começasse a atacar gratuitamente as suas medidads politicas seria tão hipócrita como os que hoje por aí escrevem sobre si, tanto à Esquerda como à Direita, mas ficarei atento.
Confio em si, farei mais este esforço pelo bem de todos nós, não me desiluda por favor.

Respeitosamente

FGA
.

terça-feira, junho 07, 2005

Pela hora da morte

Descemos a rua desde o prédio do escritório dela até a zona ribeirinha da Expo. Para fugirmos ao Sol escaldante do meio-dia entramos na Gare do Oriente, descemos as escadas rolantes e atravessamos o tunel em direcção ao piso inferior do C.C. Vasco da Gama.
A conversa estava animada, pessoalmente senti uma satizfação enorme em estar na companhia dela naquele momento, valeu a pena vir almoçar a Lisboa.
Já lá dentro, a minha atenção desviou-se do que ela me estava a contar ao aperceber-me que passavamos por vários policias e por outros individuos de bata branca e de luvas de cirurgião. Ao fundo, em frente ao Hipermercado, uma tira azul listrada acente em pequenos pilares isolava um biombo de tecido branco que mal escondia um vulto caido por terra, que um pano branco cobria.
Interrompi-a:
"Espéra ai, está ali alguém morto ao pé das caixas do Hiper..."
"Que impressão..."
"Será que foi algum crime...?"
"Nãh, deve ter sido do choque ao ver a conta das compras!"

(Consegui não dar uma gargalhada)
Passamos e olhamos mas não paramos, curiosamente não havia nenhum ajuntamento de mirónes curiosos como seria de esperar.
Pelas conversas de quem se cruzou connosco percebi que alguem teria tido um ataque de coração. Não comentamos muito o macábro da situação, continuamos a caminhar e fomos almoçar.
Comemos uma sandes vegetarianas bem boas, fomos ao banco, vimos montras e passadas 2 horas fizemos o caminho inverso...
...e aquela cena estava lá ainda toda montada, casualmente, como se fosse um stand de uma promoção qualquer.
Passou-me pela cabeça que o Delegado de Saude responsavel pela zona devia estar a almoçar, doutra forma não percebi porque terão passado pelo menos 3 horas desde que alguém teve morte súbita num local público até o cadáver ser removido para o I.M.L. ou para outro sitio qualquer

quinta-feira, junho 02, 2005

Quero veheeer... Portugal... na C.E.E. (trá, lá, lá)

Sem bem me lembro das aulas de Macro-Economia e de Direito Comunitário na Ecóle Supérieure de Commerce de Bordeaux, devo tentar aqui acalmar o alarmismo extrapolado e alertar o levianismo desdramatizante que tenho lido um pouco em toda a parte sobre o "Não" ao Tratado Constitucional Europeu em França e na Holanda.
Esta nova situação é um entrave ao desenvolvimento do projecto Europeu conforme foi delineado no tratado de Maastricht em 1992.
Por outro lado, ao ser assim "anulado" o tratado de Maastricht, a Europa simplesmente deixou de ser União Europeia (UE) e voltou a ser Comunidade Economica Europeia (CEE).
Fixe, até parece que voltamos atrás no tempo.

quarta-feira, junho 01, 2005

Cof, cof, cof... gasp, gasp... - Arghh!...


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Cof, cof, cof...


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