domingo, novembro 28, 2004

A chuva não podia ter caido em melhor altura.

Que calmaria de dia, um domingo, um rasgo de mar bravo, um café e um jornal levado pelo vento... a chuva voltou...

Mota na Garagem, carro na revisão, domingo em casa, leitura em dia!

A ultima semana foi de arromba, acima a baixo entre Lisboa, Rio Maior, Viseu, Porto e Estoril... (Que bem que soube ter espetado já com 50.000Kms num carro de Março deste ano). De um Jantar de Gala em Palmela para receber um prémio em nome da empresa (isto é, calçar a bota que alguém descalçou) sobrou uma Amiga nova, para já a "preto & Branco", poderá vir a adquirir um tom "colorido" brevemente.

Paralelamente, as actividades extra-curriculares deram um salto (ver post abaixo), encerra-se um ciclo (enfim, já estava encerrado mesmo, agora está resolvido de vez)... descobre-se uma paz na alma que nos leva ao sétimo céu e...

Abrem-se as hostilidades de novo. Desta vez não fui eu que provoquei...

A teoria das ondas artesianas não falha, ontem em baixo, hoje em cima!

Serviu para eu constatar que o facto de usar fato & gravata todos os dias não apaga quem eu sou... Um puto da rua, crescido e formado na rua, um arruaceiro!

É bom saber-se quem se é.

Faz-me lembrar o filme "Unbreakable", onde o "Super-Vilão" se descobre a si mesmo ao ajudar o "Super-heroi" a descobrir-se a ele próprio.

Uma vez arruaceiro, arruaceiro para sempre.

"Venham eles" digo eu no meu delirio, venham-me dar novas aventuras, historias para contar, para acrescentar a 34 verões de sabedoria...

Mas eles não vêm, não existem sequer a não ser na mente detorpada de quem insiste em me provocar...

...e resolvo mais uma vez a situação, com a diplomacia necessária, sem exageros, sem emoções, com um click no rato, um sms, uma resposta, uma frase simples:



"Quero mais é que te fodas"



Não posso deixar de pensar que tudo não passou de um mal entendido, um mal resolvido, uma cicatriz mal curada na alma de outra pessoa...

Uma cicatriz empaticamente tão parecida com a minha. Poderá ter sido esse o catalizador que nos aproximou? Caguei para isso, enganei-me de arvore eu também...

Não posso deixar de fazer um esforço para focalizar nas minhas intenções originais... para não me esquecer de quem escolhi ser, no que me tornei e quanto me custou aqui chegar... e por isso me chamo "The Invisible Man" (nunca as palavras alheias fizeram tanto sentido na minha vida), por isso desenvolvi o conceito de "Interferência Sensitiva", e cada vez mais me apercebo que faço parte do "sexo fraco" (nota mental para escrever um post sobre este assunto).

A minha pizza está quase a chegar, o DVD está à espera e depois a noite, a calma da noite, a chuva a cair...



A chuva não podia ter caido em melhor altura.

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quarta-feira, novembro 10, 2004

As minhas noites...

...são mais bonitas que os teus dias!

terça-feira, novembro 09, 2004

The dog of the year

The Dog will never let you down. Born under this sign you are honest, and faithful to those you love. You are plagued by constant worry, a sharp tongue, and a tendency to be a fault finder, however. You would make an excellent businessman, activist, teacher, or secret agent.

quarta-feira, novembro 03, 2004

The year of the dog

People born in the Year of the Dog possess the best traits of human nature. They have a deep sense of loyalty, are honest, and inspire other people's confidence because they know how to keep secrets. But Dog People can be somewhat selfish, terribly stubborn, and a times eccentric. They care little for wealth, yet somehow always seem to have money. They can be cold emotionally and sometimes distant at parties. They can find fault with many things and are noted for their sharp tongues. Dog people make good leaders. They are compatible with those born in the Years of the Horse, Tiger, and Rabbit.
The Dog will never let you down.
Born under this sign you are honest, and faithful to those you love. You are plagued by constant worry, have sharp tongue, and a tendency to be a fault finder. You will make an excellent businessman, a dedicated activist, teacher, or secret agent.

The last of you

Lembrei-me que tinha a cassete do álbum novo dos Marillion esquecida no bolso do blusão. Coloquei-a nos headphones e deixei-me guiar pela música. A determinada altura, empurrado pela atenção que fazia para perceber a letra, senti a tensão emocional passar dos limites que consigo suportar e vi-me comovido com as minhas próprias palavras.

Uma primeira vaga de lágrimas golfou silênciosamente dos meus olhos. Ela estava a ler qualquer coisa e não reparou em mim, acho eu…

Continuei a escrever e a música continuou a tocar. Tive aquela sensação que se tem quando se ouve uma música que se gosta muito pela primeira vez mas que é uma sensação que nunca se volta a ter quando se ouve essa mesma música outra vez.

De vez em quando quebrava o peso do silêncio com o estalido mecânico dos botões do meu Walkman para rebobinar a cassete e ouvir outra vez determinadas passagens do álbum.

Tentava desesperadamente não chorar e mexia o corpo numa tentativa de esconder um ou outro suspiro com o ranger da cadeira.

Se aquela situação toda tinha multiplicado a intensidade da música, aquela música por si só multiplicou exponencialmente a intensidade da situação.

Ela aproximou-se de mim e perguntou se eu me estava a sentir bem. Ignorei-a com um acenar da cabeça.

Mais uma vez os Marillion cantavam o meu fado...

O rio a transbordar (sms 1)

Podemos partilhar palavras, ideias, momentos, experiências, memórias, saudades, gostos e até emoções...

Mas como é que se partilham sentimentos?

O rio a transbordar (sms 2)

Podemos partilhar o olhar, o sono, a noite, o prazer, o toque, o gesto, as formas e os sabores do corpo...

Mas como é que se partilha o desejo?

O rio a transbordar (sms 3)

Podemos partilhar a terra, o mar, o céu e as estrelas, as jóias, as horas, um bocado de pão ou uma cabana...

Mas como é que se partilha a vida?