quinta-feira, março 31, 2005

Hoje acordei bem disposto

É dia 31, o fim do mês de Março. É também o fim de um ciclo…
Normalmente os fins de ciclo passam-me ao lado e dou muito mais importância a inícios de ciclos, assinalo-os em género de Sérgio Godinho sempre que “hoje é o primeiro dia do resto da minha vida”. Aliás não terá passado despercebido que entrei num novo ciclo recentemente. Para quem passava a vida a constatar que não tenho sorte nenhuma até que posso dizer que andava meio enganado com a vida, sou um sortudo!
Contudo este post (que não faz justiça ao post anterior) servirá para celebrar o fim de um ciclo, do qual já falei neste post e sobre o qual manifestei o que quero verdadeiramente numa frase isolada que escrevi aqui.
Hoje é fim do mês, sem me sentir particularmente vitorioso de seja lá o que for, perdurei, mesmo que na corda bamba, perdurei, e continuarei a entrar neste espaço onde trabalho de cabeça erguida e peito inchado e os meus olhos não mais ficarão turvos de ódio ao olhar para uma cadeira que amanhã passará a estar vazia.
Um grande amigo meu, amigo pessoal, comentou neste post que eu não guardo rancor. Falou verdade, não guardo. Talvez por isso, mesmo quando a puta da vida não corre de feição eu consiga sempre acordar bem disposto. Talvez seja essa boa disposição incontrolavelmente constante o antídoto para as lágrimas de Kriptonite de que falei aqui. A coerência das minhas próprias palavras encontro-a num post que aconteça o que acontecer, foi dos que me custou mais a escrever.
O sistema XPTO recuperou de um erro grave, este é o relatório: Hoje encerrei um ciclo mas já comecei uma nova Era.
Obrigado Ana por permitires que partilhe a minha felicidade contigo.

quarta-feira, março 30, 2005

Acrobacias e outras tropelias

Já tentei escrever este post aqui há tempos… Aqui vai a segunda tentativa.

Criei e comecei a escrever neste blog numa altura em que me pareceu ser essa uma boa ideia para escoar alguma carga emocional, intensa e confusa, que me minava e me constrangia nessa mesma altura da minha vida.
Ao longo dos meses desenvolvi aqui uma auto-pseudo-terapia que, por vezes de forma sui géneris, resultou num aliviar dessa tensão emocional acumulada. Era esse o objectivo de fundo e o meu blog continua a ser uma actividade quotidiana.
Inevitavelmente, durante esse processo de recuperação auto-pseudo-terapeutica, houve alguns efeitos colaterais advindos de eu ter que ter adiado a resolução de bastantes situações. Situações que se acumularam e que tenho agora que resolver impreterivelmente e para as quais terei que concentrar grande parte dos meus recursos.
Assim, neste momento tenho várias frentes de batalha abertas, estou a ir a jogo em várias mesas, contemplo vários Oceanos ao mesmo tempo, tenho montanhas de problemas pessoais, familiares e profissionais para resolver, alguns potencialmente determinantes para o meu percurso, outros que se arrastam há algum tempo e outros ainda que se arrastarão, pelo menos a médio prazo.
Sendo quem sou não me consigo esquivar da minha natureza, pelo que também os problemas dos que me rodeiam se tornam meus problemas também.
Sou assim, sempre fui. Não mata mas mói e hoje sinto-me enfraquecer cada vez mais numa altura em que preciso de ser forte e determinado.
É tempo de recalibrar as energias e de me agarrar bem ao trapézio para conseguir executar mais umas quantas acrobacias, pelo menos enquanto não vir que a rede já lá está outra vez estendida em baixo e, caso eu tenha que dar um trambolhão, que não seja em queda livre!
Com isto quero dizer que é possível que a cadência com que escrevo sobre as minhas Interferências Sensitivas venha a diminuir, como uma dieta que se abandona quando se viu que já se perdeu um ilusório quilinho ou dois. Mas quero salvaguardar que este blog não acaba aqui, nem pensar nisso, pois como costumo dizer, só me calarão quando me matarem! Não é esse o caso.
A quem aqui tem passado, lido e escrito comentários, a vossa existência contribuiu substancialmente para me ajudar a ultrapassar um pico de frequência que, quem sabe doutra forma eu não teria ultrapassado com tanta ligeireza.

Bem hajam, obrigado e definitivamente até breve.

Francisco

PS: Não podia deixar de ilustrar o meu estado de alma e desta feita com um excerto de uma música, outra, em que me revejo. “This strange engine” - Marillion, obviamente!

(...)
And ever since I was a boy
I never felt that I belonged
Like everything they did to me
Was an experiment to see
How I would cope with the illusion
In which direction would I jump
Would I do it all the same
As the actors in the game
Or would I spit it back at them
And not get caught up in their rules
And live according to my own
And not be used, not be used
To find the fundamental truths
It was going to take some time
Thirty five summers down the line
The wisdom of each passing year
Seems to serve only to confuse
Seems to serve only to confuse
(...)

terça-feira, março 29, 2005

Edição XPTO

Windows XP
O sistema recuperou de um erro grave.
Enviar relatório à Microsoft ou não enviar?

segunda-feira, março 28, 2005

Offline

Não há palavras que descrevam as interferências que por mim flúem cada vez que aqui estou. Esta Aldeia tem uma mística que transcende todas as expectativas que crio cada vez que cá venho.
Hoje é Sábado, a Páscoa trouxe uma chuvinha que me acordou levemente "como quem chama por mim" e no meu acordar surge uma imagem mais mística ainda que me transporta para o meu ser, para quem sou que só agora começo a descobrir. Porque sou aquilo em que me tornei e nada mais a acrescentar.
Mil imagens que aqui postasse não poderiam nunca descrever o meu acordar, o olhar a paisagem que me inunda os olhos e sentir esta presença que me preenche o coração e completa o meu ser.

quinta-feira, março 24, 2005

Escrevi isto ontem

Roubaram-me a antena do carro, mas como tenho andado a ouvir CDs não tinha dado conta até terem assassinado os tais bófias na Amadora, liguei a TSF mas só apanhei “interferências” e rádios locais… por isso digo, nunca gostei dos Queen, para além das excelentes bandas sonoras dos filmes "Flash Gordon" e "Highlander - Duelo Imortal" só há uma ou outra guitarrada do Brian May que se aproveitam, o resto é musica de telenovela para encher o saco. Tragam-me o David Guilmore (Pink Floyd)!!! Contudo, a propósito da música "Under Pressure" (Dueto do F. Mercury com o fantástico David Bowie) que vinha a passar na Maior FM (Rádio local de Rio Maior) quando eu vinha do almoço, ocorreu-me que, como a minha namorada diz (ah... pois é, passou de "relacionada" a "namorada"), nada acontece por acaso: Conforme eu tinha postado aqui há dias, tenho o trabalho atrasadíssimo, não, mais do que isso, tipo, se não me aprumo vou-me tornar numa estatística.
Ora a pressão acentua-se.
De repente viajei para os meus tempos de estudante, quando por não estudar mais do que na véspera de exames não tinha aparentemente nada a perder a não ser... o meu futuro!
Cá estamos, vem-me à cabeça a música "History Repeating" onde a Shirley Basey dá voz aos "PropelerHeads". A história repete-se e sinto-me sobre pressão, e não é que um pouco disso foi o suficiente para espevitar a palhinha?
Director de quê? De emprego precário!...e o filho da puta do Euromilhões insiste em sair aos outros (Acho que não devia ter bebido aquele 4º whiskey).
Amanhã é sexta-feira (é como se fosse), como costume baldo-me da parte da tarde e se não acontecerem mais precaussos vou seguir o itinerário que estava destinado no fim-de-semana passado.
Assim, caso amanhã eu não tenha tempo de fazer um post aqui fica a minha marca até segunda-feira. De resto só me ocorre dizer que me sinto um perfeito idiota, que tudo me aparece de mão beijada à frente e eu parece que faço de propósito para complicar a minha vida.
Quero escrever sobre as tantas coisas que quero fazer e nada parece fluir, nada mais do que fragmentos de ideias baralhadas e sentimentos tão intensos que por estarem tão desordenados ainda fazem interferência nas minhas ligações neurais. Felizmente já tenho um telefone na minha nova mesa no meu novo gaminete (hehehe). Ext:106 ao serviço do mundo… de pouco me adianta porque por qualquer motivo acordei com asma, e tenho 2 telemóveis que me pediram para desbloquear e não consigo encontrar aquele programa de desbloquear telemóveis que o Zé Alex me tinha enviado. Por isso vou salvar este texto para futura referência e vou buscar um café à contabilidade para ter pretexto para fumar um cigarro… é que tenho uma foto fantástica para postar mas só o quero fazer amanhã.

quarta-feira, março 23, 2005

Os títulos

Detesto aquelas pessoas que acham que o jornal diário disponibilizado por alguns establecimentos de restauração-matinal-apressada são para ler de lés-a-lés.

terça-feira, março 22, 2005

Observações Pendulares

Como alguém disse num blog aqui há dias, há comentários que merecem ser posts... Concordo, já o fiz. Mas também, para mim tudo serve para fazer um post, para fazer uma interferência.
Eu lembro-me de já ter feito Interferências de mensagens de SMS que recebi (ou que enviei), de coisas que vi ou que fiz ou que me lembro de fazer ou que gostava de ter feito. Fiz um lista controversa e um relato de uma viagem. Fiz um post de uma troca de emails de que me envergonho e de poemas que já não sei escrever. Fiz uma troca de histórias com outro bloguista em género de ping-pong e fiz posts só com fotos. Os meus posts surgem de tudo e mais alguma coisa, a inspiração e a interferência confundem-se muito facilmente. Seguramente é isto o que se passa com a maior parte dos bloguistas, uns mais estruturados que outros, uns mais “cromos” outros mais levianos, uns mais sérios outros mais a “curtir”, uns generalistas outros focados num tema, uns melhores, outros piores.
Há quem faça da vida quotidiana o motivo de um post, há quem o faça sobre a vida dos outros. Há estados de alma que resultam em textos lindíssimos que se lêem um pouco por toda a blogoesfera e há também outros textos que não interessam a ninguém (nem mesmo a quem os escreve).
A politica e a sátira são grandes protagonistas de posts, também as notícias e os pseudo-serviços públicos de tudo e mais alguma coisa. A Mãe de todas as palavras - a poesia – inspira tudo e quase todos e o desabafo só alguns…e os sentimentos então nem se fala, ele é o Amor, ele é a Paixão, a saudade e a rejeição. É o sexo e o texto pornográfico, é pró menino e prá menina, há frut’ó chocolate.
Este post que aqui escrevo é sobre posts, ou não? Recebi um email a agradecer um favor que fiz a alguém que não conheço, vou publicá-lo, este é que é o meu post das 13:21:

Caro Invisible.

Queria agradecer-lhe mais uma vez o excelente trabalho que fez com o template do meu blog. Ficou muito melhor do que eu poderia ter imaginado. Como não fez menção alguma ao trabalho que teve permita-me que lhe dedique o meu primeiro texto.

Um abraço cordial

Suburbano

segunda-feira, março 21, 2005

Grande Kámané

Já sabemos como se chama a flor…
A Patita agradece (e venham daí essas alvíssaras).
Entretanto, esqueci-me de uma coisa super interessante: Eu devo ser o único bloguista que tem um Jardineiro Pessoal de serviço permanente, o qual tem blog e empresa certificada e tudo!!!
É o Engº Carlos Guimarães aka Cajolas, Director Geral da GeoPlantas Lda e escriba mor do Blog Falar sobre Jardinagem.
O Cajolas teve a amabilidade de responder ao apelo com este comment no blog da Patita
A pedido de várias Famílias e do Invisible Man, não poderia de deixar prestar um esclarecimento em género de Link para ajudar a esclarecer quem é afinal esta flor...NARCISO. Está em espanhol, mas acho que será elucidativo para a sua identificação...
Já agora, aproveito para partilhar que tenho o prazer de ser Amigo do Cajolas há quase 30 anos e que o gajo… quer dizer, que o Senhor Engenheiro Guimarães, também é fan dos Marillion!

Flor Amarela

Pois é... a primavera chegou mas trouxe a chuva... e também trouxe flores e cores.
Mas como se chama esta flor?

Esta flor amarela, cresceu no meio do nada, na borda de uma estrada daquelas que não vem no mapa, a caminho da Serra da Estrela, entre Coja e Seia. Valeu ter que fazer uma inversão de marcha à beira de uma falésia só para a fotografar.
Quem souber o nome desta flor poderia dar uma ajudinha à Patita SFF?
...Ela promete alvíssaras e tudo!

Segunfa-Deira

Estou com o trabalho tão atrazado que se hoje ainda fosse ontem eu teria montes de coisas para fazer amanhã.

sexta-feira, março 18, 2005

Itinerário

Para quem perde tanto tempo a ler este blog como o tempo que eu perco a escrever nele não será novidade que fui vítima recentemente de uma lufada de ar fresco, uma interferência mágica, a melhor de todas as interferências. Dado adquirido e assimilado, convém lembrar que estas andanças do blog das Interferências Sensitivas tinham começado aqui há uns meses com um comentário num blog onde aterrei, depois um clik num link, e noutro e noutro e no nascimento do meu blog...
Passados uns meses e muitas palavras soltas o Invisible (eu, Francisco, para quem não teve oportunidade de acompanhar a escrita) cá está, "vivo e aos pontapés" (Alive & Kicking, LOL) e com umas ganas de se desforrar do Verão passado tão grandes que se não o (me) agarram vai tudo à frente!
Bom, entretanto, ao longo dos meses desenvolvi algo a que gosto de chamar "amizades virtuais": Uma muito querida aqui, uma elástica , uma pseudo-platónica e muito louca varrida, uma que aparece e desaparece ao sabor de uma certa loucura saudavel e tantas outras (ver links na coluna ao lado).
Aqui há uns dias surgiu a ideia de tomar um café com sabor a coragem... que medo, que ansiedade, que coisa esta a natureza humana que nos faz ter medo do desconhecido... Mas acabou por ser um café super divertido e até provocou reacções.
Assim, no seguimento da interferência de que falei no início, este fim de semana vamos a trás-os-montes, de caminho passamos por Coimbra para tomar um café académico com outra dessas amizades virtuais. Vai ser divertido e inesperado, tenho a certeza.
Bom fim de semana e desejo que se sintam todos tão bem dispostos como eu me sinto hoje.

PS: Aposto que julgaste que me tinha esquecido de ti ó terrorista preferida.

quinta-feira, março 17, 2005

Desperately looking for Karma

Sim, concerteza, não me custa nada, só não ajudo se não puder, não incomoda nada, até gosto, é para já, eu interrompo o que estava a fazer, não era nada importante...

Gosto de ajudar os outros, gosto sobretudo de ajudar quando realmente resolvo um problema que só eu poderia ter resolvido. Gosto de ensinar e de explicar, de partilhar o meu conhecimento. Ajudar desconhecidos então, é algo que me dá um prazer especial.

  • Na semana passada ajudei 3 bloguistas a instalar o Haloscan, ajudei colegas a fazer o trabalho deles, ajudei a minha sobrinha com um exercício de matemática e a minha vizínha a carregar as compras.
  • Esta semana ajudei um turista a encontrar o destino que procurava, ajudei colegas a fazer o trabalho deles e ajudei um bloguista a fazer um template para um blog novo (qualquer semelhança com a realidade é pura interferência) e desde já lhe desejo boa sorte.
  • Para a semana que vem vou ajudar a minha Mãe a pagar as obras da casa dela, e seguramente vou ajudar colegas com o trabalho deles.

Gostava que a expressão "cá se fazem, cá se pagam" tivesse duplo sentido.

Tempo demais...

Hoje tomei algumas decisões que tenho andado a adiar há bastante tempo.

quarta-feira, março 16, 2005

Dito ao telefone

"...fui ali levar uma cliente ao Sheraton..."

Cabeçalho e Nota de Rodapé

TRATAR COMO CONFIDENCIAL

terça-feira, março 15, 2005

Desencontros

Quando estou em Lisboa digo que moro no Estoril.
Quando estou no Estoril digo que nasci em Lisboa.
Quando estou fora de lisboa digo que nasci em lisboa mas cresci no estoril (não digo onde moro).
Quando estou no porto digo que a minha familia é originária de lá.
Quando estou em Trás-os-Montes não preciso de dizer de onde sou.
Quando estou sozinho sei que sou de uma familia do Porto e tenho uma costela transmontana, mas nasci em lisboa e cresci no Estoril, o que faz de mim quem sou.

segunda-feira, março 14, 2005

São quase 17:30h...

...e como diriam os gajos nas Caldas: "Hoje não faço nem mais um C***lho"

Relatos

Levantei-me cedo apesar de ser Sábado. A chuva ameaçava, ameaçou todo o dia, mas não fez medo. Fui a Lisboa e encontrei-me com o destino na estação de Santa Apolónia. Conforme estava combinado de véspera fomos ao Chiado onde tomamos um café muito agradavél .
Depois eu e a pendura fomos até à Azambuja almoçar e daí seguimos até à Rio Maior para nos encontrarmos com os suspeitos do costume. Custou não ter bebido lá nas “Tasquinhas” mas foi super divertido misturar o Serviço com o Cognac. A minha secretária é super divertida.
No Domingo, de um telefonema de um amigo surgiu a ideia de ir à Ericeira. A Virago portou-se bem em Cruising “a dois” e deixou adivinhar uma viagem engraçada a perpretar lá para o Verão. Quando caiu a noite a Serra de Sintra no horizonte iluminou o nosso caminho para Cascais. Moto na Garagem e o InvisibleMobile trouxe-nos de volta para a Azambuja. Adormeci outra vez no sofá… Entretanto, para quem se sentiu excluido do nosso cafezinho no Chiado, saiba-se que no próximo fim de semana (sexta à noite) vamos a trás-os-montes… e Coimbra fica em caminho!

sexta-feira, março 11, 2005

Adeus "mi"

A resignação não é fácil. É ter que admitir que se estava errado, aceitar que se andava enganado, enfrentar que se tem que mudar.
Aqui há uns dias envolvi-me empaticamente (enfim, tentei) com um blogger que aqui tinha aparecido a interferir… Lembro-me que umas semanas antes esse blogger tinha cá vindo fazer comentários desagradáveis sobre mim e sobre outros bloggers que (des)conheço. Mas a minha natureza fala mais alto, eu acredito na natureza humana mais do que na fraqueza de espírito gratuita de quem não sabe fazer melhor, por isso resolvi aceita-lo, resolvi promover o seu blog no meu, escrevi este post numa boa, e até trocamos galhardetes (comentários e links) de cortesia.
Para mim isso foi uma vitória pessoal, o atrito inicial tinha sido suprimido por um compromisso de tolerância voluntário e mútuo.
Nos últimos dias contudo, ao clicar nesse link… zás tráz páz pim pam pum, nada se passa, blog not found.
Não sei o que aconteceu, mas resigno-me ao que tinha dito anteriormente, e esse blog passa a ser o segundo blog que deslinko das interferências.

Miguel (ou "mi", como assinavas os comentários), sejas lá quem fores, juntos, eu e tu, provamos a quem quisesse ver que a força da palavra escrita combinada com a natureza humana podem fazer maravilhas. Lamento que tenhas desistido ou seja lá o que for que fizeste. As tuas “Palavras Mal Entendidas", mal ou bem, até faziam sentido, só tu é que não acreditaste nelas.
Boa sorte.

Halo, how do you scan?

Já está, coloquei o sistema de Haloscan nas interferências, e penso que isso provocará Turbulência

quinta-feira, março 10, 2005

O preço da morte

Taxis, Policias e Farmácias de serviço...
Nunca há um quando é preciso, mas não são só estes., senão vejamos: Hoje passei 2 horas ao volante entre Carcavelos e Cascais, como um parôlo, a procurar uma Agência Funerária... e quem é que diz que eu encontrava uma? Deve ser um sector em crise, ou talvez não vistos os preços que praticam. Encontrei uma toda modernaça nas Fontainhas (Bairro mitrado e pseudo-bem de Cascais)
O meu objectivo é tão simples como fazer transladar as ossadas de um familiar de um Cemitério em S. João do Estoril (Lisboa) para um cemitério em Santa Eugénia (Vila Real).

Ora são 500 quilometros para lá e 500 quilometros para cá, dois efectivos (deve ser pesado), uma viatura, gasoile, "Quer uma corôa?", portagens, despesas com as juntas de freguesia, despesas com os cemitérios, despesas com o Padre... Calculadora, tabela de preços e musiquinha ambiente: 460 Contos...

460 Contos???

Foda-se, vão lá roubar para a estrada! Dêem-me o esqueleto a mim que eu levo lá isso, o meu Pai até nunca teve oportunidade de andar de carro comigo a guiar!
Estou chocadissimo, para a próxima não voto em ninguém!
.

Que bom que é...

Chegar a casa de manhã, querer tomar um duche e descobrir que não há gaz, querer vestir aquele fato e não encontrar o talão do 5 à Sec, querer dormir um bocadinho e ter que ir trabalhar, querer fazer uma festinha à gata e ela ignorar-me com ar de quem manda cá em casa.

quarta-feira, março 09, 2005

Quem sou eu?

Eu hoje sou tu, sou a antitese de ti, sou feliz e não sou, sou o positivo do teu negativo, sou escrita à pressa e tempestade, sou idade, sou saudade, sou amigo e sou amante, sou escaldante, sou meu e sou teu e sou de quem nos agarrar, sou vontade de amar. Eu hoje sou valente, sempre em frente, sou conquistador, sou uma força invisivel, sou indivisivel, o teu prazer, sou lágrima que te escorre e sou tudo e sou ninguém. Hoje sou Francisco, sou de ouro e de marfim, sou a tua consciência, a almofada que te apara a queda, sou quem quero ser, sou valente, sou muito valente, quero ser, quero poder, quero esplodir e levar tudo à frente, hoje sou gente, sou homem, pecador, sou herege e matador, hoje desafio o céu e o inferno, sou terno, sou muito terno, o campeão. Hoje sou o orvalho da manhã, sou a dentada na maçã, sou cavaleiro, sou o teu cheiro, sou hoje e sou amanhã, sou a tua vingança, sou uma lança, sou um grito ao infinito, sou eu, hoje sou tu....

Só mais uma...

Esta é da Sade Adu, a Nigeriana vocalista da banda Sade, uma das mulheres mais bonitas no mundo.
É nestes momentos que não me sinto de todo um Super-heroi, leio palavras alheias e a realidade acerta-me na cabeça como um martelo. Por muito que tente viver o 8 de Março todos os dias do ano sou forçado a aceitar alguns comentários das mulheres que me rodeiam e considerar o Dia Internacional da Mulher como o suprasumo da hipocrisia masculina.
Lá em casa eramos 7 filhos, eu sou o mais novo, tenho 6 irmãs. Para mim a expressão "Atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher" faz muito mais sentido se a mulher estiver ao lado do homem. Se há coisa que eu adoro nas mulheres, no mundo em que vivemos, é constatar que qualquer mulher é muito mais mulher do que eu sou homem.

As 3 letras de músicas que aqui evoquei constatam isso mesmo.

there is a woman in somalia
scraping for pearls on the roadside
there's a force stronger than nature
keeps her will alive
this is how she's dying
she's dying to survive
don't know what she's made of
i would like to be that brave

she cries to the heaven above
there is a stone in my heart
she lives a life she didn't choose
and it hurts like brand-new shoes

hurts like brand-new shoes

there is a woman in somalia
the sun gives her no mercy
the same sky we lay under
burns her to the bone
long as afternoon shadows
it's gonna take her to get home
each grain carefully wrapped up
pearls for her little girl

hallelujah
hallelujah

she cries to the heaven above
there is a stone in my heart
she lives in a world she didn't choose
and it hurts like brand-new shoes
hurts like brand-new shoes

Mais uma para as Mulheres

Desta feita uma letra dos Tears for Fears, as palavras falam por si...

You better love loving you better behave
You better love loving you better behave
Woman in Chains
Woman in Chains

Calls her man the Great White Hope
Says she's fine, she'll always cope
Woman in Chains
Woman in Chains

Well I feel lying and waiting is a poor man's deal
And I feel hopelessly weighed down by your eyes of steel
[your eyes of steel]
It's a world gone crazy
Keeps Woman in Chains

Woman in Chains
Woman in Chains

Trades her soul as skin and bone
[You better love loving you better behave]
Sells the only thing she owns
[You better love loving you better behave]

Woman in Chains
[The Sun and the Moon]
Woman in Chains

Men of Stone Men of Stone

Well I feel deep in your heart there are wounds Time can't heal
[That time can't heal]
And I feel somebody somewhere is trying to breathe
Well you know what I mean
It's a world gone crazy
Keeps Woman in Chains

It's under my skin but out of my hands
I'll tear it apart but I won't understand
I will not accept the Greatness of Man

It's a world gone crazy
Keeps Woman in Chains
[gone crazy keeps Woman in Chains]

So Free Her So Free Her
So Free Her So Free Her
So Free Her So Free Her
[The Sun and the Moon]

So Free Her So Free Her
etc.

3 em 1

1) Nos últimos dias adicionei novos blogs à lista de blogs linkados aqui nas interferências, nomeadamente este, este e este. Todos eles farão parte das visitas diárias, aumentando exponencialmente o tempo que “perco” diariamente a ver blogs e diminuindo substancialmente a minha performance laboral…

2) Talvez não tenha passado despercebida uma caixinha giríssima chamada LYRICS SEARCH, que também está na coluna do lado direito, e que como o nome indica, serve para se pesquisar letras de músicas (Que são uma belíssima fonte de interferências sensitivas) na net. Inspirado por este Blog lembrei-me de uma letra de uma música que se enquadra perfeitamente na temática desse mesmo blog. Convido quem queira a fazer a seguinte pesquisa e considerar o resultado como sendo um post feito por mim.
É só escrever o nome da música em questão: FAMILY BUSINESS, seleccionar a opção TITLE e clicar em SEARCH. Aparece uma caixinha de diálogo com várias opções de letras de músicas chamadas Family Business por vários artistas, a primeira é do Fish, é essa a que me refiro, é só clicar no link que a letra aparece integralmente. (Quem é o Fish?) O Fish é o ex-vocalista dos Marillion (Kayleigh, Lavender, etc…) que desde 1987 seguiu uma carreira a solo e que eu terei o prazer de ir ver a Barcelona em Junho. A letra dessa música em particular fala da temática da Violência Doméstica do ponto de vista de um Vizinho (daí a ligação ao tal blog que linkei.). Enjoy!

3) Ando há 3 dias com a mesma roupa vestida, ainda por cima de jeans e blusão de cabedal em vez de fato e gravata, mas sabe bem assim, com o cheiro da noite que não é devassa, com um cheiro que não é meu mas que me completa, com a barba por fazer e com um sorriso tatuado nos lábios e outro muito mais bonito que o meu tatuado na memória. Tenho um sapato manchado de café e uma nódoa nas calças, o gel do cabelo não esconde a falta de champô mas realça as ondinhas que adivinham caracóis e que suscitam outros sorrisos em quem me vê a entrar no escritório às 10:30h a assobiar um jingle qualquer e a rodar o porta-chaves nos dedos. Este meu novo gabinete não tem janela para o exterior mas aposto que está um Sol radiante lá fora!

terça-feira, março 08, 2005

Foi só uma (Blo)gotinha...

Ontem não dormi em casa, para variar, está a tornar-se um hábito delicioso, e o dia parece correr melhor.
O que eu gosto é de dias assim, preenchidos, gosto de ser surpreendido pelas pequenas coisas insignificantes do quotidiano e fazer delas a minha existência.
Tudo começou com um telefonema ontem a meio da tarde, um nome quase esquecido que se desenhou iluminado no LCD do meu belo telemóvel de serviço… um carregar ansioso na tecla verde e uma voz reconhecida: “Olá Paco, estás bom?” Já foi há tanto tempo que o meu nome (Francisco) substituiu a versão carinhosa (Paco) que até estranhei a voz… “Olá Daniel, que surpresa…” Quem já recebeu telefonemas destes sabe bem como foi a conversa. Resolvemos almoçar juntos, hoje.
Ao fim da manhã disse à Isabel que não sabia se voltaria ao escritório da parte da tarde e fiz-me à CREL, almocei um bife da vazia e bebi 15 anos partilhados à pressa num restaurante perdido em Carnaxide.
Gostei de o ver, gostei muito de o ver, está com bom aspecto, exala sucesso e transporta-me para um “Eu” que há tanto tempo se tornou adulto que até se esquece que um dia foi puto…
Depois voltei para o escritório, ao estacionar o carro e abrir a porta caiu-me o telemóvel ao chão e o visor partiu-se… FODA-SE!!! 400 números de telefone que foram com o caraças!
Entrei para as instalações e fui logo falar com um bacâno, que até é Director Administrativo, para ver se ele me orientava outro telemóvel… Lá trocamos um Dr. para cá e um Dr. para lá, engoli o sapo que o pessoal da Exportação estraga os telemóveis todos (há uma correlação com o índice de resultados produzidos meu amigo) e depois de um cigarro mal tossido e de um telefonema em surdina lá apareceu uma gaja do aprovisionamento com um telemóvel novo para mim, uma coisa foleiríssima, azul, cheio de luzes e tons polifónicos mitrados.
Depois fui buscar um café junto da contabilidade, o politicamente correcto obrigou-me a distribuir beijinhos pelas senhoras todas (o que vale é que eu sou beijoqueiro de qualquer forma), mas ao passar por uma porta daquelas que só passa um de cada vez esbarrei com um tipo que mal conheço e entornei o café para cima dos meus sapatos novos de camurça castanha clara… FODA-SE!!! “Desculpa? Desculpa uma pôrra meu, olha p’a esta merda, está ali escrito “puxe”, não é “empurre”, e agora? …foi só uma gotinha o tanas! -Caraças pá!”.
Mas a tarde já vai a meio, e a garrafa de Monsaraz já não está a fazer efeito, hoje à noite vou jantar com… Correcção, vamos jantar com um amigo meu ao Alvaláxia (Antes fosse o Estoriláxia, ou o Azambuláxia, ou o Malveiráxia), vai ser giro misturá-los, espero eu!
De resto, o título deste post evoca um Blog de que ouvi falar mas que não conheço...

8 de Março

A ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a ti, a todas as Mulheres do mundo, muito particularmente a ti e para sempre a ti, desejo um Dia Internacional da Mulher cheio de ternura e amor.
Para mim, hoje é todos os dias.

segunda-feira, março 07, 2005

Uns e outros e nós

Não sei porque escrevo este post, cheguei agora mesmo a casa, é quase meia-noite e sentei-me logo em frente ao computador... algo não está certo nisto... certamente teria muitas mais coisas para fazer, ainda não vi se a gata precisa de comida, não vi a caixa do correio nem ouvi o voicemail do telefone fixo. Liguei à "relacionada" conforme combinado, comi umas bolachas e liguei o PC. Dei uma voltinha nos links do costume e noutros que adicionei recentemente, fiz dois comentários secos sem vontade de me alongar em grandes comentários, fiquei contente que a Chevry tivesse escrito algo de novo durante o fim de semana mas ainda não li. O Luís reencontrou-se com a sua consciência política, a Encandescente escreveu que se fartou e a PeCoLa descobriu as maravilhas do álcool disfarçado de coisas boas. Ainda quis comentar o poema da NightWitx mas continuo a ter dificuldade em comentar no blog da noite escura. A minha abóbora favorita aproveitou para dormir no Fim-de-Semana - Este :-) é para ti - e a mais delicada das bloguistas foi vítima de uma mensagem subliminar para comprar moveis novos sem saber como.
Parei e demorei algum tempo neste blog, é um dos novos que adicionei mas ainda não tive oportunidade de criar um laço empático com o autor. Aliás lembro-me que até começamos mal, com um “mal-entendido” (daí o nome que dei ao link dele), mas como diria o RanTanPlan, o rancor em mim tem prazo de validade e não dura muito tempo, por isso assim que comecei a ver os comentários do “mi”, visitei o blog dele 2 ou 3 vezes, gostei de ler e entendi adiciona-lo. Passou a ser um dos meus visitados do quotidiano. Mas hoje demorei-me por lá, não consegui perceber muito bem se ele estava a desistir ou a entrar num novo caminho. Contudo o que lá li agradou-me, tanto quanto me perturbou: Aqui está um gajo que escreve bem e sobre coisas interessantes, nada de pesado ou complicado, mas sim posts simples, fáceis de ler e de espirito genuíno. O “mi” assume-se como não percebendo muito dessas coisas de HTML mas prontifica-se imediatamente a partilhar o parco conhecimento que tem com quem precisa. Nesse sentido é “cá dos meus”. Não sei porque escrevo este post, estou cheio de sono e amanhã tenho que ganhar o dia, mas senti que tinha que fazer algo para interceder por ele, pelas palavras que me dirigiu e que lhe quero garantir que, apesar das paixões em que ele está envolvido, são palavras reciprocas, também gosto de o ler, e não será esse o inicio da empatia?
Dirijo-me a ti agora na primeira pessoa: Eu comecei o meu blog sem perceber patavina disto, a minha motivação vinha da necessidade de escoar os acontecimentos da minha atribulada vida real para um canal que não me cuspisse as palavras que tinha necessidade de dizer de volta na cara. Talvez nesse aspecto haja alguma similitude entre nós... talvez não... Sei que gradualmente afeiçoei-me a este conceito de relacionamento em anonimato, à minha maneira. Isto tudo para te dizer que não te vou deslinkar, posso inclusive dizer-te que só uma vez deslinkei um blog, foi este, pela simples razão que me desagradava a arrogância e infantilidade desmedida do seu autor. Não é o teu caso, as tuas “Palavras Mal Entendidas” vão continuar linkadas ali na coluna do lado direito na rubrica “Onda Média”.
Desejo-te uma boa semana.
:)

sexta-feira, março 04, 2005

Pura Mistura

Há quase 10 dias que não vou a casa, desde que cheguei de Gibraltar sinto que tenho andado a viver no InvisibleMobile, passei o tempo entre as duas empresas onde trabalho (Rio Maior e Bucelas), a jantar e a dormir onde a vontade me levou, entre Lisboa e a Azambuja e uma incursão a V.F. de Xira.
Já estou em antecipação do fds, tanto que, assim que postar isto vou-me pisgar daqui para fora. Hoje é a primeira sexta do mês e como já é costume, jantar de Filigrees, e depois noite do Rock no Bauhaus. (Nota mental para não beber demais)
Amanhã vou para o Alentejo com o Vinix (tenho que me lembrar de lhe dizer que fiz um link para a Banda dele aqui nas interferências). Vamos lá ter com o Bikó e quem sabe se não me deixo seduzir pela vontade de dar um salto até à costa alentejana para ir ver o Mar.
Há quase 10 dias que não vou a casa… será que a minha gata ainda se lembra de mim?

Se fosses uma nuvem...


Chovias só para mim.

Bring it on

É bom ser o Super-Herói de alguém...

quinta-feira, março 03, 2005

Super-Invisivel

Gosto disto, de me sentir fodido com o mundo e reagir em contra-medida.
Talvez devesse mudar o meu nome, passar de "Invisible" para "Invincible", é assim que me sinto...
Estas interferências que aqui relato são o meu escape moderno, a alternativa ao desatar a partir a loiça toda, tempos passados. É a forma comedida de evacuar a raiva, em silêncio descomprometido. Será a experiência de vida a manifestar-se? Maturidade, quem sabe...
Como são largas as minhas costas, como são ásperas as minhas mãos, calejada a alma e de aço o coração (fundido, certo, mas não deixa de ser aço).
Se eu fosse um super heroi a minha identidade secreta seria quem sou, um par de calças de ganga coçada, umas botas e um blusão de cabedal, e sempre que o perigo chamasse por mim eu entraria num canto qualquer e "Shazam!", sairia de lá vestido com um fato de latex azul, com um "I" vermelho no peito e uma capa transparente com que me cobriria sempre que quizesse ficar invisivel. Os meus super-poderes seriam a invisibilidade e a indiferença, e a minha Kriptonite seriam as emoções que ao se manifestarem descontroladas me provocariam lágrimas sem fim.
Mas gosto de sentir isto, de me sentir fodido com o mundo e deixar o arruaceiro que há em mim soltar o animal.

"I have become, The Invisible Man"

quarta-feira, março 02, 2005

Ouvido no corredor

"Olha que giro, ele tem a orelha furada"

Se fosses um carro...

Eras um Maserati Quattroporte...




...e eu guiava-te.

Offline

Dantes escrevia muito, a caneta nos dedos como uma baioneta, com a mão trémula e o olhar dislexico, o papel tinha linhas ou não, geralmente A4 mas qualquer bloquinho de bolso servia. Um café, um copo de agua e um cigarro numa esplanada qualquer. A defeito de o dizer escrevia o que me ia na alma, a defeito de o cantar chorava as palavras que escrevia, tingia o papel de azul e sal, e inspirava-me no Mar e pouco me importava de quem estava a olhar.

Agora, carrego no botão, ouço um barulhinho arrastado e um beep e enquanto o PC arranca e não arranca insisto em fazer alguma coisa para não desperdiçar esses segundos entre um ecran escuro e um prompt a chamar pelos meus clics em banda larga. Não muito longe está o zumbido de 56kb que transformavam a minha acessibilidade telefónica em sinal de interrompido. Introduzo uma password, o ecran acende-se e um estalido imperceptível diz-me que estou online

Mas hoje não. A tempestade e a distância mantiveram-me aqui, atirado para a mesa do canto com vergonha de abrir o laptop. Tenho 3 redes sem fios disponíveis, a promiscuidade propaga-se às telecomunicações. Não me ligo. Escrevo com os dedos frios a acariciarem as teclas frias também, o olhar continua dislexico mas tenho um par de óculos novos que enganam qualquer um. Escrevo o que me vai na alma, não canto porque há música ambiente, não choro porque tenho razões para sorrir…
…e enquanto escrevo penso nos cabelos grisalhos que se começam adivinhar nos meus trinta e poucos anos, penso que devo sair ao meu Pai que só conheci com o cabelo branco, penso que prefiro não sair ao meu avô que não conheci, que foi Herói de Guerra mas era careca.
Escrevo de hoje para amanhã, o presente projectado num futuro que quando chegar servirá para falar deste presente que amanhã será passado.
…e enquanto escrevo o tempo presente passa, “corre lento, imenso, devagar”. Amanhã será presente, e depois também, e depois, e depois, e depois…

terça-feira, março 01, 2005

Para mim, para ti e para quem me agarrar.

Vou levar comigo o sabor da tempestade.
O InvisibleMobile ja provou ser um verdadeiro 4x4 quando foi preciso, ontem foi anfibio e hoje vai ser avioneta!